“Avatar: Fire and Ash” — Primeiro Trailer Vai Passar em Exclusivo nas Sessões de “O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”

James Cameron regressa com Na’vi em guerra, vulcões, barcos voadores e um clã sombrio. Estreia marcada para dezembro em Portugal.

Preparem-se: o épico azul de James Cameron está de volta — e com um novo clã de Na’vi que promete incendiar Pandora… literalmente. O primeiro trailer de Avatar: Fire and Ash, o terceiro capítulo da saga, será exibido em exclusivo nos cinemas antes das sessões de O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. A informação foi confirmada esta terça-feira pela conta oficial da franquia e, em Portugal, pela distribuidora nacional ao SAPO Mag. A estreia do trailer acontece já esta quinta-feira.

Na’vi contra Na’vi: o Povo das Cinzas entra em cena

O trailer exibido será o mesmo que deslumbrou os participantes da CinemaCon em Las Vegas, em abril. As primeiras imagens mostram Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña) a bordo de imensos navios de madeira suspensos por balões e rebocados por criaturas azuis voadoras — uma estética que mistura natureza e steampunk com o visual grandioso a que Cameron já nos habituou.

Mas o que mais se destaca é a introdução de uma nova ameaça: o Povo das Cinzas, um clã dissidente dos Na’vi, com penachos vermelhos e flechas incendiárias, que traiu a deusa Eywa. O conflito entre Na’vi torna-se interno — e promete elevar o drama tribal a um novo nível.

Segundo Zoe Saldaña, “os Comerciantes do Vento são um clã pacífico e nómada que viaja pelo ar. E o Povo das Cinzas são antigos Na’vi que abandonaram Eywa.” A atriz, vencedora do Óscar de Melhor Atriz Secundária por Emília Pérez, lidera um elenco de luxo que inclui Kate Winslet, Sigourney Weaver, Cliff Curtis, Edie Falco, Jemaine Clement, Oona Chaplin e David Thewlis.

James Cameron quer mais — e quer maior

James Cameron, num vídeo gravado na Nova Zelândia, onde o filme está em pós-produção, garantiu que esta será a entrada mais longa da saga até agora, superando as três horas e 12 minutos de Avatar: O Caminho da Água (2022). O realizador sublinha que “os heróis tribais terão de enfrentar não apenas os invasores humanos, mas também os seus próprios irmãos afastados.”

A produção promete expandir ainda mais o mundo de Pandora, apresentando dois novos clãs e elevando o conflito ambiental e espiritual que define a série desde 2009.

Datas marcadas até 2031

Avatar: Fire and Ash estreia em Portugal a 18 de dezembro de 2025, com as sequelas seguintes já agendadas: 21 de dezembro de 2029 e 19 de dezembro de 2031. A estratégia é clara: consolidar o universo Avatar como uma franquia contínua e monumental — um verdadeiro épico intergeracional.

Para já, a estreia do trailer é mais do que uma jogada promocional: é um sinal claro de que Pandora ainda tem muito para mostrar… e incendiar.


Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho Levam O Agente Secreto ao Festival de Toronto — Oscar à Vista?

Filme brasileiro estreia em novembro e já gera expectativas para a temporada de prémios

O cinema brasileiro pode estar novamente na rota do Oscar. O novo thriller O Agente Secreto, protagonizado por Wagner Moura e realizado por Kleber Mendonça Filho, foi confirmado na programação do Festival de Cinema de Toronto — um dos eventos mais estratégicos na corrida para os prémios da Academia.

ver também: Elle Fanning e o Predador Formam Aliança Improvável no Novo Filme da Saga: Predador: Badlands

A colaboração entre Moura e Mendonça Filho junta dois nomes incontornáveis do cinema nacional. Wagner Moura, que brilhou em Tropa de Elite e Marighella, venceu o prémio de Melhor Ator no Festival de Cannes por este papel. Kleber Mendonça Filho, aclamado por Aquarius e Bacurau, arrecadou o prémio de Melhor Realizador.

Thriller político no Brasil de 1977

Na história, Moura interpreta Marcelo, um professor de tecnologia de 40 anos que troca a vida agitada de São Paulo pela esperança de recomeço no Recife. No entanto, ao chegar ao Nordeste, percebe que o seu passado misterioso o persegue — e o caos que tentou deixar para trás ressurge com força. O filme decorre em 1977, numa atmosfera densa, política e emocionalmente carregada.

Elenco de peso

O Agente Secreto conta ainda com um elenco de luxo do cinema brasileiro, incluindo Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Thomas Aquino, Alice Carvalho e Carlos Francisco.

A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para 6 de novembro. E depois do sucesso internacional de Ainda Estou Aqui, a esperança é que o Brasil volte a marcar presença nos grandes palcos da sétima arte.

Elle Fanning e o Predador Formam Aliança Improvável no Novo Filme da Saga: Predador: Badlands

Realizado por Dan Trachtenberg, filme estreia em novembro e traz uma nova abordagem centrada na personagem alienígena

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Foi revelado um novo e electrizante trailer de Predador: Badlands, o aguardado regresso da saga Predador ao grande ecrã — e com uma reviravolta inesperada: desta vez, o famoso caçador alienígena poderá ser… um herói.

Ao seu lado estará Elle Fanning, num papel central que promete dar nova alma à franquia. Com 27 anos e uma carreira que começou ainda na infância, a actriz é conhecida por títulos como Super 8, Maléfica, The Great e A Complete Unknown. Segundo a própria, é uma fã assumida da saga iniciada em 1987 com Arnold Schwarzenegger.

Um novo capítulo, um novo planeta

Predador: Badlands chega aos cinemas a 6 de novembro, incluindo sessões em IMAX, e marca o regresso do realizador Dan Trachtenberg, que assinou o elogiado Prey (O Predador: Primeira Presa), lançado diretamente no Disney+ em 2022. Nesse filme, a acção recuava ao século XVIII e à Nação Comanche — desta vez, o cenário avança para o futuro.

A história passa-se num planeta remoto, onde um jovem Predador (interpretado por Dimitrius Schuster-Koloamatangi), excluído do seu clã, encontra uma inesperada aliada em Thia (Fanning). Juntos, embarcam numa jornada perigosa à procura do adversário supremo — numa narrativa que mistura ficção científica, drama e aventura.

Uma abordagem centrada no Predador

Em entrevista à revista Empire, Trachtenberg revelou que Badlands se afasta dos filmes anteriores por colocar o Predador no centro da história. “É a primeira vez que o acompanhamos como protagonista. Esta é uma história sobre identidade, exílio e sobrevivência — com muito sangue, claro”, brincou o realizador.

Com efeitos visuais promissores e uma dupla improvável no centro da acção, Predador: Badlands poderá ser o renascimento épico que a franquia precisava — e uma nova porta de entrada para quem nunca viu um caçador intergaláctico em acção.

Festival de Veneza 2025: Julia Roberts Estreia-se e Estrelas Não Faltam na Passadeira Vermelha

Programação da 82.ª edição inclui filmes de Guillermo del Toro, Kathryn Bigelow, Noah Baumbach, e uma poderosa homenagem a David Bowie

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A 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza foi oficialmente anunciada e promete ser uma das mais mediáticas e politicamente relevantes dos últimos anos. De Julia Roberts, que se estreia no festival, a George Clooney, Emma Stone, Cate Blanchett ou Jude Law, o certame decorre de 27 de agosto a 6 de setembro com uma programação recheada de estrelas e filmes que prometem marcar a temporada de prémios.

Julia Roberts estreia-se com Guadagnino

A icónica actriz norte-americana Julia Roberts marca presença pela primeira vez no festival para a estreia de After the Hunt, de Luca Guadagnino, produzido pela Amazon. O filme, sobre um caso de agressão sexual numa prestigiada universidade americana, será exibido fora de competição. “É a primeira vez que Julia Roberts desfilará na passadeira vermelha de Veneza, estamos muito felizes em tê-la”, afirmou o diretor artístico Alberto Barbera.

Competição oficial: de Putin a Frankenstein

Vinte e uma longas-metragens concorrem ao prestigiado Leão de Ouro, incluindo:

  • The Wizard of the Kremlin, de Olivier Assayas, sobre a ascensão de Putin, com Jude Law no papel principal;
  • Frankenstein, de Guillermo del Toro, com Oscar Isaac, Jacob Elordi, Mia Goth e Christoph Waltz, numa luxuosa produção da Netflix;
  • Jay Kelly, de Noah Baumbach, uma comédia coescrita com Greta Gerwig e protagonizada por George Clooney;
  • Father Mother Sister Brother, de Jim Jarmusch, com Adam Driver e Cate Blanchett;
  • The Smashing Machine, de Benny Safdie, com Dwayne Johnson e Emily Blunt.

Politicamente contundente: o caso Hind Rajab

O filme mais politicamente carregado será The Voice of Hind Rajab, de Kaouther Ben Hania, que reconstrói o caso real da menina palestiniana de seis anos morta pelas forças israelitas durante a guerra em Gaza. “É um dos filmes que mais impacto terá no público”, garantiu Barbera.

Estreia mundial e homenagens

O festival abrirá com La Grazia, de Paolo Sorrentino, com Toni Servillo, cujo enredo permanece em segredo. A actriz Kim Novak receberá o Leão de Ouro de Carreira. No segmento de clássicos restaurados, será exibido Aniki Bóbó, de Manoel de Oliveira.

Júri de luxo

O júri da competição principal será presidido por Alexander Payne e inclui nomes como Fernanda Torres, Zhao Tao, Stéphane Brizé, Maura Delpero, Cristian Mungiu e Mohammad Rasoulof.

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Com uma seleção que cruza géneros, geografias e gerações, a 82.ª edição do Festival de Veneza afirma-se como um dos grandes acontecimentos cinematográficos do ano.

David Bowie, Telefones e Cinema Português: Batalha Anuncia Temporada com Diálogos Improváveis e Homenagens Visuais

A sala portuense prepara um ciclo sobre o impacto dos telefones na sociedade, uma biografia fílmica de Bowie e uma retrospetiva de Dominga Sotomayor

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O Batalha Centro de Cinema, no Porto, revelou a programação para o último quadrimestre de 2025 e traz consigo uma mão cheia de propostas arrojadas e ecléticas. Entre os grandes destaques estão uma homenagem cinematográfica a David Bowie, um ciclo que reflecte sobre os telefones enquanto dispositivos tecnológicos e sociais, e uma retrospetiva completa da realizadora chilena Dominga Sotomayor.

Quando o Telefone Toca… toca tudo

A temporada arranca a 6 de setembro com E.T. – O Extraterrestre (1982), de Steven Spielberg, dando o mote ao ciclo Quando o Telefone Toca, uma programação que decorre até 25 de outubro e que propõe uma reflexão sobre como o telefone — do analógico ao digital — moldou formas de comunicação, modos de vida e até o próprio cinema.

O ciclo contará com obras de realizadores como Wes Craven, Marguerite Duras, Radu Jude e Jia Zhangke, criando pontes inesperadas entre o passado e o presente tecnológico.

Bowie no ecrã, até janeiro

Em outubro, o Batalha mergulha no universo multifacetado de David Bowie, apresentando uma “biografia fílmica” não só com os filmes onde o músico britânico participou, como também obras que o influenciaram ou que beberam do seu imaginário artístico.

Entre os títulos confirmados estão O Homem Que Veio do Espaço (1976), de Nicolas Roeg, Just a Gigolo (1978), de David Hemmings, além de filmes de Gala Hernandez Lopez, Nam June Paik e Ulrich Edel. O ciclo estende-se até 10 de janeiro de 2026, data que marca os dez anos da morte de Bowie.

Dominga Sotomayor em retrospetiva e em pessoa

A realizadora Dominga Sotomayor, uma das vozes mais singulares do cinema sul-americano contemporâneo, será homenageada com uma retrospetiva completa das suas longas-metragens, uma seleção de curtas e ainda uma masterclasse no Porto.

Cinema português em destaque

O programa Luas Novas, dedicado ao cinema português contemporâneo, contará com obras de Maria Inês Gonçalves, premiada este ano em Roterdão, e da artista visual Alice dos Reis, distinguida com o Prémio Novos Artistas da Fundação EDP.

Mónica de Miranda e Cláudia Varejão

A artista Mónica de Miranda terá direito a uma sessão especial de filmes e ao lançamento de uma publicação sobre a sua exposição Profundidade de Campo. Já Cláudia Varejão será homenageada com a edição de um livro de ensaios e fotografia sobre o seu percurso cinematográfico.

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A programação completa da nova temporada estará disponível a partir de 12 de agosto. Mas uma coisa é certa: entre chamadas analógicas, sons de Bowie e novos olhares do cinema português, o Batalha promete ligar-nos directamente à arte e à reflexão.

Colbert Contra-Ataca: Após Cancelamento do Late Show, Humorista Aponta Farpas a Trump e à CBS“

O programa foi cancelado. Eu não.” — Colbert transforma despedida em ataque político feroz e viraliza com críticas ao ex-presidente dos EUA

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Stephen Colbert não perdeu tempo. Na sua primeira emissão após o anúncio do fim do The Late Show, o apresentador norte-americano deixou o recado bem claro: “Estão abertas as hostilidades”. E o principal alvo? Donald Trump — e a própria CBS, o canal que o demitiu.

O programa, no ar desde 1993 (quando era apresentado por David Letterman), será oficialmente cancelado em maio de 2026. Mas Colbert parece ter transformado o que poderia ser uma despedida melancólica num verdadeiro campo de batalha humorístico e político. E, como sempre, fê-lo com afiada ironia e sem papas na língua: “Trump pode ter festejado o fim do meu programa, mas eu ainda não acabei.”

“Vai-te f****, Trump.”

Foi assim, sem rodeios, que Colbert reagiu à celebração do ex-presidente na sua plataforma Truth Social, onde escreveu: “Adorei que o Colbert tenha sido despedido. O talento dele era ainda menor que a audiência.”

A resposta chegou no tom que só Stephen Colbert sabe dar: “Sempre sonhei que um dia um presidente em exercício celebrasse o fim da minha carreira. E não é que aconteceu?” — atirou, entre aplausos. Mas rapidamente o tom mudou para algo mais sério: acusou a CBS de se ter “dobrado” a Trump ao pagar um “suborno disfarçado” de 16 milhões de dólares, após o ex-presidente processar a cadeia televisiva por uma entrevista com Kamala Harris.

CBS diz que foi “uma decisão financeira”. Colbert não acredita.

A cadeia norte-americana justificou o cancelamento com uma alegada perda de 40 milhões de dólares no último ano. Colbert ironizou dizendo que até aceita a culpa por 24 milhões — os outros 16, insinua, foram o “presente” para Trump.

À porta do Ed Sullivan Theater, onde o programa é gravado, manifestantes empunhavam cartazes com frases como “Colbert fica! Trump tem que sair!”. E dentro do estúdio, o ambiente foi de resistência festiva.

Cold opens, protestos e… Sandra Oh em fúria

A tradicional “cold open” do programa atacou Trump por querer que os Washington Commanders voltassem ao nome anterior (considerado ofensivo para os nativos americanos) e ainda o associou, com humor negro, a Jeffrey Epstein. Seguiram-se momentos surreais, como a actuação de Lin-Manuel Miranda e Weird Al Yankovic, com uma versão de Viva La Vida, interrompida por uma “carta oficial” que cancelava a canção — “uma decisão puramente financeira”, claro.

A actriz Sandra Oh, convidada especial da noite, não se conteve e lançou uma maldição bem clara: “Uma praga sobre a CBS e a Paramount.” Colbert, emocionado, ouviu-a elogiar a sua coragem e legado. Dave Franco também prestou homenagem ao percurso do humorista, desde The Daily Show até à actualidade.

Entre o público, uma verdadeira assembleia de estrelas e aliados: Anderson Cooper, Jimmy Fallon, Jon Stewart, John Oliver, Adam Sandler, Triumph the Insult Comic Dog e muitos mais — num claro sinal de solidariedade e despedida antecipada.

Um humorista com missão

Stephen Colbert tornou-se, nos últimos anos, numa figura de confiança para milhões de americanos — especialmente durante a pandemia, quando transmitia a partir da arrecadação da sua casa. O seu humor político, sempre bem informado, feroz e cativante, tem sido uma constante na crítica ao trumpismo e ao estado da democracia americana.

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O cancelamento do Late Show poderá marcar o fim de um ciclo — mas Colbert já avisou: “Cancelaram o programa, mas não me cancelaram a mim.” E se o monólogo desta segunda-feira for indicativo do que está para vir… ainda há muito por dizer.

Alexander Skarsgård Conta Como Desistiu da Representação Aos 13 Anos: “Só Queria Conduzir um Saab”

Protagonista de “Murderbot” recorda fama precoce na Suécia e explica por que deixou tudo para trás durante uma década

ver também: James Gunn Aponta “Sentimento Anti-Americano” como Obstáculo ao Sucesso Internacional de Superman

Alexander Skarsgård está hoje no auge da sua carreira internacional, mas poucos sabem que, em tempos, jurou nunca mais voltar à representação. O actor sueco, conhecido por séries como True Blood, Big Little Lies e, mais recentemente, Murderbot, revelou no podcast Armchair Expert de Dax Shepard que desistiu da representação aos 13 anos, depois de ter alcançado fama repentina na Suécia com o telefilme Hunden som log (O Cão que Sorriu), em 1989.

“Era um filme para televisão com 50 minutos. Mas nos anos 80 só havia dois canais na Suécia, muito antes da televisão por cabo. Quando algo passava, o país inteiro via”, contou Skarsgård, agora com 48 anos.

Um sucesso que se tornou um fardo

O actor descreveu como o sucesso inesperado daquela produção lhe trouxe algo que não estava preparado para enfrentar: notoriedade. “Tinha 13 anos e, de repente, toda a gente me reconhecia por causa daquilo. Tornar-me ‘uma estrela’ deixou-me incrivelmente auto-consciente”, confessou.

Skarsgård admitiu que a fama precoce contrastava com os seus desejos mais simples: “Para alguém que sonhava com um pai de fato cinzento, num Saab cinzento a caminho de um escritório cinzento… aquilo foi duro.” A fama incomodava-o, e o desconforto tornou-se insuportável quando começou a sentir-se observado pelos colegas de escola: “Não gostava de ser reconhecido. Não gostava que os miúdos dissessem: ‘Vi-te naquele filme.’”

A pressão acabou por arrasar a sua autoconfiança. “Aquilo arrasou-me. Pensei: ‘Isto é horrível. Não quero continuar.’ Reformei-me. Larguei tudo aos 13 anos.”

Uma pausa de 10 anos… e o regresso inesperado

Durante uma década, Skarsgård afastou-se completamente da representação. E não teve dúvidas: “Não foi uma decisão difícil. Pensei: ‘Eu nem quero ser actor. Só quero conduzir um Saab.’ E parei.”

Acabaria por regressar ao ecrã em 2001, com uma participação em Zoolander. Desde então, construiu uma carreira sólida tanto na Europa como nos EUA, conquistando reconhecimento em dramas intensos e ficção científica. Ainda assim, o actor acredita que aquela pausa foi essencial para preservar a sua sanidade e reencontrar-se consigo mesmo.

Hoje, com a estreia de Murderbot a reforçar a sua presença no universo da ficção especulativa, Alexander Skarsgård parece ter encontrado o equilíbrio entre fama e autenticidade — e talvez até um Saab.

James Gunn Aponta “Sentimento Anti-Americano” como Obstáculo ao Sucesso Internacional de Superman

Filme abre em força nos EUA, mas tem recepção mais fraca lá fora — e o realizador tem algumas explicações polémicas

Superman pode ter voado alto nos Estados Unidos, com uns respeitáveis 125 milhões de dólares no fim-de-semana de estreia, mas o mesmo não se pode dizer do seu desempenho no resto do mundo. Com apenas 95 milhões de dólares arrecadados internacionalmente, o novo filme de James Gunn enfrenta uma barreira inesperada: o mundo está, aparentemente, menos receptivo ao “símbolo do sonho americano”.

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Em entrevista à Rolling Stone, James Gunn não se escusou a apontar o dedo a possíveis causas. “Superman não é uma figura tão conhecida em certos países, ao contrário de Batman, por exemplo. Isso afecta o interesse. E depois há o sentimento anti-americano que existe actualmente em muitas partes do mundo. Isso também não nos ajuda muito”, afirmou o realizador.

O Super-Herói Imigrante

Desde o início, Gunn não escondeu que esta nova versão de Superman teria uma dimensão política e emocional mais marcada. Em declarações anteriores ao The Sunday Times, descreveu o filme como “a história da América” — um imigrante que chega de outro lugar e que representa valores fundamentais como “a bondade humana básica, algo que perdemos”.

Este posicionamento valeu-lhe algumas críticas, especialmente de sectores mais conservadores que o acusaram de tornar Superman num filme “demasiado woke”. Gunn respondeu com ironia: “Já ouvi dizer que é woke. Também já ouvi dizer que não é. Estou curioso para saber o que, no filme, é considerado woke”, comentou em entrevista à Entertainment Weekly.

Recepção desigual… mas promissora?

Apesar do arranque modesto fora dos EUA, há sinais de esperança. Segundo Gunn, Superman abriu bem no Brasil e no Reino Unido, e o boca-a-boca está a impulsionar as bilheteiras noutros territórios. “Os números estão a subir com base na reacção positiva do público”, garantiu.

Mesmo assim, a discrepância entre o mercado doméstico e o internacional é notória — e levanta questões sobre a imagem que os super-heróis tradicionalmente americanos projectam globalmente, especialmente num contexto geopolítico tenso.

Um herói dividido entre símbolos e ideais

A verdade é que Superman sempre foi mais do que apenas um super-herói com capa vermelha. Criado por dois filhos de imigrantes judeus nos anos 30, Kal-El representa há muito tempo os ideais do “American Way” — mas James Gunn quer desafiar essa visão: “O filme fala da bondade, da empatia, da coragem moral. Isso não tem de ser exclusivo dos EUA”, sublinha.

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Entre elogios pela sua abordagem humanista e críticas por mexer na simbologia de um ícone nacional, James Gunn continua a defender a sua visão com convicção. E, com o tempo, pode ser que o mundo comece a ouvir — e a ver — este Superman com outros olhos.

Morreu Malcolm-Jamal Warner, o Inesquecível Theo de The Cosby Show

Ator norte-americano tinha 54 anos. Morreu por afogamento na Costa Rica. Deixa legado marcante na televisão, na música e na poesia

Malcolm-Jamal Warner, conhecido mundialmente pelo papel de Theo Huxtable em The Cosby Show, morreu aos 54 anos, vítima de um trágico afogamento na Costa Rica. O ator estava a nadar na Playa Cocles, na província de Limón, quando foi apanhado por uma corrente marítima que o arrastou para o fundo. Foi retirado da água por banhistas, mas já sem sinais vitais. A confirmação oficial chegou esta segunda-feira através do Departamento Judiciário de Investigação da Costa Rica.

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A sua morte encerra abruptamente a vida de um artista que marcou gerações, especialmente a Geração X, e que teve uma carreira multifacetada na televisão, no cinema, na música e na poesia.

Theo Huxtable: o filho que todos recordam

Warner conquistou o público com a sua interpretação de Theo Huxtable, o único filho homem da icónica família Huxtable, que durante oito temporadas entre 1984 e 1992 dominou os ecrãs da NBC. A personagem era um reflexo da adolescência americana, trazendo temas como identidade, responsabilidade e amadurecimento com uma mistura de humor e realismo.

Quem viu o episódio piloto dificilmente esquecerá o momento em que Theo discute com o pai, Cliff Huxtable (Bill Cosby), sobre dinheiro — um diálogo que se tornou instantaneamente clássico. Outro momento inesquecível: a célebre “camisa Gordon Gartrell”, mal costurada pela irmã Denise (Lisa Bonet), que se tornou um símbolo de comédia e estilo kitsch televisivo. A camisa chegou a ser homenageada anos mais tarde por Anthony Mackie no The Tonight Show e é ainda hoje a foto de perfil no Instagram de Warner.

Um legado maior que uma série

Apesar da popularidade do programa, Warner teve de lidar, tal como o resto do elenco, com o peso das acusações contra Bill Cosby, cuja condenação por agressão sexual foi mais tarde anulada. Em 2015, o actor confessava que “o legado do programa está manchado”, mas lamentava sobretudo o impacto que isso teria na representação da comunidade afro-americana na televisão: “O facto de não termos mais algo como The Cosby Show entristece-me profundamente.”

Warner defendeu ao longo da vida a importância de representações positivas e ricas de pessoas negras nos media — algo que ele próprio encarnou com firmeza, quer como actor, quer como músico e poeta.

Muito além do Theo

Depois de The Cosby Show, Warner manteve uma carreira activa e variada. Protagonizou Malcolm & Eddie (1996-2000) ao lado do comediante Eddie Griffin, e voltou à televisão com Read Between The Lines (2011), onde contracenava com Tracee Ellis Ross.

Participou ainda em American Crime Story, no papel de Al Cowlings, amigo de O.J. Simpson, e teve uma presença regular em The Resident, da FOX. No cinema, destacou-se na comédia romântica Fool’s Gold (2008), ao lado de Matthew McConaughey e Kate Hudson.

Além do ecrã, Warner era também um talentoso poeta e músico. Recebeu um Grammy pela melhor performance de R&B tradicional e foi nomeado para melhor álbum de poesia falada com Hiding in Plain View — um testemunho do seu talento multifacetado.

Vida privada discreta

Apesar de ser figura pública desde jovem, Malcolm-Jamal Warner manteve a sua vida pessoal longe dos holofotes. Era casado e tinha uma filha, mas escolheu não divulgar publicamente os nomes dos seus familiares.

Ficam as suas palavras, as suas interpretações e o impacto profundo que teve em milhões de espectadores. Despede-se um símbolo de uma geração e um artista que deu voz, humor e profundidade a uma personagem que ficará para sempre na história da televisão.

Capitão Planeta Está de Volta — E Leonardo DiCaprio Vai Ajudá-lo a Salvar o Mundo

Netflix prepara versão em imagem real da icónica série ecológica dos anos 90 com Tara Hernandez no argumento e Greg Berlanti na produção

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Preparem os anéis mágicos e a frase “Let our powers combine”, porque Capitão Planeta está de regresso — e desta vez em imagem real, com o selo da Netflix e o apoio ambientalista de Leonardo DiCaprio. Depois de anos de tentativas falhadas em Hollywood, o projecto baseado na série de animação que marcou os anos 90 vai finalmente avançar.

Segundo a imprensa norte-americana, foi a Netflix quem ganhou a corrida pelos direitos de adaptação, numa produção conjunta da Appian Way (a produtora de DiCaprio) e da Berlanti Productions, de Greg Berlanti, o homem por detrás do universo DC no canal CW (Arrow, The Flash, Supergirl).

Um clássico com mensagem (ainda) urgente

Capitão Planeta nasceu em 1990 pelas mãos de Ted Turner, o magnata dos media que queria levar às crianças uma mensagem de activismo ecológico e multiculturalismo. Durante seis temporadas, a série animada (titulada originalmente Captain Planet and the Planeteers) seguiu um grupo de jovens de diferentes partes do mundo que recebiam anéis mágicos com poderes sobre os elementos da natureza — Terra, Fogo, Vento, Água e Coração. Juntos, podiam invocar o Capitão Planeta, um super-herói verde-azulado pronto a enfrentar poluidores e vilões ambientais.

Em Portugal, a série foi transmitida nas manhãs de sábado da RTP com o título Capitão Planeta, e chegou mesmo a ter uma adaptação em banda desenhada com o curioso título Capitão América e os Planetários.

Tara Hernandez no leme e nova visão para o século XXI

O argumento da nova série ficará a cargo de Tara Hernandez, co-criadora da irreverente Mrs. Davis. A expectativa é que a série combine humor, acção e uma forte consciência ecológica, ajustada aos tempos que correm. Afinal, se os anos 90 falavam de lixo tóxico e desflorestação, o mundo de hoje vive sob a ameaça das alterações climáticas, das crises energéticas e de um colapso ambiental cada vez mais iminente.

A versão Netflix terá como base o espírito da série original, mas com uma abordagem mais madura e contemporânea — embora ainda não se saiba se o próprio Capitão Planeta manterá o seu visual peculiar (azul, verde, e com cabelo de super-herói dos anos 80) ou se ganhará uma repaginada moderna.

Um herói à espera de redenção

Esta não é a primeira tentativa de ressuscitar o Capitão. A Sony tentou desenvolver um filme durante vários anos, mas acabou por perder os direitos. Em 2016, a Paramount chegou a anunciar um projecto com Glen Powell como argumentista e potencial protagonista, mas também ficou pelo caminho.

Agora, com o impulso da Netflix e o envolvimento de nomes influentes como DiCaprio e Berlanti, o Capitão Planeta pode finalmente regressar ao combate — e desta vez com meios para chegar a uma nova geração de espectadores, mais informada e mais preocupada com o planeta.

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O poder é vosso!

Ainda não há data de estreia definida, nem elenco confirmado, mas uma coisa é certa: o mundo está a precisar urgentemente de um herói ambientalista. E, se tudo correr bem, Capitão Planeta poderá voltar para lembrar-nos que salvar o planeta é uma missão colectiva — e possível.

“Assassin’s Creed” Vai Mesmo Avançar na Netflix — E Desta Vez Promete Redenção

“Assassin’s Creed” Vai Mesmo Avançar na Netflix — E Desta Vez Promete Redenção Após o Fracasso no CinemaA série live-action está finalmente em marcha com novo showrunner, nova visão e a bênção da Ubisoft

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A saga Assassin’s Creed vai ganhar uma nova vida na Netflix. Após anos de silêncio e quase cinco anos depois do anúncio do acordo com a Ubisoft, a série em imagem real está oficialmente em desenvolvimento — e promete ser uma reinterpretação ambiciosa de um dos universos mais ricos e adorados da história dos videojogos.

O anúncio foi confirmado pela Netflix e divulgado pela The Hollywood Reporter. Os showrunners e produtores executivos serão Roberto Patino (Westworld, Sons of Anarchy) e David Wiener (Halo, The Killing), dois nomes bem experientes no campo da ficção científica e do drama televisivo.

Livre-arbítrio ou controlo total?

A nova série será, segundo a sinopse oficial, um “thriller eletrizante” centrado na guerra milenar entre duas fações obscuras: uma que luta para controlar e manipular o futuro da humanidade, e outra que procura proteger o livre-arbítrio. Tudo isto emoldurado por eventos históricos cruciais, tal como nos jogos — onde é possível viajar no tempo através da tecnologia do Animus e reviver as memórias genéticas dos antepassados.

Peter Friedlander, vice-presidente das séries originais da Netflix, sublinhou o peso deste projecto para a plataforma:

“Quando anunciámos a nossa parceria com a Ubisoft em 2020, partimos com o objectivo ambicioso de dar vida ao mundo rico e expansivo de Assassin’s Creed de formas novas e ousadas. Agora, após anos de colaboração dedicada, é inspirador ver o quão longe essa visão chegou.”

Depois da desilusão no cinema, nova esperança no streaming

Apesar da popularidade dos jogos — mais de 230 milhões de cópias vendidas desde o primeiro lançamento em 2007 — a adaptação para o grande ecrã, lançada em 2016 com Michael Fassbender, deixou os fãs decepcionados. O filme, que contava a história de Callum Lynch e do seu antepassado Aguilar na Espanha do século XV, falhou em captar a essência do jogo e ficou aquém das expectativas críticas e comerciais.

Agora, a Netflix quer dar a volta por cima. A série em imagem real será apenas o primeiro passo: o acordo de 2020 entre a plataforma de streaming e a Ubisoft inclui também planos para séries de animação e animé — uma abordagem que pode explorar ainda mais profundamente a mitologia dos Assassinos e Templários.

Um legado com potencial (quase) infinito

Com viagens temporais, confrontos ideológicos e uma estética visual sempre marcada por grandes cidades históricas e acrobacias de cortar a respiração, Assassin’s Creed tem todos os ingredientes para se tornar um sucesso no pequeno ecrã. E agora, com uma nova equipa criativa ao leme e anos de maturação do projecto, a série tem finalmente luz verde para provar o seu verdadeiro valor.

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Resta saber: conseguirão os Assassinos redimir-se da sua falhada incursão cinematográfica? A julgar pelo entusiasmo da Netflix e da Ubisoft… talvez a vingança esteja próxima.

O Novo James Bond Está Cada Vez Mais Próximo — E Barbara Broccoli Aplaude a Escolha de Denis Villeneuve

A Amazon assume o volante da saga 007 e promete uma reinvenção com sangue novo e um toque de “Dune”

O mundo de James Bond está prestes a entrar numa nova era — e, para surpresa de muitos, a sua antiga guardiã não podia estar mais entusiasmada. Barbara Broccoli, produtora histórica da saga 007 ao lado do irmão Michael G. Wilson, elogiou publicamente a escolha de Denis Villeneuve para realizar o próximo filme de James Bond, agora sob a alçada da Amazon MGM Studios.

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“Ele é um cineasta fantástico, estou entusiasmada por ele ir fazê-lo”, afirmou Broccoli no podcast Kermode on Film, citada pela Variety. E quando Barbara Broccoli — que controlou o destino do espião mais famoso do cinema durante mais de quatro décadas — dá a sua bênção, os fãs prestam atenção.

Amazon toma o controlo… com mão livre

Em fevereiro, a Amazon celebrou um acordo com os Broccoli para assumir o controlo criativo da saga. Embora a nova estrutura jurídica preserve uma “copropriedade” formal dos direitos, a verdade é que será a empresa de Jeff Bezos a decidir o futuro da personagem, incluindo a expansão para novas narrativas, formatos e… plataformas.

A comparação com a estratégia da Disney em Star Wars e no universo Marvel não é acidental. Tal como esses universos, o 007 pode estar prestes a ganhar novas vidas — não apenas no cinema, mas também no streaming.

Barbara Broccoli, por seu lado, deixa o volante com classe. “Fiz isto durante 44 anos e adorei cada minuto, mas levanto-me e há muitas coisas que quero fazer… como este bonito musical”, explicou, referindo-se à sua produção de Sing Street, actualmente em palco em Londres.

Quem será o novo Bond?

A resposta continua envolta em mistério, mas há três nomes que lideram a corrida, segundo a Variety: Jacob Elordi (Saltburn), Tom Holland (Homem-Aranha) e Harris Dickinson (Babygirl). Todos estão à volta dos 30 anos — idade ideal apontada pelos próprios Broccoli para dar nova vitalidade ao espião britânico.

Jacob Elordi, embora australiano, não representa um obstáculo — George Lazenby já foi Bond em 1969 com o mesmo passaporte. Holland beneficia da sua ligação profissional com a produtora Amy Pascal. E Dickinson, o menos conhecido do trio, prepara-se para um papel de grande exposição: interpretar John Lennon num ambicioso quarteto de filmes sobre os Beatles.

Ficam, assim, fora de jogo nomes como Aaron Taylor-Johnson (35), Henry Cavill (42) e o eterno favorito dos fãs, Idris Elba (52).

Um Bond para 2028 — com escala e paciência

Com Denis Villeneuve comprometido com o terceiro Dune até ao final de 2026, é natural que a rodagem de Bond 26 só arranque em 2027. A estreia, portanto, deverá acontecer em 2028 — sete anos após a despedida de Daniel Craig em 007: Sem Tempo Para Morrer (2021), o maior hiato da história da saga.

Segundo a Variety, a Amazon tem também uma “shortlist” de argumentistas para definir a nova direcção da saga. Um dos nomes mais falados é Jonathan Nolan, irmão de Christopher Nolan e criador da série Fallout. Embora tenha impressionado o estúdio com a sua visão como realizador, fontes indicam que não estará disponível para escrever o argumento.

O que esperar?

Tudo indica que o próximo capítulo de James Bond será uma reinvenção completa: novo rosto, nova abordagem, nova década (há rumores de que o filme decorra nos anos 60) e um realizador com uma assinatura visual inconfundível.

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E se até Barbara Broccoli está entusiasmada, talvez o público também deva estar.

Fadiga de Super-Heróis? Kevin Feige Usa o Novo Superman Para Rebater Críticas ao Género

Presidente da Marvel admite excesso de conteúdos e promete regressar ao essencial: qualidade antes da quantidade

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Numa reunião inédita com os principais meios da imprensa norte-americana — incluindo Variety, The Hollywood Reporter e Deadline — Kevin Feige abriu o jogo sobre o presente e o futuro do Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Durante uma hora, no coração da sede dos Marvel Studios, falou sem rodeios sobre a tão debatida “fadiga de super-heróis”, os erros cometidos, os planos até 2032 e até o impacto do novo Superman de James Gunn.

Quantidade a mais, qualidade a menos

Feige reconheceu que a Marvel ultrapassou os seus próprios limites. Entre 2008 (Homem de Ferro) e 2019 (Vingadores: Endgame), o estúdio lançou cerca de 50 horas de conteúdo. Nos seis anos seguintes, esse número mais do que duplicou: 102 horas de filmes e séries em imagem real, mais 25 horas de animação. “Foi demasiado”, admitiu. “Pela primeira vez, a quantidade superou a qualidade.”

Como resposta, a nova estratégia passa por produzir apenas dois ou três filmes por ano (em alguns, apenas um), e limitar as séries em imagem real do Disney+ a uma por ano. Tudo isto planeado com sete anos de antecedência.

A fadiga é real? Feige aponta o dedo… com elegância

Contrariando a ideia de que o público está saturado de super-heróis, Feige usou o sucesso do novo Superman, realizado por James Gunn para a rival DC Studios, como argumento. O filme arrecadou 125 milhões de dólares no seu primeiro fim-de-semana na América do Norte.

“Olhem para o Superman. Claramente não é fadiga de super-heróis, certo?”, disse. “Gostei imenso. Adorei que se entra logo na história. Não sabem quem é o Mister Terrific? Azar, acabarão por perceber. Este é um mundo totalmente desenvolvido.”

E revelou que trocou mensagens com James Gunn: “Estava a dizer-lhe o quanto adorava o filme. E ele respondeu: ‘Não existiria sem vocês.’”

Cortes, ajustes e lições com O Criador

A Marvel tem revisto os seus orçamentos. Kevin Feige revelou que O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos terá um custo 30% inferior ao planeado, em linha com os cortes aplicados aos projectos desde Deadpool & Wolverine. Em busca de eficiência, reuniu-se até com os responsáveis de O Criador, de Gareth Edwards, para perceber como fizeram um épico de ficção científica com apenas 80 milhões de dólares.

Blade, com Mahershala Ali, continua em desenvolvimento após várias versões rejeitadas. “Não queríamos simplesmente colocar-lhe uma roupa de couro e fazê-lo matar vampiros. Tinha de ser único. E [o argumento] não era ‘incrivelmente bom’.” O novo guião decorre no presente e está a ser trabalhado com calma e exigência.

O efeito pós-Endgame: quando tudo parecia desconectado

Dos 22 primeiros filmes do MCU, apenas três ficaram abaixo dos 500 milhões de dólares nas bilheteiras globais. Mas após Endgame, e com a pandemia, sete dos 13 filmes seguintes não atingiram essa marca.

Feige reconheceu os problemas: Capitão América: Admirável Mundo Novo “não funcionou porque era o primeiro sem o Chris Evans”. E Thunderbolts? “Um bom filme, mas ninguém conhecia o título. Muitas das personagens vinham das séries. O público perguntava: ‘Tinha de ver aquilo tudo para perceber este?’”

Segundo Feige, esse não será o caso com O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, passado nos anos 60 e pensado como ponto de entrada para novos espectadores.

Kang e o futuro: sem Majors, com Downey Jr.

Sem mencionar directamente Jonathan Majors (demitido após condenação por violência doméstica), Feige indicou que o estúdio já se preparava para afastar-se de Kang como grande vilão. “Ele não era Thanos.”

Em contrapartida, o regresso de Robert Downey Jr. ao MCU como Doutor Destino foi discutido entre os dois ainda antes da estreia de Homem-Formiga 3. A confirmação oficial chegou no final de julho de 2024 — e promete incendiar o hype para os próximos anos.

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No fundo, Kevin Feige parece ter percebido a principal lição: fazer menos, mas melhor. E se até a rivalidade com Superman servir para afinar a bússola criativa, os fãs têm razões para manter a esperança.

James Cromwell Tornou-se Vegan no Segundo Dia de Rodagem de Babe

— e Nunca Mais Voltou AtrásActor recorda como um porquinho falante mudou a sua vida para sempre

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Há filmes que nos divertem. Outros que nos comovem. E depois há aqueles que mudam a nossa vida — e não apenas a dos espectadores. Foi o caso de Babe – O Porquinho, clássico de 1995 que, além de conquistar corações, teve um impacto profundo no seu protagonista, James Cromwell. Tanto, que o actor se tornou vegan… no segundo dia de filmagens.

Numa entrevista recente ao The Guardian, Cromwell contou que, depois de passar a manhã a filmar com os animais e, à hora de almoço, os ver transformados em comida no prato, não conseguiu continuar a ignorar o que via. “Tive um momento de consciência. E nunca mais comi carne desde então.”

Um papel que quase lhe fugia das mãos

Cromwell interpretou o icónico Farmer Hoggett, o agricultor de poucas palavras que vê algo especial no pequeno Babe. Mas o papel esteve por um fio. O estúdio pretendia manter um elenco totalmente australiano, e só graças à insistência da directora de casting é que Cromwell foi considerado — e, felizmente, escolhido.

Inicialmente, os produtores queriam que mantivesse o sotaque americano, mas o actor não se sentia confortável. Testou até um sotaque texano exagerado, mas acabou por filmar tudo com sotaque britânico, o que trouxe uma sobriedade inesperada à personagem.

A relação com o realizador George Miller (também conhecido por Mad Max e Happy Feet) não começou da melhor maneira: num teste de maquilhagem, Cromwell recusou tirar as patilhas, o que criou alguma tensão. Mas tudo se resolveu, e o que começou com atritos acabou por se transformar numa experiência que o actor descreve como “profundamente transformadora”.

Uma cena, um perdão, uma catarse

Um dos momentos mais marcantes para Cromwell aconteceu precisamente no final do filme. A cena em que os carneiros seguem Babe, após meses de treino frustrado, culmina com a frase icónica: “That’ll do, pig. That’ll do.” Ao pronunciá-la, Cromwell viu o reflexo do seu próprio pai na lente da câmara — e, naquele instante, perdoou-o. Foi o encerramento emocional de um capítulo importante da sua vida, conta ao jornal britânico.

O porquinho mais realista de sempre

Por detrás da ternura do filme, escondiam-se desafios técnicos gigantescos. Neal Scanlan, responsável pelos efeitos animatrónicos, recorda o esforço quase artesanal: pelos aplicados manualmente nas cabeças dos bonecos, olhos com pupilas ajustáveis e uma nova fórmula de silicone com textura realista de pele. O objectivo era simples mas exigente — Babe tinha de parecer real ao lado dos animais verdadeiros. E isso implicava trabalho exaustivo, muitas vezes sob calor intenso no interior da Austrália.

A dedicação foi tal que algumas das inovações desenvolvidas para Babe continuam hoje a ser utilizadas na indústria cinematográfica.

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Um impacto real — até nos mais pequenos

O filme não só tocou gerações como, segundo Cromwell, mudou vidas. O actor recorda o caso de uma mãe que se queixou porque a filha deixou de querer comer hambúrgueres depois de ver Babe. Para ele, essa reacção confirmou o impacto e a importância da obra — que continua, décadas depois, a deixar marca onde menos se espera.

Rian Johnson Revela os Bastidores da Trilogia Star Wars Que Nunca Aconteceu

Após o sucesso de Os Últimos Jedi, o realizador chegou a desenvolver ideias para uma nova saga — mas “Knives Out” trocou-lhe as voltas

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Durante anos, falou-se de uma nova trilogia Star Wars nas mãos de Rian Johnson. Agora, finalmente, o próprio veio levantar o véu sobre o projecto que nunca viu a luz do dia. Em entrevista à Rolling Stone, o realizador de Os Últimos Jedi (2017) explicou que, após o sucesso do filme, começou a trabalhar com Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, no esboço de uma nova narrativa galáctica — mas o tempo e os mistérios de Benoit Blanc acabaram por levá-lo noutra direcção.

Um projecto “muito conceptual”

Segundo Johnson, a trilogia nunca passou para o papel. “Era tudo muito conceptual. Não chegámos a desenvolver sinopses ou tratamentos formais”, explicou. Ainda assim, as conversas com Kennedy foram produtivas e cheias de entusiasmo: “Estávamos a divertir-nos imenso. Ela dizia ‘Vamos continuar’, e eu achava óptimo. Trocávamos ideias constantemente.”

No entanto, o surgimento de Knives Out – Todos São Suspeitos mudou o rumo da Força. O realizador embarcou no mistério policial que acabaria por se tornar um fenómeno, seguido de uma sequela (Glass Onion) e uma terceira parte já em andamento. “Fiquei completamente absorvido pelas minhas histórias de crimes.”

A porta continua entreaberta

Apesar do abandono do projecto, Rian Johnson mantém viva a paixão pelo universo criado por George Lucas. “Se, mais tarde, surgir a oportunidade de fazer esta trilogia ou outra coisa dentro de Star Wars, ficarei muito feliz”, admitiu. “Mas, neste momento, estou a fazer os meus próprios projectos — e estou bastante satisfeito com isso.”

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Enquanto isso, o universo Star Wars continua a expandir-se com novas séries e filmes planeados, mas a misteriosa trilogia de Johnson ficará, pelo menos por agora, na gaveta dos sonhos galácticos por concretizar.

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Apesar do prejuízo financeiro, o adeus de Harrison Ford ao icónico arqueólogo trouxe um feito histórico: o regresso do público adulto às salas de cinema

Indiana Jones e o Marcador do Destino não foi, de todo, o sucesso que a Disney desejava. A quinta e (muito provavelmente) última aventura de Harrison Ford no papel do arqueólogo mais famoso do cinema terminou a sua exibição com um sabor agridoce: fracassou nas bilheteiras… mas alcançou algo que nenhuma superprodução conseguiu desde a pandemia.

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Realizado por James Mangold e com um orçamento colossal estimado entre 295 e 330 milhões de dólares (sem contar com os custos de marketing), o filme acabou por arrecadar cerca de 384 milhões a nível global. Longe dos 600 a 800 milhões necessários para gerar lucro. No papel, foi um desastre económico.

Mas e se o sucesso não estiver apenas nos números?

O verdadeiro triunfo de O Marcador do Destino foi sociológico: conseguiu trazer os adultos de volta ao cinema. Desde a pandemia, o público com mais de 40 anos tem sido o mais relutante em regressar às salas, preferindo o conforto do streaming. Nem Avatar: O Sentido da Água, com todo o seu espectáculo visual, conseguiu convencê-los. Mas Indy, com o seu chapéu e chicote, conseguiu.

Em 2023, a CBS divulgou um estudo que mostrava que, antes da pandemia, os maiores de 40 anos compravam cerca de 41% dos bilhetes de cinema na América do Norte. Desde então, esta percentagem caiu drasticamente. Indiana Jones e o Marcador do Destino quebrou esse padrão.

Segundo dados partilhados pela Screen Daily, 21% dos espectadores tinham mais de 54 anos, 19% estavam entre os 45 e os 55 anos e outros 19% entre os 34 e os 44. Apenas 13% tinham entre 18 e 24 anos, sinal claro de que esta aventura não seduziu o público jovem — ao contrário, por exemplo, de Top Gun: Maverick, que conseguiu conquistar todas as faixas etárias.

Um adeus nostálgico para os que cresceram com Indy

A verdade é que O Marcador do Destino foi feito para os fãs de longa data. Para os que viram Os Salteadores da Arca Perdida no cinema. Para os que dançaram ao som da fanfarra de John Williams enquanto brincavam com chicotes de brincar no quintal. Estes voltaram — mesmo que em menor número e com menos pressa do que os estúdios gostariam.

E isso pode explicar parte do desfasamento nas receitas: os adultos não correm para as estreias, mas vão aparecendo aos poucos. Talvez o filme tenha tido uma longevidade de bilheteira que os grandes estúdios, cada vez mais obcecados com o primeiro fim-de-semana, deixaram de saber valorizar.

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Harrison Ford despede-se — e deixa um legado

Independentemente dos números, este foi o adeus oficial de Harrison Ford a Indiana Jones, personagem que interpretou durante mais de quatro décadas. E talvez esse seja o verdadeiro valor do filme: oferecer uma despedida emocional a uma geração que o acompanhou desde os anos 80 — e que, por uma última vez, voltou ao cinema para o ver em acção.

Adam Sandler Revela Como a Morte de Carl Weathers Mudou Radicalmente Happy Gilmore 2

Chubbs estava de volta. Tinha um filho. E ia visitar Happy em sonhos. Mas o guião teve de ser reescrito após a perda do lendário actor

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A sequela de Happy Gilmore, o clássico de comédia desportiva de 1996, sofreu uma reviravolta emocional nos bastidores. Adam Sandler, que volta a encarnar o temperamental jogador de golfe, revelou que teve de reescrever uma parte significativa do guião de Happy Gilmore 2 após a morte de Carl Weathers, o inesquecível Chubbs Peterson.

Em entrevista ao Collider, Sandler contou que Weathers estava entusiasmado com o regresso do seu personagem e tinha um papel “massivo” na nova história. “Foi uma mudança dolorosa. Eu falava com o Carl, estávamos os dois entusiasmados. Depois, ele morreu. Tivemos de reescrever grande parte do filme — até a própria história mudou”, confessou.

Um regresso com emoção… que ficou por acontecer

Na primeira versão do argumento, Chubbs surgia frequentemente nos sonhos de Happy e tinha até um filho com papel central na trama. “O filho dele estava revoltado com o Happy por ter causado a morte do pai”, explicou Sandler. Seria uma maneira de homenagear o legado de Chubbs e aprofundar emocionalmente a narrativa. Em vez disso, a nova versão do filme optou por prestar uma série de referências sentidas ao personagem, celebrando o seu impacto sem o trazer literalmente de volta ao ecrã.

Chubbs, recorde-se, era o ex-golfista que perdeu a mão num ataque de jacaré — e que se tornou mentor de Happy Gilmore, num dos papéis mais queridos da carreira de Carl Weathers. A sua morte em 2023, aos 76 anos, foi sentida em Hollywood e especialmente por Sandler, que lhe prestou homenagem nas redes sociais: “Um verdadeiro grande homem. Grande actor, grande atleta, grande pai. Leal, inteligente, hilariante. O que mais amava neste mundo eram os filhos. Que homem!”

Elenco de peso para o regresso ao green

Happy Gilmore 2, realizado por Kyle Newacheck, estreia na Netflix a 25 de julho e conta com o regresso de várias caras familiares: Christopher McDonald como o vilão Shooter McGavin, Julie Bowen como Virginia Venit, e Ben Stiller. A comédia contará ainda com novas adições improváveis e surpreendentes: Bad Bunny, Margaret Qualley, Benny Safdie, Travis Kelce e Kym Whitley juntam-se ao torneio mais imprevisível do golfe cinematográfico.

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Apesar do peso da ausência de Carl Weathers, Sandler promete um filme repleto de energia, nostalgia e reverência pelo legado de um dos personagens mais carismáticos da comédia dos anos 90.

O Criador: A Guerra do Futuro Chega à Televisão

Prepare-se para o Confronto Entre Humanos e Inteligência Artificial. Estreia dia 25 de julho, às 21h30, no TVCine Top

E se a arma mais perigosa alguma vez criada pela humanidade tivesse… rosto de criança? Essa é a premissa perturbadora e visualmente arrebatadora de O Criador, o épico de ficção científica de Gareth Edwards que estreia em exclusivo na televisão portuguesa no próximo dia 25 de julho, às 21h30, no TVCine Top.

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Inteligência Artificial vs. Humanidade

Num cenário pós-apocalíptico em que os humanos estão em guerra contra as forças da inteligência artificial, O Criador apresenta-nos Joshua (John David Washington), um ex-agente das forças especiais a quem a dor do passado ainda corrói o presente. Recrutado para uma missão aparentemente impossível — localizar e eliminar o misterioso Criador, responsável por desenvolver uma arma de IA que pode pôr fim à guerra — Joshua vê-se forçado a atravessar as linhas inimigas numa missão que desafia as fronteiras entre dever, moralidade e humanidade.

Só que a arma que deveria destruir é tudo menos o que esperava: trata-se de uma IA altamente avançada… com a forma de uma criança.

Um épico moderno sobre um dos maiores dilemas da actualidade

Realizado por Gareth Edwards, conhecido por Rogue One: Uma História de Star Wars e Godzilla, O Criador é um filme que combina acção intensa com uma reflexão profunda sobre o papel da tecnologia no futuro da humanidade. O elenco inclui nomes como Madeleine Yuna Voyles, Gemma Chan, Allison Janney e Ken Watanabe, numa produção nomeada para os Óscares de Melhor Som e Melhores Efeitos Visuais.

Visualmente impressionante, emocionalmente denso e tematicamente relevante, este é um filme que vai muito além dos tiros e explosões habituais do género. O Criador propõe-se a fazer-nos pensar — enquanto nos prende ao ecrã do primeiro ao último minuto.

A não perder: estreia em televisão

Se ainda não viu esta viagem cinematográfica entre o humano e o artificial, entre o lógico e o emocional, esta é a oportunidade ideal. O Criador estreia dia 25 de julho, sexta-feira, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e no TVCine+.

Tom Cruise Diz Adeus em Tom Menor: Mission: Impossible – The Final Reckoning Termina Carreira nos Cinemas Abaixo das Expectativas

Apesar de ultrapassar I Am Legend, a suposta despedida da saga termina aquém do esperado com uma recepção morna e números discretos

Depois de dois meses em exibição nos cinemas de todo o mundo, Mission: Impossible – The Final Reckoning fecha a sua corrida teatral com um sabor agridoce. Vendido como o capítulo final da saga protagonizada por Tom Cruise, o filme acabou por não conquistar nem o público nem a crítica, terminando com uma bilheteira global que não chega aos 600 milhões de dólares — um número bem abaixo do necessário para equilibrar contas.

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Uma missão… demasiado impossível?

Com um orçamento colossal de 400 milhões de dólares (inflacionado por atrasos devido à pandemia e às greves de 2023), The Final Reckoning precisava de ultrapassar o sucesso de Mission: Impossible – Fallout (2018), que arrecadou quase 800 milhões e foi aclamado com 98% no Rotten Tomatoes. Mas não foi isso que aconteceu. O filme terminou a sua exibição com 588 milhões de dólares em receitas globais — ligeiramente acima de Dead Reckoning e de títulos como Ready Player One e I Am Legend, mas longe do impacto das entradas anteriores da saga.

Sem concorrência… e sem impacto

Curiosamente, The Final Reckoning teve uma janela de estreia teoricamente ideal. Ao contrário de Dead Reckoning, que enfrentou o fenómeno Barbenheimer, este novo capítulo não teve concorrência directa nas primeiras semanas. E ainda assim, não conseguiu descolar.

O problema? Segundo vários analistas, o filme oferece acção em estilo “Rube Goldberg” — ou seja, cenas cada vez mais elaboradas, mas que por vezes sacrificam o desenvolvimento emocional e narrativo. A complexidade do enredo e a falta de alma parecem ter afastado parte do público, mesmo com Tom Cruise a dar o litro (e a arriscar o pescoço) como sempre.

Supera Will Smith, mas não deixa legado claro

Apesar dos resultados modestos, The Final Reckoning ainda conseguiu ultrapassar um clássico moderno: I Am Legend, protagonizado por Will Smith, lançado em 2007. Uma sequela deste último, com Michael B. Jordan e realização de Steven Caple Jr., está actualmente em pré-produção — e pode muito bem roubar o protagonismo deixado vago por Ethan Hunt.

A pergunta agora é: será mesmo este o último filme da saga? A publicidade vendeu The Final Reckoning como o capítulo final, mas nada foi oficialmente selado. Com números assim-assim e uma base de fãs ainda fiel, não será de estranhar que a missão continue… com outro formato, outra equipa, ou até outra cara.

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Tom Cruise poderá ter saltado de aviões em voo e escalado penhascos impossíveis, mas talvez esta última missão tenha sido mais perigosa do que parecia: conquistar corações num mercado saturado.

Millie Bobby Brown Vai Casar com um Desconhecido… Daqui a 10 Anos?

Conheça a Nova Comédia Romântica da Netflix“Just Picture It” junta a estrela de Stranger Things a Gabriel LaBelle numa história de amor com um toque de ficção e muita química futura

Millie Bobby Brown está de regresso à Netflix, mas desta vez deixa os Demogorgons em Hawkins para abraçar o amor — com uma boa dose de tecnologia disfuncional pelo meio. A actriz vai protagonizar Just Picture It, uma nova comédia romântica onde contracena com Gabriel LaBelle (The Fabelmans). A premissa? Dois universitários que ainda nem se conhecem… mas cujos telemóveis decidem mostrar-lhes fotos do futuro, onde aparecem casados e com filhos.

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Sim, é isso mesmo: um spoiler romântico em forma de galeria fotográfica.

Uma ideia digna de um bug… encantador

Com realização de Lee Toland Krieger (The Age of Adaline) e argumento de Jesse Lasky (antigo argumentista do Late Show With David Letterman), Just Picture It promete misturar romance, comédia e um toque de ficção científica leve — daqueles que servem apenas para acelerar o coração e o enredo.

Segundo a sinopse divulgada, os protagonistas são dois jovens universitários cujos telemóveis avariam de forma inexplicável, começando a mostrar imagens suas… dez anos no futuro, enquanto casal feliz e com uma família. O único detalhe desconcertante? Eles nunca se viram na vida. Está aberta a porta para encontros desastrosos, confusões encantadoras e, claro, uma dose generosa de destino digital.

De produtora precoce a rainha da Netflix

Brown, agora com 21 anos, não só protagoniza o filme como também é produtora do projecto. O seu marido, Jake Bongiovi, entra como produtor executivo — e o casal parece estar a construir o seu próprio pequeno império rom-com na plataforma de streaming que lançou Millie para o estrelato.

Desde Stranger Things até Enola Holmes e Damsel, a actriz tem mantido uma colaboração sólida com a Netflix, que continuará nos próximos tempos: Enola Holmes 3 já está em desenvolvimento, e também há planos para adaptar o seu romance de estreia, Nineteen Steps, para o grande ecrã.

Gabriel LaBelle: De Spielberg à ficção romântica

Gabriel LaBelle, de 22 anos, é outro nome em ascensão. Depois de encarnar o jovem Steven Spielberg em The Fabelmans e de dar vida a Lorne Michaels (criador de Saturday Night Live) em Saturday Night, o actor prepara-se para conquistar o público num registo bem diferente: o de romântico improvável, com um toque de humor gerado por falhas tecnológicas.

Amor com previsão automática

Just Picture It será produzido por Joe Roth e Jeff Kirschenbaum (RK Films) e Robert Brown (PCMA Productions), com Alyssa Altman, Isobel Roberts e David Kern como produtores executivos. A data de estreia ainda não foi revelada, mas o filme já está a gerar expectativa entre fãs de romances com twist e fãs de Millie Bobby Brown — ou seja, praticamente todo o catálogo Netflix.

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Se alguma vez quis saber como seria receber spoilers sentimentais no telemóvel, esta é a comédia romântica que tem de ver. Afinal, quem precisa de aplicações de encontros quando o próprio destino te envia fotos com dez anos de antecedência?