MDOC 2024: Festival Internacional de Documentário de Melgaço Regressa com 33 Filmes em Competição e um Olhar Atento sobre o Mundo

🎥 Melgaço volta a afirmar-se como epicentro do cinema documental em Portugal com a 11.ª edição do MDOC – Festival Internacional de Documentário, que decorre entre 28 de julho e 3 de agosto. Com 33 filmes em competição, provenientes de 23 países, o festival mantém a sua vocação como espaço de reflexão crítica, onde as imagens não servem apenas para entreter, mas para entender melhor o mundo que habitamos.

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Este ano, a selecção — feita a partir de mais de 800 submissões — é marcada por um tema transversal: Identidade, Memória e Fronteira. Uma tríade que percorre todas as obras em exibição e que ganha especial pertinência num momento em que as questões identitárias, os legados históricos e as fronteiras físicas e simbólicas estão no centro dos debates sociais e políticos contemporâneos.

Um festival cada vez mais internacional

A edição de 2024 assinala também a crescente visibilidade do MDOC no panorama internacional. Para além dos habituais prémios Jean-Loup Passek e D. Quixote (atribuído pela Federação Internacional de Cineclubes), será, pela primeira vez, entregue o prestigiado FIPRESCI Prize, da Federação Internacional de Críticos de Cinema — um reconhecimento da qualidade e da curadoria rigorosa que caracteriza o festival.

A competição divide-se entre 16 curtas e médias-metragens e 17 longas-metragens, com todos os títulos internacionais a serem exibidos pela primeira vez em Portugal. A diversidade temática e geográfica é assinalável, confirmando a vocação global do MDOC — mas com os pés bem assentes na realidade local e na memória do território de Melgaço.

Filmes que mergulham no coração do nosso tempo

Entre os destaques da programação está Bedrock (29 de julho), de Kinga Michalska, que recupera os ecos do Holocausto e a sua persistente marca na história contemporânea. Flowers of Ukraine (1 de agosto), de Adelina Borets, retrata a resistência silenciosa de uma mulher em contexto de guerra, enquanto My Memory is Full of Ghosts (31 de julho), de Anas Zawahri, oferece uma visão poética e devastadora da cidade síria de Homs.

O cinema português também marca presença com obras como O Diabo do Entrudo (30 de julho), de Diogo Varela Silva, que regista as tradições do Entrudo de Lazarim, ou Kora (3 de agosto), de Cláudia Varejão, que acompanha mulheres refugiadas em Portugal na reconstrução das suas vidas. Há ainda espaço para abordagens mais íntimas, como Ancestral Visions of the Future (2 de agosto), de Lemohang Jeremiah Mosese, ou Cutting Through Rocks (2 de agosto), de Sara Khaki, sobre a primeira vereadora eleita numa aldeia iraniana, num gesto de ruptura com séculos de patriarcado.

E há também cinema de longo fôlego, como Afterwar (1 de agosto), de Birgitte Stærmose, filmado ao longo de 15 anos, acompanhando crianças que crescem sob o peso dos traumas da guerra. Um exemplo de perseverança artística e de compromisso ético com os protagonistas e com o espectador.

Homenagens, formação e novos olhares

Fora da competição, o MDOC reserva espaço para a homenagem e a pedagogia. A estreia nacional de O Homem do Cinema, de José Vieira, presta tributo ao crítico e programador Jean-Loup Passek, figura incontornável do pensamento cinematográfico europeu e cuja memória continua a inspirar o festival.

O programa Plano Frontal dará a conhecer filmes produzidos no âmbito da residência cinematográfica de 2024, incentivando novos olhares e abordagens autorais. E, como já é tradição, não faltará espaço para a formação: a oficina de cinema com Margarida Cardoso, a masterclass com Sandra Ruesga e o X-RAY DOC com Jorge Campos, centrado em obras de Chris Marker e Joris Ivens, são oportunidades únicas para aprofundar o conhecimento e a reflexão sobre o cinema documental.

Um festival que olha o mundo a partir de Melgaço

Num país onde o circuito documental continua a lutar por visibilidade, o MDOC destaca-se pela coerência curatorial, pela aposta em filmes com densidade temática e estética e pela ligação profunda ao território. Melgaço não é apenas um cenário: é parte integrante da identidade do festival, cuja missão passa também por preservar e interrogar a memória local, nacional e global.

Mais do que um festival de cinema, o MDOC é um gesto político, poético e humano. Um espaço onde se cruzam linguagens, geografias e histórias — e onde o cinema se afirma, mais uma vez, como instrumento essencial para pensar o mundo.

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Mais informações e programação completa em: https://mdocfestival.pt/

Ada Costa, Carolina Rosendo e Diogo Fernandes Recebem Prémios Nico: Novos Talentos Brilham no Cinema Português

🎥 O futuro do cinema português está em boas mãos — e tem agora nomes bem definidos. Ada Costa, Carolina Rosendo e Diogo Fernandes foram distinguidos com os Prémios Nico 2025, entregues pela Academia Portuguesa de Cinema (APC), numa cerimónia que celebrou não apenas os 14 anos da Academia, mas sobretudo a nova geração de profissionais que começa a deixar marca no panorama audiovisual nacional.

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Criados em 2017 como homenagem ao eterno Nicolau Breyner (1940–2016), os Prémios Nico visam reconhecer e incentivar talentos emergentes em áreas ligadas ao cinema português. Desde a sua criação, tornaram-se numa plataforma fundamental para dar visibilidade a artistas que, mesmo em início de carreira, já demonstram notável qualidade artística e criativa.

Ada Costa: talento precoce com raízes luso-italianas

Com apenas 14 anos, Ada Costa representa o rosto mais jovem entre os distinguidos — mas também o mais promissor. Nascida em 2010 e com ascendência luso-italiana, Ada destacou-se pela sua interpretação na curta-metragem À Tona d’Água (2022), realizada por Alexander David. A sua prestação surpreendeu críticos e público pela maturidade emocional e subtileza, num registo que raramente se vê em atrizes tão jovens.

O prémio Nico surge como o primeiro grande reconhecimento público do seu percurso, mas é seguro dizer que este será apenas o início de uma carreira a acompanhar de perto.

Carolina Rosendo: uma nova voz na realização

Licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Carolina Rosendo nasceu em Lisboa, em 2001, e rapidamente se afirmou como uma das jovens realizadoras mais interessantes da nova geração. A sua estreia com a curta-metragem Iara(2021) garantiu-lhe entrada no prestigiado festival IndieLisboa em 2022, e o seu documentário A Obra (2022) voltou ao festival no ano seguinte, confirmando a consistência do seu trabalho.

Com uma sensibilidade estética apurada e um olhar atento às questões sociais e humanas, Carolina representa uma nova forma de fazer cinema: pessoal, consciente e cinematograficamente ambiciosa.

Diogo Fernandes: entre Gus Van Sant e o teatro português

A trajectória de Diogo Fernandes é das mais peculiares e enriquecedoras. Começou no teatro, ainda criança, no colectivo O Bando, licenciou-se em engenharia informática, viveu em Londres e acabou por se formar em Teatro – Ramo Atores na Escola Superior de Teatro e Cinema. O grande salto deu-se em 2021, quando protagonizou Trouble, o primeiro espectáculo de teatro do realizador norte-americano Gus Van Sant.

Diogo tem sido apontado como um dos actores mais versáteis da nova geração, com uma presença em palco e câmara que alia técnica, intensidade e instinto. O Prémio Nico reconhece essa trajectória invulgar e o potencial de um artista que pode vir a ser uma referência tanto em teatro como em cinema.

Menção Honrosa para Tiago Roma Almeida

A Academia Portuguesa de Cinema atribuiu ainda uma menção honrosa ao realizador Tiago Roma Almeida, sinalizando a sua relevância no panorama criativo actual. A menção reforça a ideia de que os Prémios Nico não são apenas sobre o futuro distante, mas sobre o presente vibrante e em constante transformação do cinema português.

Os Prémios Nico 2025 são mais do que troféus: são afirmações de confiança e investimento no talento nacional. Ao distinguir estes jovens criadores, a Academia contribui para que o cinema português continue a evoluir com originalidade, diversidade e ambição.

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E, como diria o próprio Nicolau Breyner: “O talento pode vir de qualquer lado. O importante é não o deixarmos fugir.”

“The Naked Gun” Está de Volta: Liam Neeson Assume o Papel Principal na Comédia Mais Disparatada de 2025

🎬 Preparem-se para o regresso de uma das franquias mais absurdamente hilariantes da história do cinema. The Naked Gun está de volta, desta vez em modo reboot, com estreia marcada para 31 de Julho de 2025. E sim, leu bem: Liam Neeson é o novo Detective Frank Drebin — ou, pelo menos, uma versão actualizada e igualmente trapalhona deste ícone da paródia policial.

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A nova versão é realizada por Akiva Shaffer (Hot RodPopstar: Never Stop Never Stopping), membro do trio The Lonely Island e mestre no humor irreverente. A produção está a cargo de Seth MacFarlane, criador de Family Guy e Ted, que se juntou ao projecto em 2021 e viu em Neeson a escolha perfeita para liderar esta comédia de acção completamente descabelada.

Mas reviver um clássico não é tarefa fácil — e MacFarlane admite que, durante muito tempo, não conseguiam encontrar o “ângulo certo”. “Tínhamos um guião que parecia mais uma banda de covers do original. Não sabíamos justificar porque é que este filme precisava de ser feito”, confessou à Entertainment Weekly. A resposta surgiu quando Akiva Shaffer apresentou uma abordagem que actualizava o universo da comédia, mantendo o espírito de loucura dos filmes originais sem os copiar directamente.

Paródia Moderna com ADN Clássico

O novo The Naked Gun não tenta apenas replicar os filmes anteriores. Em vez disso, tira partido das novas tendências do entretenimento criminal para criar uma sátira adaptada aos tempos actuais. Shaffer confirmou que a inspiração vem agora de franquias modernas como Law & OrderNCISMissão: ImpossívelJohn Wick e 007. Até a própria carreira de Liam Neeson em Taken servirá de fonte para piadas — uma deliciosa metalinguagem que promete momentos de puro delírio cómico.

Apesar da modernização, a equipa de argumentistas (Shaffer, Dan Gregor e Doug Mand) mergulhou profundamente nos filmes originais para perceber o que os tornava tão eficazes. O resultado será um equilíbrio entre homenagem e reinvenção. O estilo noir clássico, com referências a títulos como Double Indemnity e The Big Sleep, também estará presente, o que poderá agradar tanto aos nostálgicos como a novas audiências.

Uma Nova Geração de Spoofs?

Durante décadas, nomes como Mel Brooks e o trio Zucker-Abrahams-Zucker (ZAZ) dominaram a arte da paródia com clássicos como Frankenstein JúniorBalbúrdia no OesteAeroplano! e claro, The Naked Gun. Mas o género entrou em declínio nos anos 2000, depois do sucesso de Scary Movie ter gerado uma avalanche de imitações de qualidade duvidosa (Date MovieEpic MovieDisaster Movie… o pesadelo continua).

No entanto, projectos como Walk Hard: The Dewey Cox Story ou They Came Together provaram que, com o talento certo, ainda há espaço para a paródia inteligente. Este reboot de The Naked Gun poderá muito bem ser o momento de viragem — especialmente numa era em que as grandes comédias estão cada vez mais ausentes dos cinemas.

Liam Neeson: De Herói de Acção a Ícone da Comédia?

Liam Neeson já nos habituou a vê-lo perseguir criminosos implacáveis, salvar famílias e usar o seu “conjunto muito específico de habilidades” para castigar vilões. Mas nos últimos anos, tem mostrado um apetite inesperado para o humor. A sua participação em Ted 2 e A Million Ways to Die in the West revelaram um lado auto-paródico que poderá agora brilhar a tempo inteiro neste novo The Naked Gun.

A escolha de Neeson é, por isso, simultaneamente surpreendente e perfeita. Com o seu ar sério e presença imponente, ele será o contraponto ideal para o absurdo total que caracteriza esta saga — à imagem do que Leslie Nielsen fez nos anos 80 e 90, quando transformou o seu background dramático numa arma cómica devastadora.

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Se há algo que The Naked Gun nos ensinou, é que o crime pode ser resolvido… com muito pouco bom senso e um monte de piadas físicas. Em 2025, a fórmula mantém-se — mas com novo fôlego, novos alvos e, espera-se, muitas gargalhadas em sala cheia. Preparem-se: o detective mais inepto do mundo está de volta, e promete tropeçar nos próprios pés… outra vez.

“Uma Noite no Museu” Está de Volta: Novo Filme Vai Reimaginar a Saga com Novas Personagens e Histórias

🦖 Depois de fazer história ao dar vida… à própria História, a saga Uma Noite no Museu prepara-se para um novo capítulo. A 20th Century Studios está oficialmente a desenvolver um reboot cinematográfico da icónica comédia de aventuras, com Shawn Levy — o realizador dos três primeiros filmes — a regressar, desta vez como produtor.

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Segundo a Entertainment Weekly, a nova versão contará com um argumento de Tripper Clancy (StuberDie Hart) e será produzida por Levy e Dan Levine através da sua produtora 21 Laps Entertainment. Emily Morris produzirá em nome do estúdio. Ainda não foi confirmado quem será o realizador nem os membros do elenco, mas uma coisa é certa: este novo filme não será uma continuação directa das aventuras de Larry Daley (Ben Stiller), mas sim uma história completamente nova, com um conjunto fresco de personagens e figuras históricas a ganhar vida depois do fecho do museu.

Um regresso inesperado… mas muito bem-vindo

Lançado em 2006, Uma Noite no Museu conquistou públicos de todas as idades ao mostrar um guarda nocturno atrapalhado (Stiller) a descobrir que, graças a uma antiga maldição egípcia, as exposições do Museu de História Natural ganham vida todas as noites. Ao longo de três filmes e uma animação, o público conheceu figuras icónicas como Teddy Roosevelt (Robin Williams), Attila, o Huno (Patrick Gallagher), Ahkmenrah (Rami Malek), Jedediah (Owen Wilson) e até Amelia Earhart (Amy Adams).

A saga arrecadou mais de 1,3 mil milhões de dólares em receitas globais e marcou uma geração com o seu humor acessível, imaginação visual e um toque emocional inesperado — especialmente no terceiro capítulo, Night at the Museum: Secret of the Tomb, que serviu como despedida simbólica para Robin Williams, falecido pouco tempo antes da estreia.

Agora, mais de uma década depois, o regresso ao museu surge como uma oportunidade de reimaginar o conceito com novos protagonistas e uma nova abordagem àquilo que tornou a franquia tão popular: a combinação de aventura, comédia e uma pitada de lição de História.

Shawn Levy: de comédias familiares à Marvel

Este novo reboot surge numa altura em que Shawn Levy se encontra num dos pontos altos da sua carreira. Depois do sucesso inicial com comédias como Doze é DemaisA Mentira (Big Fat Liar) e A Pantera Cor-de-Rosa, Levy tornou-se numa figura incontornável da indústria com os seus trabalhos mais recentes, incluindo Free Guy e The Adam Project, ambos protagonizados por Ryan Reynolds, e, mais recentemente, Deadpool & Wolverine, um dos maiores sucessos da temporada.

Em declarações à SyFy em 2022, Levy revelou que Uma Noite no Museu foi “uma oportunidade assustadora” no início da sua carreira, dado o desafio técnico e narrativo envolvido. “Mas mudou a minha vida. Penetrou a cultura global de uma forma que nunca tinha experienciado. Esta franquia está muito próxima do meu coração”, confessou.

O que esperar do reboot?

Embora os detalhes da história estejam a ser mantidos em segredo, sabe-se que o filme apostará num elenco e contexto inteiramente novos, deixando para trás as personagens originais que conquistaram o público. A ideia é manter a essência mágica da saga, mas com um olhar renovado, à imagem do que tem acontecido com outras propriedades clássicas reimaginadas nos últimos anos.

Trata-se, acima de tudo, de uma nova oportunidade para revisitar aquele sentimento de encantamento que o primeiro filme proporcionou: o fascínio de ver a História ganhar vida — literalmente — perante os nossos olhos.

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E sim, também nos perguntamos se haverá novamente um Tiranossauro a brincar com ossos como se fossem paus de estimação.

Superman, o Imigrante: Entre a Esperança de James Gunn e a Polémica

Está longe de ser apenas mais um filme de super-heróis. O novo Superman, realizado por James Gunn e protagonizado por David Corenswet, chega às salas esta quinta-feira, 11 de Julho, com uma missão que vai muito além de salvar Metrópolis: devolver ao público uma centelha de esperança num mundo cada vez mais cínico — e, inevitavelmente, reacender velhos debates sobre o que significa ser “o herói da América”.

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O filme foi calorosamente recebido pela crítica, com a Rolling Stone a descrevê-lo como uma obra “viva, vibrante e fiel ao espírito dos comics”. Mas se por um lado a visão humanista e inclusiva de James Gunn foi elogiada por muitos, por outro não escapou a reacções intensamente críticas — nomeadamente por parte de Dean Cain, o antigo intérprete do Homem de Aço na série dos anos 90 Lois & Clark: The New Adventures of Superman.

A visão de Gunn: um Superman vulnerável, empático e… imigrante

James Gunn não escondeu que, para ele, Superman é “a história da América”: a de um estrangeiro que chega a uma terra desconhecida e tenta fazer o bem, mesmo quando enfrenta desconfiança. “Superman é alguém que acredita na bondade humana, e essa bondade tornou-se uma coisa em vias de extinção”, explicou o realizador. O novo filme mostra um herói já com três anos de actividade, numa fase em que questiona o seu papel, as suas limitações e o verdadeiro significado de justiça num mundo fragmentado e politicamente polarizado.

Ao contrário das versões recentes mais sisudas, esta encarnação de Clark Kent é calorosa, vulnerável, profundamente ligada à sua humanidade — uma opção que obrigou Corenswet a trabalhar tanto os ombros como a empatia. A relação com Lois Lane (Rachel Brosnahan), os momentos no Daily Planet, a parceria com Krypto e a colaboração com uma nova “Justice Gang” (nome provisório), tudo contribui para retratar um Superman inserido num ecossistema de afectos, dúvidas e decisões morais.

Para o elenco, o filme é mais do que entretenimento: é uma resposta directa a tempos conturbados. A actriz Isabela Merced (Hawk Girl) confessou que o filme lhe deu alento depois de uma semana dominada por más notícias. Já Wendell Pierce (Perry White) sublinhou o poder do cinema como “acto colectivo de reflexão sobre os nossos valores”. Até Will Reeve, filho do inesquecível Christopher Reeve, surge numa participação especial, reforçando a ponte emocional com o legado do passado.

Dean Cain: “Estão a tornar o Superman demasiado woke”

Do outro lado do espetro, Dean Cain insurgiu-se contra o que considera ser uma politização indevida da personagem. Numa entrevista recente ao TMZ, o actor afirmou: “Como é que Hollywood vai tornar esta personagem ainda mais woke? Alteraram o lema de ‘Truth, Justice and the American Way’ para ‘a better tomorrow’… Estão a mudar personagens adoradas para se adaptarem aos tempos. Acho um erro.”

Cain foi particularmente crítico quanto à associação de Superman à questão da imigração. “O ‘American way’ é amigável para imigrantes, claro. Mas tem de haver regras. E quando se traz o Superman para esta conversa política, isso vai prejudicar as receitas do filme.” O actor chegou mesmo a acusar ONGs e políticos de instrumentalizarem a imigração, e alertou que os comentários de Gunn poderão afastar parte do público.

As respostas do elenco: “Superman é — e sempre foi — um imigrante”

Perante as declarações de Cain, os membros do elenco reagiram com serenidade e alguma ironia. Nathan Fillion (Guy Gardner/Green Lantern) limitou-se a responder: “Aw, alguém precisa de um abraço. É só um filme, pessoal.” Já Sean Gunn, irmão do realizador e intérprete do vilão Maxwell Lord, foi mais directo: “Sim, o Superman é um imigrante. E se não gostas disso, então não estás do lado do verdadeiro American Way.”

A resposta mais contundente talvez tenha sido a de James Gunn: “Este é um filme sobre bondade. E isso é algo que toda a gente pode compreender. Não estou aqui para julgar ninguém.”

Um filme político?

É inevitável perguntar: Superman é um filme político? Sim, mas não panfletário. Ao resgatar o espírito original da personagem — criada por dois filhos de imigrantes judeus, numa América de crise — Gunn reconecta o herói com as suas raízes mais profundas. A versão de 2025 é menos sobre invulnerabilidade e mais sobre compaixão. O conflito já não é apenas contra supervilões como Lex Luthor, mas contra a apatia, o medo e o individualismo.

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Num momento em que o mundo se divide entre trincheiras ideológicas, este novo Superman recorda-nos que os grandes heróis não são aqueles que nos mostram o quanto são fortes, mas sim os que nos lembram do que podemos ser.

“Better Man”: O Biopic Mais Surpreendente do Ano Traz Robbie Williams em Versão Chimpanzé (Literalmente!)

Preparem-se para uma das experiências televisivas mais bizarras, emocionantes e inesperadas do ano: Better Man, o filme biográfico sobre Robbie Williams que ninguém viu a chegar — literalmente. Estreia já este sábado, 12 de julho, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, e promete deixar qualquer fã do cantor (ou de biopics em geral) com o queixo no chão.

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Realizado por Michael Gracey, o mesmo responsável por O Grande Showman, este é tudo menos um biopic convencional. Em vez de seguirmos o típico percurso ascensão-quebra-redenção com actores parecidos ou transformações físicas premiáveis, Better Man opta por uma abordagem completamente fora da caixa: o protagonista é um chimpanzé digital, animado com tal mestria que o filme foi nomeado para o Óscar de Melhores Efeitos Visuais. E sim, esse chimpanzé canta, dança e sente – como se tivesse nascido para os palcos.

Robbie Williams Como Nunca o Vimos (e Isso Diz Muito)

Baseado na vida do cantor britânico mais irreverente da sua geração, Better Man acompanha Robbie Williams desde a infância em Stoke-on-Trent, passando pelo estrelato juvenil com os Take That, até à sua gigantesca carreira a solo — marcada por sucessos planetários como AngelsLet Me Entertain You ou Feel. Mas por trás das luzes e das multidões, o filme mergulha nas crises de ansiedade, nos vícios, nas inseguranças e na permanente luta pela reinvenção pessoal.

Gracey opta por narrar a história sob o ponto de vista interno do próprio Robbie, o que confere ao filme uma sensibilidade rara – e uma honestidade brutal. A escolha do chimpanzé como avatar de Williams simboliza a dicotomia entre o espectáculo exterior e o caos interior, de forma tão inusitada quanto eficaz. O resultado é um biopic que oscila entre o delírio visual e o retrato emocional cru.

Nomeações, Humor Negro e Uma Canção que Fica no Ouvido

Para além do reconhecimento pela ousadia técnica, Better Man arrecadou também uma nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Canção Original com Forbidden Road, uma balada melancólica que resume bem a essência do filme: o caminho sinuoso de um homem em busca de si próprio, sempre entre o amor do público e o vazio dos bastidores.

O elenco conta com Jonno Davies no papel de Robbie (ou pelo menos da sua versão humana), Steve Pemberton, Alison Steadman, Kate Mulvany, e uma breve – mas saborosa – participação do verdadeiro Williams. A mistura de drama, humor negro e musicalidade fazem deste um título impossível de classificar, mas também impossível de ignorar.

Uma Experiência Única, Só no TVCine Top

Com estreia marcada para sábado, Better Man é um daqueles filmes que dividem opiniões, mas não deixam ninguém indiferente. É provocador, comovente, estranho, e por vezes desconcertante — como o próprio Robbie Williams. E a julgar pela criatividade aqui demonstrada, o futuro dos biopics pode muito bem passar por territórios que nem sequer sabíamos existir.

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Se procura algo diferente, arrojado e emocionalmente honesto, então marque já na agenda: Better Man, dia 12 de julho, às 21h30, só no TVCine Top e no TVCine+. E se alguma vez se perguntou como seria ver um chimpanzé a cantar Rock DJ, a resposta está aqui.

A Comédia Francesa Mais Explosiva do Verão: Christian Clavier Torna-se o Sogro dos Pesadelos em Terapia de Família

Preparem-se para rir, suspirar… e talvez repensar a vossa relação com os sogros. A partir de 7 de agosto, chega às salas de cinema portuguesas a comédia francesa Terapia de Família, um filme onde a psicanálise, o amor e o caos familiar colidem com consequências hilariantes. O grande destaque vai para Christian Clavier, uma lenda viva da comédia francesa, que encarna aqui um terapeuta com uma missão clara: impedir o casamento da própria filha, sabotando o genro… que em tempos foi seu paciente!

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Realizado por Arnaud Lemort, Terapia de Família junta dois pesos pesados da comédia francesa actual: Clavier, eterno “Godefroy” de Os Visitantes, e Baptiste Lecaplain, um dos rostos mais populares do novo humor gaulês. Ao seu lado, um elenco sólido que inclui Claire Chust, Cristiana Reali e Rayane Bensetti, garantindo que o humor, o embaraço e as tensões familiares não faltam neste filme ambientado num cenário idílico — os Alpes franceses, com o Lago Léman como pano de fundo.

Uma Terapia que Correu Muito Mal

Damien (Lecaplain) é um jovem cronicamente ansioso que passou cinco anos em sessões de psicoterapia com o Dr. Beranger (Clavier), sem grandes progressos. No momento de frustração, o terapeuta lança-lhe um desafio peculiar: encontrar o amor da sua vida. Contra todas as expectativas, Damien consegue. Mas o que parecia ser uma vitória emocional transforma-se rapidamente num pesadelo psicológico quando descobre que o pai da sua noiva é… o próprio Dr. Beranger!

O reencontro entre os dois decorre num fim-de-semana familiar aparentemente inocente, mas rapidamente se transforma num campo de batalha emocional. Determinado a afastar Damien da filha, Beranger recorre a sabotagens, manipulações e uma série de estratégias tão duvidosas quanto hilariantes. O resultado? Uma sucessão de mal-entendidos, desabafos reprimidos e verdades inconvenientes que prometem arrancar gargalhadas ao público.

Comédia de Situação com Sotaque Francês

Arnaud Lemort — também responsável por títulos como L’Amour c’est mieux que la vie — volta a mostrar talento na arte da comédia relacional, onde o humor nasce do embaraço, das pequenas vinganças familiares e do eterno confronto entre gerações. Ao colocar um ex-terapeuta no papel de sogro vingativo, Lemort cria uma situação de comédia perfeita: é impossível fugir ao passado… mesmo quando ele está sentado à mesa do jantar a cortar o assado.

O filme aposta no ritmo rápido, nos diálogos certeiros e numa realização luminosa, aproveitando a paisagem alpina para contrastar com a tensão crescente dentro de casa. O Lago Léman, símbolo de paz e serenidade, serve assim de pano de fundo para uma história onde tudo menos paz se encontra à mesa.

Christian Clavier em Forma Vintage

O grande trunfo de Terapia de Família está no regresso de Christian Clavier ao tipo de papel que o tornou uma estrela: o homem obstinado, ligeiramente arrogante e absolutamente determinado a ter razão, mesmo que para isso tenha de destruir a vida de todos à sua volta. A sua química com Baptiste Lecaplain é palpável, e a dinâmica entre os dois proporciona alguns dos momentos mais memoráveis do filme.

Para os fãs de Clavier, esta é uma oportunidade imperdível de o ver em plena forma, num papel que mistura sarcasmo, ternura (muito escondida) e aquele humor tipicamente francês onde os limites são sempre testados.

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Terapia de Família estreia a 7 de agosto, com distribuição da NOS Audiovisuais. Se procura uma comédia de verão com charme europeu, elenco de luxo e gargalhadas garantidas, marque já na agenda. Afinal, todos temos alguém na família que podia muito bem ser este terapeuta…

Kraven Está Solto! O Mais Selvagem dos Vilões da Marvel Estreia em Portugal

Uma história de vingança, sangue… e muita caça

Atenção, fãs da Marvel: ele não é herói, nem tenta ser. Kraven – O Caçador, o novo filme do universo do Homem-Aranha da Sony, estreia em exclusivo nos Canais TVCine esta sexta-feira, 11 de julho, às 21h30. E sim, é tão brutal quanto promete.

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Interpretado por Aaron Taylor-Johnson, Kraven – O Caçador mergulha a fundo nas origens de um dos vilões mais temidos da banda desenhada. Neste sexto capítulo do universo partilhado da Sony, vemos como Sergei Kravinoff se transforma num caçador implacável, movido por uma relação doentia com o pai e por uma sede de vingança sem limites.

Nem todos nascem monstros… mas alguns são criados assim

Com realização de J.C. Chandor (O Dia Antes do FimUm Ano Muito Violento), o filme assume desde o início um tom sombrio e visceral. Aqui não há lugar para piadas ou leveza: há ferocidade, conflitos familiares e decisões que traçam o destino de um homem à beira da loucura.

Aaron Taylor-Johnson entrega-se de corpo e alma (literalmente) à personagem, numa performance física e emocionalmente intensa. Ao seu lado, temos Russell Crowe como Nikolai Kravinoff, o pai cruel cuja presença paira como uma sombra, Ariana DeBose, Fred Hechinger e Alessandro Nivola a completarem o elenco.

Marvel à moda antiga: violência sem filtros

Kraven – O Caçador marca um desvio do tom habitual dos filmes Marvel mais leves e humorísticos. É um filme mais adulto, mais violento e mais trágico, que procura compreender o que transforma um homem num monstro – e se há volta possível quando se cruza essa linha.

A estreia exclusiva nos Canais TVCine (e também no serviço TVCine+) promete aquecer a noite de sexta-feira com muita ação, sangue e… garras afiadas.

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Por isso, prepara-te: este não é um conto de super-heróis. É uma história de sobrevivência, obsessão e destruição. E Kraven não veio para brincar.

📺 Estreia: sexta-feira, 11 de julho, às 21h30 no TVCine Top e TVCine+

Peter Jackson Quer Ressuscitar o Moa — e Sim, Estamos a Falar Mesmo de um Pássaro Extinto

O realizador de O Senhor dos Anéis entra no mundo da engenharia genética com um plano (quase) tão ambicioso como a destruição do Anel

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Enquanto o mundo ainda tenta digerir o impacto de O Senhor dos Anéis e O Hobbit, Peter Jackson decidiu que não chega apenas criar mundos épicos no cinema — agora quer também recriar espécies extintas. Literalmente.

O cineasta neozelandês é o novo rosto por detrás de um projecto insólito: devolver à vida o moa, uma ave gigante, não voadora, extinta há mais de 600 anos. Com a ajuda da empresa de biotecnologia Colossal Biosciences e do centro de investigação Ngāi Tahu, da Universidade de Canterbury, Jackson e a sua parceira Fran Walsh investiram 15 milhões de dólares nesta missão cientificamente ousada e eticamente… debatível.

“Os filmes são o meu trabalho do dia. O moa é aquilo que faço por diversão”, confessou Jackson, como se estar à frente de sagas com centenas de milhões em jogo não fosse o suficiente para manter alguém ocupado.

Um Pássaro com 3,6 Metros de Altura

Para quem não está familiarizado com o moa: pensem num cruzamento entre um avestruz e um dinossauro mal-humorado. A espécie em causa, o South Island Giant Moa, podia chegar aos 3,6 metros de altura — e sim, tinha umas garras que fariam um velociraptor corar de vergonha. Caçados até à extinção pelos primeiros habitantes da Nova Zelândia, os moa desapareceram por volta do século XV.

Mas Jackson não esqueceu. Durante anos, o realizador coleccionou entre 300 e 400 ossos de moa, todos legalmente adquiridos (a venda é permitida apenas para achados em terrenos privados). Agora, esses restos mortais podem tornar-se a chave para uma reconstituição genética.

De Jurassic Park à Realidade?

Com a ajuda da Colossal Biosciences — conhecida pelos seus projectos de “ressurreição” de espécies como o lobo gigante e o mamute lanoso — o plano passa por extrair DNA dos ossos mais bem preservados, compará-lo com genomas de aves vivas (como o emu e o tinamou) e, através de técnicas de edição genética como o CRISPR, criar uma criatura moderna… que se pareça o mais possível com um moa.

Mas como explicou Beth Shapiro, cientista-chefe da Colossal, fazer engenharia genética em aves é um quebra-cabeças. Ao contrário dos mamíferos, os embriões desenvolvem-se em ovos, tornando impossível a tradicional fertilização in vitro. Estamos ainda nos primeiros passos — literalmente.

Um Animal Perigoso ou Uma Ave da Esperança?

A ideia de trazer de volta uma criatura extinta gera inevitáveis perguntas éticas e ambientais. Stuart Pimm, ecólogo da Universidade de Duke, atira o balde de água fria:

“Será que se pode realmente devolver uma espécie à natureza depois de ter sido exterminada? É altamente improvável.”

E avisa: “Este seria um animal extremamente perigoso.”

Por outro lado, o projecto tem apoio e supervisão de investigadores Māori, com o arqueólogo Kyle Davis a sublinhar que o trabalho “reacendeu o interesse nas tradições e mitologias do nosso povo”. Em locais como Pyramid Valley, onde foram descobertos fósseis e arte rupestre que representa o moa, a ligação entre o passado e a ciência moderna ganha nova vida.

Peter Jackson, o Moa e a Nova Trilogia Científica?

Paul Scofield, curador do Museu de História Natural de Canterbury, não esconde o espanto:

“O Peter não tem só alguns ossos de moa — ele tem uma colecção verdadeiramente abrangente.”

Depois de reinventar a Terra Média e encantar o mundo com dragões, elfos e hobbits, Peter Jackson pode agora estar a escrever uma nova trilogia — desta vez com ADN, biotecnologia e aves extintas. Pode não ser tão cinematográfica como O Retorno do Rei, mas ninguém pode acusá-lo de falta de ambição.

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Para quem não tem dificuldades com Inglês, sugerimos a leitura e o video da Associated Press aqui

Slow Horses Vai Longe: Apple TV+ Renova Série Para 7.ª Temporada Antes Mesmo da Estreia da 5.ª

Gary Oldman continua a reinar no trono do sarcasmo e da espionagem trapalhona

🐎💥 O espião mais desleixado (mas eficaz) da televisão está de volta… vezes sete! Antes sequer de vermos o que Jackson Lamb tem preparado para a quinta temporada de Slow Horses, a Apple TV+ já confirmou que vem aí uma sétima temporada. E com Gary Oldman de volta ao papel que muitos consideram um dos mais icónicos da sua carreira.

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Num raro gesto de confiança cega — ou será clarividência? — a Apple decidiu anunciar mais uma ronda de episódios da sua aclamada série de espionagem britânica antes sequer da estreia da próxima temporada, que chega a 24 de Setembrocom os dois primeiros episódios, seguindo-se um por semana até 22 de Outubro.

Uma equipa de perdedores adoráveis (e perigosos)

Baseada nos romances de Mick Herron, Slow Horses acompanha um grupo de agentes do MI5 caídos em desgraça — os tais “cavalos lentos” — relegados para um departamento quase invisível chamado Slough House. É aqui que encontramos Jackson Lamb, interpretado por um Gary Oldman de cabelo desalinhado, hálito possivelmente letal, mas mente afiada como um bisturi de cirurgião.

Lamb lidera esta equipa disfuncional com uma mistura única de desprezo paternal, sarcasmo venenoso e instinto infalível. Ao lado dele, nomes como Jack Lowden, Kristin Scott Thomas e Jonathan Pryce formam um elenco de luxo que eleva cada episódio a um novo patamar de tensão e humor britânico auto-depreciativo.

A crítica tem sido unânime: mais de 95% no Rotten Tomatoes em todas as temporadas. Para muitos, Slow Horses é uma das melhores séries de espionagem da década — e um dos maiores trunfos da Apple TV+.

Do amor de Roddy às toupeiras do governo

A quinta temporada, inspirada no livro London Rules, promete ser mais pessoal (e estranha): o geek da equipa, Roddy Ho, arranja uma namorada glamorosa… e todos desconfiam. Paralelamente, incidentes bizarros espalham-se por Londres, e só os Slow Horses conseguem ver o padrão. Como resume Jackson Lamb: “As regras de Londres aplicam-se sempre”.

Já a sétima temporada, baseada em Bad Actors, mergulha nos meandros da política britânica, com os Slow Horses a tentarem desmascarar uma toupeira infiltrada nos corredores do poder. E se Lamb está envolvido, há garantias de que o caos será tão hilariante quanto eficaz.

O segredo do sucesso? Gary Oldman, claro.

Jay Hunt, responsável criativo da Apple TV+ na Europa, sublinhou isso mesmo no anúncio oficial:

“‘Slow Horses’ conquistou fãs em todo o mundo com a sua mistura única de humor britânico autodepreciativo e ação eletrizante. Estou muito feliz que os espectadores terão mais uma temporada para apreciar a magnífica atuação de Gary como Jackson Lamb.”

E nós também.

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Abbott Elementary Está a Chegar ao Fim? Criadora Deixa Aviso Claro aos Fãs

Quinta Brunson confessa que já pensa na despedida e quer abrir alas para novos projectos

📚✏️ Há um sinal de campainha a soar nos corredores da Abbott Elementary… e não é para a entrada nas aulas. Quinta Brunson, criadora, argumentista e protagonista da multipremiada comédia norte-americana, revelou que a série poderá estar a aproximar-se do fim. E a justificação é tão humana quanto compreensível: o elenco — e ela própria — quer fazer outras coisas.

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Transmitida em Portugal através do Disney+, Abbott Elementary conquistou rapidamente a crítica e o público com a sua abordagem cómica e ternurenta ao quotidiano de um grupo de professores numa escola pública de Filadélfia. Com vários Emmys e Globos de Ouro no currículo, a série tornou-se uma das sitcoms mais acarinhadas da última década.

Mas, como tudo na vida, até as melhores aulas têm uma hora para terminar.

A pressão de manter uma série em canal aberto

Em declarações à Bustle, Quinta Brunson não escondeu a exaustão criativa e física de liderar uma série tão exigente:

“Somos sortudos e abençoados por estar numa série de televisão em canal aberto há cinco temporadas, e por ainda termos fãs. Dito isto, há membros do elenco que adorariam dedicar-se a outros projetos, e a nossa série consome muito tempo. Filmamos cerca de sete meses por ano.”

Brunson, que interpreta a entusiasta (e muitas vezes ingénua) professora Janine Teagues, confessa que está “ansiosa por se afastar” da personagem e à procura do próximo desafio criativo:

“Neste momento, estou a receber guiões e à espera daquele momento em que sinto: ‘É isto, era mesmo isto que eu procurava.’”

Um adeus em condições — ou apenas uma pausa?

Ainda não existe confirmação oficial sobre o fim da série, nem por parte da ABC (o canal original nos EUA), nem da própria Apple TV+. No entanto, as palavras de Brunson deixam claro que o futuro de Abbott Elementary pode estar a ser desenhado com uma possível conclusão à vista. O desejo de usar o sucesso da série como trampolim para ajudar a concretizar os sonhos de outros criadores também deixa pistas sobre uma viragem no foco da argumentista:

“A Abbott Elementary foi um sucesso enorme, e quero usar esse sucesso para ajudar a concretizar os projetos de outras pessoas.”

Uma comédia que fez história

Lançada em 2021, a série conquistou prémios importantes e foi um fenómeno de boca-a-boca nas redes sociais. A mistura de humor sarcástico, realismo social e personagens adoráveis — como o rígido Gregory (Tyler James Williams) ou a carismática Barbara (Sheryl Lee Ralph) — contribuiu para o seu sucesso duradouro.

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Se a quinta temporada for mesmo a última, Brunson promete que não será uma saída pela porta dos fundos. Espera-se que o final esteja à altura da série que reinventou a comédia de escola pública com coração, graça e consciência.

Abbot Elementary pode ser visto na plataforma Disney +

Johnny Depp Quebra o Silêncio: “Fui Cancelado. Mas Não Me Derrubam Assim Tão Facilmente”

Ator revela como foi afastado dos filmes Fantastic Beasts e deixa resposta à altura

Johnny Depp está de volta às manchetes — não por um novo papel, mas por falar abertamente sobre o momento em que foi “shunned, dumped, booted, deep-sixed, cancelled” (ou seja, chutado para canto de todas as formas possíveis) no auge da batalha legal com Amber Heard. E há um episódio que ainda o incomoda particularmente: a sua saída forçada da saga Fantastic Beasts, onde interpretava o vilão Gellert Grindelwald.

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“Literalmente parou num milésimo de segundo”, contou Depp ao The Telegraph. “Estava a meio do filme. Disseram-me: ‘Queremos que te demitas’. Mas o que eu ouvi foi: ‘Queremos que te reformes.’”

A resposta do ator não deixou margem para dúvidas:

“F***-se. Há demasiados de mim para matarem. Se acham que me conseguem magoar mais do que já me magoaram, estão redondamente enganados.”

Um passado com cicatrizes (e muitas polémicas)

O caso Depp vs. Heard tornou-se um verdadeiro folhetim mediático. Primeiro no Reino Unido, onde perdeu um processo de difamação contra o The Sun, que o rotulou de “espancador de mulheres”. Depois nos Estados Unidos, onde venceu uma acção contra Amber Heard após o artigo da actriz no Washington Post, em que esta dizia ter sido vítima de violência sexual.

Apesar da vitória nos tribunais norte-americanos, Depp sente que a reputação nunca mais foi a mesma. E que Hollywood o tratou como descartável.

No caso concreto de Fantastic Beasts, Depp participou nos dois primeiros filmes da prequela de Harry Potter, mas foi substituído por Mads Mikkelsen no terceiro, The Secrets of Dumbledore (2022), após pedido (ou exigência) da Warner Bros.

A produção, diga-se, já vinha envolta em polémicas: além da saída de Depp, Ezra Miller (outra das estrelas da saga) acumulava acusações graves, e J.K. Rowling era alvo de críticas pelas suas declarações anti-trans.

Depp não quer saber das críticas — e está pronto para seguir em frente

Apesar de tudo, Johnny Depp não tem mágoas. Pelo menos, diz que não.

“Ouvi de tudo sobre mim. Mas isso não me incomoda. Não estou a concorrer a eleições.”

A ligação emocional com o papel de Grindelwald — um dos seus últimos grandes papéis em franquias de estúdio — ainda é sentida, mas Depp parece agora mais preocupado em deixar claro que ainda não se deu por vencido.

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Num momento em que Hollywood reavalia constantemente quem merece uma “segunda oportunidade”, Depp surge como figura complexa e polarizadora, mas determinada a não desaparecer em silêncio. E, para muitos fãs, continua a ser uma das presenças mais magnéticas do grande ecrã — quer venha em modo pirata, feiticeiro, ou apenas como Johnny Depp.

Garfield Vai Voltar ao Cinema: Chris Pratt Confirma Regresso Como a Voz do Gato Mais Preguiçoso do Mundo

Depois do sucesso de bilheteira, Alcon Entertainment anuncia nova aventura felina com data por confirmar

Pelos vistos, as lasanhas não chegaram para uma só aventura. Garfield está de volta ao grande ecrã! Chris Pratt vai regressar como a voz do famoso gato laranja na sequela do filme de animação The Garfield Movie, que em 2024 arrecadou mais de 260 milhões de dólares em receitas mundiais. A confirmação foi feita pela Alcon Entertainment, com distribuição novamente a cargo da Sony Pictures (excepto na China).

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O filme original, realizado por Mark Dindal, contou com um elenco vocal recheado de estrelas como Samuel L. Jackson, Hannah Waddingham, Ving Rhames, Nicholas Hoult, Cecily Strong, Harvey Guillén e até Snoop Dogg. Para já, ainda não há confirmação de quem regressa ao lado de Pratt, mas os produtores prometem novidades em breve — estão neste momento em negociações com realizadores e argumentistas.

A sequela será novamente produzida por John Cohen (Despicable Me), Steven P. Wegner, e pelos fundadores da Alcon, Andrew Kosove e Broderick Johnson. Pratt, para além de dar voz ao protagonista, também assume agora o papel de produtor.

O regresso do gato que detesta segundas-feiras (mas adora sequências)

Criado por Jim Davis em 1978, Garfield tornou-se um fenómeno cultural, conhecido pelo seu humor sarcástico, pela preguiça épica e, claro, pelo ódio visceral a segundas-feiras. O autor da tira cómica regressa também como produtor executivo nesta nova incursão cinematográfica, acompanhado por Bridget McMeel da Amuse.

A sequela volta a contar com a DNEG Animation como parceira de animação, depois do trabalho aclamado no primeiro filme, e será co-produzida pela Prime Focus Studios de Namit Malhotra.

Ainda sem título ou data de estreia, o novo filme deverá dar continuidade à dinâmica entre Garfield, o seu dono Jon Arbuckle, e o inseparável (e muito menos cínico) cão Odie. Mas espera-se que traga também novos personagens e aventuras — ou desventuras, já se sabe que Garfield prefere o sofá à acção.

Chris Pratt: A nova voz das personagens animadas?

Com esta confirmação, Chris Pratt continua a reforçar o seu domínio na animação. Depois de dar voz a Mario em The Super Mario Bros. Movie e de voltar a ser Star-Lord em Guardians of the Galaxy Vol. 3, o actor tornou-se presença habitual em grandes produções animadas. No futuro, será ainda protagonista em Mercy (Amazon MGM) e Way of the Warrior Kid (Apple/Skydance).

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Para já, os fãs de Garfield só têm uma certeza: há mais uma ronda de preguiça, sarcasmo e lasanha a caminho dos cinemas.

Brendan Fraser Enfia o Sarcófago à Versão de Tom Cruise de The Mummy 

O actor explica por que motivo o remake de 2017… morreu e ficou enterrado

“Se se esquecerem de se divertir, o público não volta” — foi esta, em suma, a mensagem de Brendan Fraser ao recordar o desastre que foi o remake de The Mummy protagonizado por Tom Cruise. Durante a Fan Expo Denver, onde se reuniu com os colegas de elenco da icónica versão de 1999, Fraser não poupou nas palavras ao comparar os dois filmes — e as razões por que um deles continua a ser adorado e o outro foi, literalmente, mumificado.

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A versão original, realizada por Stephen Sommers, tornou-se um fenómeno inesperado no final dos anos 90, misturando aventura ao estilo Indiana Jones com sustos de sarcófago e muita auto-ironia. E foi precisamente esse tom “divertido e empolgante” que, segundo Fraser, faltou à versão mais sombria e ambiciosa de Cruise.

“A resposta é simples: é preciso dar às pessoas o que elas realmente querem. Se nos desviamos desse caminho… já era”, disse o actor, sublinhando que os seus filmes (com excepção de O Túmulo do Imperador Dragão) funcionaram porque eram acima de tudo um “passeio cheio de adrenalina”.

Uma maldição chamada Dark Universe

The Mummy de 2017 era suposto ser o pontapé de saída do Dark Universe, uma tentativa da Universal de ressuscitar os seus monstros clássicos com produções modernas e interligadas. Mas o projecto afundou-se ao primeiro passo, com críticas negativas, más receitas de bilheteira e a clara ausência de alma — ou diversão. O tom ultra-sério, quase clínico, afastou os fãs e fez com que a múmia de Cruise ficasse esquecida.

“Sabemos todos como é difícil fazer este tipo de filme”, reconheceu Fraser. “Mas tem de haver prazer. A versão de 1999 resultou porque as pessoas queriam repetir a experiência.”

Uma quarta aventura? Fraser não diz não

Apesar da recepção morna ao terceiro filme (Tomb of the Dragon Emperor), e da sua longa ausência de Hollywood, Brendan Fraser nunca fechou a porta a regressar ao papel de Rick O’Connell. Aliás, em 2023, durante a promoção do seu regresso triunfal com The Whale, o actor confessou:

“Soa a divertido. Estou sempre à procura de trabalho. E nunca fui tão famoso… nem tão mal pago como agora.”

Com ele e Michelle Yeoh a somarem Óscares desde a última vez que se cruzaram na saga, é difícil imaginar The Mummy 4 a avançar num futuro próximo. Ainda assim, o relançamento em sala da versão original, que arrecadou mais de 1 milhão de dólares, provou que o amor do público pela múmia ainda não apodreceu.

Entretanto, a Universal já contratou Lee Cronin (Evil Dead Rise) para realizar uma nova versão de The Mummy, desta vez com um registo mais de terror puro. O que poderá significar que o legado de Fraser fica em repouso. Por enquanto. Porque, como sabemos, no cinema… os mortos nunca estão completamente mortos.

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A Versão de 1999 pode ser vista no Prime Video e a versão de 2017 pode ser vista no Netflix e Prime Video.

Os restantes filmes do primeiro franchising podem ser alugados ou comprados na Prime Video, Apple TV e Google.

Dune: Part Three Já Tem Título Oficial — e Denis Villeneuve Vai Levar Paul Atreides ao Fim da Linha

Realizador vai filmar cenas em IMAX e prepara-se também para… James Bond?!

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Preparem os stillsuits e ajustem os olhos à luz de Arrakis: Dune: Part Three está oficialmente a caminho — com título confirmado, revelações intrigantes e, claro, promessas de mais épico visual. Após o estrondoso sucesso de Dune: Part Two, que arrecadou mais de 700 milhões de dólares nas bilheteiras mundiais, Denis Villeneuve regressa para adaptar Dune Messiah, o terceiro livro da saga escrita por Frank Herbert. E sim, ao contrário do que muitos esperavam, o filme não se chamará Dune: Messiah — o realizador canadiano decidiu manter a coerência e optou por um simples, mas eficaz, Dune: Part Three.

Villeneuve, que conquistou o estatuto de autor sci-fi da década, está a preparar mais um colosso visual, e algumas cenas serão filmadas com câmaras IMAX. Embora ainda não esteja no patamar técnico de Christopher Nolan (que vai filmar The Odyssey inteiramente neste formato), Villeneuve continua a investir na grande escala para garantir que Dune seja uma experiência tão sensorial quanto narrativa.

Paul Atreides: Messias, Imperador… e Vítima da Sua Própria Profecia

Para quem conhece os livros de Frank Herbert, o caminho de Paul Atreides em Messiah está longe de ser triunfal. Agora imperador do universo conhecido e adorado como figura messiânica pelos Fremen, Paul vê-se cercado por conspirações políticas, traições internas e um império que começa a desmoronar — tudo enquanto a maior ameaça de todas cresce no ventre de Chani.

E se em Dune: Part Two já tínhamos sentido o peso que esta personagem de Zendaya começa a ganhar, Villeneuve promete que Part Three dará ainda mais tempo de antena (e profundidade) a Chani. Uma escolha interessante e coerente, sobretudo tendo em conta o desfecho ambíguo da segunda parte.

De Arrakis para Londres: Villeneuve Vai Realizar o Próximo 007

Se Paul Atreides enfrenta conspirações em casa, Villeneuve está prestes a entrar no mundo de espiões mais famoso do cinema: o realizador foi confirmado como o novo responsável pelo reboot de James Bond. Para muitos, esta é uma escolha ousada, mas entusiasmante — afinal, poucos têm o rigor visual, o controlo tonal e o sentido de espectáculo que Villeneuve demonstrou em filmes como ArrivalBlade Runner 2049 e, claro, Dune.

“Sou fã de Bond desde criança. O 007 tem um lugar especial na minha memória cinéfila. É uma honra e uma enorme responsabilidade”, disse o realizador num comunicado oficial, prometendo manter a tradição, mas também abrir caminho para “novas missões”.

Com Dune: Part Three confirmado e James Bond no horizonte, Denis Villeneuve está a consolidar-se como um dos grandes nomes do cinema mainstream autoral. Um realizador que não tem medo de arriscar — e que, felizmente, parece cada vez mais autorizado a fazer exactamente aquilo que quer.

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Vingadores em Rota de Colisão: As Fotos de “Avengers: Doomsday” Que Estão a Fazer Explodir a Internet

Um crossover gigantesco está a caminho — e os bastidores já estão a revelar algumas surpresas (e heróis inesperados 👀)

O multiverso está oficialmente fora de controlo — e Avengers: Doomsday promete juntar as peças todas numa colisão épica. As novas imagens do set do filme mais aguardado da Fase 6 do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) já estão a circular online… e são tudo menos discretas.

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As fotos mostram um cenário futurista — uma nave espacial ou base intergaláctica? — onde três figuras chamaram imediatamente a atenção dos fãs mais atentos: Danny Ramirez (o novo Falcão), Wyatt Russell (John Walker/U.S. Agent) e Ebon Moss-Bachrach em modo motion capture como The Thing, dos Fantastic Four.

E como se isso não bastasse, Letitia Wright, a nova Black Panther, também foi vista nos bastidores, aparentemente prestes a entrar em acção. Sim, o MCU está mesmo a preparar o seu maior “team-up” de sempre — e os fãs mal conseguem conter o entusiasmo.

Um Elenco Que Dá a Volta ao Universo Marvel

Com estreia marcada para 18 de Dezembro de 2026, Avengers: Doomsday está a montar um dos elencos mais ambiciosos da história do cinema de super-heróis. Preparem-se para ver nomes de todas as eras e cantos do MCU:

  • Chris Hemsworth como Thor
  • Pedro Pascal como Reed Richards
  • Vanessa Kirby como Sue Storm
  • Anthony Mackie como o novo Capitão América
  • Sebastian Stan como Bucky/Winter Soldier
  • Letitia Wright como Shuri/Black Panther
  • Paul Rudd como Ant-Man
  • Simu Liu como Shang-Chi
  • Florence Pugh como Yelena Belova
  • Kelsey Grammer como Beast
  • Lewis Pullman como Sentry
  • Joseph Quinn como Johnny Storm
  • David Harbour como Red Guardian
  • Tenoch Huerta como Namor
  • Hannah John-Kamen como Ghost
  • Winston Duke como M’Baku
  • Tom Hiddleston como Loki

E como se o lineup dos Vingadores já não fosse épico o suficiente, Doomsday ainda traz de volta uma verdadeira tempestade de mutantes — com rostos bem familiares dos X-Men:

  • Patrick Stewart como Professor X
  • Ian McKellen como Magneto
  • Alan Cumming como Nightcrawler
  • Rebecca Romijn como Mystique
  • James Marsden como Cyclops
  • Channing Tatum como Gambit (finalmente!)

O Que Esperar de “Doomsday”?

A Marvel mantém-se em silêncio quanto ao enredo exacto, mas o título sugere um confronto cataclísmico — talvez o verdadeiro “fim de tudo” no multiverso. Será o equivalente marveliano de Endgame, mas com ainda mais peças no tabuleiro?

Sabemos que Reed Richards, Sue Storm e o resto dos Fantastic Four terão um papel central. E com figuras como Loki, Namor, Sentry e até Magneto em jogo, é difícil imaginar um vilão que consiga unir todos estes heróis… ou talvez seja precisamente isso que Doomsday nos reserva.

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Os rumores sugerem que o filme servirá de ponte directa para Secret Wars e encerrará algumas das linhas narrativas abertas desde WandaVisionLoki e Multiverse of Madness. Ou seja: preparem-se para um épico onde literalmente tudo pode acontecer.

O Mad Max Preferido de Mel Gibson Não É Aquele Que Estás a Pensar

À boleia de explosões reais e sem efeitos especiais, o actor revelou qual dos três filmes originais guarda mais no coração

🔥👀 Numa época em que Furiosa ainda faz barulho nas salas de cinema e Mad Max: Fury Road já é considerado um clássico moderno, não nos podemos esquecer de quem deu o rosto (e o olhar perdido) ao primeiro Max: Mel Gibson. E numa rara aparição pública na MegaCon de Orlando, em Fevereiro de 2025, o actor não teve problemas em escolher o seu preferido da trilogia original. Spoiler: não é aquele onde contracena com Tina Turner.

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Mel Gibson apontou sem hesitação:

Acho que o segundo episódio era o melhor. Era puro. Era só uma perseguição. Do ponto de vista do público, acho que foi o mais hábil. Tinha grandes emoções. Nada de efeitos especiais, eles atiravam coisas de cima de um camião.

Estamos, claro, a falar de Mad Max 2: O Guerreiro da Estrada (The Road Warrior, 1981), um verdadeiro fenómeno da acção pós-apocalíptica que levou ao extremo a fórmula do primeiro filme e elevou George Miller a novo guru da realização física — antes de “green screens” e efeitos gerados por IA.

A trilogia original: do punk à poeira

O primeiro Mad Max (1979) foi feito com trocos (literalmente: Mel Gibson foi pago com valores irrisórios) e abriu portas a um universo onde o colapso da sociedade era retratado com couro, ferros retorcidos e gasolina a escorrer da tela. Mas foi o segundo filme que consolidou a personagem e o estilo — menos diálogo, mais acção, mais poeira.

Em Mad Max: Além da Cúpula do Trovão (1985), Gibson contracenou com Tina Turner e o tom tornou-se mais operático, com direito a crianças perdidas e regras de luta dignas de um jogo de tabuleiro. Embora seja um filme de culto por direito próprio, O Guerreiro da Estrada continua a ser o favorito dos puristas… e de Gibson.

George Miller: o génio do caos

O que faz de Mad Max uma das franquias mais respeitadas do cinema de acção é a sua capacidade camaleónica. George Miller reinventou a saga várias vezes: começou com filmes crus e quase experimentais, passou para produções mais ambiciosas nos anos 80, e voltou em força com Fury Road (2015) e Furiosa (2024), dois épicos visuais aclamados pela crítica — filmados com efeitos práticos e coreografias insanas que nos fazem suar só de ver.

Mel Gibson: o homem, o mito, o Max original

Apesar de todos os Max que vieram depois (Tom Hardy, e agora Anya Taylor-Joy a expandir o universo), Mel Gibson continua a ser o rosto associado à personagem. E mesmo que a sua carreira tenha tomado rumos variados — de Braveheart a O Patriota, passando por comédias românticas improváveis — o papel que o catapultou para o estrelato mantém-se intacto na memória colectiva.

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Na dúvida sobre por onde começar esta saga furiosa? O próprio Mel recomenda: volta ao segundo filme, sobe para o Interceptor e acelera rumo ao deserto.

Depois de Barbie, vem aí Hot Wheels: Mattel aposta em Jon M. Chu para acelerar rumo ao próximo grande sucesso

Realizador de Wicked e Crazy Rich Asians prepara filme de acção sobre os carrinhos mais famosos do planeta

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🚗💥 A Mattel não quer abrandar. Depois do fenómeno global que foi Barbie, a empresa de brinquedos norte-americana está pronta para meter o pé no acelerador com Hot Wheels, a adaptação cinematográfica da sua icónica linha de carrinhos. E para comandar esta nova corrida rumo ao sucesso, o escolhido foi Jon M. Chu, o realizador por detrás de filmes como Crazy Rich AsiansNow You See Me 2 e, mais recentemente, a versão cinematográfica de Wicked.

Com a estreia da segunda parte de Wicked prevista para Novembro, Jon M. Chu já tem o próximo desafio no horizonte: transformar um brinquedo de quatro rodas numa aventura digna das grandes bilheteiras. A aposta é clara — repetir a fórmula de sucesso de Barbie, que rendeu dois Óscares e dominou 2023 como a maior bilheteira do ano.

O que esperar do filme de Hot Wheels?

Ainda sem muitos detalhes sobre o enredo, sabe-se apenas que o argumento será escrito por Juel Taylor e Tony Rettenmaier, a dupla que colaborou em Creed II e They Cloned Tyrone. Segundo a descrição avançada pela Deadline, o filme será “uma obra de acção inspirada na linha de brinquedos mais vendida da Mattel, que apresentará alguns dos veículos mais importantes e velozes do mundo”.

Jon M. Chu já expressou o seu entusiasmo:

Hot Wheels sempre foi mais do que velocidade — é sobre imaginação, ligação e a emoção de brincar. Levar esse espírito para o grande ecrã é uma oportunidade incrível.”

Uma parceria poderosa: Mattel + Warner Bros + Bad Robot

Tal como em Barbie, a Mattel volta a unir esforços com a Warner Bros. Pictures e a Bad Robot, produtora de J. J. Abrams, para garantir que Hot Wheels seja um blockbuster à altura da sua herança cultural. E não é pouca coisa — com mais de 8 mil milhões de unidades vendidas desde o seu lançamento em 1968, os Hot Wheels são um símbolo da infância de várias gerações e uma presença constante na cultura pop.

Este é mais um dos muitos projectos cinematográficos em preparação nos bastidores da Mattel Studios. Depois de Barbie, a empresa já confirmou o desenvolvimento de filmes inspirados em franquias como Masters of the UniversePolly PocketMonster HighRock ‘Em Sock ‘Em Robots, a mítica Bola 8 Mágica e até o jogo de cartas UNO. É oficial: o armário dos brinquedos está aberto, e Hollywood não tem mãos a medir.

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Brinquedos são o novo petróleo?

Num mundo em que propriedades intelectuais são cada vez mais valiosas, os brinquedos estão a tornar-se minas de ouro para os estúdios. O sucesso de Barbie provou que, com uma boa equipa criativa e uma abordagem fresca, até os brinquedos mais inesperados podem dar origem a filmes relevantes, emocionantes e até premiados. Será Hot Wheels o próximo grande fenómeno? A corrida já começou.

“Lilo & Stitch” dá asas ao cinema: Junho foi o melhor mês em espectadores desde 2019

Cinemas portugueses celebram números históricos, com destaque para o fenómeno “Lilo & Stitch”

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Depois de anos de incerteza, bilheteiras vazias e salas às moscas, os cinemas portugueses parecem ter reencontrado o seu público. Junho de 2025 foi, oficialmente, o melhor mês em espectadores desde 2019, com quase um milhão de entradasnas salas do país. E quem liderou este movimento de regresso ao grande ecrã? Nada mais, nada menos do que um certo extraterrestre azul com queda para o caos — Lilo & Stitch.

Segundo os dados revelados esta semana pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), os cinemas registaram 994 mil espectadores em junho, o que representa um crescimento de 34,6% em relação ao mesmo mês de 2024. Já no que toca às receitas, os números são ainda mais impressionantes: 6,5 milhões de euros — o melhor mês de junho de que há registo (pelo menos desde 2004). E sim, parte desse recorde pode dever-se à subida dos preços dos bilhetes… mas não só.

Stitch, o rei das bilheteiras

Com apenas pouco mais de um mês em exibição, o novo Lilo & Stitch já conquistou 560 mil espectadores e 3,5 milhões de euros em bilheteira, tornando-se o filme mais visto do ano em Portugal. A reinvenção live-action do clássico animado da Disney provou ser um verdadeiro fenómeno, tanto entre nostálgicos como entre novas gerações — e parece ter dado ao mercado português o impulso que há muito se esperava.

Mas não é só de alienígenas fofinhos que se fazem os bons resultados: o público nacional está, aos poucos, a regressar às salas e a diversificar os seus interesses. No acumulado do primeiro semestre de 2025, registaram-se 5,5 milhões de espectadores e 35,1 milhões de euros em receita, uma subida de 16,6% e 20,6%, respetivamente, face ao mesmo período de 2024.

E o cinema português?

Apesar dos bons números gerais, o cinema nacional continua a ter um percurso mais discreto. A produção portuguesa mais vista até agora em 2025 é On Falling, da realizadora Laura Carreira, com 13 mil espectadores e 75 mil euros de receita desde a sua estreia em março. Um valor modesto, mas importante num panorama que ainda procura visibilidade e apoio continuado por parte das audiências.

Depois da tempestade… a bilheteira?

Os dados do ICA confirmam aquilo que muitos no sector já vinham a sentir: há vontade de ir ao cinema, há espaço para o crescimento e — com os filmes certos — há público. A quebra pandémica e as greves em Hollywood abrandaram o ritmo, mas os números de junho mostram que o cinema em sala não só está vivo, como tem fôlego para mais.

E com estreias de peso a caminho, como Superman de James Gunn, Moana 2 e Freakier Friday, tudo indica que o segundo semestre poderá ser ainda mais auspicioso. Agora, resta saber se o público continuará a dizer “aloha” às bilheteiras — ou se Stitch já gastou toda a magia.

“Grantchester” Está de Volta: Mistérios, Segredos e Chá Quente na Nova Temporada da Série Britânica

A 10.ª temporada estreia agora em Portugal, com episódios disponíveis na Filmin e no Prime Video

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Preparem as chávenas de chá e os sentidos dedutivos: Grantchester está de regresso — e os fãs portugueses já podem acompanhar a nova temporada, com estreia simultânea na Filmin e no Prime Video. A popular série policial britânica, ambientada nos anos 50, chega à sua 10.ª temporada com mais mistérios, dramas familiares e aquele charme irresistivelmente campestre que conquistou o público ao longo da última década.

Se nos Estados Unidos a estreia aconteceu a 15 de Junho, em Portugal os episódios já começaram a chegar às plataformas de streaming — uma excelente notícia para quem não quer esperar pelas emissões televisivas ou andava a adiar o reencontro com o detetive mais educado de Inglaterra.

Geordie e Alphy: uma dupla improvável com muito para resolver

A nova temporada traz de volta Robson Green, no papel do incansável DI Geordie Keating, e Rishi Nair como o carismático Reverendo Alphy Kottaram, sucessor espiritual (e não só) das figuras religiosas que desde o início da série têm ajudado a resolver os homicídios que teimam em surgir na idílica vila de Cambridgeshire.

Segundo a sinopse oficial, a dupla vai continuar a enfrentar os seus demónios pessoais enquanto tenta manter a ordem em Grantchester. Alphy, agora mais integrado na comunidade, é obrigado a confrontar segredos do passado que têm estado cuidadosamente escondidos. Será que conseguirá abrir o coração — ou vai ter de enfrentar a verdade sobre si próprio?

O que esperar desta temporada?

Para lá dos crimes, a série continua a explorar temas como a fé, a sexualidade, os traumas de guerra e as tensões sociais do pós-guerra. A nova temporada promete “ainda mais mistério, desventura e romance”, nas palavras do próprio canal ITV, que renovou a série com entusiasmo.

A criadora e argumentista Daisy Coulam mostrou-se orgulhosa pelo regresso da equipa: “Este programa é um testemunho do nosso elenco e equipa maravilhosos. Estou muito grata e orgulhosa por podermos voltar para uma 10.ª temporada e mais um verão glorioso em Grantchester.”

No elenco regressam também Al Weaver como Leonard Finch, Tessa Peake-Jones como Mrs C, Kacey Ainsworthcomo Cathy Keating, Oliver DimsdaleNick BrimbleBradley Hall e Melissa Johns.

A longevidade de um clássico moderno

Estreada originalmente em 2014 e baseada nas personagens criadas por James Runcie, Grantchester conseguiu manter-se relevante ao longo de dez temporadas, reinventando-se com novas personagens sem perder o seu ADN. A troca de protagonistas — com Alphy a suceder ao carismático Sidney Chambers (James Norton) e depois a Will Davenport (Tom Brittney) — provou ser um sucesso junto dos fãs, mantendo os índices de audiência elevados tanto no Reino Unido como nos EUA.

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Se ainda não se rendeu aos encantos de Grantchester, talvez esteja na altura. E se já é fã, então sabe que o verdadeiro prazer da série não está apenas nos crimes — está nos olhares trocados ao som do sino da igreja, nas conversas à sombra de uma macieira e nas tensões que fervilham sob a superfície de uma comunidade aparentemente pacífica.