“Renfield: Nicolas Cage e Nicholas Hoult em Uma Comédia de Terror Imperdível”

O assistente de Drácula quer ser livre… mas será que consegue?

Se há algo que o cinema nos ensinou, é que até os vilões mais temíveis precisam de uma ajudinha. Em Renfield, o assistente pessoal do Conde Drácula, cansado de séculos de servidão, decide que chegou a hora de reescrever o seu destino. Esta hilariante comédia de terror, protagonizada por Nicolas Cage e Nicholas Hoult, estreia no dia 21 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top e no TVCine+.

Uma Premissa Divertidamente Macabra

Em RenfieldNicholas Hoult dá vida ao torturado assistente do Conde Drácula, o mestre mais narcisista e exigente que a história já viu. A tarefa de Renfield é simples (mas nada agradável): encontrar vítimas para o seu patrão e cumprir cada uma das suas ordens sádicas. Contudo, Renfield está cansado. Séculos de derramamento de sangue fizeram com que ele questionasse a sua existência, e agora ele está determinado a encontrar a liberdade. Só há um problema… Como é que se foge da sombra do Príncipe das Trevas?

Enquanto isso, Nicolas Cage, no papel de Drácula, está em plena forma, entregando-se ao seu lado mais exagerado e gótico. O ator vencedor de um Óscar proporciona uma versão deliciosamente caricatural do vampiro mais icónico do cinema.

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Um Elenco de Luxo e Um Realizador Experiente

Realizado por Chris McKay (Lego Batman: O FilmeA Guerra do Amanhã), Renfield combina humor negro, cenas de ação exageradas e gore na medida certa. O argumento, escrito por Ryan Ridley (Rick and Morty), baseia-se numa ideia original do criador de The Walking Dead e InvincibleRobert Kirkman.

Além das interpretações brilhantes de Hoult e Cage, o filme conta com um elenco de apoio de peso, incluindo Awkwafina (Crazy Rich Asians), Ben Schwartz (Sonic: O Filme) e Adrian Martinez (O Lobo de Wall Street).

Uma Celebração do Cinema “Lado B”

Renfield é mais do que uma comédia de terror: é uma homenagem ao lado B do cinema, repleto de exageros visuais, personagens grotescos e situações absurdamente hilariantes. Este é o tipo de filme que abraça o caos e diverte o público com uma abordagem fresca e irreverente a uma figura clássica como Drácula.

Uma Noite de Terror e Riso Imperdível

Prepare-se para rir, ficar tenso e, acima de tudo, divertir-se com Renfield, uma das surpresas mais originais do ano. Não perca esta estreia no TVCine Top e no TVCine+ no dia 21 de dezembro, às 21h30.

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Weird: A História de Al Yankovic – A Paródia Definitiva dos Biopics de Música Chega a Portugal

Preparem-se para uma hilariante desconstrução dos biopics musicais com “Weird: A História de Al Yankovic”, o irreverente filme que narra a trajetória (fictícia e caricatural) do inclassificável músico humorista “Weird” Al Yankovic. O filme estreia em exclusivo em Portugal no TVCine Top no dia 22 de dezembro, pelas 21h30.

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A Ascensão de um Ícone: Humor, Paródias e Acordeão

Al Yankovic é uma figura lendária, conhecido pelas suas paródias de grandes sucessos musicais, como “Eat It” (a versão cómica de Beat It, de Michael Jackson) ou “Like a Surgeon” (baseada em Like a Virgin, de Madonna). No entanto, “Weird” não é uma biografia musical tradicional. Muito pelo contrário: trata-se de uma sátira genial, repleta de exageros e reviravoltas surreais, onde até o conceito de “realidade” é virado do avesso.

Protagonizado por Daniel Radcliffe, o filme acompanha a vida “fictícia” de Al desde os seus primeiros passos musicais, passando por tórridos (e impossíveis) casos amorosos com celebridades, até ao seu lendário estilo de vida “depravado”. O que começa como uma sátira rapidamente se transforma num hilariante espetáculo que critica e homenageia os biopics clássicos de Hollywood.

Realização, Humor e Cameos de Luxo

Com realização de Eric Appel e argumento do próprio Al Yankovic em colaboração com Appel, Weird é, essencialmente, uma paródia de um género já tão bem estabelecido na indústria do cinema. A Variety descreveu o filme como “aquilo que Weird Al fez com músicas icónicas: imita, goza e transforma, mas com um profundo afeto”.

Daniel Radcliffe, conhecido mundialmente por Harry Potter, entrega uma interpretação inesperada e divertida de Yankovic. O elenco conta ainda com nomes como Evan Rachel WoodRainn WilsonJulianne Nicholson e Toby Huss. O filme é ainda pontuado por cameos surpreendentes, com destaque para Conan O’Brien e Lin-Manuel Miranda, que elevam ainda mais o humor absurdo da produção.

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Um Filme Que Celebra os Estranhos

Para os fãs do músico e de comédias irreverentes, “Weird: A História de Al Yankovic” é um tributo àqueles que celebram a criatividade fora da norma. É um filme que não se leva a sério – e essa é exatamente a sua força. Com um ritmo alucinante, piadas absurdas e um humor subversivo, o filme promete conquistar tanto os fãs de longa data como os espectadores à procura de uma comédia original e inteligente.

Quando e Onde Assistir?

Não perca a estreia exclusiva de “Weird: A História de Al Yankovic” no dia 22 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top. Para aqueles que perderem a estreia, o filme estará disponível também no TVCine+, permitindo que todos possam celebrar o estranho mundo de Al.

Sean Connery em “Indiana Jones e a Última Cruzada”: Como James Bond se tornou o pai de Indiana Jones

Em 1989, Steven Spielberg e George Lucas entregaram ao público a terceira aventura do icónico arqueólogo em “Indiana Jones e a Última Cruzada”. Mas, antes do filme se tornar um sucesso, havia um desafio quase tão grande quanto encontrar o Santo Graal: escolher o ator perfeito para interpretar Henry Jones Sr., o pai de Indiana Jones. A resposta veio de forma inesperada — o próprio Sean Connery, o eterno James Bond. No entanto, o caminho até ao casting foi tudo menos simples.

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A procura pelo pai de Indiana Jones

Após o sucesso de “Os Salteadores da Arca Perdida” e “O Templo Perdido”, Spielberg e Lucas decidiram explorar as origens emocionais de Indiana Jones. Para isso, a relação entre Indiana (Harrison Ford) e o seu pai seria o centro da história. No entanto, a escolha do ator para Henry Jones Sr. era crucial: o personagem precisava de carisma, humor e autoridade suficiente para contracenar com o aventureiro mais amado do cinema.

Vários atores veteranos foram considerados, mas muitos recusaram. A ideia de interpretar o pai de uma personagem tão emblemática era intimidante e, para alguns, uma possível ameaça à sua própria imagem. Hollywood nem sempre é amável com os atores a envelhecer, e interpretar o “pai” de uma figura como Indiana Jones parecia um risco.

Foi George Lucas quem sugeriu Sean Connery, e, embora Spielberg tenha hesitado inicialmente — poderia Connery, conhecido pelo charme e sofisticação de James Bond, convencer como um professor excêntrico e académico? —, a ideia rapidamente ganhou força. Connery era o ícone perfeito para se contrapor ao pragmático Indiana: um pai com a mente afiada e um humor peculiar, mas longe do típico herói de ação.

A difícil conquista de Sean Connery

Connery, na altura afastado dos grandes blockbusters, não se deixou convencer facilmente. O ator procurava projetos mais intimistas e menos comerciais. Mas foi o guião, com o seu equilíbrio entre humorprofundidade emocional e uma nova faceta heróica, que o cativou. O papel de Henry Jones Sr. era diferente: um herói intelectual, cujas armas eram a sabedoria e o código moral, em contraste com a ação física do filho. Além disso, Connery viu ali uma oportunidade para brincar com a sua própria imagem pública, reinventando-se numa personagem inesperada.

Connery trouxe contributos valiosos ao papel: a obsessão com o guarda-chuva e o diário, que serve tanto como ferramenta como símbolo da sua vida dedicada à pesquisa, foram toques pessoais que ajudaram a enriquecer a personagem.

A química perfeita com Harrison Ford

Um dos maiores trunfos de “Indiana Jones e a Última Cruzada” foi a química natural entre Connery e Ford. A dinâmica entre pai e filho é divertida, mas também carregada de emoção genuína, fruto da improvisação e dos instintos de Connery. Momentos icónicos, como a célebre frase “She talks in her sleep”, surgiram no momento, adicionando uma camada de humor que se tornou um dos pontos altos do filme.

Spielberg sabia que precisava de equilibrar os momentos de ação frenética com os momentos íntimos entre pai e filho, especialmente nas cenas que exploram a distância emocional entre os dois. O trabalho conjunto entre ConneryFord e Spielberg deu-nos uma das relações familiares mais memoráveis do cinema.

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O impacto e o legado de Sean Connery

Connery não só trouxe gravitas ao papel, como humanizou Indiana Jones. Pela primeira vez, vimos o herói aventureiro numa posição de vulnerabilidade, confrontado com o passado e com um pai que, apesar dos anos de distância, partilha com ele mais semelhanças do que imaginam. Connery não foi apenas um “sidekick” — ele teve o seu próprio arco narrativo, paralelo ao do filho, criando um equilíbrio que elevou o filme a algo mais profundo do que uma simples caça ao tesouro.

O papel de Henry Jones Sr. foi amplamente aclamado pela crítica e pelos fãs, sendo considerado um dos maiores destaques do filme. Spielberg não tem dúvidas sobre o impacto de Connery: “Sean fez de Henry Jones Sr. mais do que uma personagem, ele tornou-o inesquecível.”

Um sucesso intemporal

“Indiana Jones e a Última Cruzada” foi um enorme sucesso de bilheteira e crítica, consolidando-se como uma das melhores entradas da saga. O trabalho de Sean Connery tornou-se uma referência em interpretações secundárias que roubam o espetáculo. O ator, com a sua habitual elegância e humor, criou um dos pais mais emblemáticos da história do cinema.

A ideia de juntar James Bond e Indiana Jones parecia improvável, mas a decisão provou ser genialHenry Jones Sr. não só trouxe um novo lado à saga, como reforçou o legado de Sean Connery como um dos maiores nomes da sétima arte.

Morreu Diane Delano, Atriz de “Northern Lights” e “Popular”, Aos 67 Anos

Diane Delano, a carismática atriz conhecida por papéis em séries icónicas como Northern Lights e Popular, faleceu aos 67 anos. A notícia da sua morte foi confirmada esta semana, deixando uma marca indelével entre colegas de profissão e fãs das suas performances memoráveis.

Carreira Multifacetada e Personagens Icónicas

Diane Delano destacou-se pela sua capacidade de interpretar personagens fortes e inesquecíveis ao longo de mais de três décadas de carreira. Com um talento natural para equilibrar comédia e drama, tornou-se presença assídua em televisão e cinema, sendo amplamente reconhecida pela sua versatilidade e pela presença marcante no ecrã.

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Entre os papéis mais emblemáticos, destacam-se:

“Northern Lights”, onde desempenhou um papel carismático que rapidamente captou a atenção do público;

“Popular”, série teen de Ryan Murphy, na qual interpretou a inesquecível Bobbi Glass, a rígida professora de ciências e ginástica que se tornou um dos destaques cómicos da produção.

Além disso, Diane Delano participou em inúmeras séries de sucesso, incluindo CSI: Crime Scene InvestigationThe Ellen ShowER e The West Wing, consolidando-se como uma atriz versátil e talentosa.

Uma Atriz Adorada Por Gerações

Delano era particularmente apreciada pela sua abordagem única às personagens que interpretava. Com uma capacidade impressionante de equilibrar o humor irónico e a profundidade emocional, conseguiu atrair públicos de todas as idades. Em produções voltadas tanto para audiências adultas quanto para jovens, a atriz deixou sempre a sua marca com interpretações envolventes e autênticas.

Em Popular, o seu papel como Bobbi Glass tornou-se um verdadeiro fenómeno cultural, elevando a personagem de uma professora rígida a um símbolo inesperado do humor peculiar que definia a série. Esse trabalho não só evidenciou o seu talento como lhe garantiu um lugar especial no coração dos fãs.

Homenagens e Reações

A notícia da morte de Diane Delano foi recebida com uma onda de homenagens nas redes sociais e nos media. Colegas de profissão e fãs lembraram a atriz como uma pessoa generosa, dotada de um humor afiado e de um espírito inigualável.

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Ryan Murphy, criador de Popular, partilhou um tributo emocionante:

“Diane Delano era uma força da natureza. Uma atriz que conseguia transformar até as personagens mais peculiares em algo memorável e profundamente humano. Ela trouxe luz a qualquer produção onde participou e deixou um legado que jamais será esquecido.”

Um Legado Duradouro

Embora Diane Delano tenha partido cedo demais, o seu impacto no mundo da televisão e do cinema permanece vivo. Das suas personagens irreverentes às atuações mais dramáticas, a atriz conquistou um lugar de destaque na memória coletiva, inspirando novos talentos com a sua dedicação e paixão pela arte da representação.

A sua contribuição para produções icónicas como Northern Lights e Popular assegura que o seu legado será celebrado por muitos anos.

“The White Lotus”: Terceira Temporada Ganha Teaser e Data de Estreia

A espera está quase a terminar! A premiada sátira social The White Lotus está de regresso para a sua terceira temporada, desta vez com um cenário deslumbrante na Tailândia. A plataforma Max confirmou que os novos episódios vão estrear a 17 de fevereiro de 2025 e lançou um novo teaser que deixa os fãs ainda mais curiosos.

Novas Personagens e Um Regresso Surpreendente

teaser promocional revela os novos personagens que povoarão este exclusivo resort tailandês e surpreende com o regresso de Natasha Rothwell, que volta ao papel de Belinda, a gerente do spa que conhecemos na primeira temporada no Havai.

Além do regresso de Belinda, Mike White, o criador da série, prepara-nos para uma nova gama de personagens complexas e, claro, uma trama recheada de tensões sociais, segredos e… uma morte misteriosa:

Leslie Bibb, Carrie Coon e Michelle Monaghan interpretam três amigas de longa data que finalmente se reencontram numa viagem de raparigas.

Walton Goggins será um homem marcado por um peso emocional, que viaja com a sua namorada mais nova e despreocupada, interpretada por Aimee Lou Wood.

Jason Isaacs e Parker Posey formam um casal em que ele é um empresário abastado. A acompanhar estão os três filhos: Patrick Schwarzenegger (o trabalhador empenhado no negócio familiar), Sarah Catherine Hook (uma estudante de religião) e Sam Nivola.

Lalisa Manobal, conhecida como Lisa do grupo de K-pop BLACKPINK, terá o papel de mentora de saúde e bem-estar para os hóspedes.

Lek Patravadi será um dos visionários proprietários do resort, enquanto Tayme Thapthimthong surge como um dos seguranças.

As gravações decorreram em locais paradisíacos como Koh SamuiPhuket e Bangkok, assegurando que, mais uma vez, The White Lotusmantém o seu visual deslumbrante como pano de fundo para os conflitos e hipocrisias da elite.

De Resort em Resort: Um Fenómeno Global

A série, criada por Mike White (também conhecido pelo argumento de Escola de Rock e Enlightened), começou em 2021 como uma minissérie autossuficiente. A primeira temporada, situada no Havai, explorava com ironia o privilégio da classe alta e a dinâmica desigual entre hóspedes e funcionários, tornando-se um fenómeno cultural ao arrecadar 10 Emmys em 20 nomeações.

Dado o sucesso avassalador, The White Lotus regressou em 2022 com uma segunda temporada passada na Sicília. Renovando quase todo o elenco, trouxe de volta Jennifer Coolidge (num papel que lhe valeu um Emmy) e adicionou nomes como Aubrey Plaza, Michael Imperioli e Theo James. A fórmula foi semelhante: um grupo de hóspedes ricos e disfuncionais, uma morte misteriosa e uma crítica mordaz às estruturas sociais. O resultado? 23 nomeações aos Emmys e 5 estatuetas conquistadas.

Agora, com a terceira temporada, a série promete levar a sua sátira social e os seus mistérios para novas alturas.

O Que Esperar da Terceira Temporada?

Se há algo que The White Lotus nos ensinou é que nada é o que parece. Enquanto os hóspedes desfrutam de paisagens idílicas e serviços de luxo, as relações desmoronam, os segredos vêm à tona e a narrativa conduz-nos a uma inevitável morte, cuja identidade só será revelada nos episódios finais.

Com um elenco de peso e uma atmosfera de tensão e humor ácido, Mike White mais uma vez promete explorar as complexidades da natureza humana num ambiente opulento.

Prepare as Malas: A Tailândia Aguarda

Marque no calendário: 17 de fevereiro é o dia do check-in no The White Lotus tailandês. Com 8 episódios, a terceira temporada já é um dos lançamentos mais aguardados de 2025.

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Werner Herzog: “A Inteligência Artificial Nunca Será Tão Boa Como Eu”

O lendário cineasta alemão Werner Herzog, conhecido pelas suas produções ousadas e por uma personalidade desafiadora, deixou clara a sua posição em relação à Inteligência Artificial (IA). Durante a apresentação de uma retrospetiva da sua obra no Centro Georges Pompidou, em Paris, Herzog não poupou ironia: “A IA é uma ferramenta fantástica… mas para agentes imobiliários.”

Uma Ferramenta, Não um Criador de Histórias

Aos 82 anos, Herzog continua ativo e irreverente. Além de apresentar a retrospetiva “Aventuras dos Anos 2010 e 2020”, o realizador está também a lançar um filme baseado nos arquivos dos vulcanólogos Katia e Maurice Krafft e a promover as suas memórias, agora disponíveis em francês com o título “Chacun pour soi et Dieu contre tous” (Cada Um por Si e Deus Contra Todos, em tradução literal).

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Sobre o papel da IA no cinema, Herzog é categórico:

“A IA tenta escrever guiões. Pode fazer isso. Se forem estereótipos, pode conseguir. Até fazer filmes, mas nunca conseguirá fazer filmes tão bons como os meus. A IA é demasiado estúpida para isso!”

Herzog acredita que, apesar das tentativas de utilização da IA para criar histórias, todas acabarão por falhar. Para ele, a narrativa humana, com toda a sua complexidade e sensibilidade, está fora do alcance da tecnologia:

“A IA é perfeita para nos vender casas, mostrar uma visita virtual com uma cozinha atrás e o oceano pela janela. Mas não é uma ferramenta para contar histórias.”

Um Realizador de Obra Incomparável

Herzog tornou-se uma lenda do cinema por obras monumentais como “Aguirre, o Aventureiro” (1972), filmado em condições extremas na selva, e “Fitzcarraldo” (1982), onde fez subir um navio de 300 toneladas por uma montanha. Estes projetos, frequentemente considerados excêntricos ou loucos, definiram a sua reputação como um dos grandes nomes do Novo Cinema Alemão.

Mesmo com uma filmografia tão vasta, Herzog lamenta que muitos desconheçam os seus trabalhos mais recentes:

“Às vezes, as pessoas acreditam que não filmei nada desde ‘Fitzcarraldo’, mas fiz pelo menos 27 filmes desde então!”

Entre esses trabalhos, destaca-se o documentário em 3D “A Gruta dos Sonhos Perdidos” (2010), uma homenagem à descoberta das pinturas rupestres da gruta de Chauvet, que Herzog descreve como o momento em que “a alma humana acordou”.

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O Legado e a Posteridade

Ao longo de toda a carreira, Herzog manteve um interesse pelos marginalizados, pelos temas existenciais e pela busca por imagens inéditas que desafiam a perceção humana. Questionado sobre o seu legado, o realizador refuta qualquer ambição de imortalidade:

“Não me preocupo muito com a posteridade. Não há vaidade nem ambição em mim.”

Ainda assim, criou recentemente uma fundação para preservar os seus filmes, assumindo que esta é uma responsabilidade que transcende a sua própria existência:

“Isto durará muito para além da minha própria existência, e aceitei isso. Faz parte do meu dever como cineasta.”

Um Cineasta Contra o Tempo Moderno

Herzog reafirma o seu lugar como um artista singular, que resiste às tendências tecnológicas e defende a autenticidade do cinema enquanto expressão humana. Enquanto muitos debatem o impacto da IA na sétima arte, Herzog, fiel à sua visão irreverente e provocadora, conclui com confiança:

“A IA nunca será tão boa como eu.”

O seu trabalho, marcado por uma dedicação à experiência humana e à imprevisibilidade do real, permanece uma referência incontornável no cinema mundial.

“Fogo do Vento”, de Marta Mateus, Premiado no Festival de Cinema Avant-Garde na Grécia

O filme “Fogo do Vento”, da realizadora Marta Mateus, conquistou mais um importante reconhecimento internacional ao vencer um Prémio Especial do Júri no Festival de Cinema Avant-Garde, em Atenas. Este é mais um passo significativo no percurso da realizadora portuguesa, cujo cinema tem sido aclamado pela crítica internacional pela sua profundidade e sensibilidade temática.

Um Cinema de Resistência e Memória

“Fogo do Vento”, a primeira longa-metragem de Marta Mateus, dá continuidade à reflexão iniciada na sua premiada curta “Farpões Baldios” (2017). A obra, centrada numa comunidade do Alentejo, explora as memórias coletivas que atravessam gerações, desde a resistência à ditadura salazarista até aos desafios do presente.

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A narrativa de Mateus destaca-se por uma abordagem poética e visualmente rica, que convoca as lutas passadas e as aspirações do presente, num olhar atento à interligação entre história, identidade e resistência. De acordo com o júri, o filme apresenta um discurso relevante no contexto geopolítico mundial atual, onde as tensões entre guerra e paz voltam a dominar o debate internacional.

Reconhecimento Internacional

A vitória em Atenas, onde o filme recebeu um prémio especial ‘ex-aequo’ ao lado de “Direct Action”, de Guillaume Cailleau e Ben Russell, é apenas mais um marco no percurso de “Fogo do Vento”. Desde a sua estreia mundial em agosto passado, no prestigiado Festival de Locarno, o filme tem vindo a acumular distinções:

Prémio Especial do Júri FIPRESCI no Festival de Gijón, em Espanha.

Prémio de Melhor Realização no Festival Caminhos do Cinema Português, em Coimbra.

Estes reconhecimentos demonstram não só a força autoral de Marta Mateus, mas também a crescente projeção do cinema português em festivais internacionais.

O Festival Avant-Garde: Uma Celebração do Cinema de Autor

13.ª edição do Festival de Cinema Avant-Garde, organizado pela Cinemateca Grega, contou com a exibição de 84 filmes, reunindo obras de diferentes geografias e estilos. A sessão de abertura foi marcada pela presença do realizador Miguel Gomes, com a exibição do seu mais recente filme, “Grand Tour”.

Além de “Grand Tour”, o festival programou duas outras obras fundamentais na filmografia de Gomes:

“Aquele Querido Mês de Agosto” (2008).

“Tabu” (2012).

Ambos os filmes contam com a assinatura visual do diretor de fotografia Rui Poças, presença importante no panorama cinematográfico português. A atriz Crista Alfaiate, uma das protagonistas de “Grand Tour”, marcou igualmente presença no evento.

Marta Mateus e o Futuro do Cinema Português

O sucesso de “Fogo do Vento” reafirma a importância do cinema autoral português no cenário mundial. Marta Mateus, com a sua visão artística e narrativa única, posiciona-se como uma das vozes mais promissoras do cinema europeu contemporâneo, consolidando um estilo marcado pela memória históricapoesia visual e compromisso social.

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Com o circuito de festivais a impulsionar a obra, “Fogo do Vento” promete continuar a emocionar e desafiar públicos em todo o mundo.

Morreu Marisa Paredes, a Icónica Atriz dos Filmes de Pedro Almodóvar

Marisa Paredes, uma das atrizes mais emblemáticas do cinema espanhol e colaboradora de longa data do realizador Pedro Almodóvar, faleceu aos 78 anos. Conhecida pela sua presença magnética no grande ecrã, Paredes tornou-se uma figura icónica, deixando um legado imenso na história do cinema europeu.

Uma Carreira Marcada pelo Cinema de Almodóvar

Nascida em Madrid, a 3 de abril de 1946, Marisa Paredes construiu uma carreira sólida e internacional ao longo de seis décadas. Embora tenha começado a sua jornada artística no teatro e televisão espanhola nos anos 60, foi o seu trabalho com Pedro Almodóvar que lhe trouxe fama mundial. A colaboração entre os dois tornou-se histórica, criando alguns dos filmes mais icónicos do cinema contemporâneo.

Tudo Sobre a Minha Mãe

Paredes destacou-se em papéis memoráveis, como em:

“De Salto Alto” (1991), onde interpretou a mãe glamorosa e complicada de Victoria Abril.

“A Flor do Meu Segredo” (1995), protagonizando uma escritora em crise, um papel que consolidou o seu estatuto como musa de Almodóvar.

“Tudo Sobre a Minha Mãe” (1999), vencedor do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, onde brilhou num papel mais secundário, mas essencial para a narrativa.

Os filmes de Almodóvar proporcionaram a Paredes a oportunidade de explorar personagens intensas, complexas e muitas vezes à beira da autodescoberta, características que se tornaram a sua assinatura artística. A elegância e a força emocional que trouxe a cada papel fizeram dela uma das grandes damas do cinema espanhol.

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Uma Atriz de Reconhecimento Internacional

Além da parceria com Almodóvar, Marisa Paredes trabalhou com outros realizadores de renome, incluindo Roberto Benigni em “A Vida é Bela” (1997), onde teve uma participação especial. O seu talento foi igualmente celebrado em França e Itália, mercados onde a atriz manteve uma presença constante.

Paredes foi nomeada presidente da Academia de Cinema Espanhol entre 2000 e 2003, um papel em que lutou pela valorização do cinema ibérico no contexto internacional. A sua voz firme e apaixonada fez dela não apenas uma artista, mas também uma defensora das artes e dos direitos dos artistas.

Reações e Homenagens

A morte de Marisa Paredes deixou um vazio no coração do cinema espanhol. Personalidades do cinema e teatro manifestaram o seu pesar e admiração pela atriz. Pedro Almodóvar, com quem partilhou uma relação artística e de amizade ao longo de décadas, declarou:

“Marisa era o rosto da elegância e da dor em simultâneo. Uma atriz que podia expressar tudo com um olhar. Uma perda irreparável.”

Outros nomes como Penélope CruzCarmen Maura e Antonio Banderas também prestaram homenagem, recordando o impacto profundo de Marisa Paredes no cinema europeu e na vida das gerações futuras de atores e atrizes.

O Legado de Marisa Paredes

Com a sua partida, Marisa Paredes deixa um legado de talento e autenticidade que transcende o tempo. As suas performances, cheias de emoção e profundidade, permanecerão como um testemunho eterno do seu amor pela arte. Mais do que uma atriz, Paredes foi uma musa, uma voz e um símbolo da força feminina no cinema.

“The Boys”: Criadores Revelam Detalhes Explosivos Sobre a 5ª e Última Temporada

A contagem decrescente para o fim de “The Boys” já começou, e a quinta temporada promete ser tão ousada quanto imprevisível. Durante um recente painel FYC promovido pela SAG-AFTRA, o criador e showrunner Eric Kripke adiantou que os episódios finais da popular série da Prime Video vão “rebentar com as portas” em termos de narrativa e emoção.

Liberdade Criativa no Final da Linha

A derradeira temporada de “The Boys”, atualmente em produção, marca o culminar de uma das séries mais controversas e aclamadas do streaming. Para Kripke, a decisão de encerrar a série com cinco temporadas não foi forçada, mas sim um planeamento consciente desde o início:

“É muito divertido quando é o fim. É difícil, e ainda não me atingiu a emoção disso. Mas, do ponto de vista da história, não ter que prolongar os enredos para além desta temporada permite-nos realmente explodir com tudo de uma forma emocionante.”

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O ator Antony Starr, que interpreta o ameaçador Homelander, expressou gratidão pelo facto de a Prime Video ter dado à equipa espaço para decidir quando terminar a série. Starr enfatizou que a certeza desde o início permitiu ao elenco e à produção aproveitar cada momento.

“Muitas vezes, o teu programa é cancelado e não vês o comboio a chegar. Nós sabíamos desde o primeiro dia que seriam cinco temporadas.”

Homelander: Entre o Trauma e a Insanidade

Com Homelander assumindo o papel de líder de facto do mundo livre após os acontecimentos da 4ª temporada, o seu arco final promete ser complexo e perturbador. Segundo Kripke:

“Ele é literalmente todo trauma. O que ele interpreta tão bem é que Homelander quer ser um deus, mas é um homem. Isso está a enlouquecê-lo, lentamente ou nem tanto. Lidar com o envelhecimento, com insegurança, com a necessidade de amor — coisas muito humanas — são realidades que ele detesta e precisa ao mesmo tempo.”

Kripke elogiou Antony Starr por capturar com perfeição a dualidade de Homelander, que se encontra num ponto de rutura emocional e psicológica. O ator, por sua vez, não perdeu a oportunidade de brincar com a ideia de um spinoff para Homelander, sugerindo que a personagem poderia protagonizar uma sitcom intitulada “Homefree”, com estreia hipotética em 2025.

Uma Conclusão Explosiva e Emocional

Ao lado de Starr, os atores Laz Alonso (Mother’s Milk) e Jessie T. Usher (A-Train) também participaram no painel, refletindo sobre o impacto da série e o ambiente único no set. Starr destacou o forte vínculo entre o elenco e a equipa, assegurando que todos estão prontos para dar tudo nesta última temporada.

A abordagem irreverente, crítica e brutal de “The Boys” tem sido um sucesso desde a sua estreia, conquistando milhões de fãs e redefinindo o género de super-heróis. Com o fim à vista, a série prepara-se para encerrar em grande, explorando os limites do poder, da moralidade e da insanidade numa sociedade distópica.

Kripke garantiu que os fãs podem esperar surpresas arrebatadoras e um desfecho que honra os personagens e o tom singular da série.
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O Futuro Depois de “The Boys”

Embora “The Boys” esteja a chegar ao fim, o universo da série continua a expandir-se com spin-offs como “Gen V”. E, claro, as brincadeiras sobre “Homefree” deixam no ar a ideia de que talvez ainda não tenhamos visto o último de Homelander.

Preparem-se: a quinta temporada promete ser épica, devastadora e absolutamente inesquecível.

“Red One” Torna-se o Filme Mais Visto de Sempre no Prime Video com 50 Milhões de Espectadores

O Natal chegou mais cedo para a Prime Video, com a comédia de ação natalícia “Red One”, protagonizada por Dwayne Johnson e Chris Evans, a alcançar um feito impressionante. O filme tornou-se a estreia mais vista de sempre na plataforma, acumulando 50 milhões de espectadores em todo o mundo durante o fim de semana de lançamento (quatro dias), mesmo após uma receção modesta nas bilheteiras dos cinemas.

Um Milagre de Natal ou uma Estratégia de Ouro?

Realizado por Jake Kasdan e com um orçamento gigante de 250 milhões de dólares“Red One” teve um início tímido nas salas de cinema em novembro, arrecadando apenas 32 milhões de dólares nos EUA. No entanto, este desempenho modesto nas bilheteiras parece não ter preocupado a Amazon MGM Studios.

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Kevin Wilson, responsável pela distribuição teatral do estúdio, esclareceu numa entrevista à Variety que o valor destes filmes reside num modelo de negócios diferente, onde a estreia no cinema funciona como uma enorme campanha de marketing para o streaming. Segundo Wilson:

“Se conseguimos lançar estes filmes nos cinemas e cobrir os custos de marketing, por que não faríamos isso? É uma campanha paga antes do filme chegar ao streaming.”

O sucesso da estratégia foi confirmado quando Jennifer Salke, chefe da Amazon MGM Studios, afirmou:

“A resposta do público a ‘Red One’, tanto nos cinemas como no Prime Video, prova que o filme será um favorito natalício durante muitos anos. Trabalhámos em conjunto com os realizadores para encontrar a estratégia certa que permitisse chegar ao maior público possível.”

Uma Aventura Natalícia para Toda a Família

“Red One” traz Dwayne Johnson como Callum Drift, o chefe de segurança do Polo Norte, que se vê forçado a fazer equipa com o hacker desajeitado Jack O’Malley (interpretado por Chris Evans) para resgatar o Pai Natal, raptado em plena época natalícia.

O elenco inclui ainda estrelas como Lucy LiuKiernan ShipkaBonnie HuntKristofer HivjuNick KrollWesley Kimmel e J.K. Simmons, que interpreta o próprio Pai Natal. O filme tem classificação PG-13, garantindo entretenimento para toda a família.

Apesar das críticas mornas, com apenas 33% no Rotten Tomatoes, a reação do público foi positiva, tendo recebido um A- no CinemaScore, uma avaliação baseada diretamente na opinião dos espectadores.

Streaming vs. Bilheteiras: O Futuro do Cinema?

A estratégia da Amazon MGM Studios prova ser eficaz na era do streaming. A empresa utilizou a estreia nos cinemas para impulsionar a visibilidade do filme, uma tática que não só recupera os custos de marketing como amplia o alcance do público quando a obra chega ao streaming.

O sucesso de “Red One” junta-se a outro êxito recente do Prime Video, “Road House”, com Jake Gyllenhaal, que também atingiu 50 milhões de espectadores, embora ao longo de dois fins de semana. A diferença? “Red One” conseguiu a mesma proeza num espaço de apenas quatro dias.

“Red One”: Um Clássico de Natal à Vista?

Com um enredo leve e divertido, que mistura ação, humor e espírito natalício“Red One” posiciona-se como um potencial clássico para as épocas festivas nos próximos anos. O investimento de risco da Amazon MGM Studios parece ter sido justificado, mostrando que a combinação entre lançamentos teatrais e streaming pode ser a receita perfeita para o sucesso.

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Prepare-se para mais aventuras no Polo Norte, porque, pelo que tudo indica, “Red One” veio para ficar.

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“Air: A História que Mudou o Desporto” – O Drama de Ben Affleck Estreia na TVCine

No dia 20 de dezembro, o canal TVCine Top traz aos espectadores uma história que transcende o desporto: “Air”, o aclamado filme realizado por Ben Affleck e protagonizado por um elenco de peso liderado por Matt Damon. A estreia está marcada para as 21h30 e promete recontar a parceria que revolucionou o mundo do basquetebol e do marketing desportivo.

Uma Revolução no Mundo do Desporto

Baseado em factos verídicos, “Air” centra-se na criação da icónica marca Nike Air Jordan em 1984, um momento que não só mudou a história do desporto, mas também as regras da indústria do sponsoring. A narrativa segue Sonny Vaccaro (Matt Damon), um visionário responsável pela divisão de basquetebol da Nike, que aposta tudo num jovem promissor e, até então, desconhecido Michael Jordan.

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O filme explora não apenas a audaciosa aposta de Vaccaro, mas também a influência da mãe de Michael, Deloris Jordan (interpretada pela poderosa Viola Davis), que desempenha um papel crucial na proteção e valorização do talento inegável do filho.

Ben Affleck e o Respeito pela História

Com argumento de Alex Convery, a realização de Ben Affleck traz um olhar honesto e inspirador sobre os bastidores desta aposta. O próprio Affleck, que também assume o papel de Phil Knight, o cofundador da Nike, imprime uma energia autêntica ao filme, destacando os desafios enfrentados pela empresa na altura.

A história não se limita ao desporto. “Air” mergulha em temas como visão, ambição e o impacto cultural, mostrando como uma simples parceria se transformou num fenómeno global, alterando para sempre a relação entre atletas e marcas desportivas.

Um Elenco de Estrelas

Além de Matt Damon e Viola Davis, “Air” conta com interpretações memoráveis de Jason Bateman, Chris Tucker, Chris Messina e do próprio Ben Affleck. O elenco eleva o filme, equilibrando momentos emocionais com diálogos afiados e inspiradores.

Viola Davis destaca-se como Deloris Jordan, oferecendo uma atuação que já lhe valeu elogios pela crítica e a colocando no centro emocional da narrativa. A sua determinação e sabedoria transformam-na numa figura inesquecível.

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Um Filme de Aplausos e Reconhecimento

Nomeado para dois Globos de Ouro“Air” conquistou crítica e público pela sua autenticidade, narrativa envolvente e performances arrebatadoras. Mais do que um filme sobre basquetebol, é uma homenagem à capacidade de sonhar grande e ultrapassar limites.

Se a história de Michael Jordan é, por si só, lendária, “Air” oferece um olhar único sobre os bastidores, revelando como uma marca pode redefinir o conceito de sucesso e cultura global.

Não Perca na TVCine Top

Prepare-se para uma noite de cinema memorável com a estreia de “Air”, no dia 20 de dezembro, às 21h30 na TVCine Top. Pela primeira vez, este drama que celebra os sonhos e a visão de grandes líderes estará disponível para o público português.

Simon Baker Assina com Gersh e Reforça a Sua Presença em Grandes Projetos Cinematográficos e Televisivos

Simon Baker, ator amplamente reconhecido pelo seu papel icónico na série The Mentalist, assinou recentemente com a agência Gersh para representação, um passo significativo numa carreira que continua a prosperar tanto no cinema quanto na televisão. O ator e realizador australiano, que ganhou aclamação internacional com o papel de Patrick Jane, promete um 2025 cheio de projetos de alto nível, solidificando ainda mais a sua posição como um dos talentos mais versáteis da indústria.

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Um Palmarés de Sucesso

Baker destacou-se inicialmente em The Mentalist, série que foi transmitida em mais de 130 países e lhe rendeu nomeações ao SAG, Emmy e Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator. No cinema, participou em grandes produções como L.A. Confidential (vencedor de um Óscar), The Devil Wears Prada e Margin Call. Nos últimos anos, Baker tem expandido os seus horizontes, conquistando prêmios como Melhor Ator no Australian Film Critics Association Awards e no Film Critics Circle Awards de 2024, graças ao seu desempenho no filme Limbo, realizado por Ivan Sen.

Projetos Atuais e Futuros

Cinema

Simon Baker está envolvido em vários projetos de destaque. Atualmente, encontra-se a filmar a série da Amazon Scarpetta, onde contracena com nomes de peso como Nicole Kidman, Jamie Lee Curtis e Ariana DeBose. Outro projeto aguardado é Klara and the Sun, uma colaboração com Taika Waititi para a Sony, que inclui um elenco impressionante liderado por Jenna Ortega, Amy Adams e Natasha Lyonne. Além disso, Baker irá brilhar na série limitada The Narrow Road to the Deep North, da Sony, ao lado de Jacob Elordi, com realização de Justin Kurzel.

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Televisão

No campo televisivo, Baker destacou-se recentemente em Boy Swallows Universe, uma série australiana da Netflix baseada no romance semi-autobiográfico de Trent Dalton. A produção alcançou enorme sucesso, tornando-se a série australiana mais vista na plataforma, com 8 milhões de visualizações globais nas primeiras duas semanas.

Produção

Demonstrando a sua faceta de criador, Baker associou-se à Made Up Stories e Lee-Anne Higgins para desenvolver uma adaptação do romance Lioness, de Emily Perkins. Este projeto reforça o seu compromisso em explorar histórias impactantes e diversificadas.

Um Novo Capítulo com Gersh

A decisão de Simon Baker de assinar com Gersh abre novas possibilidades de colaboração com grandes estúdios e realizadores. Conhecida pela sua expertise em representar talentos multifacetados, a Gersh permitirá a Baker ampliar a sua já notável presença na indústria global.

James Gunn Revela Primeiro Poster de “Superman” com Homenagem ao Clássico de Christopher Reeve

O aguardado regresso de Superman ao grande ecrã já começa a ganhar forma, com o realizador James Gunn a divulgar o primeiro poster do filme, que tem David Corenswet como o novo Homem de Aço. Intitulado provisoriamente Superman: Legacy, o filme estreia a 11 de julho de 2025 e marca o início de uma nova era no universo DC Studios, agora sob a liderança de Gunn e Peter Safran.

Um Olhar ao Passado e ao Futuro

O poster revelado traz referências claras à versão icónica de Christopher Reeve em Superman (1978). A imagem apresenta Corenswet como Superman a olhar para o céu enquanto levita, com o traje clássico em tons de vermelho, azul e amarelo a misturar-se num fundo dinâmico, sugerindo o movimento veloz e épico do herói em direção ao infinito. O slogan “Look up” (Olha para cima) reforça o tom aspiracional e heróico, característica central da lenda do Superman.

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Além disso, a componente sonora do poster presta uma homenagem subtil ao compositor John Williams, responsável pelo tema inesquecível do filme de 1978. Nesta nova versão, a música emblemática foi reinterpretada, com uma abordagem mais tranquila e introspectiva. Os instrumentos de sopro e metais foram substituídos por cordas suaves, enquanto uma voz feminina canta o tema com delicadeza, dando uma nova perspetiva ao legado musical do herói.

Primeiro Trailer em Contagem Decrescente

A Warner Bros. anunciou que o primeiro trailer será lançado na quinta-feira, 14 de dezembro, às 14h (horário de Lisboa). Num curto vídeo promocional com o logótipo do Superman, o estúdio repete a frase “Look up”, criando ainda mais expectativa para a chegada da nova visão de James Gunn sobre o Homem de Aço.

Um Elenco Estelar e Novos Horizontes

Com David Corenswet no papel principal, Superman traz um elenco diversificado e repleto de nomes de destaque. Rachel Brosnahan interpretará Lois Lane, enquanto Nicholas Hoult será o icónico vilão Lex Luthor. O filme conta ainda com Isabela Merced como Hawkgirl, Edi Gathegi como Mister Terrific, Nathan Fillion como Guy Gardner (o Lanterna Verde), Anthony Carrigan como Metamorpho, Skyler Gisondo como Jimmy Olsen e outros.

Este filme é o primeiro lançamento da nova DC Studios, com Gunn e Safran a prometerem uma abordagem revitalizada e coerente ao universo cinematográfico da DC. Ao mesmo tempo, o filme carrega o peso de manter o equilíbrio entre inovação e respeito pelo legado, especialmente ao fazer referência direta à era de Christopher Reeve, que moldou a imagem do Superman para gerações.

Expectativa e Renovação

James Gunn, conhecido pelo seu talento em equilibrar humor, ação e profundidade emocional, terá agora a responsabilidade de devolver ao Superman o papel central que sempre ocupou como o mais icónico dos super-heróis. A escolha de Corenswet para o papel reflete uma aposta num ator capaz de trazer uma nova energia ao personagem, ao mesmo tempo que honra os traços fundamentais de esperança, compaixão e heroísmo que definem o Homem de Aço.

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Com o slogan “Look up” e uma promessa de reinterpretação visual e narrativa, Gunn deixa claro que a nova abordagem será tanto um tributo ao passado quanto uma visão ousada para o futuro.

Cinemateca Francesa Cancela Exibição de “O Último Tango em Paris” Após Protestos e Preocupações com Segurança

A Cinemateca Francesa tomou a decisão controversa de cancelar a exibição de O Último Tango em Paris (1972), uma obra icónica mas também profundamente polémica. O filme, realizado por Bernardo Bertolucci e protagonizado por Marlon Brando e Maria Schneider, estava agendado para ser exibido a 15 de dezembro como parte de uma retrospetiva dedicada a Brando. Contudo, protestos de associações feministas e preocupações de segurança levaram à suspensão da sessão, que incluiria também um debate sobre as controvérsias em torno da produção.

Uma Decisão Marcada por Protestos e Controvérsia

A cena mais polémica do filme — uma sequência de violação simulada, gravada sem o consentimento prévio de Maria Schneider — tem sido amplamente criticada ao longo dos anos, especialmente após o surgimento do movimento #MeToo. Schneider, que tinha apenas 19 anos na altura das filmagens, revelou mais tarde que a cena foi planeada pelo realizador e por Brando sem o seu conhecimento. “Eu senti-me violada, tanto por Marlon como por Bertolucci”, afirmou Schneider numa entrevista antes de falecer em 2011.

Associações feministas, atrizes e figuras públicas apelaram à Cinemateca para cancelar ou, pelo menos, contextualizar a exibição do filme, denunciando a falta de respeito para com Schneider. Judith Godrèche, uma figura de destaque do movimento #MeToo em França, criticou duramente a instituição, apelando à inclusão de uma mediação que abordasse o trauma vivido pela atriz.

A Cinemateca e a Responsabilidade de Contextualizar

Inicialmente, a Cinemateca planeava acompanhar a exibição de O Último Tango em Paris com um debate sobre as questões éticas e sociais que o filme levanta. Contudo, Frédéric Bonnaud, diretor da Cinemateca, anunciou o cancelamento da sessão numa declaração oficial, citando preocupações de segurança. “Somos uma cinemateca, não um acampamento entrincheirado”, afirmou, referindo-se à crescente hostilidade e à potencial ameaça à segurança dos funcionários e do público.

A decisão surge numa altura sensível, em que o julgamento de Christophe Ruggia, acusado de agressão sexual à atriz Adèle Haenel quando esta era menor, está em andamento, reacendendo debates sobre a violência e o abuso no meio cinematográfico.

O Legado Polémico de O Último Tango em Paris

Lançado em 1972, O Último Tango em Paris foi imediatamente recebido com reações extremas, desde aclamação como obra-prima artística até repúdio devido à sua representação explícita de sexualidade e violência. A cena em questão levou a que o filme fosse classificado como pornográfico e condenado por diversas instituições, incluindo o Vaticano. Décadas depois, a sequência tornou-se um símbolo das práticas abusivas de algumas produções cinematográficas.

Jessica Chastain, uma das figuras de destaque do movimento #MeToo, criticou o filme em 2017: “Ver uma jovem de 19 anos a ser violada por um homem de 48 anos e saber que isso foi planeado deixa-me doente.” Estas palavras refletem um sentimento generalizado de que as práticas de rodagem da época muitas vezes ignoravam os direitos e a dignidade das mulheres.

A Reação da Indústria e o Debate Contínuo

A Cinemateca Francesa já tinha enfrentado situações semelhantes no passado. Em 2017, cancelou uma retrospetiva dedicada a Jean-Claude Brisseau, condenado por assédio sexual. Desta vez, a instituição encontrou-se novamente no centro de uma tempestade mediática, com críticos divididos entre a defesa da liberdade de expressão artística e a necessidade de abordar a violência histórica contra mulheres no cinema.

Por um lado, sindicatos como o SFA-CGT afirmaram que “filmar e transmitir violações continua a ser condenável”. Por outro, defensores da exibição do filme argumentaram que a obra deveria ser apresentada num contexto que permitisse a discussão informada sobre o seu impacto e significado histórico.

Conclusão

O cancelamento de O Último Tango em Paris na Cinemateca Francesa é mais do que uma decisão administrativa; é um reflexo das tensões em curso na indústria cinematográfica, onde a necessidade de reavaliar práticas passadas colide com a preservação do legado artístico. À medida que o cinema continua a enfrentar os desafios do movimento #MeToo, o caso deste filme serve como um lembrete de que, por vezes, a arte e a ética podem entrar em conflito de maneiras difíceis de resolver.

Steven Spielberg Regressa à Ficção Científica com “The Dish”: O Que Sabemos Até Agora

Steven Spielberg, o visionário realizador que definiu o cinema de ficção científica com obras-primas como E.T. – O Extraterrestre e Encontros Imediatos do Terceiro Grau, está oficialmente de volta ao género que ajudou a moldar. O seu próximo projeto, intitulado The Dish, marca um regresso às origens, com uma narrativa que promete explorar novamente o território sci-fi, depois de uma década dedicada a outros géneros.

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O Regresso à Ficção Científica

Nos últimos anos, Spielberg dedicou-se a projetos diversificados como Bridge of SpiesThe PostWest Side Story e The Fabelmans, uma autobiografia cinematográfica profundamente pessoal. Contudo, o argumento de The Dish, escrito por David Koepp, sinaliza um retorno ao género que lhe valeu aclamação global.

Durante uma entrevista ao podcast da The Playlist, David Koepp revelou que o filme será um regresso ao sci-fi clássico. “É ficção científica. Eu não devia estar a dizer isto, mas sim, é. Será um género diferente do que ele tem feito ultimamente. Algo que costumava fazer e já não faz há algum tempo”, comentou Koepp.

A Parceria Spielberg-Koepp

David Koepp é um nome familiar entre os fãs de Spielberg. O argumentista já colaborou com o realizador em dois projetos icónicos: Jurassic Park (1993), que revolucionou os efeitos visuais e arrecadou mais de 900 milhões de dólares, e War of the Worlds (2005), uma interpretação intensa do clássico de H.G. Wells. Ambos os filmes foram sucessos críticos e comerciais, cimentando Koepp como um dos colaboradores mais confiáveis de Spielberg.

O Elenco e a Produção

The Dish contará com um elenco de luxo. Emily Blunt, nomeada aos BAFTA pelo seu papel em Oppenheimer, lidera o grupo, que inclui ainda Josh O’Connor (The Crown), Colin Firth (O Discurso do Rei) e Colman Domingo (The Color Purple). A direção de fotografia estará novamente a cargo de Janusz Kamiński, parceiro habitual de Spielberg desde A Lista de Schindler.

A produção terá início em fevereiro de 2025, com filmagens programadas para Nova Jérsia e Atlanta. Ainda não foram revelados detalhes sobre a trama, mas, conhecendo Spielberg, é provável que combine narrativas humanas envolventes com espetáculos visuais impressionantes.

Expectativa dos Fãs e o Legado Sci-Fi de Spielberg

Com The Dish, Spielberg enfrenta o desafio de estar à altura do seu próprio legado. Filmes como E.T.Encontros Imediatos do Terceiro Grau e Minority Report definiram o padrão para o género, misturando tecnologia futurista com reflexões emocionais sobre a humanidade. Se este novo projeto seguir essa tradição, promete tornar-se mais uma peça essencial na sua vasta filmografia.

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“Kraven, o Caçador” Tem Abertura Fraca nas Bilheteiras: O Que Correu Mal no Novo Filme da Sony/Marvel

O mercado de filmes de super-heróis, outrora um porto seguro para grandes sucessos de bilheteira, parece estar a atingir um ponto de saturação, e o mais recente exemplo dessa mudança é Kraven, o Caçador. Estreando com um dececionante total de $11 milhões no fim de semana de abertura, o filme tornou-se o pior desempenho inicial da Sony no universo Marvel.

O Contexto do Fracasso

Desde o início, Kraven, o Caçador enfrentou desafios significativos. A produção começou em 2018, quando os filmes de super-heróis ainda dominavam as bilheteiras sem grandes questionamentos. Contudo, o panorama mudou drasticamente desde então, com o público a demonstrar sinais de cansaço em relação a narrativas previsíveis e à saturação do género.

A produção do filme foi prejudicada pelos atrasos causados pelas greves de atores e argumentistas, que impediram a realização de reshoots e ajustes no guião. Inicialmente orçado em $90 milhões, o custo final subiu para $110 milhões devido à paragem e reinício das filmagens. Apesar disso, o filme estreou num mercado competitivo, enfrentando sucessos esperados como Wicked e Moana 2.

Problemas na Promoção e Receção Crítica

Embora Kraven, o Caçador tenha sido anunciado como o primeiro filme do universo de Spider-Man classificado para maiores de 18 anos, isso não foi suficiente para atrair público. A reação morna nas redes sociais e a fraca receção crítica contribuíram para o fraco desempenho.

A CGI do filme foi amplamente criticada, com muitos espectadores a queixarem-se de efeitos visuais pouco convincentes, como na cena envolvendo um rinoceronte. Além disso, o conceito de humanizar um vilão icónico do universo Spider-Man foi mal recebido por parte dos fãs, que esperavam uma abordagem mais fiel às raízes do personagem.

A Nova Realidade dos Filmes de Super-Heróis

O fracasso de Kraven, o Caçador reflete uma tendência mais ampla no género de super-heróis. Títulos recentes como The Marvels e Madame Web também tiveram performances dececionantes, sugerindo que os estúdios enfrentam dificuldades em atrair audiências para histórias menos centrais do universo Marvel.

Embora a Sony continue comprometida com a expansão do universo de Spider-Man, é evidente que o estúdio está a repensar a sua abordagem. A crítica e o público têm sido claros: narrativas recicladas e efeitos visuais insatisfatórios não são suficientes para sustentar o interesse neste género.

O Futuro de Sony/Marvel

Apesar do revés, a Sony não está a abandonar o universo Marvel. O estúdio já está a trabalhar em novos projetos com J.C. Chandor, realizador de Kraven, e promete uma abordagem mais seletiva e rigorosa em futuros desenvolvimentos. No entanto, o desempenho de Kraven, o Caçador deixa claro que o público exige mais do que fórmulas desgastadas e efeitos visuais medianos.

Para sobreviver neste mercado saturado, os estúdios precisarão de apostar em inovação narrativa e em projetos que ofereçam algo único – uma lição que Sony e outros gigantes do género não podem ignorar.

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“Emília Pérez” e “The Bear” Lideram Nomeações aos Globos de Ouro 2024

A temporada de prémios de Hollywood começou oficialmente com o anúncio das nomeações para os Globos de Ouro 2024. Sob nova gestão e com regras reformuladas, a cerimónia deste ano promete mais diversidade e representatividade, destacando o talento de cineastas e atores de todo o mundo. As nomeações foram reveladas esta segunda-feira por Morris Chestnut e Mindy Kaling em Los Angeles, com “Emília Pérez” e “The Bear” a dominarem as listas de cinema e televisão, respetivamente.

Emilia Perez

Cinema: O Triunfo de “Emília Pérez”

A produção franco-espanhola Emília Pérez, realizada por Jacques Audiard, destacou-se como a grande favorita ao conquistar dez nomeações, incluindo Melhor Filme (Comédia ou Musical), Melhor Realização, Melhor Argumento e Melhor Canção Original. Este musical ousado já era apontado como um dos principais candidatos à temporada de prémios, e os Globos de Ouro consolidaram esse estatuto.

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Outros títulos como O Brutalista e A Complete Unknown também brilharam, mostrando a força do cinema independente. Já obras de grande orçamento, como Dune: Parte II e Wicked, mantiveram uma presença sólida, com múltiplas nomeações, enquanto Gladiador II, de Ridley Scott, surpreendeu com uma única indicação.

A corrida pela Melhor Atriz (Drama) promete ser acirrada, com Pamela Anderson (The Last Showgirl), Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui) e Kate Winslet (Lee Miller: Na Linha da Frente) entre as destacadas. No lado masculino, Adrien Brody (O Brutalista) e Timothée Chalamet (A Complete Unknown) lideram as apostas para Melhor Ator (Drama).

Televisão: “The Bear” em Destaque

Na frente televisiva, The Bear lidera com cinco nomeações, incluindo Melhor Série de Comédia e indicações para quatro dos seus atores, como Jeremy Allen White e Ayo Edebiri. O sucesso da série reflete a sua capacidade de misturar drama e comédia numa narrativa cativante.

Entre as surpresas, Ninguém Quer Isto, da Netflix, destacou-se com três nomeações, incluindo Melhor Série de Comédia, enquanto Squid Game conseguiu uma inesperada nomeação na categoria de Melhor Série de Drama, apesar de a nova temporada ainda não ter estreado.

Na categoria de Minissérie, The Penguin trouxe Colin Farrell de volta à ribalta, enquanto True Detective: Night Country e Ripleyreforçaram a diversidade de histórias e estilos. Jodie Foster, Cate Blanchett e Cristin Milioti lideram as nomeações entre as atrizes.

Uma Nova Era para os Globos de Ouro

Após as polémicas sobre diversidade e ética que mancharam as edições anteriores, os Globos de Ouro têm procurado recuperar credibilidade. Este ano, o aumento do número de nomeados em cada categoria, a inclusão de votantes de mais de 75 países e a proibição de aceitar presentes destacam-se como mudanças significativas.

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A cerimónia, marcada para 5 de janeiro de 2024, será transmitida pela CBS e promete ser uma celebração do talento global, com grandes estrelas e momentos inesperados.

Cynthia Erivo e os Desafios Transformadores de “Wicked”

Cynthia Erivo, aclamada atriz e cantora, tem partilhado os bastidores da sua exigente preparação para dar vida a Elphaba em Wicked. Durante uma sessão de perguntas realizada a 12 de dezembro em Los Angeles, Erivo, de 37 anos, revelou o impacto físico e emocional deste projeto ambicioso, detalhando como enfrentou os desafios com uma dedicação implacável e uma rotina quase sobre-humana.

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Compromisso Total com o Papel

Interpretar Elphaba não foi apenas um exercício de talento vocal e expressividade emocional para Erivo; foi um teste rigoroso de resistência física. A atriz confessou que, durante as filmagens, dormia apenas entre duas a três horas por noite, devido à intensidade da sua rotina. “Acredito que o corpo e a mente estão intrinsecamente ligados”, afirmou. “Quero que ambos sejam usados. Quero que estejam em ação.”

A sua jornada começava com um treino de duas horas logo pela manhã, seguido por uma longa sessão de maquilhagem para a transformar na icónica bruxa verde. Erivo explicou que o exercício físico constante não era apenas uma escolha estética, mas uma necessidade funcional: “Nunca tinha ‘voado’ antes. […] Isso requer que estejas o mais forte possível, porque os fios vão levar-te de um lado para o outro.”

Adaptação ao Desgaste Físico

A atriz também revelou as estratégias que utilizou para lidar com as exigências físicas de Wicked. Além dos hematomas causados pelos equipamentos de suspensão usados para as cenas de voo, Erivo recorreu a uma manta sauna de calor infravermelho para ajudar na recuperação muscular. “Vivo um pouco como um monge quando faço estas coisas. Fico em ambientes fechados e tento aproveitar aqueles momentos em que posso realmente descansar”, partilhou. Apesar das noites curtas, fazia questão de garantir que as poucas horas de sono fossem de qualidade.

Uma Abordagem Inspiradora ao Desafio

A dedicação de Cynthia Erivo ao papel de Elphaba é um reflexo da sua abordagem rigorosa e apaixonada ao ofício. Como destacou na conversa, procura desafios que a “usem” tanto física quanto mentalmente, abraçando as exigências extremas como parte do processo artístico.

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“Wicked”, um dos musicais mais aguardados dos últimos anos, tem tudo para se tornar um marco na carreira de Erivo, que já conquistou audiências com interpretações arrebatadoras em obras como Harriet e The Color Purple. A sua entrega total ao papel de Elphaba promete dar uma nova dimensão à personagem e, sem dúvida, cativar o público quando o filme estrear.

“Manhunter”: O Clássico Visionário que Redefiniu o Thriller Psicológico

Manhunter (1986), realizado por Michael Mann, é um marco no género do thriller psicológico, apresentando ao público o mundo sombrio do perfilador do FBI Will Graham, interpretado de forma brilhante por William Petersen. Baseado no romance Red Dragon, de Thomas Harris, o filme segue Graham, que é retirado da reforma para capturar um serial killer conhecido como “The Tooth Fairy”. Para desvendar os padrões do assassino, Graham recorre à ajuda do enigmático e inquietante Dr. Hannibal Lecktor, interpretado por Brian Cox, numa relação complexa e tensa que se torna o centro emocional do filme.

Estilo Visual e Narrativa Inovadora

Manhunter destaca-se pela direção estilizada de Mann e pela cinematografia atmosférica de Dante Spinotti, que criam um tom inquietante e envolvente. Mann utiliza a cor, iluminação e técnicas de câmara inovadoras para imergir o espectador na psique perturbada dos seus personagens. A estética fria e meticulosamente calculada reflete as complexidades psicológicas da história, transformando cada plano numa peça de arte visual.

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William Petersen entrega uma performance cativante como Graham, equilibrando a vulnerabilidade emocional do personagem com a sua astúcia intelectual. Brian Cox, por sua vez, interpreta o Dr. Hannibal Lecktor de forma subtil e ameaçadora, oferecendo uma visão única e memorável da personagem que seria mais tarde imortalizada por Anthony Hopkins em O Silêncio dos Inocentes (1991).

Banda Sonora e Impacto Cultural

A banda sonora, composta por Michel Rubini, é outra peça fundamental na construção do ambiente do filme. O uso da icónica “In the Air Tonight”, de Phil Collins, destaca-se como um momento inesquecível, adicionando uma camada emocional e atmosférica à narrativa. Esta escolha musical, aliada ao som eletrónico etéreo que permeia o filme, contribui para uma experiência que é tão auditiva quanto visualmente marcante.

Legado e Influência

Apesar de uma receção modesta nas bilheteiras aquando do seu lançamento, Manhunter foi amplamente aclamado pela crítica e estabeleceu-se como uma obra seminal no género do thriller psicológico. A sua abordagem sofisticada ao estudo do mal humano abriu caminho para futuras adaptações das obras de Thomas Harris, influenciando não apenas O Silêncio dos Inocentes, mas também séries como Hannibal.

A exploração do filme sobre a mente criminosa e os sacrifícios psicológicos daqueles que as investigam permanece relevante e perturbadora, consolidando Manhunter como um clássico intemporal. É uma obra que continua a ressoar com o público, não apenas como um thriller eficaz, mas como um estudo fascinante da escuridão humana.

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“A Vida de David Gale”: Um Drama Provocador Sobre a Pena de Morte

Realizado por Alan Parker, A Vida de David Gale é um drama intenso que aborda a controversa questão da pena de morte. Com interpretações notáveis de Kevin Spacey, Kate Winslet e Laura Linney, o filme combina suspense, dilemas éticos e uma carga emocional poderosa para criar uma narrativa que prende do início ao fim.

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Uma Trama que Questiona Justiça e Moralidade

A história segue David Gale (Kevin Spacey), um antigo professor de filosofia e ativista contra a pena de morte, que se encontra no corredor da morte acusado do assassinato da sua colega e também ativista, Constance Harraway (Laura Linney). Com a sua execução iminente, Gale concede uma entrevista exclusiva à jornalista Bitsey Bloom (Kate Winslet). À medida que Bitsey investiga o caso, começa a descobrir contradições que colocam em causa a culpa de Gale e, consequentemente, o sistema judicial.

O filme destaca-se especialmente quando explora as ambiguidades morais em torno da pena capital, confrontando o público com questões sobre justiça, ativismo e as falhas humanas. O desempenho de Spacey é particularmente convincente, retratando um homem cuja paixão idealista tem consequências devastadoras. Winslet brilha como a jornalista determinada a descobrir a verdade, enquanto Linney entrega uma interpretação comovente como Constance, que adiciona profundidade emocional à trama.

Uma Reviravolta Divisiva

O desfecho do filme divide opiniões. Para alguns, a reviravolta final é uma crítica poderosa ao sistema de justiça e ao ativismo extremo. Para outros, o final compromete as motivações das personagens, enfraquecendo a mensagem central. O ritmo, em certos momentos, parece arrastar-se, e os diálogos, embora incisivos, por vezes recaem numa abordagem excessivamente didática.

Impacto e Relevância

Apesar das suas imperfeições, A Vida de David Gale é uma obra cinematográfica provocadora que desafia o espectador a refletir sobre os temas abordados. Não é apenas um filme sobre a pena de morte, mas sobre as complexidades das escolhas humanas e os limites do ativismo. A narrativa audaciosa e as interpretações poderosas fazem deste filme uma experiência marcante e inesquecível.

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Para os fãs de dramas éticos e histórias que desafiam convenções, este é um título que vale a pena revisitar, especialmente numa época em que o debate sobre a pena capital continua relevante em muitas partes do mundo.