🕷️ O Dia em Que o Justiceiro Ajudou o Homem-Aranha: Como Jon Bernthal Salvou a Audição de Tom Holland

Antes de serem ícones do Universo Cinematográfico da Marvel, Jon Bernthal e Tom Holland cruzaram-se longe dos arranha-céus de Nova Iorque ou dos becos sombrios onde Frank Castle desfere a sua justiça. Foi durante as filmagens do filme medieval Pilgrimage (2017), numa Irlanda cinzenta e molhada, que os dois actores — então jovens promessas — partilharam um momento decisivo nas suas carreiras: gravaram juntos as audições que os levariam à Marvel.

O resto é história. Mas o que não sabíamos, até agora, é que Holland quase não fazia a acrobacia que mudou tudo.

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🎬 “Faz o salto, miúdo”

Em entrevista recente, Bernthal revelou que foi ele quem encorajou Holland a dar um toque de ousadia à sua audição para Peter Parker. O jovem actor britânico, conhecido pelo seu treino em ginástica, hesitou em usar os seus dotes acrobáticos por receio de parecer “demasiado show-off”.

Mas Bernthal — que na altura se preparava para o papel de Frank Castle, o Punisher — insistiu:

“Faz o salto. Corre contra a parede e dá o mortal. Mostra-lhes que és diferente.”

Holland acabou por ceder. Gravou um vídeo onde corre contra uma parede, faz um duplo mortal para trás e aterra com um sorriso de confiança. Resultado? O papel foi seu.


🧨 De um salto para o estrelato

Tom Holland estreou-se como Homem-Aranha em Captain America: Civil War (2016), tornando-se imediatamente um dos favoritos dos fãs. Seguiram-se três filmes a solo, presenças-chave em Avengers: Infinity War e Endgame, e o estatuto de estrela internacional.

Bernthal, por sua vez, assumiu com garra o papel de Punisher nas séries da Netflix — com uma intensidade que lhe valeu aclamação e um lugar garantido no regresso do personagem em Daredevil: Born Again, agora integrado oficialmente no MCU.


📼 Um momento de bastidor, uma viragem de carreira

Este episódio é mais do que uma curiosidade de bastidores — é um lembrete de como a generosidade entre actores pode mudar destinos. Bernthal não precisava de ajudar Holland. Estavam ambos a competir, de certo modo, por uma fatia do mesmo universo. Mas escolheu apoiar. E esse gesto moldou um dos castings mais bem-sucedidos da Marvel dos últimos anos.

Em 2026, Holland regressa em Spider-Man: Brand New Day, e Bernthal prepara um especial centrado no Punisher. Ambos continuam a deixar a sua marca num universo que começou, para eles, com uma simples câmara, um cenário improvisado… e um salto certeiro.

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🎬 Tom Hiddleston Dança no Novo Trailer de The Life of Chuck, a Adaptação Mais Emotiva de Stephen King

Mike Flanagan, conhecido pelas suas adaptações de terror como Gerald’s Game e Doctor Sleep, surpreende ao apresentar uma narrativa mais esperançosa em The Life of Chuck, baseado na novela de Stephen King. O filme, que estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em setembro de 2024, conquistou o People’s Choice Award, destacando-se pela sua abordagem emocional e inovadora.  

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A história é contada em três atos em ordem cronológica inversa, explorando a vida de Charles “Chuck” Krantz, interpretado por Tom Hiddleston. O trailer, lançado recentemente, destaca uma sequência de dança de sete minutos entre Hiddleston e Annalise Basso, descrita pelo ator como espontânea e alegre.  

O elenco inclui ainda Mark Hamill como Albie Krantz, Chiwetel Ejiofor, Karen Gillan, Jacob Tremblay e Mia Sara. A narrativa mistura elementos de drama, fantasia e ficção científica, oferecendo uma reflexão sobre a vida e a mortalidade.  

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The Life of Chuck estreia em cinemas selecionados nos EUA a 6 de junho de 2025, com lançamento nacional previsto para 13 de junho.  

🤐 Ruído: Bruno Nogueira Apresenta Série Distópica Onde o Humor É Crime — Mas a Resistência Está de Volta

A comédia nacional prepara-se para dar um salto ousado — e talvez até subversivo. Bruno Nogueira acaba de divulgar nas redes sociais o trailer da sua nova série, Ruído, e a premissa é tão surpreendente quanto pertinente: num futuro próximo, rir é ilegal. Mas há quem não esteja disposto a aceitar isso em silêncio.

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Produzida pela RTP1, Ruído marca o regresso de Nogueira à ficção televisiva com um conceito distópico e provocador. A série, que conta com a colaboração de Carlos Coutinho Vilhena e Frederico Pombares no argumento, parece apostar numa mistura entre crítica social, absurdo e melancolia — como já se tornou hábito no universo criativo do humorista.


😂 Quando o humor se torna resistência

O trailer, partilhado no perfil do projecto “Corpo de Dormente” no X (antigo Twitter), revela um mundo em que os cidadãos vivem sob vigilância constante e qualquer manifestação de humor é reprimida. Mas há um grupo clandestino que se recusa a abdicar do riso — e é aí que começa a verdadeira história.

Bruno Nogueira interpreta um dos elementos centrais dessa resistência silenciosa e cómica. No elenco estão também Gabriela Barros, Rita Cabaço, Albano Jerónimo e um leque de actores bem conhecidos do público português, todos aparentemente apostados em levar esta farsa séria até às últimas consequências.

A estética do trailer faz lembrar o universo de Brazil, de Terry Gilliam, ou mesmo o tom resignado e surreal de séries como Black Mirror ou The Lobster, mas com uma assinatura muito própria — onde o humor serve tanto como crítica como escapatória.


Uma série sobre o silêncio… e o barulho certo

O título Ruído não é acidental. Num país onde o debate sobre liberdade de expressão e os limites do humor tem sido cada vez mais presente, Bruno Nogueira parece querer levantar questões relevantes sem recorrer ao didatismo. E fá-lo com o seu estilo habitual: desconstruindo a realidade através da sátira e da poesia do absurdo.

Ainda sem data de estreia confirmada, Ruído deverá chegar à RTP1 nas próximas semanas. Mas o trailer já gerou entusiasmo, com centenas de partilhas nas redes sociais e uma reacção claramente positiva por parte dos fãs de Bruno Nogueira e do público que procura algo mais desafiante na televisão nacional.


Expectativas altas para uma televisão com mais personalidade

Depois de projectos como Principiantes de VooSara ou Como é Que o Bicho Mexe, Bruno Nogueira volta a mostrar que não tem medo de reinventar formatos e desafiar convenções. Ruído poderá ser uma das grandes apostas da RTP para 2025 — e, quem sabe, uma nova referência no panorama da ficção televisiva portuguesa.

De Lord Olivier a “Larry”: Como Sleuth  Mudou a Vida de Michael Caine

🎸 Matter of Time: O Documentário da Netflix que Vai Revelar o Lado Mais Humano de Eddie Vedder e dos Pearl Jam

Os fãs de Pearl Jam receberam ontem à noite uma notícia carregada de emoção e significado: está a caminho um novo documentário, intitulado Matter of Time, com estreia marcada para o prestigiado Festival de Cinema de Tribeca, a 12 de junho de 2025. Mas ao contrário do que se poderia esperar, este não é apenas um registo musical ou uma celebração da carreira de uma das bandas mais influentes das últimas décadas — é, acima de tudo, um testemunho comovente da luta de Eddie Vedder contra uma das doenças genéticas mais devastadoras e invisíveis do nosso tempo: a epidermólise bolhosa.


🎥 Muito mais do que um documentário de rock

Realizado por Matt Finlin e produzido pela Door Knocker Media em associação com a Vitalogy Foundation, Matter of Time acompanha a série de concertos a solo que Eddie Vedder realizou em Seattle, em 2023. O objetivo? Angariar fundos para a EB Research Partnership (EBRP), fundação criada por Vedder e a sua esposa, Jill, com a ambiciosa missão de encontrar uma cura para a doença até 2030.

A epidermólise bolhosa (EB) é uma condição rara que provoca bolhas dolorosas na pele e nas mucosas, e que afeta sobretudo crianças — muitas das quais vivem em sofrimento constante. Matter of Time mostra a face pública e privada desta luta, combinando registos de atuações emocionantes com histórias de vida de pacientes, famílias e cientistas dedicados à investigação da cura.


🎶 Entre guitarras e causas: o papel dos Pearl Jam na cultura

Pearl Jam sempre foram mais do que uma banda de rock. Desde os anos 90 que se tornaram sinónimo de integridade, ativismo e resistência à máquina da indústria musical. Se em Let’s Play Two (2017) celebravam a comunhão entre música e desporto nos concertos no Wrigley Field, e em Immagine in Cornice (2007) se rendiam à beleza de Itália, agora é a vez de Matter of Time mostrar o lado mais íntimo de Vedder — não como vocalista, mas como ser humano.

Segundo declarações recentes, este é “um filme que oferece uma janela para a alma de Eddie Vedder”. E de facto, poucas figuras públicas conseguiram, ao longo dos anos, equilibrar tão bem a imagem de ícone musical com o papel de ativista comprometido.


🗓️ Quando e onde ver?

O documentário estreia no Festival de Tribeca, um dos eventos mais relevantes no calendário cinematográfico dos Estados Unidos. Ainda não existe uma data oficial para a estreia na Netflix, mas é praticamente certo que a plataforma irá acolher o filme após a sua estreia nos cinemas ou em circuito de festivais.

Será, ao que tudo indica, um dos destaques documentais do ano. E não apenas para os fãs de música, mas para todos aqueles que acreditam que o cinema também serve para inspirar, sensibilizar e provocar mudanças reais.


🌍 Um filme sobre esperança, luta e humanidade

Matter of Time não é apenas sobre Eddie Vedder. É sobre todos aqueles que, nas palavras do próprio músico, “vivem em dor, mas nunca perderam a esperança”. É um documentário que promete emocionar e mobilizar, lembrando-nos de que, às vezes, o verdadeiro poder da música está naquilo que ela consegue fazer fora do palco.

Como “Jackie Brown” Salvou o Romance de Elmore Leonard (e Porque Tarantino Quase Não o Realizou)

🎞️ Em 1994, com Pulp Fiction a incendiar os ecrãs de Cannes e os circuitos independentes de todo o mundo, Quentin Tarantino encontrava-se no auge da sua fama. Ao lado do seu parceiro criativo Roger Avary, comprou os direitos de três romances de Elmore Leonard: Rum PunchFreaky Deaky e Killshot. Mas o caminho até ao ecrã para Jackie Brown — o filme que viria a nascer dessa decisão — foi tudo menos linear.

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Inicialmente, Tarantino não planeava realizar Rum Punch. A sua intenção era entregar o romance a outro realizador e escolher entre Freaky Deaky ou Killshot para adaptar ele próprio. Mas um detalhe mudou tudo: uma segunda leitura.

“Voltei a pegar em Rum Punch e apaixonei-me outra vez pelo livro. Percebi que tinha de ser eu a contá-lo”, confessou mais tarde o realizador.


De Burke a Brown: quando a mudança de etnia criou um ícone

Ao adaptar o romance, Tarantino fez uma alteração significativa — e arriscada. A protagonista, originalmente uma mulher branca chamada Jackie Burke, tornou-se Jackie Brown, uma mulher negra, dando origem a um dos papéis mais marcantes da carreira de Pam Grier.

A decisão, inspirada pelos filmes blaxploitation dos anos 70 (embora Tarantino rejeite que Jackie Brown pertença a esse género), trouxe uma nova dimensão à história. Durante algum tempo, Tarantino hesitou em contar a Elmore Leonard sobre esta mudança. Fê-lo apenas pouco antes do início das filmagens.

A resposta do autor? Entusiástica. Leonard não só aprovou a adaptação como afirmou que o guião de Tarantino era o melhor entre todas as 26 adaptações já feitas das suas obras. “Talvez o melhor argumento que alguma vez li”, disse, com a franqueza de quem raramente se impressionava.


Um cameo improvável… e a generosidade de Tarantino

Outro elemento curioso desta história envolve a personagem Ray Nicolette, interpretada por Michael Keaton. Nicolette, agente federal em Rum Punch, também aparece em Out of Sight, outro romance de Elmore Leonard adaptado por Steven Soderbergh em 1998.

Universal Pictures, estúdio responsável por Out of Sight, aguardou para ver quem Tarantino escolheria para interpretar Nicolette antes de avançar com o seu casting. Keaton, inicialmente reticente, aceitou o papel. E, num gesto raro em Hollywood, Tarantino permitiu que Keaton voltasse a interpretar a mesma personagem em Out of Sight, sem exigir compensação financeira por parte da Miramax, que detinha os direitos sobre a personagem — apenas para garantir a continuidade narrativa entre os dois filmes.


Entre a homenagem e a fidelidade

Apesar de incorporar o humor negro, os diálogos afiados e o ritmo típico de Tarantino, Jackie Brown é, em muitos aspectos, a sua adaptação mais fiel a uma obra literária. Diferente do estilo caótico e fragmentado de Pulp Fiction, aqui o realizador opta por uma narrativa mais linear e introspectiva — e por isso mesmo, é frequentemente considerada a sua obra mais “madura”.

Jackie Brown é mais do que uma adaptação: é uma carta de amor a Elmore Leonard e ao cinema americano dos anos 70, mas também uma peça singular na filmografia de Tarantino — onde o pastiche dá lugar à contenção e a violência estilizada é substituída por tensão emocional e despedidas silenciosas.

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🏈 Him: Jordan Peele Transforma o Futebol Americano num Culto de Horror

O desporto mais popular dos Estados Unidos ganha contornos satânicos em Him, o novo filme de terror psicológico produzido por Jordan Peele (Get OutUsNope). Com estreia marcada para 19 de setembro de 2025, esta obra promete explorar os limites da ambição desportiva e o culto à figura do atleta.

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🎬 Sinopse: Quando a Glória se Torna Obsessão

Cameron Cade (Tyriq Withers), uma jovem promessa do futebol americano, vê a sua carreira ameaçada após uma lesão cerebral grave. Desesperado por recuperar o seu lugar, aceita treinar com Isaiah White (Marlon Wayans), um lendário quarterback reformado que o convida para o seu complexo isolado. À medida que o treino se intensifica, Cameron mergulha num mundo onde a busca pela excelência se confunde com rituais obscuros e sacrifícios pessoais. 

👥 Elenco de Peso

  • Tyriq Withers como Cameron Cade
  • Marlon Wayans como Isaiah White
  • Julia Fox como Elsie White
  • Tim HeideckerJim JefferiesAkeem Hayes e Tierra Whack completam o elenco.

O filme é realizado por Justin Tipping e baseado num argumento de Zack Akers e Skip Bronkie, originalmente intitulado GOAT, que figurou na Black List de 2022 dos melhores argumentos não produzidos. A produção está a cargo de Monkeypaw Productions, de Jordan Peele, em parceria com a Universal Pictures. 

🎥 Trailer: Uma Visão Perturbadora do Desporto

O teaser trailer revela imagens inquietantes: Cameron a treinar até à exaustão, visões demoníacas e uma cena em que, coberto de sangue, se posiciona em forma de crucificação num campo de futebol. A pergunta de Isaiah ressoa: “O que estás disposto a sacrificar?” 

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🗓️ Estreia

Him chega aos cinemas a 19 de setembro de 2025. 

🎬 Vermiglio: Um Retrato Íntimo da Resistência Silenciosa

Estreou em Portugal a 17 de abril de 2025 o filme Vermiglio, da realizadora Maura Delpero, uma obra que mergulha na vida de uma família numa aldeia dos Alpes italianos durante os últimos meses da Segunda Guerra Mundial. Com uma narrativa delicada e uma fotografia que capta a beleza austera da paisagem alpina, o filme foi premiado com o Grande Prémio do Júri no Festival de Veneza e é a escolha oficial de Itália para o Óscar de Melhor Filme Internacional.  

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🏔️ Sinopse: Entre a Guerra e a Montanha

Em 1944, na remota aldeia de Vermiglio, a chegada de Pietro, um desertor siciliano, altera a rotina da família Graziadei. Lucia, a filha mais velha, apaixona-se por ele, desencadeando uma série de eventos que expõem as tensões entre tradição e desejo de liberdade. A guerra, embora distante, permeia o quotidiano através de cartas, rumores e a presença de soldados escondidos.  

🎭 Personagens e Temas

O patriarca Cesare Graziadei, interpretado por Tommaso Ragno, é um mestre-escola respeitado que exerce uma autoridade rígida sobre a família. A sua visão patriarcal entra em conflito com os anseios das filhas, especialmente Ada, cuja jornada pessoal aborda temas como a fé, a sexualidade e a busca por identidade.  

🎥 Estilo e Realização

Maura Delpero utiliza uma abordagem contemplativa, focando-se nos pequenos gestos e silêncios que revelam as dinâmicas familiares e sociais. A cinematografia destaca a dualidade entre a beleza natural da região e as restrições impostas pelas normas sociais e pela guerra.  

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🏆 Reconhecimento Internacional

Além do prémio em Veneza, Vermiglio foi selecionado para representar Itália na categoria de Melhor Filme Internacional nos Óscares de 2025, consolidando-se como uma das obras mais aclamadas do cinema europeu recente.  

🎸 Coastal: Neil Young Revelado pela Lente de Daryl Hannah

Estreado a 17 de abril de 2025, Coastal é o mais recente documentário sobre Neil Young, realizado por Daryl Hannah, sua esposa e colaboradora criativa. O filme acompanha a digressão a solo de Young pela costa oeste dos EUA, oferecendo uma visão íntima do músico canadiano em palco e nos bastidores. 

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🎥 Uma Janela para a Alma de Neil Young

Descrito por Hannah como “uma janela para a alma de Neil”, Coastal destaca-se pela sua abordagem pessoal e contemplativa. O documentário apresenta performances de temas raramente tocados ao vivo, intercaladas com momentos de introspeção durante as viagens de autocarro entre concertos. A escolha estética do preto e branco confere-lhe um tom nostálgico, embora tenha gerado opiniões divergentes entre os críticos. 

🚌 Entre a Estrada e o Palco

Grande parte do filme é dedicada às viagens de autocarro, onde Young partilha conversas descontraídas com o motorista Jerry Don Borden. Estas interações oferecem uma perspetiva única sobre o quotidiano do artista, embora alguns espectadores possam sentir falta de uma exploração mais aprofundada da relação entre Young e Hannah, que permanece atrás da câmara. 

🎶 Música e Reflexão

As atuações ao vivo são o ponto alto de Coastal, com Young a demonstrar a sua autenticidade e paixão pela música. Momentos como a interpretação de “Mr. Soul” num órgão de tubos e uma versão instrumental de “Don’t Think Twice, It’s All Right” de Bob Dylan destacam-se pela sua intensidade emocional. 

🗣️ Receção Crítica

A crítica tem sido mista. Enquanto alguns elogiam a sinceridade e o retrato íntimo de Young, outros consideram o ritmo do documentário demasiado lento e a ausência de uma narrativa mais estruturada como pontos fracos. Ainda assim, para os fãs de longa data, Coastal oferece uma experiência envolvente e pessoal.

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🎭 Henry Johnson: David Mamet e Shia LaBeouf Reúnem-se num Drama Carcerário Intenso

David Mamet, vencedor do Prémio Pulitzer, regressa ao cinema com Henry Johnson, uma adaptação da sua peça homónima de 2023. O filme, que marca o primeiro trabalho de realização de Mamet desde 2013, estreia em salas selecionadas dos EUA a 9 de maio de 2025. Shia LaBeouf junta-se ao elenco, interpretando Gene, o enigmático companheiro de cela do protagonista. 

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🧩 Sinopse: Moralidade em Conflito

A história segue Henry Johnson (Evan Jonigkeit), um homem cuja vida é virada do avesso após um ato de compaixão o levar à prisão. Lá, encontra Gene (LaBeouf), uma figura ambígua que o guia por um caminho de manipulação e dilemas éticos. O filme explora temas como poder, justiça e as consequências de permitir que outros determinem o nosso destino. 

🎬 Elenco e Equipa Técnica

  • Evan Jonigkeit como Henry Johnson
  • Shia LaBeouf como Gene
  • Chris Bauer e Dominic Hoffman em papéis de apoio 

Escrito e realizado por David Mamet, o filme é produzido por Evan Jonigkeit e Lije Sarki. A obra não foi exibida em festivais e terá uma distribuição limitada nos cinemas. 

🎥 Trailer Oficial

O trailer oficial de Henry Johnson foi lançado recentemente, oferecendo um vislumbre da atmosfera tensa e das performances intensas que caracterizam o filme. A estética minimalista e os diálogos incisivos são marcas registadas de Mamet, prometendo uma experiência cinematográfica envolvente.

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☣️ The Toxic Avenger: Peter Dinklage Transforma-se num Vingador Mutante Contra o Sistema de Saúde

O clássico de culto dos anos 80, The Toxic Avenger, regressa aos cinemas numa versão renovada e ainda mais provocadora. Realizado por Macon Blair, o filme estreia a 29 de agosto de 2025 e conta com Peter Dinklage no papel principal, acompanhado por Kevin Bacon, Elijah Wood e Jacob Tremblay. 

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🧪 Sinopse: Da Injustiça à Mutação

Winston Gooze (Peter Dinklage), um humilde zelador, enfrenta uma doença terminal e descobre que o tratamento necessário é financeiramente inacessível. Ao solicitar ajuda ao seu patrão (Kevin Bacon), é traído e atirado para um tanque de resíduos tóxicos. Sobrevivendo à experiência, renasce como o Toxic Avenger, um ser deformado com sede de justiça contra aqueles que o prejudicaram. 

🎭 Elenco de Destaque

  • Peter Dinklage como Winston Gooze / Toxic Avenger
  • Kevin Bacon como o chefe impiedoso
  • Elijah Wood em papel ainda não revelado
  • Jacob Tremblay como Wade, o enteado de Winston 

🎬 Estilo e Temática

O filme mantém o espírito irreverente do original, combinando humor negro, crítica social e cenas de ação grotescas. A nova versão satiriza o sistema de saúde americano, destacando as dificuldades enfrentadas por aqueles que não podem pagar por cuidados médicos adequados. O trailer recente apresenta cenas intensas, incluindo uma paródia de infomercial médico e confrontos sangrentos que refletem a frustração do protagonista.

🗓️ Estreia

The Toxic Avenger chega aos cinemas a 29 de agosto de 2025. Para os fãs de cinema de culto e sátiras sociais, esta é uma estreia a não perder. 

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De Lord Olivier a “Larry”: Como Sleuth  Mudou a Vida de Michael Caine

🎭 Sleuth (1972), realizado por Joseph L. Mankiewicz, é um daqueles raros filmes que coloca duas potências actorais frente a frente — e em pleno duelo psicológico. Mas o que se passou nos bastidores foi tão fascinante quanto o jogo de manipulações entre os personagens na tela. E para Michael Caine, contracenar com Laurence Olivier foi mais do que um marco na sua carreira — foi um momento de transformação pessoal.

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O jovem Caine, já conhecido por The Ipcress File e Alfie, ficou sem saber como se dirigir ao lendário Olivier quando começaram a rodar o filme. A reverência era compreensível. Afinal, estava perante o homem que era não só um ícone do teatro britânico como também… um lorde.

“Como devo tratá-lo?”, perguntou Caine, nervoso.

Olivier respondeu com a elegância descontraída que o caracterizava:

“Bem, sou o Lord Olivier e tu és o Mr. Michael Caine. Claro que isso é só na primeira vez. A seguir, sou o Larry e tu és o Mike.”


De terceira escolha a parceiro de cena

Curiosamente, Caine foi a terceira escolha para o papel de Milo Tindle. Albert Finney foi inicialmente considerado, mas foi descartado por estar “um pouco roliço” para o papel. Alan Bates recusou o convite. E assim, o papel acabou nas mãos de Caine — e que escolha acertada!

Durante uma das cenas mais intensas, na qual o personagem de Caine entra em colapso e chora descontroladamente, Olivier ficou tão impressionado que interrompeu a gravação para fazer um comentário inesperado:

“Pensei que tinha um assistente, Michael. Mas vejo que tenho um parceiro.”

Para Caine, que sempre teve o hábito de guardar elogios com modéstia, este foi “o maior elogio que recebi desde que me tornei actor profissional.”


Quando os papéis se invertem: o remake de 

Sleuth

Décadas mais tarde, em 2007, Caine regressou ao mundo de Sleuth, mas desta vez do outro lado do tabuleiro. No remake realizado por Kenneth Branagh, Caine interpretou o papel que outrora fora de Olivier, enquanto Jude Law assumia o seu antigo papel. Curiosamente, foi a segunda vez que Jude Law herdou um papel de Michael Caine — a primeira foi na reinvenção de Alfie (2004).

Sleuth de 2007, escrito por Harold Pinter, é uma versão muito mais minimalista e cerebral do original. Embora tenha dividido opiniões, foi uma homenagem inteligente ao confronto de egos e à arte da representação — temas centrais do filme original.


Um jogo de inteligência, ego e respeito

Sleuth não é apenas um thriller engenhoso. É uma aula de representação, onde dois actores — um no auge da juventude, outro já imortal — se desafiam mutuamente em cena com inteligência, subtileza e camadas de emoção. Mas é também um testemunho de respeito: o respeito que Michael Caine tinha por Laurence Olivier… e o respeito que Olivier rapidamente desenvolveu por aquele jovem actor que, de “Mike”, se tornou um igual.

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🎬 Festa do Cinema Italiano Premia Filmes sobre Imigração e Bullying Escolar

A 18.ª edição da Festa do Cinema Italiano, que decorreu recentemente em Lisboa, destacou obras que abordam temáticas sociais prementes, como a imigração e o bullying em meio escolar. O júri atribuiu o Prémio do Júri a “Anytime, Anywhere”, de Milad Tangshir, enquanto o Prémio do Público foi para “Il ragazzo dei pantaloni rosa”, de Margherita Ferri. 

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🏆 “Anytime, Anywhere”: Um Retrato Neorrealista da Imigração

O filme “Anytime, Anywhere”, realizado por Milad Tangshir, cineasta iraniano radicado em Itália, narra a história de um jovem imigrante clandestino em Turim. A obra foi elogiada pelo júri pela sua “narrativa crua e poderosa”, evocando o neorrealismo clássico de “Ladrões de Bicicletas”, numa versão moderna e comovente. 

“O filme surpreendeu-nos pela forma humilde e profundamente humana com que retrata a vida tal como ela é — evocando o neorrealismo e dando visibilidade a tantas e tantos que permanecem invisíveis nas cidades”, afirmou o júri.  

🎥 “Il ragazzo dei pantaloni rosa”: Uma História Real sobre Bullying

“Il ragazzo dei pantaloni rosa”, de Margherita Ferri, baseia-se na história real do primeiro caso conhecido em Itália de suicídio de um menor, provocado por bullying e cyberbullying. O filme, inspirado no livro da mãe da vítima, “Andrea além das calças cor-de-rosa”, relata a tragédia originada por uma situação aparentemente banal: umas calças vermelhas que passaram a cor-de-rosa numa lavagem errada. 

Produzido em 2024, o filme foi um dos mais vistos do ano em Itália, com mais de um milhão e meio de espectadores. 

🎞️ Um Festival de Cinema com Impacto Social

A 18.ª edição da Festa do Cinema Italiano contou com cerca de 13.200 espectadores em Lisboa, repartidos por sessões em seis salas de cinema. O festival prossegue agora a sua digressão por várias cidades portuguesas, incluindo Aveiro, Funchal, Braga, Figueira da Foz, Sintra, Almada, Coimbra, Évora, Porto, Vila Franca de Xira, Lagos, Moita, Loulé, Leiria, Oeiras, Abrantes/Sardoal, Barreiro e Odemira. 

Entre os filmes exibidos, destacam-se “A Grande Ambição”, de Andrea Segre, sobre o antigo secretário-geral do Partido Comunista Italiano, Enrico Berlinguer, e “Diva Futura – Cicciolina e a Revolução do Desejo”, de Giulia Steigerwalt. 

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A Festa do Cinema Italiano é organizada pela Associação Il Sorpasso, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, a Embaixada de Itália, o Instituto Italiano de Cultura, o Instituto do Cinema e do Audiovisual e a Cinecittà, entre outras entidades. 

Emily in Rome? Emily in Paris  Vai Dividir-se Entre a Cidade Luz e a Cidade Eterna

🇫🇷🇮🇹 O amor está no ar… e também a indecisão. Emily Cooper, a executiva de marketing mais improvável de Paris, está de volta para uma nova ronda de dilemas sentimentais, outfits exuberantes e mudanças geográficas inesperadas. A quinta temporada de Emily in Paris começa a ser filmada em maio — mas desta vez, a ação arranca em Roma antes de regressar à capital francesa no final do verão.

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Sim, leste bem: Emily in Paris vai passar (também) por Itália. Uma jogada arrojada da Netflix e do criador Darren Star para refrescar a série — e, quem sabe, lançar Emily num novo capítulo mediterrânico… com direito a cashmere, esplanadas romanas e mais um triângulo amoroso para baralhar os fãs.


Novos cenários, velhos corações partidos

Na nova temporada, Emily (Lily Collins) muda-se temporariamente para Roma, onde fica responsável por abrir o novo escritório da Agence Grateau na capital italiana. O início da temporada acontece poucos dias após o final do quarto capítulo — e traz consigo uma reorganização sentimental à altura do drama parisiense.

Alfie (Lucien Laviscount) seguiu em frente com uma nova namorada, depois de Emily ter escolhido Gabriel (Lucas Bravo). Mas, como sempre, as coisas não são tão simples. Gabriel continua envolvido numa relação ambígua com Camille (que já não regressa nesta temporada), deixando Emily mais uma vez dividida entre o passado e um novo interesse: Marcello Muratori, interpretado por Eugenio Franceschini, herdeiro de uma marca de cashmere e residente na pitoresca vila fictícia de Solitano, nos arredores de Roma.


De volta à cozinha de Gabriel… com alguma frustração

Lucas Bravo volta como Gabriel, apesar de ter recentemente manifestado algum desagrado com o rumo da sua personagem. Em entrevista ao IndieWire, o ator disse sentir-se cada vez mais distante do “sexy chef” que inicialmente o cativou:

“Transformaram o Gabriel em guacamole. Ele era parte de mim na primeira temporada, mas fomos-nos afastando com o tempo. Nunca estive tão distante de uma personagem.”

Ainda assim, Bravo continua na série, assim como o restaurante de Gabriel, que voltará a ser um dos cenários centrais — e, previsivelmente, palco de novas discussões românticas, jantares tensos e, claro, comida visualmente impecável.


O elenco (quase) completo regressa

Para além de Collins, Bravo e Laviscount, também regressam Philippine Leroy-Beaulieu (Sylvie Grateau), Samuel Arnold (Julien), Bruno Gouery (Luc), William Abadie (Antoine) e Ashley Park (Mindy). A ausência notada será Camille Razat, cuja personagem foi fundamental nos primeiros quatro anos da série. Ainda não se sabe se Thalia Besson — que deu vida à intrigante Geneviève — regressará, embora o público tenha recebido bem a sua presença na temporada anterior.


Um fenómeno global entre a diplomacia e a cultura pop

A influência de Emily in Paris extravasa o ecrã. A série tornou-se um fenómeno cultural, turístico e até político. Emmanuel Macron chegou a afirmar que a França “luta com unhas e dentes” para manter a produção em solo francês. A declaração provocou uma reacção divertida do presidente da câmara de Roma, Roberto Gualtieri, que sugeriu que a dolce vita também merece o seu lugar na série.

E assim será. Entre cafés à beira do Sena e gelados à sombra do Coliseu, Emily Cooper promete continuar a dividir corações e geografias — enquanto tenta encontrar, pela quinta vez, a combinação ideal entre amor, carreira e sapatos de salto alto.

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“Não Acredito em Remakes do ‘The Breakfast Club’”: Molly Ringwald Defende o Clássico Como Retrato do Seu Tempo

🎒 Quarenta anos depois da estreia de The Breakfast Club, Molly Ringwald deixou claro que o clássico teen de 1985 deve permanecer intocável. Durante uma aguardada reunião com o elenco original no Chicago Comic & Entertainment Expo, a atriz partilhou a sua opinião sobre a possibilidade de um remake… e a resposta foi um firme “não”.

“Pessoalmente, não acredito num remake desse filme. Porque acho que ele é muito marcado pelo seu tempo,” afirmou Ringwald. “É um filme muito branco. Não há diversidade étnica, não se fala de género, nada disso. E isso já não representa o mundo em que vivemos hoje.”


A importância de criar algo novo… inspirado, mas não copiado

Ringwald não se opõe a novas narrativas que se inspirem no espírito de The Breakfast Club, mas sublinha que é essencial que essas histórias reflitam a complexidade do mundo atual:

“Acredito em fazer filmes que sejam inspirados noutros, mas que os ultrapassem — que representem o que se passa hoje. Gostava de ver histórias que nascem de The Breakfast Club, mas que sigam em direcções diferentes.”

É uma posição que se alinha com muitas vozes na indústria que alertam para o excesso de reboots e remakes que não acrescentam nada de novo, especialmente quando as obras originais eram tão marcadamente reflexo do seu contexto histórico.


Um reencontro com cheiro a nostalgia… e legado duradouro

O painel de celebração contou com os cinco membros originais do elenco: Molly Ringwald, Emilio Estevez, Anthony Michael Hall, Judd Nelson e Ally Sheedy. Juntos, partilharam memórias dos bastidores, histórias com o lendário realizador e argumentista John Hughes, e refletiram sobre o impacto que o filme teve — e continua a ter — na cultura pop.

Rodado na Maine North High School, em Illinois, The Breakfast Club é ainda hoje um símbolo da adolescência dos anos 80. A história — cinco jovens arquétipos (o desportista, o cérebro, o criminoso, a princesa e a esquisita) obrigados a passar um sábado em detenção — toca temas universais como insegurança, pressão social e identidade, com uma honestidade que ainda ressoa junto de várias gerações.


Um clássico imortal… mas que reconhece as suas falhas

É precisamente por essa honestidade que The Breakfast Club continua a ser revisitado, discutido e até criticado. Ringwald, que já escreveu anteriormente sobre as limitações de alguns filmes de Hughes no que toca a representação, mostra aqui uma maturidade rara: a capacidade de amar uma obra que ajudou a construir… sem ignorar os seus limites.

Numa altura em que Hollywood se debate entre nostalgia e inovação, as palavras de Ringwald soam como um apelo à criatividade: em vez de reciclar o passado, que tal reinventá-lo?

Light & Magic  Regressa à Disney+ com Segunda Temporada Dedicada à Revolução Digital no Cinema

✨ O lado mais invisível da Força voltou — e mais uma vez, deslumbra. A segunda temporada da aclamada série documental Light & Magic, dedicada à história e inovação da lendária casa de efeitos visuais da Lucasfilm, estreou esta sexta-feira na Disney+, em estreia simultânea com a apresentação do novo trailer no Star Wars Celebration em Tóquio.

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Desta vez, a docussérie mergulha na fase mais transformadora da Industrial Light & Magic (ILM): a transição do cinema analógico para o digital. A revolução silenciosa que moldou a forma como vemos o impossível no grande ecrã.


Uma celebração galáctica — e tecnológica

A apresentação foi um dos pontos altos do evento nipónico. O público presente foi brindado com mensagens em vídeo de Joe Johnston (realizador e veterano dos efeitos visuais da ILM) e do produtor Ron Howard, seguidas por um emocionante highlight reel e um painel de discussão ao vivo.

Moderado pelo actor Sam Witwer (a voz de Darth Maul em Solo: A Star Wars Story), o painel contou com presenças ilustres como Ahmed Best (Jar Jar Binks), a presidente da Lucasfilm Lynwen Brennan, Doug Chiang (designer lendário de Star Wars), John Knoll (supervisor sénior de VFX), Janet Lewin (directora-geral da ILM) e Rob Coleman (supervisor de animação).

Juntos, partilharam histórias, bastidores e decisões criativas que definiram o rumo do cinema nos últimos 30 anos — incluindo os primeiros personagens totalmente em CGI e os desafios de simular digitalmente elementos naturais como água, fogo ou pele humana com realismo.


Como o digital mudou a galáxia… e tudo o resto

Com apenas três episódios, esta nova temporada é mais curta, mas promete ser profundamente reveladora. A narrativa foca-se no impacto das tecnologias digitais na forma de fazer cinema, destacando não só as conquistas da ILM, mas também os conflitos internos e o ceticismo que enfrentaram por parte da indústria na época.

Entre os momentos-chave documentados estão os bastidores da criação de Jar Jar Binks em A Ameaça Fantasma, os avanços de simulação em filmes como O NaufragoPearl Harbor ou O Senhor dos Anéis, e a migração definitiva de Hollywood para os efeitos visuais digitais como norma.


Uma produção com o selo dos mestres

Light & Magic é produzida por pesos pesados da indústria: Brian Grazer e Ron Howard, através da Imagine Documentaries, com Johnston como realizador e Lawrence Kasdan (argumentista de O Império Contra-Ataca) entre os produtores executivos. Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, também assina como produtora, o que mostra a importância simbólica da série dentro da própria saga Star Wars.

Esta segunda temporada funciona como uma aula viva de história do cinema, mas com o brilho e o ritmo de uma aventura galáctica. É uma carta de amor à ILM, ao talento invisível por detrás de cada explosão, cada criatura alienígena e cada planeta improvável.


Disponível agora… e obrigatória para qualquer cinéfilo

Se a primeira temporada de Light & Magic foi uma revelação para muitos espectadores, esta segunda promete ser uma reflexão mais técnica e filosófica sobre o que significa fazer cinema num mundo onde tudo é possível — mas nem tudo tem alma.

E é precisamente essa alma que os artistas da ILM sempre conseguiram manter, mesmo quando os computadores tomaram o lugar das miniaturas, dos matte paintings e da magia analógica.

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Baby Yoda Vai ao Cinema! “The Mandalorian & Grogu” Leva Star Wars de Volta ao Grande Ecrã com Acção, Emoção e Nostalgia

🌌 Depois de conquistar os ecrãs da televisão, Grogu — ou, para os amigos, Baby Yoda — prepara-se para invadir os cinemas numa aventura em grande escala. The Mandalorian & Grogu, o novo filme da saga Star Wars realizado por Jon Favreau, foi apresentado pela primeira vez durante a Star Wars Celebration, em Tóquio, com um primeiro vislumbre repleto de acção, combates galácticos e o regresso de personagens muito queridos.

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É o primeiro filme Star Wars desde The Rise of Skywalker (2019), e marca também uma nova tentativa da Disney de inverter o caminho traçado pela saga: depois de expandir com sucesso o universo de Star Wars para a televisão através de séries como The MandalorianAhsoka ou Andor, a Casa do Rato quer agora testar se o sucesso televisivo se pode traduzir em êxito cinematográfico.


Um trailer com tudo: lutas, sabres, neve e… pipocas espaciais

A estreia do footage exclusivo arrancou aplausos: snowtroopers, AT-ATs, batalhas em plano sequência com Din Djarin a abrir caminho a tiro e a fogo, e até um cliffhanger nostálgico ao estilo de 1977. A sequência central mostrava o Mandaloriano (Pedro Pascal) a abrir à força o casco de um AT-AT e a atravessá-lo num movimento contínuo que lembrava o primeiro Star Wars, com stormtroopers a invadir e rebeldes em pânico.

A surpresa? Grogu a usar os seus poderes, a nadar debaixo de água (!), e uma arena onde Rotta, o filho de Jabba the Hutt — aqui interpretado por Jeremy Allen White — se ergue em triunfo. Nas bancadas? Grogu, comendo a versão galáctica de pipocas. Como resistir?


Sigourney Weaver junta-se ao universo… e manda no Mandaloriano

Entre as novidades do elenco, destaca-se Sigourney Weaver, que interpreta uma misteriosa figura de autoridade que lembra a Moff Gideon — mas com mais elegância e menos explosões (por agora). “Lembras-te de que trabalhas para mim?”, diz ela a Din Djarin, num tom tão gélido quanto autoritário.

A actriz revelou que a sua ligação ao projecto começou com uma videochamada com Favreau e Dave Filoni, que lhe deram uma missão: ver The Mandalorian do início ao fim. “Apaixonei-me por todos os personagens, mas sobretudo por este homem”, disse, pousando a mão no ombro de Pedro Pascal. “E claro… o Grogu roubou-me o coração.”

Grogu, claro, apareceu em palco — uma versão animatrónica de cortar a respiração, que acenou à audiência japonesa. O público respondeu com gritos emocionados e palmas ininterruptas.


O cinema volta a ser casa para a Força

Pedro Pascal confessou que tudo começou com uma visita à sala dos argumentistas, onde viu as ilustrações da primeira temporada coladas nas paredes. “Nunca me vou esquecer desse dia”, disse. “Foi como ver a melhor banda desenhada de ficção científica que alguma vez me tinham mostrado.”

Favreau, por seu lado, sublinhou a importância de apresentar o filme no Japão: “A influência do cinema japonês em Star Wars é profunda. Vir aqui é como um regresso às origens.”


O futuro da saga… e o que vem a seguir

The Mandalorian & Grogu será o primeiro filme da nova vaga de cinema Star Wars. Outros projectos em desenvolvimento incluem o filme Dawn of the Jedi, de James Mangold (Ford v Ferrari), uma nova trilogia escrita por Simon Kinberg (X-Men), e um filme standalone de Shawn Levy (Deadpool & Wolverine).

Quanto ao filme de Favreau, ainda não há data oficial de estreia, nem confirmação de quando o trailer será lançado online. Mas a expectativa é alta — especialmente porque a história deverá unir personagens das séries The MandalorianAhsokaRebels, numa teia narrativa que recompensa os fãs antigos sem esquecer os novos.

Para já, sabemos que o elenco inclui também Jonny Coyne como um líder imperial, e rumores apontam para cameos de personagens muito conhecidos.

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O que é certo é que, com Pedro Pascal de volta ao capacete e Grogu no colo, a Força está definitivamente com este filme.


“O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”: Marvel Apresenta Um Começo Cósmico e Familiar Para a Primeira Família dos Super-Heróis

🌀 Depois de anos de espera, rumores e reinvenções falhadas, O Quarteto Fantástico prepara-se para finalmente entrar no Universo Cinematográfico da Marvel — e fá-lo com um título revelador: Primeiros Passos. O novo filme, com estreia marcada para 24 de julho de 2025, promete ser mais do que apenas uma introdução a estes heróis. Será, segundo o novo trailer, uma viagem ao coração daquilo que define o Quarteto: família, descoberta, ciência… e um toque muito retro.

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Entre o amor e a radiação cósmica: um Quarteto de rosto novo

Pedro Pascal lidera o elenco como Reed Richards, o Senhor Fantástico — um génio científico dividido entre as equações do universo e a emoção de ser (em breve) pai. Ao seu lado, Vanessa Kirby encarna Sue Storm, a Mulher Invisível, cuja gravidez é um dos elementos centrais da narrativa — uma escolha ousada que promete trazer emoção e complexidade à história.

Joseph Quinn surge como Johnny Storm, o impulsivo Tocha Humana, enquanto Ebon Moss-Bachrach dá vida a Ben Grimm, o eterno Cosa de coração mole e punho de pedra. O grupo, ainda a aprender a lidar com os seus poderes, é apresentado numa fase inicial — como indica o subtítulo Primeiros Passos — mas já com uma ameaça de proporções galácticas à vista.


Galactus e a Surfista Prateada: os deuses entram em cena

O trailer revela que os heróis vão enfrentar Galactus, o devorador de mundos, interpretado por Ralph Ineson. Com voz cavernosa e presença imponente, Galactus surge acompanhado da sua arauta: a enigmática Surfista Prateada, aqui reinterpretada por Julia Garner — um casting que causou surpresa entre os fãs mais conservadores, mas que poderá trazer nova dimensão à personagem.

Este confronto com o cósmico abre também portas a futuras ramificações do MCU, especialmente com a eventual introdução de Franklin Richards, o filho de Reed e Sue, que nos comics tem poderes com ligações aos mutantes. Teremos aqui uma ligação ao universo dos X-Men? A especulação está em marcha.


Visual retro, narrativa nova

Uma das grandes surpresas do trailer é o estilo visual: há uma clara inspiração nos anos 1960, com uma estética retro-futurista que mistura equipamentos analógicos, arquitetura modernista e cores saturadas. É uma escolha artística que presta homenagem à era original da banda desenhada criada por Stan Lee e Jack Kirby, mas que também estabelece um tom muito próprio para o filme.

Em vez de tentar competir com o frenesim urbano dos Avengers ou a ironia dos Guardiões da Galáxia, Primeiros Passosaposta num tom mais intimista, mais centrado nas dinâmicas pessoais — e, claro, no fascínio pela exploração científica. É como se estivéssemos a ver uma ficção científica clássica, passada por um filtro Marvel.


Uma estreia cheia de promessas

Com realização de Matt Shakman (WandaVision) e argumento de Josh Friedman (Avatar: O Caminho da Água), O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos posiciona-se como um dos pilares da Fase Seis do MCU — e também como uma das maiores apostas para revitalizar a marca Marvel, que tem atravessado um período de recepção dividida.

A expectativa é elevada, mas o trailer mostrou o suficiente para reacender o entusiasmo: há emoção, humor contido, potencial narrativo e uma estética que se distingue da fórmula habitual. O MCU precisa de novos começos — e parece ter encontrado um nas estrelas… e numa barriga prestes a mudar tudo.

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“The Sandman” Regressa em Julho: A Última Viagem de Morpheus Será Contada em Duas Partes

🌙 O Senhor dos Sonhos regressa ao pequeno ecrã — e traz consigo promessas de escuridão, beleza e redenção. A Netflix confirmou que a segunda e última temporada de The Sandman, baseada na icónica obra de Neil Gaiman, estreará em julho de 2025… mas com uma surpresa: será dividida em duas partes. Uma decisão que, longe de ser apenas estratégica, parece respeitar a densidade narrativa e poética do material original.

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Uma adaptação que sonha mais alto

A primeira temporada de The Sandman foi uma das adaptações mais ambiciosas e reverenciadas da história recente da televisão. Ao transpor para o ecrã a mitologia intricada e profundamente humana criada por Gaiman nos anos 90, a série não só captou a essência visual da obra como conquistou um público novo — que talvez nunca tenha entrado numa livraria de banda desenhada, mas se perdeu nos reinos do Sonho.

Tom Sturridge regressa como Morpheus, o Mestre dos Sonhos, numa performance contida, melancólica e poderosa, capaz de invocar tanto o horror cósmico como a fragilidade de um deus em crise existencial. E nesta nova temporada, vamos finalmente assistir aos momentos mais esperados da saga, desde o confronto com as suas irmãs, aos dilemas da sua própria identidade enquanto entidade imortal.


Porquê duas partes?

A escolha de dividir a temporada final em duas metades pode ser vista como uma forma de esticar o sucesso — mas neste caso, há mais do que lógica comercial. The Sandman não é uma narrativa linear nem apressada. É feita de fragmentos, de histórias dentro de histórias, de encontros improváveis entre seres humanos e entidades eternas. Dividir a temporada é dar-lhe o tempo certo para respirar.

A primeira parte estreia em julho. A segunda deverá chegar ainda em 2025. Não há datas exactas, mas para os fãs — e para os leitores de longa data de Gaiman —, a espera valerá cada segundo.


Um final anunciado… mas com promessas de eternidade

Sabemos que será a última temporada. Mas também sabemos que no universo de The Sandman, nada termina realmente. A série prometeu continuar a explorar temas universais — o luto, a mudança, a responsabilidade, o livre-arbítrio — tudo com aquela mistura inconfundível de horror, lirismo e filosofia que tornou os livros de Gaiman tão influentes.

Espera-se o regresso de personagens fundamentais como Desejo, Morte, Lucienne e o Corvo Matthew, e a introdução de figuras que marcaram os volumes mais densos da banda desenhada, como Delírio, Destino e Destruição. Se a primeira temporada foi um convite ao Sonho, esta segunda será o mergulho profundo no seu coração.


Neil Gaiman: sempre presente, sempre fiel

Um dos grandes trunfos da adaptação tem sido a participação activa de Neil Gaiman enquanto produtor executivo e guardião criativo do seu próprio universo. A sua influência sente-se não só nos diálogos e estrutura narrativa, mas na sensibilidade com que a série respeita o ritmo literário da obra original.

Num mundo televisivo em que tantas adaptações traem as suas fontes, The Sandman é uma raridade: uma homenagem fiel e ousada que se atreve a ser poética onde tantos optam pela acção.


O sonho continua

Para os leitores que acompanharam Morpheus desde as prateleiras poeirentas das lojas de BD, e para os novos fãs que descobriram este universo pela Netflix, este final será, ao mesmo tempo, uma celebração e uma despedida.

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Mas como o próprio Gaiman escreveu, “as histórias nunca terminam… apenas mudam quem as conta.”

O Que Brad Pitt Nunca Contou Sobre Once Upon a Time… in Hollywood: A Verdade Por Detrás de Cliff Booth

🎬 Brad Pitt foi Cliff Booth, o duplo silencioso e imperturbável em Once Upon a Time… in Hollywood (2019). Mas por detrás da personagem, existe uma história digna de um filme à parte — recheada de reviravoltas, improvisos que se tornaram icónicos e até carros emprestados por velhos amigos de Quentin Tarantino.

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Neste artigo, abrimos os bastidores do nono filme de Tarantino para revelar curiosidades e momentos insólitos que ajudam a perceber como nasceu esta performance que valeu a Pitt o seu primeiro Óscar de actor.


“You’re Rick f**king Dalton!” — A frase improvisada que veio do passado

A frase que Cliff grita a Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) num momento de crise — “You’re Rick f**king Dalton! Don’t you forget that.” — foi completamente improvisada por Brad Pitt.

Segundo o próprio actor, a inspiração veio de um momento marcante da sua juventude. Nos anos 90, quando ainda era um actor em início de carreira e cheio de dúvidas, um veterano disse-lhe exatamente essa frase, substituindo o nome. Foi um daqueles conselhos à antiga, meio rudes, mas sinceros. Pitt guardou a frase consigo — e entregou-a a Cliff Booth.


O papel que quase foi de Tom Cruise… e quase não foi de ninguém

O mais curioso? Brad Pitt quase nem fez parte do filme. Tarantino queria-o para um papel misterioso — segundo rumores, um detective a investigar os assassinatos. Pitt rejeitou. As negociações caíram. Quentin considerou Tom Cruise. Também não avançou.

Meses depois, Tarantino voltou à carga. Só que desta vez o convite foi para um papel diferente: o do duplo Cliff Booth. Pitt disse que sim. E ainda bem. A química entre ele e DiCaprio tornou-se um dos grandes trunfos do filme.


O Cadillac de Reservoir Dogs e o elogio que Brad (quase) censurava

Atenção aos olhos mais atentos: o Cadillac creme que Cliff Booth conduz ao longo do filme não foi alugado por produção. É o carro de Michael Madsen, actor-fétiche de Tarantino, e o mesmo que aparece conduzido por ele em Reservoir Dogs (1992). Um pequeno grande detalhe que só os mais fanáticos notaram.

E há mais: aquele momento em que Bruce Lee (Mike Moh) comenta que Cliff “é demasiado bonito para ser duplo”? Essa linha foi sugerida por Burt Reynolds durante uma leitura de guião. Reynolds ia interpretar George Spahn, o dono do rancho, mas faleceu antes das filmagens — tendo sido substituído por Bruce Dern.

Curiosamente, Brad Pitt não gosta de falas que aludem à sua aparência — e teria vetado a frase. Mas como veio de Burt Reynolds, uma lenda, não teve coragem de a cortar. Tarantino confirmou: “Se a linha não fosse do Burt, nunca teria entrado.”


Cannes, a t-shirt que desaparece… e os aplausos

Na estreia mundial de Once Upon a Time… in Hollywood, no Festival de Cannes, houve um momento que ficou na memória de quem assistiu: a cena em que Cliff Booth, já com 55 anos, tira a t-shirt no telhado para arranjar uma antena de televisão. O público reagiu com um misto de assobios, aplausos e risos nervosos. Pitt, sem esforço, mostrou que continua a ser um dos grandes ícones do cinema — mesmo quando não quer que se fale nisso.


O que torna Cliff Booth tão memorável?

Talvez seja o mistério. Ou a lealdade cega ao seu amigo. Ou a tranquilidade perigosa que faz dele tão carismático quanto inquietante. Mas uma coisa é certa: Cliff Booth nasceu de improvisos, recusas, homenagens a ídolos perdidos e muita intuição. É Tarantino no seu melhor — e Brad Pitt no auge da sua confiança.

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David Cronenberg está de regresso com The Shrouds

David Cronenberg regressa ao grande ecrã com The Shrouds, um thriller psicológico profundamente pessoal que explora o luto e a ligação entre os vivos e os mortos. O filme, protagonizado por Vincent CasselDiane KrugerGuy Pearce e Sandrine Holt, estreou no Festival de Cannes de 2024 e tem gerado grande expectativa entre os fãs do realizador canadiano. 

Uma narrativa sobre luto e tecnologia

Em The Shrouds, Cassel interpreta Karsh, um empresário inovador que, após a morte da esposa, desenvolve uma tecnologia controversa que permite aos enlutados observar em tempo real a decomposição dos seus entes queridos através de mortalhas funerárias. A trama intensifica-se quando várias sepulturas, incluindo a da sua esposa, são vandalizadas, levando Karsh a questionar as suas motivações e a natureza da sua invenção. 

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Reflexões pessoais de Cronenberg

Cronenberg descreve The Shrouds como um projeto profundamente pessoal, inspirado pela perda da sua própria esposa. Em entrevistas, o realizador revelou que o filme serve como uma forma de processar o seu luto, utilizando a ficção para explorar emoções reais e complexas.

Estreia e distribuição

O filme estreou no Festival de Cannes em 2024 e tem sido apresentado em diversos festivais internacionais desde então. A distribuição comercial está prevista para 2025, embora as datas específicas de lançamento em Portugal e no Brasil ainda não tenham sido confirmadas.

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