
Depois da aposta arriscada (e financeiramente desastrosa) em Megalopolis, Francis Ford Coppola já está a preparar um novo projeto cinematográfico, mas desta vez com um orçamento bem mais modesto. O lendário realizador, que investiu e perdeu 100 milhões de dólares no seu último épico, agora quer fazer algo mais contido, mas sem perder a sua ambição criativa.
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E qual é o novo projeto? Uma adaptação de Glimpses of the Moon, romance de Edith Wharton – autora também conhecida por A Idade da Inocência, que Martin Scorsese levou ao cinema em 1993.
“Estou em pré-produção. Não tenho dinheiro porque investi tudo no Megalopolis, dinheiro que pedi emprestado. Basicamente, foi-se. Acho que vai retornar em 15 ou 20 anos, mas agora não o tenho. Portanto, tenho que fazer este filme muito barato, e é o que estou a fazer”, revelou Coppola no podcast Tetragrammaton (via World of Reel).
Uma História de Amor, Luxo e Conflito Social
A trama de Glimpses of the Moon gira em torno de Susy Branch e Nick Lansing, um casal recém-casado que vive no limite das suas possibilidades financeiras. Apaixonados, mas sem dinheiro para sustentar o estilo de vida luxuoso que desejam (viagens, festas e lazer), os dois criam um plano engenhoso:
Casar por conveniência, mas manter romances discretos com parceiros mais ricos que possam sustentá-los.
A ideia é simples: usufruem do apoio financeiro desses amantes milionários, mas continuam juntos. Claro, como qualquer história de amor cheia de interesses e ambições, as coisas não correm exatamente como planeado…
Coppola Quer Um Filme Estilo Musical dos Anos 30!
Se Megalopolis era um épico de ficção científica ambicioso e visualmente exuberante, este novo filme vai seguir uma linha completamente diferente.
Coppola descreve o projeto como um musical inspirado nos anos 30, evocando o charme e a comédia clássica de Hollywood.
A referência direta que fez foi “Com a Verdade Me Enganas” (The Awful Truth, 1937), o icónico filme de Leo McCarey protagonizado por Cary Grant e Irene Dunne. O realizador disse ainda que o filme será como se Noël Coward tivesse adaptado um romance de Edith Wharton na Inglaterra.
“O argumento está repleto de canções de Noël Coward e até já filmei algumas cenas breves”, revelou. E, pelos vistos, Coppola mudou o final do livro, que considerava “fraco”.
Do Risco ao Recomeço: Um Novo Desafio Para Coppola
A mudança de rumo é clara: depois de investir (e perder) uma fortuna em Megalopolis, Coppola agora aposta num projeto mais modesto, mas igualmente ambicioso a nível artístico.
Será que este novo filme vai recuperar parte do prestígio que Megalopolis não conseguiu conquistar?
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Com um regresso ao cinema clássico, romance e musical, Coppola pode ter encontrado a sua nova fórmula para surpreender os fãs e críticos. O que resta saber é:
Quem fará parte do elenco?
Conseguirá Coppola trazer de volta o brilho do velho Hollywood?
E tu, o que achas deste novo rumo de Coppola? Preferias vê-lo a insistir em grandes épicos ou este estilo mais contido pode ser a chave para um regresso triunfal?
Fica atento para mais novidades!
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