
Filme de Jingwei Bu vence Melhor Curta-Metragem e reforça vocação internacional do festival de Leiria
O Leiria Film Fest celebrou este ano a sua 12.ª edição com uma selecção de curtas-metragens que cruzaram geografias, géneros e sensibilidades. O grande vencedor foi A River Stifled, uma obra do realizador chinês Jingwei Bu, que arrecadou o prémio de Melhor Curta-Metragem do Festival e ainda Melhor Curta de Ficção Internacional.
Uma história entre o degelo e o destino
A River Stifled conta a história de um jovem de 19 anos que é libertado de uma prisão numa cidade remota prestes a ser submersa pelo degelo. Entre o passado encarcerado e o futuro submerso, o filme mergulha nas tensões entre liberdade e destino, criando uma narrativa subtil e poética sobre o tempo, a culpa e o espaço em desaparecimento.
A vitória dupla confirma a força emocional da obra e a visão singular do seu realizador, num festival cada vez mais atento ao cinema que se faz fora dos grandes circuitos comerciais.
Presença nacional com prémios em várias frentes
Na secção de Ficção Nacional, o vencedor foi Uma mãe vai à praia, de Pedro Hasrouny, uma curta que aborda com delicadeza a intimidade entre mãe e filho num cenário de memórias e silêncio.
No Documentário Internacional, venceu Inside, The Valley Sings, de Nathan Fagan (Irlanda), enquanto o prémio de Melhor Documentário Nacional foi para A mestra, de Silvana Torricella, um retrato comovente sobre o papel da educação em zonas esquecidas do país.
Animação e cinema jovem com força renovada
Na secção de Animação Internacional, destacou-se The Sleeplessness of Jutka, da polaca Maria Gorlich-Opyd. Já a Melhor Animação Nacional foi atribuída a Amanhã não dão chuva, de Maria Trigo Teixeira, um filme visualmente inventivo sobre ciclos climáticos e emocionais.
A Competição Infantil premiou Ups!, de Galvão Bertazzi e Luís Canau, enquanto o Prémio do Público foi para a produção ucraniano-britânica Forgotten Routes, de *Varta Arutiunian.
Encerramento e celebração
O Leiria Film Fest 2025 terminou no Teatro Miguel Franco, com a projecção dos filmes vencedores, consolidando-se como um dos festivais mais consistentes e relevantes para a promoção de curta-metragens em Portugal, tanto nacionais como internacionais.

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