Vingadores: Doomsday — Ou Como Perder Uma Semana de Vida Para Perceber Um Filme

🦸‍♂️ Alerta para todos os aspirantes a super-heróis: tragam mantimentos, carregadores de telemóvel e possivelmente um psicólogo. Vai ser preciso.

“Avengers: Doomsday” é o novo titã da Marvel, aquele que promete juntar tudo o que conhecemos, amamos e… esquecemos porque já passaram 15 anos e ninguém consegue acompanhar esta saga sem um Excel. A pergunta do momento, que ecoa pelas redes sociais como o grito de guerra do Capitão América: Quantos filmes e séries tenho de ver para perceber o raio deste novo filme?

ver também : 🎬 Do mundo dos jogos para o grande ecrã: “Elden Ring” ganha adaptação cinematográfica

A resposta é curta: demasiados.

A resposta longa: 35 horas, 2.100 minutos, possivelmente um divórcio e o agravamento da sua miopia.

O Novo Recrutamento da Marvel: Ver Filmes é Agora um Emprego a Tempo Inteiro

A Marvel, sempre generosa, compilou uma pequena lista de “essenciais” para quem quiser perceber o que se vai passar em Avengers: Doomsday. E quando dizemos “pequena”, queremos dizer que cabe num USB de 64GB. Prepare-se para rever os X-Men (sim, os velhos, os novos, os recauchutados), Loki em dose dupla, a nova Capitã América, o Deadpool a gritar com o Wolverine, o Shang-Chi a dançar com anéis místicos, a Marvel de Brie Larson a tentar convencer-nos outra vez… e claro, os Quatro Fantásticos antes mesmo de o filme sair. Tudo isto com cameos de personagens que só aparecem se viu uma série que foi cancelada ao fim de três episódios no Disney+.

Robert Downey Jr. volta… mas não como pensa

Sim, Tony Stark está de volta, mas num daqueles twists Marvel com assinatura em letras garrafais: ele será… o Doutor Destino.

Ou seja, passou de playboy filantropo a ditador da Latvéria. Não é propriamente uma evolução profissional típica, mas numa economia instável nunca se sabe. Uma coisa é certa: vai ser divertido vê-lo a dar sermões de armadura nova em folha enquanto tenta destruir universos paralelos por motivos ainda por explicar.

O Efeito “Teste de Paternidade Cinemático”

Se antigamente bastava ver Iron Man e Vingadores para perceber quem era quem, agora a experiência Marvel parece um daqueles programas de tribunal onde cada novo episódio revela mais uma ligação de parentesco improvável. “Ah! Este personagem é filho daquele que apareceu em Thor: Love and Thunder, mas que namorava com a irmã do vilão de Doctor Strange 2, que morreu mas não morreu porque voltou em What If…?.”

É isto. A Marvel virou uma árvore genealógica com superpoderes.

Conclusão? Vem aí uma obra monumental… se conseguir chegar até ela

“Avengers: Doomsday” quer ser o novo Endgame, mas com menos despedidas emotivas e mais confusão existencial. Vai ser grande, vai ser caro, e vai ser, muito provavelmente, espectacular. Mas antes de entrar na sala de cinema, prepare-se: há um curso intensivo de 6 dias e noites, com direito a intervalo para refeições e banho (se for mesmo necessário).

A pergunta legítima continua a ser: vale a pena tanto esforço?

ver também : ✈️ “Top Gun 3”: História Definida e Pronta para Descolar

A resposta mais honesta: depende da quantidade de pipocas e paciência que tiver.

Richard Linklater homenageia Godard em “Nouvelle Vague” — e Netflix paga um recorde por isso


🎬 Uma carta de amor ao cinema… agora nas mãos da Netflix

Richard Linklater, o realizador norte-americano por trás de obras como Boyhood e Before Sunrise, apresentou no Festival de Cannes 2025 o seu mais recente projeto: Nouvelle Vague. Este filme é uma homenagem ao clássico À Bout de Souffle(1960) de Jean-Luc Godard e à revolução cinematográfica da Nouvelle Vague francesa. Após uma estreia calorosamente recebida, com uma ovação de 11 minutos, a Netflix adquiriu os direitos de distribuição nos EUA por 4 milhões de dólares — um recorde para um filme em língua francesa no mercado norte-americano, ficando apenas atrás de Emilia Pérez no ano anterior . 

ver também : 🎬 Do mundo dos jogos para o grande ecrã: “Elden Ring” ganha adaptação cinematográfica

🎥 O filme: recriar a lenda em preto e branco

Filmado em preto e branco e no formato 4:3, Nouvelle Vague mergulha no processo criativo de Godard durante a realização de À Bout de Souffle. Guillaume Marbeck interpreta Jean-Luc Godard, Zoey Deutch dá vida a Jean Seberg e Aubry Dullin assume o papel de Jean-Paul Belmondo. O elenco inclui ainda representações de figuras icónicas como François Truffaut, Claude Chabrol, Agnès Varda e Éric Rohmer . 

Linklater descreveu o filme como “uma carta de amor ao cinema”, capturando o espírito rebelde e inovador da Nouvelle Vague, mas com o seu toque pessoal. A produção recria a Paris dos anos 50 com autenticidade, desde os figurinos até à banda sonora jazzística . 

🏆 Cannes aplaude, Netflix aposta

Apesar de não ter conquistado prémios em Cannes, Nouvelle Vague foi amplamente elogiado pela crítica. A Netflix, que já havia adquirido Hit Man de Linklater em 2023, continua a investir em obras de prestígio, mesmo que estas tenham lançamentos limitados em salas de cinema. Espera-se que o filme tenha uma exibição curta nos cinemas para qualificação a prémios antes de chegar à plataforma . 

ver também : The Last of Us – Temporada 2: Final com 3,7 Milhões de Espectadores e um Futuro Promissor

🎞️ Uma reflexão sobre o passado e o presente do cinema

Nouvelle Vague não é apenas uma recriação histórica; é uma meditação sobre a arte de fazer cinema, a paixão dos cineastas e a eterna luta entre inovação e tradição. Linklater convida-nos a revisitar um momento crucial da história cinematográfica, lembrando-nos do poder transformador da sétima arte.

🎬 Do mundo dos jogos para o grande ecrã: “Elden Ring” ganha adaptação cinematográfica

A aclamada produtora A24 confirmou que está a desenvolver uma adaptação cinematográfica live-action do videojogo “Elden Ring”, com realização e argumento a cargo de Alex Garland, conhecido por obras como “Ex Machina” e “Annihilation”.

ver também : ✈️ “Top Gun 3”: História Definida e Pronta para Descolar

O projeto é uma colaboração entre a A24, a Bandai Namco Entertainment e a FromSoftware, com produção de Peter Rice, Andrew Macdonald, Allon Reich, George R. R. Martin e Vince Gerardis.  


🗺️ Uma jornada épica nas “Lands Between”

Lançado em fevereiro de 2022, “Elden Ring” é um RPG de ação em mundo aberto, desenvolvido pela FromSoftware e publicado pela Bandai Namco. O jogo transporta os jogadores para as “Lands Between”, um mundo sombrio e mágico, onde assumem o papel de um “Tarnished” em busca de restaurar o Elden Ring e tornar-se o novo Elden Lord. Com mais de 30 milhões de cópias vendidas, tornou-se um dos jogos mais bem-sucedidos de todos os tempos.  


🎥 O desafio de adaptar uma narrativa não linear

A adaptação de “Elden Ring” para o cinema apresenta desafios únicos, dada a sua narrativa fragmentada e dependente da exploração do jogador. Garland, conhecido por explorar temas complexos e atmosferas imersivas, é visto como uma escolha adequada para transpor a essência do jogo para o grande ecrã.  

ver também,:The Last of Us – Temporada 2: Final com 3,7 Milhões de Espectadores e um Futuro Promissor

🗓️ Lançamento e expectativas

Ainda não há data de estreia anunciada para o filme de “Elden Ring”. No entanto, a confirmação do projeto já gerou grande expectativa entre os fãs do jogo e do realizador. Com a colaboração de nomes como George R. R. Martin e a experiência de Garland em narrativas complexas, espera-se uma adaptação que honre o legado do jogo.

✈️ “Top Gun 3”: História Definida e Pronta para Descolar

Christopher McQuarrie, colaborador de longa data de Tom Cruise, revelou que a história de “Top Gun 3” já está delineada. Em entrevista ao podcast “Happy Sad Confused”, McQuarrie mencionou que a ideia surgiu rapidamente após uma proposta do coargumentista Ehren Kruger. Embora ainda não esteja confirmado como realizador, McQuarrie expressou interesse em capturar o estilo visual de Tony Scott, diretor do filme original de 1986.  

ver também The Last of Us – Temporada 2: Final com 3,7 Milhões de Espectadores e um Futuro Promissor

🕺 Les Grossman: O Retorno do Produtor Mais Excêntrico de Hollywood

Tom Cruise está em conversações para reprisar o papel de Les Grossman, o produtor irreverente de “Tropic Thunder”. McQuarrie confirmou que ambos estão a desenvolver ideias para um possível spin-off centrado neste personagem, destacando que as discussões têm sido criativas e promissoras.  

🏁 “Dias de Tempestade 2”: Acelerando para uma Nova Corrida

Após o sucesso de “Top Gun: Maverick”, Cruise e McQuarrie estão a considerar uma sequela para “Dias de Tempestade” (1990). McQuarrie revelou que a premissa surgiu quase instantaneamente após refletir sobre a receção positiva de “Maverick”, indicando que o projeto está em fase de desenvolvimento.

🔥 Cruise e McQuarrie: Uma Parceria em Alta Velocidade

Com “Missão: Impossível – A Sentença Final” a marcar o possível fim da jornada de Cruise como Ethan Hunt, o ator parece focado em revitalizar personagens icónicos do seu repertório. A colaboração contínua com McQuarrie promete trazer novas emoções aos fãs, combinando ação intensa com narrativas envolventes. 

ver também : Patrick Stewart regressa ao comando… agora num DeLorean elétrico

The Last of Us – Temporada 2: Final com 3,7 Milhões de Espectadores e um Futuro Promissor

📉 Audiências do Final: Uma Queda com Potencial de Recuperação

O episódio final da segunda temporada de The Last of Us, intitulado “Convergence”, atraiu 3,7 milhões de espectadores nos EUA na noite de estreia, incluindo transmissões lineares e streaming na Max. Este número representa uma queda de 55% em relação ao final da primeira temporada, que alcançou 8,2 milhões de espectadores. A HBO atribui essa diminuição ao fim de semana do Memorial Day e espera um aumento nas visualizações nos dias seguintes. Apesar disso, a segunda temporada está a superar a primeira em média global, com quase 37 milhões de espectadores por episódio, comparados aos 32 milhões da temporada anterior.  

ver também: De “Succession” para Panem: Culkin é o novo rosto do anfitrião mais excêntrico da Capital

⚔️ Um Final Intenso e Cheio de Reviravoltas

O episódio final mergulha profundamente na busca de Ellie por vingança contra Abby, responsável pela morte de Joel. Durante sua jornada, Ellie confronta e mata Nora, Owen e Mel, esta última grávida, o que intensifica sua culpa. A tensão culmina quando Abby surpreende Ellie, Dina, Tommy e Jesse no teatro, resultando na morte de Jesse e um confronto direto com Ellie. O episódio termina com um disparo de arma e a tela escurecendo, deixando o destino de Ellie e Abby em aberto.  

🔄 Mudança de Perspectiva: Abby em Foco na Próxima Temporada

A cena final do episódio sugere uma mudança narrativa significativa para a terceira temporada, com a história sendo contada do ponto de vista de Abby. Esta abordagem espelha a estrutura do jogo The Last of Us Part II, onde os jogadores vivenciam eventos tanto pelos olhos de Ellie quanto de Abby, proporcionando uma compreensão mais profunda das motivações de cada personagem. Os criadores da série confirmaram que a terceira temporada explorará mais a fundo a história de Abby, incluindo sua vida na Frente de Libertação de Washington (WLF) e o conflito com os Serafitas.  

ver também : Godzilla Minus One: o Rei dos Monstros regressa ao trono com fúria atómica

📺 O Que Esperar da Terceira Temporada

A HBO já confirmou a renovação da série para uma terceira temporada, que continuará a adaptação do jogo The Last of Us Part II. Embora ainda não haja uma data oficial de estreia, espera-se que a produção comece em 2026, com lançamento previsto para o final de 2026 ou início de 2027. A próxima temporada promete aprofundar as histórias de Abby, Ellie e Dina, explorando temas de vingança, redenção e as complexidades das relações humanas em um mundo pós-apocalíptico.  

De “Succession” para Panem: Culkin é o novo rosto do anfitrião mais excêntrico da Capital

Kieran Culkin, vencedor do Óscar de Melhor Ator Secundário por “A Verdadeira Dor”, foi confirmado como o novo Caesar Flickerman no próximo filme da saga “Jogos da Fome”, intitulado “Sunrise on the Reaping” (“Amanhecer na Ceifa”). O ator, conhecido pelo seu papel em “Succession”, sucede a Stanley Tucci, que interpretou o carismático apresentador nos quatro filmes originais da franquia.  

ver também : Patrick Stewart regressa ao comando… agora num DeLorean elétrico

A escolha de Culkin foi elogiada pela produção. Erin Westerman, co-presidente do Lionsgate Motion Picture Group, afirmou que “a presença cativante e o charme inegável de Kieran são perfeitos para Caesar Flickerman, o anfitrião irresistivelmente observável do espetáculo mais sombrio de Panem”. A produtora Nina Jacobson acrescentou que “o magnetismo, a sagacidade e a imprevisibilidade de Kieran fazem dele uma escolha ideal para Caesar Flickerman”.  


“Sunrise on the Reaping”: uma viagem ao passado sombrio de Panem

Baseado no romance homónimo de Suzanne Collins, lançado em março de 2025, “Sunrise on the Reaping” decorre 24 anos antes dos eventos da trilogia original e 40 anos após “A Balada dos Pássaros e das Serpentes”. O filme centra-se na 50.ª edição dos Jogos da Fome, conhecida como o Segundo Massacre Quaternário, onde cada distrito é obrigado a enviar o dobro dos tributos habituais. Esta edição brutal dos Jogos é marcada pela vitória de Haymitch Abernathy, futuro mentor de Katniss Everdeen.  

O jovem Haymitch será interpretado por Joseph Zada, enquanto Whitney Peak dará vida a Lenore Dove Baird, namorada de Haymitch. O elenco inclui ainda Mckenna Grace como Maysilee Donner, Jesse Plemons como Plutarch Heavensbee, Ralph Fiennes como o Presidente Snow, Elle Fanning como uma jovem Effie Trinet, Kelvin Harrison Jr. como Beetee, Maya Hawke como Wiress e Lili Taylor como Mags.  

Uma nova perspetiva sobre Caesar Flickerman

A versão de Caesar Flickerman apresentada por Kieran Culkin promete oferecer uma nova dimensão ao personagem. Enquanto Stanley Tucci retratou um Caesar já estabelecido e confiante, Culkin interpretará uma versão mais jovem e possivelmente ainda em ascensão na sua carreira como apresentador dos Jogos. Esta abordagem permitirá explorar as origens do carisma e da teatralidade que definem o personagem, bem como o seu papel na propaganda da Capital. 

ver também : Godzilla Minus One: o Rei dos Monstros regressa ao trono com fúria atómica

Estreia marcada para novembro de 2026

“Sunrise on the Reaping” tem estreia prevista nos cinemas para 20 de novembro de 2026. Com um elenco de peso e uma narrativa que promete aprofundar a história de Panem, o filme é aguardado com grande expectativa pelos fãs da saga “Jogos da Fome”. 

Godzilla Minus One: o Rei dos Monstros regressa ao trono com fúria atómica

Aclamado pela crítica e vencedor de um Óscar, o épico japonês estreia a 30 de maio no TVCine Top

Ele está de volta. E mais devastador do que nunca. Godzilla Minus One, aclamado como um dos melhores filmes da história do franchise, estreia em televisão portuguesa esta quinta-feira, 30 de maio, às 21h30, no TVCine Top e no TVCine+. Vencedor do Óscar de Melhores Efeitos Visuais, o filme recupera o espírito original do monstro mais famoso do cinema japonês, mas com uma abordagem emocionalmente carregada e visualmente arrebatadora.

ver também: Os Mortos Não Morrem e Tempestade Tropical: dois filmes geniais e absurdos no STAR Comedy

🇯🇵 Japão em ruínas, monstro em ascensão

O Japão encontra-se arrasado pela Segunda Guerra Mundial quando uma nova ameaça emerge das profundezas: Godzilla, símbolo da destruição nuclear e da impotência humana perante o caos. Nesta versão assinada por Takashi Yamazaki, o monstro não é apenas um inimigo colossal, mas uma metáfora para o trauma nacional de um país que tenta reerguer-se… e é de novo esmagado.

“Se o Japão estava na estaca zero, atinge agora um nível negativo nunca antes visto.”

É esse o mote de Godzilla Minus One, título que alude ao facto de a devastação do país ultrapassar até o ponto zero — como se o próprio chão lhe fosse retirado.

🎥 Realismo, emoção e efeitos de cortar a respiração

Com uma impressionante pontuação de 99% no Rotten TomatoesGodzilla Minus One conquistou tanto o público como a crítica. Ao contrário das abordagens ocidentais recentes — onde Godzilla surge como anti-herói ou força da natureza — aqui ele é uma ameaça absoluta, um pesadelo vivo com a potência de uma bomba atómica.

O filme alia um argumento envolvente a efeitos visuais de topo, sem nunca perder de vista o impacto humano do desastre. É um filme de monstros, sim — mas com alma.

O elenco conta com Ryunosuke KamikiMinami HamabeSakura AndôHidetaka Yoshioka e Ippei Sasaki, todos em interpretações carregadas de tensão, desespero e coragem silenciosa.

📺 Uma estreia imperdível no TVCine

Com 37 filmes já lançados ao longo de sete décadas, o legado de Godzilla parecia condenado à repetição. Mas Minus Onetrouxe-lhe uma nova vida — e um novo terror. Este não é o Godzilla dos brinquedos nem das batalhas em CGI colorido. É um filme de guerra, sobrevivência e trauma, em que o monstro encarna todos os medos de uma nação derrotada.

ver também: Fire Country regressa em modo explosivo: casamento, helicópteros e o fogo que nunca dá tréguas

A estreia está marcada para quinta-feira, 30 de maio, às 21h30, no TVCine Top e no TVCine+. Uma oportunidade rara de ver um épico nipónico premiado pela Academia, em casa — e em grande.

Patrick Stewart regressa ao comando… agora num DeLorean elétrico

O eterno Capitão Picard lidera a nova campanha futurista da DeLorean

Sir Patrick Stewart, conhecido mundialmente como o Capitão Jean-Luc Picard de Star Trek, voltou a assumir o leme — desta vez, não de uma nave estelar, mas sim do relançamento do icónico DeLorean. Num anúncio intitulado “DeLorean – Next Frontier”, Stewart empresta a sua voz e presença para apresentar o Alpha5 EV, o primeiro novo modelo da marca em mais de 40 anos.  

ver também : ⚽ Disney+ vai transmitir a Liga dos Campeões Feminina da UEFA até 2030

O vídeo promocional começa com uma música reminiscentemente espacial e a mensagem “Target acquired. Location: Mars”, seguida por um DeLorean a atravessar a superfície vermelha do planeta. Stewart, sentado numa ponte de comando futurista, declara:

“Dizem que a melhor forma de prever o futuro é criá-lo. E assim, após décadas, encontramo-nos perante a evolução da ciência automóvel, onde a inovação encontra um ícone. O sonho continua enquanto uma nova fronteira nos espera.”


⚡ Alpha5 EV: o regresso do ícone com tecnologia de ponta

O Alpha5 EV mantém o design clássico das portas em asa de gaivota, agora combinado com uma plataforma totalmente elétrica. Além disso, a DeLorean está a introduzir um sistema de reservas baseado em blockchain, permitindo que entusiastas adquiram “build slots” tokenizados para o Alpha5 EV. Estes tokens, disponíveis por $2.500 em USDC, garantem uma posição na fila de produção e podem ser negociados entre utilizadores.  

Com esta iniciativa, a DeLorean pretende redefinir a experiência de aquisição de veículos, oferecendo transparência, segurança e uma abordagem futurista ao mercado automóvel. A colaboração com Stewart reforça a ligação entre o legado da marca e a inovação tecnológica, apelando tanto a fãs de ficção científica como a entusiastas de automóveis. 

ver também : “Não estou mais em negação”: Barry Keoghan revela vício, trauma e redenção

Tradução em Português do filme:

” Eles dizem que a melhor forma de prever o futuro é cria-lo. E então, depois de décadas, encontramo-nos em frente à evolução da ciência automotiva, a inovação encontra um icon. O Sonho continua enquanto uma nova fronteira aguarda…Onde a DeLorean Aguarda!”

Os Mortos Não Morrem e Tempestade Tropical: dois filmes geniais e absurdos no STAR Comedy

Junho traz ao canal STAR Comedy duas comédias irreverentes com elencos de luxo e sátira em estado puro

Se o teu sentido de humor aprecia zombies em farda de polícia, actores vaidosos a morrer em filmagens tropicais e uma boa dose de crítica social embrulhada em caos cinematográfico, então marca na agenda duas datas: 21 e 28 de Junho, quando o STAR Comedy exibe dois dos filmes mais insólitos dos últimos anos: Os Mortos Não Morrem e Tempestade Tropical.

Os Mortos Não Morrem: um apocalipse zombie à maneira de Jim Jarmusch

No dia 21 de Junho, o canal exibe Os Mortos Não Morrem, uma comédia negra realizada por Jim Jarmusch, que subverte por completo o género zombie. Numa pacata cidade americana, os mortos começam inexplicavelmente a regressar à vida — mas em vez de sangue e gritos, o filme oferece-nos olhares apáticos, diálogos mortos-vivos e muita ironia existencial.

Com um elenco de luxo que inclui Bill MurrayAdam DriverTilda SwintonChloë SevignyTom Waits e Iggy Pop, o filme é uma sátira absurda ao consumo, à apatia da sociedade moderna e à obsessão com gadgets (sim, os zombies querem wi-fi e café). É o apocalipse… com banda sonora de Sturgill Simpson e piadas meta.

Tempestade Tropical: quando o making-of é mais caótico que o próprio filme

28 de Junho, é a vez de Tempestade Tropical (Tropic Thunder), a comédia de Ben Stiller que satiriza a indústria de Hollywood com uma precisão quase ofensiva — e hilariante.

O filme acompanha um grupo de actores egocêntricos que, durante as filmagens de um épico de guerra, acabam por ser lançados no meio de um verdadeiro conflito sem se aperceberem. Com Robert Downey Jr. (em modo controverso e brilhante), Jack BlackJay BaruchelSteve Coogan e um quase irreconhecível Tom Cruise como produtor megalómano, o filme desfere golpes certeiros sobre ego, privilégio, clichés de guerra e métodos de representação extrema.


📺 STAR Comedy com programação de culto

Com estas duas escolhas para Junho, o STAR Comedy aposta em cinema de culto moderno, que mistura gargalhadas com crítica e uma boa dose de absurdo. Ideal para quem gosta de rir e pensar — nem que seja sobre o fim do mundo ou a vaidade de Hollywood.

Fire Country regressa em modo explosivo: casamento, helicópteros e o fogo que nunca dá tréguas

A série de acção e redenção que conquistou o público regressa ao STAR Channel com a terceira temporada

Eles combatem fogos, salvam vidas — e tentam salvar-se a si próprios. Fire Country, uma das séries mais intensas e emotivas dos últimos anos, regressa ao STAR Channel a 2 de Junho, trazendo de volta os dilemas morais, as tensões familiares e os incêndios florestais mais perigosos da televisão.

ver também : Sereias: série com Julianne Moore e Meghann Fahy conquista o topo da Netflix

Com Max Thieriot de volta como o carismático e atormentado Bode Donovan, a nova temporada promete começar com um estrondo… ou melhor, com um acidente de helicóptero que vai virar tudo do avesso.


🚒 O que esperar da terceira temporada?

Depois de uma segunda temporada marcada por reviravoltas emocionais, a nova leva de episódios mergulha directamente nas consequências do dramático final anterior. Segundo os criadores, a nova temporada começa com um casamento prestes a acontecer — e termina com o caos total nas montanhas da Califórnia, cortesia de um incêndio descontrolado e um acidente aéreo.

Os dilemas de Bode entre a redenção e o instinto destrutivo continuam no centro da narrativa, mas a série reforça também o protagonismo dos restantes elementos da equipa de bombeiros, incluindo Gabriela (Stephanie Arcila), cuja relação com Bode continua em suspenso, e o chefe Manny (Kevin Alejandro), que enfrenta os seus próprios demónios.


⛓️ Acção, coração e justiça social

Para além das cenas de acção bem coreografadas, Fire Country destaca-se por abordar temas como reintegração de ex-reclusos, sistema prisional, racismo estrutural e disfunções familiares, sempre através da lente do melodrama televisivo.

A série tem origem na própria vida de Max Thieriot, que cresceu numa comunidade de bombeiros voluntários e criou a história a partir dessa realidade. É essa autenticidade que dá à série a sua chama única.

ver também : 🎬 Sinners: o novo fenómeno de terror que ultrapassa A Quiet Place nas bilheteiras mundiais

📺 Onde e quando ver?

terceira temporada de Fire Country estreia em exclusivo no STAR Channel a 2 de Junho, com novos episódios todas as semanas. Para quem gosta de drama intenso, personagens imperfeitas e acção de cortar a respiração, esta é uma série a não perder.

Sereias: série com Julianne Moore e Meghann Fahy conquista o topo da Netflix

Comédia negra de Molly Smith Metzler junta humor corrosivo, drama familiar e um toque de mitologia

Chegou há poucos dias à Netflix e já está no topo: Sereias (Sirens, no título original), minissérie protagonizada por Julianne Moore, Meghann Fahy, Milly Alcock e Kevin Bacon, entrou directamente para o primeiro lugar do top global do serviço de streaming em 42 países, incluindo Portugal, segundo dados do site FlixPatrol.

ver também : 🎬 Sinners: o novo fenómeno de terror que ultrapassa A Quiet Place nas bilheteiras mundiais

Com cinco episódios e criada por Molly Smith Metzler (MaidOrange Is the New Black), esta comédia negraacompanha Devon (Meghann Fahy) numa viagem a uma ilha luxuosa durante o fim-de-semana do Dia do Trabalhador. Mas as águas serenas escondem correntes perigosas — e uma rede de obsessão e poder entre mulheres.


🌊 Poder, irmandade e segredos costeiros

O enredo gira em torno da relação tensa entre Devon e a sua irmã mais nova, Simone (Milly Alcock), que parece estar sob o feitiço da enigmática Michaela Kell, interpretada por Julianne Moore. Esta socialite misteriosa domina a ilha — e o coração da jovem Simone.

“Devon acha que a irmã tem uma relação sinistra com a sua nova chefe. Quando chega o momento da verdade, percebe que subestimou a adversária”, resume a Netflix.

A série decorre ao longo de um único fim-de-semana, com uma realização elegante e diálogos afiados que exploram as dinâmicas de poder entre mulheres, o desejo, o estatuto social e a toxicidade disfarçada de luxo.


🔥 Uma comédia negra com sabor a tragédia grega

A criadora Metzler sublinha que Sereias tem “uma vibração de mitologia grega”, misturando sensualidade, mistério e tensão psicológica. “Esta história tem muita garra. Tem momentos reais de drama e vai deixar as pessoas desconfortáveis”, afirmou em entrevista ao Tudum.

Julianne Moore surge num registo sedutor e manipulador, enquanto Meghann Fahy (reconhecida por The White Lotus) assume o protagonismo com uma performance rica em nuances. Kevin Bacon completa o elenco com uma presença enigmática.


📺 Uma série curta, mas intensa

Com apenas cinco episódios, Sereias oferece uma experiência de maratona imersiva e desconcertante. A realização apurada, aliada a um argumento carregado de ironia e tensão, transforma a série num dos títulos mais falados do momento.

ver também : 🎥 Tecto de cinema desaba durante exibição de Final Destination: Bloodlines na Argentina

Se gostas de séries que misturam luxo, drama familiar, crítica social e personagens femininas complexas, Sereias é para ti. Mas atenção: há mais perigo nestas águas do que parece à primeira vista.

🎬 Sinners: o novo fenómeno de terror que ultrapassa A Quiet Place nas bilheteiras mundiais

Ryan Coogler e Michael B. Jordan assinam um dos maiores sucessos do género — e fazem história

O realizador Ryan Coogler volta a mostrar por que razão é um dos nomes mais sólidos e criativos de Hollywood. O seu novo filme, Sinners, está prestes a encerrar a carreira comercial nos cinemas com um feito notável: ultrapassar A Quiet Place, de John Krasinski, nas bilheteiras globais, ao atingir os 336 milhões de dólares, com 260 milhões nos EUA e 80 milhões no mercado internacional.

ver também : 🎥 Tecto de cinema desaba durante exibição de Final Destination: Bloodlines na Argentina

📊 Um terror que desafia tendências

Apesar de ter ficado aquém da marca dos 100 milhões fora dos EUA — algo que reflecte o histórico de fraco desempenho de filmes com protagonistas negros no mercado internacional — Sinners compensou com um resultado extraordinário no mercado doméstico.

Além de superar A Quiet Place (334 milhões) e estar prestes a ultrapassar Hannibal (350 milhões), a longa-metragem já deixou para trás todos os filmes do universo The Conjuring, bem como êxitos como Get Out e The Silence of the Lambs.


🎭 Michael B. Jordan em dose dupla

Com Michael B. Jordan a interpretar dois papéis, Sinners é mais do que um susto: é uma narrativa densa, com temas profundos e subtexto religioso, filmada em formato IMAX 70 mm — um tratamento normalmente reservado a Christopher Nolan. A banda sonora, assinada por Ludwig Göransson, mistura blues e tensão com mestria.

O filme teve um orçamento de 90 milhões de dólares e foi lançado pela Warner Bros. com pompa e confiança total.


🍅 Críticas esmagadoramente positivas

No Rotten Tomatoes, o filme mantém uma classificação de 97% entre os críticos e 96% junto do público, confirmando-se como um sucesso transversal. Este desempenho coloca Coogler entre os realizadores mais rentáveis da história do cinema — com apenas cinco longas-metragens no currículo.


🏆 Ryan Coogler no pódio dos grandes

Com Sinners, Coogler não só ultrapassou os números da saga Creed, como cimentou o seu lugar entre os realizadores mais poderosos da indústria. O seu estatuto actual oferece-lhe um grau de liberdade criativa comparável a nomes como Tarantino ou Nolan.

ver também : 🎬 Lilo & Stitch e Mission: Impossible fazem história no box office do Memorial Day 2025

A Warner Bros. dificilmente o deixará escapar — e Hollywood, ao que tudo indica, acaba de encontrar o próximo “GOAT” do terror moderno.

🎥 Tecto de cinema desaba durante exibição de Final Destination: Bloodlines na Argentina

Quando a realidade se inspira no terror: incidente durante sessão reforça o lado sinistro da saga

Num daqueles episódios que parecem escritos pelos próprios argumentistas da saga Final Destination, uma sala de cinema na Argentina viu o seu tecto colapsar durante uma sessão de Final Destination: Bloodlines, o mais recente capítulo da série de terror.

ver também : 🎬 Lilo & Stitch e Mission: Impossible fazem história no box office do Memorial Day 2025

O incidente ocorreu a 19 de Maio no Cinema Ocho, na cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires. Durante a sessão das 21h, na sala 4, cerca de 40 espectadores assistiam ao filme quando uma parte do tecto caiu, espalhando entulho e provocando ferimentos a vários presentes.


“Pensámos que fazia parte do filme”

A reacção inicial foi de incredulidade. Segundo contou Fiamma Villaverde, de 29 anos, ao Infobae, pensaram que o ruído fazia parte da banda sonora do filme, tal era a imersão. “Mas logo depois caiu um pedaço em cima de mim”, disse.

Villaverde sofreu ferimentos nos ombros, costas, joelhos e tornozelo. “Só não me acertou na cabeça porque estava inclinada sobre os apoios de braços”, acrescentou. Acabou por fazer um raio-x que confirmou lesões por impacto, e está a ponderar avançar com queixa judicial.

🎬 Um sucesso… com ironia trágica

Final Destination: Bloodlines, realizado por Zach Lipovsky e Adam B. Stein, estreou a 16 de Maio e já se tornou a melhor abertura de sempre da franquia, com mais de 102 milhões de dólares de bilheteira global, repartida equitativamente entre EUA e resto do mundo.

A saga, que começou há 25 anos, continua a explorar mortes bizarras e improváveis como castigo do destino. O episódio em La Plata, embora sem consequências fatais, parece extraído directamente do argumento — uma coincidência mórbida que reforça o fascínio perturbador que a série exerce.


🤐 Silêncio da gerência

Segundo a imprensa local, o cinema não prestou declarações públicas. Algumas testemunhas apontam as chuvas fortes dos dias anteriores como possível causa do colapso, mas nenhuma explicação oficial foi avançada.

ver também : 🎬 The Salt Path: Gillian Anderson e Jason Isaacs dão rosto à crise da habitação no Reino Unido

Vídeos registados no local mostram um buraco visível no tecto e detritos espalhados entre os corredores da sala, com o público em choque a tentar compreender o que acabara de acontecer.

🎬 Lilo & Stitch e Mission: Impossible fazem história no box office do Memorial Day 2025

Fim-de-semana de recordes dá novo fôlego ao cinema e confirma apetite renovado por grandes blockbusters

ver também : 🚗 Patrick Stewart regressa ao comando… agora num DeLorean elétrico

O cinema comercial voltou a dar sinais de recuperação este fim-de-semana prolongado. Com a estreia em força da versão live-action de Lilo & Stitch e mais uma missão explosiva de Tom Cruise, o box office do Memorial Day 2025 atingiu valores históricos, ultrapassando os 325 milhões de dólares nos EUA e Canadá — o maior de sempre nesta data, sem ajuste à inflação.


🥇 Disney lidera com Lilo & Stitch

A nova versão de Lilo & Stitch arrecadou impressionantes 183 milhões de dólares na estreia doméstica, tornando-se a maior abertura de sempre no Memorial Day, superando os 160,5 milhões de Top Gun: Maverick em 2022. O total global chegou aos 341,7 milhões, consolidando a aposta da Disney em remakes live-action como aposta segura no calendário de verão.


🕵️ Cruise mantém-se em forma com Mission: Impossible – The Final Reckoning

A última aventura de Ethan Hunt, anunciada como o capítulo final da saga, ficou em segundo lugar com 77 milhões de dólares no mercado doméstico e 190 milhões no total global. O filme que terá custado entre 300 e 400 milhões é agora o título com a maior estreia de sempre da franquia. Só nas salas IMAX, o filme rendeu 31 milhões, o que representa mais de 14% da bilheteira global.

“É um feito extraordinário. O público responde quando há conteúdo para todos” — Chris Aronson, presidente de distribuição da Paramount


🎟️ Um ano que pode marcar viragem

O sucesso destes dois títulos junta-se a um primeiro semestre robusto, com filmes como A Minecraft MovieThunderbolts e Final Destination: Bloodlines a impulsionar o regresso das famílias e jovens adultos às salas. O box office norte-americano de Abril atingiu 875 milhões — muito próximo da média pré-pandémica.

Com uma agenda recheada para o verão — Karate Kid: LegendsBallerinaJurassic World: RebirthHow to Train Your DragonSuperman e The Fantastic Four: First Steps — os analistas preveem um box office anual entre 9,2 e 9,5 mil milhões de dólares, ultrapassando os 9 mil milhões de 2023.


📉 Ainda longe da era pré-pandemia, mas em trajectória ascendente

Apesar do entusiasmo, os números continuam abaixo dos 11,4 mil milhões de 2019 ou dos 11,9 mil milhões de 2018. As mudanças nos hábitos de consumo e a crescente força do streaming continuam a afectar o público casual.

“Quando o conteúdo é bom, as pessoas aparecem. E agora, o ciclo é favorável” — Eric Handler, analista da Roth Capital

ver também: 🎬 The Salt Path: Gillian Anderson e Jason Isaacs dão rosto à crise da habitação no Reino Unido

Se este ritmo se mantiver, 2025 pode vir a ser o ano que marca o verdadeiro regresso à saúde do cinema de sala — com o grande ecrã novamente no centro da experiência colectiva.

🎬 The Salt Path: Gillian Anderson e Jason Isaacs dão rosto à crise da habitação no Reino Unido

Filme baseado em memórias reais alerta para o crescimento do sem-abrigo e a dignidade na adversidade

A actriz Gillian Anderson fez um alerta contundente: a crise de sem-abrigo no Reino Unido “vai piorar” — sobretudo se o país entrar em recessão. As declarações foram feitas no contexto de The Salt Path, filme onde interpreta uma mulher que, a par do marido (interpretado por Jason Isaacs), enfrenta a perda de tudo: casa, estabilidade e saúde.

ver também : 🚗 Patrick Stewart regressa ao comando… agora num DeLorean elétrico

O filme adapta o livro de memórias de Raynor Winn, sucesso literário de 2018 que passou quase dois anos na lista de bestsellers do Sunday Times e vendeu mais de um milhão de cópias.


🥾 Uma caminhada de 630 milhas contra o desespero

Em The Salt Path, Ray e Moth são forçados a abandonar a sua quinta depois de uma acção judicial e vêem-se, com um diagnóstico terminal à perna, a dormir ao relento. Sem apoio do Estado, pegam numa tenda e duas mochilas e partem à descoberta do South West Coast Path, caminhando 630 milhas ao longo da costa de Somerset, Devon, Dorset e Cornualha.

A viagem torna-se uma meditação sobre a resistência, a natureza e o amor — com a própria paisagem a assumir um papel central, como explica Gillian Anderson: “A natureza tornou-se um terceiro personagem do filme.”

Jason Isaacs partilha essa visão, revelando que Raynor Winn o surpreendeu ao dizer: “Não é apenas a natureza, é o caminho. Aquele caminho.”

🏠 Um drama que reflecte o presente

Num Reino Unido onde uma em cada 200 famílias vive em situação de sem-abrigo, segundo dados recentes do Financial Times, a mensagem do filme não podia ser mais urgente.

Anderson afirma que a realidade nas ruas britânicas mudou radicalmente nos últimos anos, e que agora se aproxima daquilo que costumava ver em Vancouver ou na Califórnia. Já Isaacs destaca que espera que o filme ensine o público a olhar novamente — e com compaixão — para quem vive nas margens.


🎥 Filmado no terreno — e com impacto real

Rodado em 2023 nos próprios locais descritos nas memórias, o filme beneficia da beleza natural da costa britânica, mas sem nunca romantizar a precariedade dos seus protagonistas. Pelo contrário: o filme é um lembrete brutal e poético de que a dignidade pode sobreviver à exclusão.

ver também : 🎬 Como uma banheira ajudou Tarantino a obter os direitos de uma série western para Once Upon a Time in Hollywood

The Salt Path estreia nas salas de cinema do Reino Unido a 30 de Maio de 2025, com distribuição internacional ainda por anunciar.

🎬 A River Stifled conquista o Leiria Film Fest 2025

Filme de Jingwei Bu vence Melhor Curta-Metragem e reforça vocação internacional do festival de Leiria

Leiria Film Fest celebrou este ano a sua 12.ª edição com uma selecção de curtas-metragens que cruzaram geografias, géneros e sensibilidades. O grande vencedor foi A River Stifled, uma obra do realizador chinês Jingwei Bu, que arrecadou o prémio de Melhor Curta-Metragem do Festival e ainda Melhor Curta de Ficção Internacional.

🌊 Uma história entre o degelo e o destino

A River Stifled conta a história de um jovem de 19 anos que é libertado de uma prisão numa cidade remota prestes a ser submersa pelo degelo. Entre o passado encarcerado e o futuro submerso, o filme mergulha nas tensões entre liberdade e destino, criando uma narrativa subtil e poética sobre o tempo, a culpa e o espaço em desaparecimento.

A vitória dupla confirma a força emocional da obra e a visão singular do seu realizador, num festival cada vez mais atento ao cinema que se faz fora dos grandes circuitos comerciais.


🇵🇹 Presença nacional com prémios em várias frentes

Na secção de Ficção Nacional, o vencedor foi Uma mãe vai à praia, de Pedro Hasrouny, uma curta que aborda com delicadeza a intimidade entre mãe e filho num cenário de memórias e silêncio.

No Documentário Internacional, venceu Inside, The Valley Sings, de Nathan Fagan (Irlanda), enquanto o prémio de Melhor Documentário Nacional foi para A mestra, de Silvana Torricella, um retrato comovente sobre o papel da educação em zonas esquecidas do país.

🎨 Animação e cinema jovem com força renovada

Na secção de Animação Internacional, destacou-se The Sleeplessness of Jutka, da polaca Maria Gorlich-Opyd. Já a Melhor Animação Nacional foi atribuída a Amanhã não dão chuva, de Maria Trigo Teixeira, um filme visualmente inventivo sobre ciclos climáticos e emocionais.

A Competição Infantil premiou Ups!, de Galvão Bertazzi e Luís Canau, enquanto o Prémio do Público foi para a produção ucraniano-britânica Forgotten Routes, de *Varta Arutiunian.

🎞️ Encerramento e celebração

Leiria Film Fest 2025 terminou no Teatro Miguel Franco, com a projecção dos filmes vencedores, consolidando-se como um dos festivais mais consistentes e relevantes para a promoção de curta-metragens em Portugal, tanto nacionais como internacionais.

⚽ Disney+ vai transmitir a Liga dos Campeões Feminina da UEFA até 2030

Plataforma entra em campo e aposta forte no futebol feminino europeu com 75 jogos por época em directo

A partir da época 2025/26, a Disney+ torna-se a casa oficial da Liga dos Campeões Feminina da UEFA em toda a Europa, substituindo a DAZN como detentora dos direitos de transmissão. O acordo, com duração de cinco anos, prolonga-se até 2030 e representa uma aposta de peso no crescimento e na visibilidade do futebol feminino ao mais alto nível.

ver também : 🎬 Como uma banheira ajudou Tarantino a obter os direitos de uma série western para Once Upon a Time in Hollywood

📺 Jogos em directo e sem custos adicionais

Serão transmitidos ao vivo e na íntegra 75 jogos por temporada através da plataforma Disney+, sem custos adicionais para os assinantes. A produção ficará a cargo da ESPN, com cobertura multilingue, comentários especializados e programas de análise pré e pós-jogo.

Para além da plataforma de streaming, um jogo por semana será também emitido em canal aberto em mais de 30 países, incluindo Portugal, através da parceria com a União Europeia de Radiodifusão (UER).

🏆 Novo formato para nova era

A competição adopta igualmente um novo formato a partir da próxima temporada: uma fase de liga com 18 equipas, seguida por eliminatórias até à final. A UEFA estima que a final possa atingir mais de 200 milhões de lares europeus, cimentando a Liga dos Campeões Feminina como uma das competições desportivas mais importantes do calendário anual.

💪 Uma jogada de mestre da Disney

Este acordo reforça a estratégia da Disney+ em diversificar os seus conteúdos, alargando o catálogo para além de séries e filmes e apostando em eventos desportivos de alto perfil. É também um sinal claro do crescimento exponencial do futebol feminino e do seu potencial de audiência global.

ver também : 🎥 8MM: Quando Nicolas Cage desceu ao inferno — e levou-nos com ele

Com transmissões acessíveis, produção de qualidade e uma nova estrutura competitiva, tudo indica que o futebol feminino europeu está a entrar numa nova era — e com toda a pompa que merece.

🎬 Como uma banheira ajudou Tarantino a obter os direitos de uma série western para Once Upon a Time in Hollywood

O insólito episódio que envolveu uma banheira de luxo e uma série esquecida dos anos 60

Once Upon a Time in Hollywood (2019) é, para muitos — incluindo o próprio Quentin Tarantino —, a sua obra mais madura e contemplativa. Uma carta de amor a uma Hollywood em extinção, o filme mistura ficção e realidade, reescreve a História e mergulha fundo na cultura televisiva e cinematográfica dos anos 60. Um dos detalhes mais curiosos da narrativa é a inclusão da série western Lancer, onde a personagem de Leonardo DiCaprio, Rick Dalton, interpreta um vilão no episódio piloto.

Mas incluir uma série real num filme de grande orçamento exige mais do que boa vontade: são precisos direitos legais, e foi aí que uma simples banheira com acesso facilitado entrou em cena.


🛁 A viúva de Lancer e a banheira salvadora

Os direitos de Lancer pertenciam à viúva de Samuel A. Peeples, criador da série. Quando a equipa de produção de Tarantino a contactou, não só ela se mostrou entusiasmada com a ideia de ver a obra do marido recriada, como recusou qualquer pagamento. O gesto altruísta poderia ter ficado por aí — mas Tarantino decidiu retribuir.

Como forma de agradecimento, a equipa ofereceu-lhe uma banheira walk-in de alta gama, ideal para pessoas com mobilidade reduzida. Foi instalada na sua casa como um presente simbólico, mas profundamente útil. Segundo relatos, a viúva ficou emocionada com a atenção e o gesto.

Infelizmente, acabaria por falecer antes da estreia do filme, mas não sem antes saber que a série criada pelo marido ganharia nova vida numa superprodução de Hollywood.


📺 Lancer: a série esquecida que voltou à ribalta

Criada nos anos 60, Lancer nunca atingiu o estatuto de Gunsmoke ou Bonanza, mas deixou marca suficiente para Tarantino a recuperar como uma das peças centrais da narrativa de Once Upon a Time in Hollywood. A série original seguia os irmãos Scott Lancer e Johnny Madrid Lancer (interpretados originalmente por Wayne Maunder e James Stacy) — no filme, os papéis foram actualizados por Luke Perry e Timothy Olyphant.

Para Tarantino, incluir Lancer foi mais do que uma piscadela: foi uma homenagem ao espírito dos westerns televisivos e aos actores que viveram à sombra do estrelato durante a transição para a Nova Hollywood.

🎞️ E agora, uma sequela na Netflix?

Segundo a imprensa americana, David Fincher e Brad Pitt estão a desenvolver uma sequela para a Netflix, que deverá decorrer nos anos 70 — período de viragem estética e cultural em Hollywood. Ainda não se sabe se novas referências obscuras como Lancer farão parte do enredo, mas se depender de Tarantino, nada está fora de hipótese.

“Não estou mais em negação”: Barry Keoghan revela vício, trauma e redenção

O ator irlandês Barry Keoghan revelou recentemente a sua luta contra o vício em drogas, uma batalha profundamente enraizada na sua infância marcada por tragédias familiares. Em entrevistas recentes, Keoghan partilhou que perdeu a mãe devido ao vício em heroína quando tinha apenas 12 anos. Após a morte da mãe, ele e o irmão passaram por 14 casas de acolhimento antes de serem criados pela avó. O ator também mencionou que perdeu outros membros da família, incluindo o pai, dois tios e um primo, devido ao abuso de substâncias.  

ver também : 🎥 8MM: Quando Nicolas Cage desceu ao inferno — e levou-nos com ele

Apesar de se tornar pai em 2022, Keoghan admitiu que continuou a lutar contra o vício. Ele reconheceu que a curiosidade o levou a experimentar drogas, mesmo sabendo dos riscos envolvidos. Em declarações, afirmou: “Não estou mais em negação. Entendo que tenho um vício e sou um viciado.”  

Keoghan também falou sobre as pressões de Hollywood e como isso contribuiu para o seu consumo de drogas. Ele revelou que tem cicatrizes físicas como resultado do uso de substâncias. No entanto, agora sente-se em paz, presente e responsável pela sua vida. O ator expressou gratidão pelo apoio recebido durante o processo de reabilitação, destacando a importância de aceitar o vício para iniciar a recuperação. 

Além de abordar o seu passado, Keoghan está focado no futuro, incluindo o seu papel como Ringo Starr nos próximos filmes biográficos dos Beatles dirigidos por Sam Mendes.  

ver também : 👗 Juliette Binoche encerra Cannes 2025 com estilo descontraído e elegância à francesa

A coragem de Barry Keoghan em partilhar a sua história serve como um lembrete poderoso da importância da aceitação, do apoio e da recuperação na luta contra o vício.

🎥 8MM: Quando Nicolas Cage desceu ao inferno — e levou-nos com ele

O thriller mais sombrio de Joel Schumacher continua a perturbar, 25 anos depois

Há filmes que se recusam a oferecer conforto. 8MM (1999), realizado por Joel Schumacher, é um desses casos. Num mundo cinematográfico cheio de heróis bem-intencionados e finais redentores, esta descida aos porões da pornografia violenta e do voyeurismo doentio mantém-se como uma das propostas mais incómodas do final do século XX.

ver também: 🎬 Wagner Moura: A Força Política e Artística de um dos Maiores Actores da Língua Portuguesa

Protagonizado por Nicolas Cage num registo contido e melancólico, o filme apresenta-nos Tom Welles, um detective privado aparentemente banal, casado, pai de família, e especialista em investigações discretas para clientes ricos. Mas tudo muda quando é contratado para verificar a autenticidade de um rolo de película 8mm onde, alegadamente, uma jovem mulher é assassinada num “snuff movie”. O que parecia um caso de rotina transforma-se rapidamente numa viagem aterradora aos meandros mais grotescos da indústria pornográfica underground.


Uma viagem sem retorno

A estrutura do filme assemelha-se a uma espiral: cada pista leva Welles mais fundo num mundo de predadores, vítimas e silêncios cúmplices. Joaquin Phoenix é a companhia perfeita nesta jornada, interpretando Max California, um empregado de videoclube sarcástico e resiliente, que guia Welles por este submundo depravado com doses equilibradas de humor negro e humanidade.

Schumacher opta por uma realização fria e claustrofóbica, onde a luz é rarefeita e o moralismo está ausente. O ambiente visual é carregado, opressivo, como se o próprio espectador estivesse a perder a inocência a par do protagonista. O ritmo lento serve a construção da tensão: quanto mais Welles investiga, mais se aproxima da sua própria ruína emocional.


Verdade ou exploração?

8MM foi fortemente criticado à época pela sua temática — não apenas por expor o tema dos “snuff films”, mas por sugerir que o horror é, muitas vezes, alimentado pela nossa própria curiosidade. A fronteira entre justiça e vingança, entre investigação e obsessão, torna-se cada vez mais ténue.

O argumento de Andrew Kevin Walker (que escreveu Seven) coloca perguntas difíceis: até onde estamos dispostos a ir para descobrir a verdade? E depois de a vermos, conseguiremos alguma vez voltar ao que éramos?

ver também : 🎬 Wagner Moura conquista Cannes com “O Agente Secreto”

Um thriller imperfeito, mas necessário

Se 8MM não é um filme fácil, também nunca pretende sê-lo. É um thriller sombrio, pessimista, e por vezes mesmo sensacionalista, mas levanta questões legítimas sobre o consumo de violência, o voyeurismo moderno e o custo humano da justiça. Nicolas Cage, num papel que lhe exige contenção e fúria controlada, está em sintonia com o desconforto que o filme provoca.

Passados 25 anos, continua a ser um título que desafia o espectador — a perguntar-se onde acaba o olhar e começa a cumplicidade. E isso, num mundo que ainda consome sofrimento como entretenimento, talvez faça de 8MM um filme mais actual do que nunca.