Robert Downey Jr. Brinca com a Confusão de Gwyneth Paltrow no UCM — e Deixa no Ar um Mistério Sobre Avengers: Doomsday

O Universo Cinematográfico da Marvel já nos deu batalhas épicas, romances improváveis, viagens temporais e vilões cósmicos… mas poucas coisas são tão deliciosamente humanas como a incapacidade de Gwyneth Paltrow em perceber quem é quem neste universo de heróis mascarados. E agora, ninguém menos que Robert Downey Jr. decidiu avivar essa piada — e talvez lançar uma pista inesperada sobre Avengers: Doomsday.

A história foi contada pelo próprio Downey Jr. durante a gala Women in Entertainment 2025, organizada pelo The Hollywood Reporter. Enquanto entregava um prémio à actriz, o eterno Iron Man descreveu Paltrow como “impossivelmente inteligente, mas eternamente confusa com os conceitos básicos do Universo Marvel e os seus habitantes”.

E depois veio a pepita de ouro.

🕷️ “Esse é o Peter.”

Segundo Downey, durante uma conversa no set, Paltrow apontou discretamente para um colega e perguntou:

“Quem é aquele?”

Downey respondeu: “Ele disse que se chama Peter.”

Poucos segundos depois corrigiu:

“Não, o nome da personagem é Peter. Aquele é o Tom Holland. Fizeste quatro filmes com ele.”

O público riu, Paltrow também — e imediatamente os fãs começaram a somar nos dedos.

Quatro filmes?

Paltrow e Holland participaram juntos em três filmes lançados oficialmente:

  • Spider-Man: Homecoming
  • Avengers: Infinity War
  • Avengers: Endgame

Então… de onde vem o quarto?

🕵️‍♂️ Lapso? Brincadeira? Ou Downey Jr. Acabou de Revelar Demais?

É aqui que a fofoca ganha força.

Com Avengers: Doomsday a aproximar-se, e com Downey Jr. a regressar ao UCM — desta vez como Doctor Doom — não seria louco imaginar que Holland e Paltrow possam ter voltado a cruzar-se em segredo durante a produção.

A personagem de Paltrow, Pepper Potts, não aparece desde Endgame, mas o nome foi mencionado em Deadpool & Wolverine. A própria atriz regressou às filmagens este ano com Marty Supreme, o que indica que não está completamente afastada da representação.

Será que Pepper está de volta?

Será que Doom e Potts se reencontram num cenário que vai deixar os fãs em choque?

A MCU fandom machine agradece combustível fresco.

🎬 Paltrow e a sua adorável confusão Marvel

Não é a primeira vez que a actriz se perde nas próprias cronologias.

A actriz já tinha revelado — num famoso momento viral — que não sabia que participou em Spider-Man: Homecoming, apesar de… ter estado lá. Com câmara, microfone e tudo.

O UCM é enorme, mas talvez não assim tão difícil.

Mas a verdade é que a genuína confusão de Paltrow tornou-se parte do charme dos bastidores da Marvel — e Downey Jr. sabe muito bem como transformar isso num momento irresistível.

🎭 E agora?

Com Avengers: Doomsday a caminho, e com tantas peças a mexer, a dúvida permanece:

foi um deslize inocente ou um leak acidental vindo do próprio Robert Downey Jr.?

O reencontro Tony Stark / Pepper Potts está fora de questão — mas o reencontro Doom / Paltrow?

Isso, sim, seria verdadeiramente… caóticoinesperado e delicioso.

Stranger Things Ruma ao Grande Ecrã: O Último Episódio Vai Chegar ao Cinema — Mas Há Um Detalhe que Vai Deixar os Fãs Portugueses a Roer as Unhas!

A saga que redefiniu a televisão da última década prepara a sua despedida… em grande. Literalmente. A Netflix confirmou que o episódio final de Stranger Things — aquele que vai fechar cinco temporadas de monstros, sintetizadores, bicicletas, amizades épicas e trauma interdimensional — terá 125 minutos e estreará também em salas de cinema. Hollywood style.

Mas calma: antes que vás a correr comprar bilhetes, há um senão — ou melhor, dois.

🎬 Um final tão grande que já não cabe só na televisão

Com 2h05, o capítulo final é oficialmente o mais longo de toda a série. A Netflix descreve-o como o clímax absoluto da batalha contra o Upside Down, onde todas as linhas narrativas que acompanhamos desde 2016 convergem para um desfecho digno da escala que os irmãos Duffer foram construindo temporada após temporada.

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A plataforma prepara um lançamento mundial em streaming, mas, pela primeira vez na história da série, o episódio será exibido também em mais de 500 salas de cinema.

Localização? Exclusivamente Estados Unidos e Canadá.

Ou seja: Portugal e Brasil ficam — para já — de fora desta celebração cinematográfica. Ainda assim, é possível que alguns distribuidores independentes tentem organizar sessões especiais, tal como aconteceu com fenómenos anteriores, mas até ao momento nada foi anunciado.

📅 O calendário que está a deixar os fãs em modo “Demogorgon interior”

A Netflix sabe jogar com a expectativa — e esta última temporada mostra isso até ao limite.

  • Quatro primeiros episódios: já disponíveis desde 27 de novembro.
  • Episódios 5, 6 e 7: chegam a 26 de dezembro, num pós-Natal que promete zero paz de espírito.
  • Episódio final (125 min): estreia a 1 de janeiro de 2026, para começar o ano com lágrimas, nostalgia e potencialmente terapia.

É um calendário pensado para prolongar o suspense e alimentar a conversa global. E está a resultar.

📈 

Stranger Things quebra recordes… outra vez

A quinta temporada não só deixou a Netflix em pausa técnica — como já é tradição — como alcançou a melhor semana de estreia da história da plataforma para uma série em inglês, somando 59,6 milhões de visualizações logo nos primeiros dias.

Ainda mais impressionante: todas as temporadas entraram simultaneamente no top 10 semanal, feito inédito no serviço de streaming.

É o culminar de quase uma década de fascínio colectivo por Hawkins, Eleven, Vecna, waffles e as cicatrizes emocionais deixadas por monstros paranormais.

🎟️ Cinema: reconhecimento ou estratégia?

Exibir o episódio final nos cinemas norte-americanos não é apenas um mimo para fãs hardcore — é um reconhecimento de que Stranger Things ultrapassou há muito o estatuto de “apenas uma série”. Arrastou multidões, redefiniu tendências culturais, relançou canções nos tops mundiais (Running Up That Hill que o diga), e provou que nostalgia bem conduzida é um dos motores mais poderosos da ficção contemporânea.

É, acima de tudo, um gesto simbólico: um final épico merece um ecrã épico.

E nós? Em Portugal e no Brasil, vamos ter de nos contentar (por agora) com o streaming — mas isso não impede que este se torne um dos eventos televisivos do ano.

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Preparem-se: o Upside Down vai fechar as portas… mas não sem antes tentar levá-nos com ele.

Margot Robbie Responde às Críticas a Wuthering Heights: “Eu Percebo. Mas Esperem Para Ver.”

A adaptação de Wuthering Heights por Emerald Fennell ainda nem chegou às salas e já incendiou a internet — primeiro com o elenco, depois com o marketing sensual, e agora com as primeiras declarações de Margot Robbie, que protagoniza o filme ao lado de Jacob Elordi. A escolha de ambos agitou leitores, fãs de Brontë e puristas da literatura… mas Robbie mantém-se firme, confiante e até surpreendentemente compreensiva: “Eu percebo.”

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A atriz reconhece que parte da polémica nasce do simples facto de ninguém ter visto o filme ainda. Catherine Earnshaw, no romance de 1847, é uma jovem morena e adolescente. Robbie tem 35 anos, é loira e, no imaginário de muitos, demasiado distante da versão literária. Fennell deixa claro que a personagem foi envelhecida deliberadamente para o cinema, passando a situar-se no final dos vinte, início dos trinta — uma decisão estética e narrativa que acompanha muitas das liberdades criativas da realizadora.

A controvérsia em torno de Heathcliff, porém, foi ainda maior. Na obra original, ele é descrito como “escuro”, marginal, alguém visto como intruso pelo mundo social que o rodeia. A escolha de Jacob Elordi — um dos atores mais desejados do momento, vindo do sucesso de Saltburn — gerou ondas de indignação. Mas a verdade é que a adaptação nasceu precisamente da visão de Emerald Fennell ao vê-lo em cena: “Oh meu Deus… é o Heathcliff da capa do livro que tenho desde adolescente”.

Margot Robbie vai mais longe: “Ele é o Heathcliff. Confiem. Vão ficar satisfeitos.”

Para a actriz, Elordi não só honra a linhagem de gigantes que desempenharam o papel antes — Laurence Olivier, Richard Burton, Ralph Fiennes, Tom Hardy — como o eleva. Robbie arrisca até a comparação mais ousada da entrevista: “Acredito que ele é o Daniel Day-Lewis da nossa geração.”

No caso de Catherine, Fennell faz uma defesa apaixonada da escolha de Robbie, argumentando que a personagem exige uma força carismática extrema: alguém cruel, fascinante, sedutora e impossível de resistir — mesmo quando se comporta de forma imperdoável. “Cathy é uma estrela”, diz Fennell, explicando que a personagem precisava de alguém com “energia avassaladora”. E acrescenta, sem rodeios, que Robbie surge com aquilo que a realizadora descreve como “big dick energy”, uma presença dominadora que faz a câmara ceder ao seu magnetismo.

Se o elenco provocou polémica, o marketing elevou-a a níveis históricos. A primeira imagem divulgada mostrava um dedo na boca de Robbie, um gesto erótico que gerou debates, comentários e receios de que a adaptação fosse apenas um pastiche provocador. Mas, segundo a actriz, essa expectativa não corresponde exactamente ao que o público vai encontrar. “É um filme provocador, sim, mas acima de tudo é um romance épico. Um romance daqueles que já não se fazem.”Robbie invoca The Notebook e The English Patient como comparações possíveis: histórias maiores do que a vida, que arrancam reacções físicas ao espectador. É isso que ela acredita ser a verdadeira assinatura de Emerald Fennell — provocar visceralmente, seja com desejo, desconforto ou arrebatamento emocional.

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A nova visão de Wuthering Heights estreia já a 13 de Fevereiro, numa versão que promete dividir, desafiar e, acima de tudo, reimaginar um dos romances mais intensos da literatura. Entre polémicas e antecipação, uma coisa é certa: Emerald Fennell e Margot Robbie não vieram para replicar o clássico — vieram para incendiá-lo de novo.

Troll 2 Arrasa no Top Global da Netflix — E Já Chegou para Nós

Se procuras fugir às luzes natalícias e preferes monstros nórdicos em vez de pinheiros e renas, este fim-de-semana pode ser ideal: Troll 2 — a sequela do sucesso monster norueguês de 2022 — está oficialmente disponível na Netflix. A continuação foi lançada globalmente a 1 de dezembro de 2025.  

⚔️ O regresso do trol ha regressado — agora maior, mais brutal

Três anos depois de o primeiro filme se tornar o mais visto não-inglês da história da plataforma, Troll 2 promete intensificar tudo aquilo que funcionou: monstros gigantes, caos natural, drama humano e, desta vez, escala Kaiju — com múltiplos trolls e destruição em larga escala.  

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A história repete a premissa original: um novo troll desperta, mais perigoso, e inicia uma onda de destruição pela Noruega. A equipa de heróis — Nora, Andreas e o Capitão Kris — terá de enfrentar o caos, recorrendo ao passado, às lendas e à ciência para salvar o país.  

No entanto, a nova versão não tem medo de se afastar de uma lógica demasiado rígida. A narrativa privilegia o espectáculo, os sustos, os efeitos visuais e as batalhas épicas — ideal para quem procura puro entretenimento cinematográfico, sem grandes exigências literárias.  

📈 Da falha do primeiro filme para o topo da Netflix

Apesar de algumas críticas que apontam falhas no enredo — nomeadamente soluções fáceis para mistérios profundos e certas quedas de tensão dramática — Troll 2 fez o que muitos sequels sonham: subiu directamente ao topo do top global da Netflix nos primeiros dias.  

O realizador Roar Uthaug explicou numa recente entrevista que a ideia foi fazer o troll “sentir-se diferente”: mais ameaçador, mais selvagem, mais monumentais. E o público parece ter respondido — talvez em busca de adrenalina, talvez de escapismo puro.  

🎬 Vale a pena? Depende do que procuras no cinema

Se aceitares que o filme não segue as regras do realismo, que o argumento serve sobretudo de veículo para monstros e destruição, Troll 2 pode ser uma excelente pedida para este fim-de-semana. É perfeito para ver com os amigos: ação, sustos, efeitos visuais, lendas e caos.

Para quem gosta de nuances, lógica certeira e construção dramática sólida, a experiência será mais irregular — mas a adrenalina compensa. O filme não pretende reinventar o horror ou o monster movie, mas sim reivindicar o espaço de entretenimento puro que o género oferece.

✅ Troll 2 é mais um dos grandes eventos de streaming de 2025

Troll 2 não veio apenas como sequela — mas como objecto de desejo para fãs de monstro, de mitologia, de caos cinematográfico. Com a sua chegada à Netflix já confirmada, e com o impacto global nos tops, a sequela reforça que há público — e muito — para filmes assim.

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Se neste fim-de-semana quiseres fugir ao previsível, ao sentimental natalício ou à comédia leve, fecha as cortinas, prepara pipocas e deixa que o troll faça o resto.

O Regresso da Comédia Paródia com Fackham Hall: A Satira a “Downton Abbey” Está Marcada — Mas Portugal e Brasil Ainda Esperam a Data

Em pleno dezembro de 2025, o cinema parece querer recuperar um dos géneros mais injustiçados da Hollywood recente — a comédia paródia. Depois da reacção positiva ao reboot de The Naked Gun, chega agora Fackham Hall, uma sátira britânica que transforma palácios e aristocracia em palco de escândalo, romance e humor absurdo. O filme está marcado para estrear nos Estados Unidos em 5 de dezembro, mas — atenção — ainda não há confirmação oficial de data para os mercados de Portugal ou Brasil.  

🎭 Por que Fackham Hall pode marcar o regresso das comédias de paródia

Fackham Hall junta o espírito de clássicos da comédia de paródia — pense em Airplane! ou Monty Python — com o luxo e a pompa dos dramas de época como Downton Abbey e Gosford Park. A premissa mistura uma trama de casamento aristocrático, segredos de família, romance proibido e até um assassinato misterioso — tudo isso transformado numa máquina de piadas, trocadilhos e humor irreverente.  

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O elenco não podia ser mais apetecível: nomes como Tom Felton (sim — o Draco Malfoy de Harry Potter), Damian Lewis, Thomasin McKenzie, Katherine Waterston, Ben Radcliffe e outros trazem credibilidade, charme e, sobretudo, compromisso com o exagero e o absurdo da sátira.  

O trailer já quebrou recordes de visualizações da distribuidora norte-americana, o que sugere que há uma fome real por comédia fora do molde dos blockbusters tradicionais — humor rápido, irreverente, descaradamente exagerado, e sobretudo auto-consciente da própria cultura cinematográfica.  

🎬 Ok, mas e Portugal e Brasil?

Apesar do entusiasmo global, a versão para o público lusófono ainda está envolta em nevoeiro. Fontes de programação portuguesas referem o dia 5 de dezembro como data prevista, mas não confirmam salas ou distribuidora, e sites especializados alertam que não há data oficial para Portugal ou Brasil.  

Isto significa duas coisas:

  • A estreia por cá pode atrasar face aos EUA — portanto, se planeias ir ao cinema, convém verificar os catálogos locais.
  • A expectativa está aberta: se o filme tiver boa recepção, poderá transformar-se num fenómeno de culto — algo que as comédias de paródia raramente conseguem nos últimos anos.

✅ Vale a pena manter os olhos postos em Fackham Hall

Se és fã de humor absurdo, sátira social e aquele riso que vem da ironia, Fackham Hall promete entrar directo para a lista dos filmes mais divertidos do fim de ano. A sua fusão de pompa aristocrática com ridículo intencional pode ser exatamente aquilo de que o cinema precisa para reacender o amor por comédias inteligentes e irreverentes — com sangue real ou de aristocratas, mas sempre com gargalhadas garantidas.

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Para já, a data segura continua a ser 5 de dezembro — nos EUA. Para Portugal e Brasil, resta aguardar confirmação. Mas um conselho: fica de olho nas programações dos cinemas — e prepara o riso.

Detroit Celebra o Seu Novo Guardião: A Estátua de RoboCop Encontra Lar Definitivo Após 15 Anos de Uma Saga Digna de Cinema

Demorou década e meia, campanhas de crowdfunding, polémicas locais, recusas institucionais, uma pandemia e muita teimosia — mas, finalmente, Detroit tem o seu RoboCop. A icónica personagem do clássico de 1987 ganhou esta semana uma casa permanente na cidade que o filme retratou como um campo de batalha urbano onde só um ciborgue policial conseguiria impor ordem. E os fãs não podiam estar mais felizes.

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A estátua, em bronze, mede 3,3 metros de altura, pesa 1.587 quilos e está agora instalada no exterior da produtora FREE AGE, no distrito Eastern Market. Mesmo com neve, escuridão e vento gelado, moradores e curiosos deslocaram-se ao local para ver de perto o símbolo renascido da cultura pop. Um guardião metálico finalmente de pé — e desta vez sem ordens da OCP.

De piada no Twitter a fenómeno mundial

A história deste monstro de bronze começa em 2010, quando um utilizador no Twitter sugeriu ao então presidente da câmara, Dave Bing, que Detroit precisava de um embaixador tão icónico quanto Filadélfia tem Rocky Balboa. A resposta foi um seco “não há planos para isso”. E, como tantas vezes acontece, foi precisamente essa negativa que inspirou uma multidão: fãs uniram-se e lançaram, em 2012, uma campanha no Kickstarter que arrecadou 67 mil dólares com mais de 2.700 apoiantes de vários países.

O escultor Giorgio Gikas concluiu a peça em 2017, mas o caminho estava longe de terminado. O Museu de Ciência de Michigan recuou em 2021 devido a restrições internas, e até uma cidade no Wisconsin — terra natal de Peter Weller, o actor por trás da personagem — ofereceu asilo à escultura. Um ícone em busca de morada, carregado em caixas, longe de qualquer reconhecimento público. Uma ironia que caberia perfeitamente no universo satírico e distópico do filme original.

Detroit mudou — e RoboCop regressa como símbolo de esperança

Durante anos, a cidade hesitou em associar-se a uma obra que, nos anos 80, ajudou a cristalizar a imagem de uma Detroit violenta, abandonada e dominada pelo crime. Mas a realidade evoluiu. As taxas de homicídio caíram para níveis abaixo dos anos 60, os índices de criminalidade diminuíram e Detroit renasceu culturalmente. Hoje, RoboCop já não é visto como um lembrete da decadência — é um artefacto de nostalgia, resiliência e reinvenção.

Jim Toscano, co-proprietário da FREE AGE, admitiu que pensou inicialmente tratar-se de uma brincadeira quando foi contactado para acolher a estátua. Mas percebeu rapidamente que se tratava de um gesto simbólico demasiado único para recusar. O entusiasmo do público tem-lhe dado razão: fãs tiram fotografias, partilham memórias e reconhecem o poder da personagem como um farol de ficção que marcou gerações.

“Eu sou dono disto”: o orgulho dos fãs

Entre os visitantes que já peregrinaram até à escultura encontra-se James Campbell, um dos contribuintes do Kickstarter. Doou 100 dólares em 2012 e faz questão de reivindicar a sua percentagem simbólica: “sou proprietário de 0,038% desta estátua”, brinca, enquanto admira a figura colossal. Para ele, RoboCop não é apenas uma referência cinematográfica; é uma representação clara do imaginário colectivo da cidade: “No filme, ele está lá para salvar Detroit. É um símbolo de esperança.”

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E, olhando agora para a imponente silhueta de RoboCop, fixa e solene sob o céu gelado de Detroit, é difícil discordar. Não é apenas um pedaço de bronze — é um testemunho da capacidade dos fãs, uma celebração de cultura pop e uma prova de que até uma piada nas redes sociais pode, com o tempo e uma comunidade apaixonada, transformar-se em património urbano.

No final, talvez a frase escolhida por Toscano resuma tudo:

“Obrigado pela sua cooperação.”

Josh Hutcherson Revela: Five Nights at Freddy’s 2 É “Muito Mais Assustador”

Os animatrónicos assassinos estão de volta — e, desta vez, chegaram em plena época natalícia. Five Nights at Freddy’s 2, a sequela do fenómeno global de 2023 inspirado na saga de videojogos de Scott Cawthon, estreou ontem em Portugal e chega hoje aos cinemas no Brasil, numa jogada de contraprogramação que já está a despertar curiosidade. Terror em dezembro? Josh Hutcherson diz que faz todo o sentido.

O actor, que regressa como Mike Schmidt, brincou durante a antestreia em Los Angeles: “É basicamente The Santa Clause… só que com animatrónicos possuídos.” O humor esconde uma verdade: lançar um filme de terror às portas do Natal é arriscado, mas o primeiro capítulo foi tão bem-sucedido no box office — mesmo com estreia simultânea em streaming — que a equipa acredita plenamente no entusiasmo dos fãs. Matthew Lillard, que também regressa, sublinha isso mesmo: “Hollywood não percebeu totalmente o poder desta fanbase. Mesmo com todas as limitações promocionais, o primeiro filme explodiu.”

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Se havia um pedido claro por parte do público, era este: tornem a sequela mais assustadora. A realizadora Emma Tammi ouviu — e cumpriu. “Os fãs disseram que queriam mais sustos, mais intensidade. Demos isso. Amplificámos tudo”, afirma. Hutcherson concorda: “Gosto do primeiro filme, mas admito que não era tão assustador quanto poderia ter sido. Desta vez, subimos a fasquia.”

A ambição não termina aqui. Tammi confirma que o plano é transformar Five Nights at Freddy’s numa trilogia, caso o público responda bem. “Estamos prontíssimos para continuar”, diz. Lillard vai ainda mais longe: “Com este lançamento maior, esperamos um box office que justifique rapidamente o terceiro filme.”

A estreia em dezembro não é apenas provocadora — é estratégica. Com as salas ocupadas por filmes natalícios e blockbusters familiares, Freddy’s surge como alternativa perfeita para quem prefere adrenalina à doçura. E, tendo em conta o fenómeno viral que o primeiro filme gerou, a decisão pode revelar-se certeira. O espírito de Natal continua nas ruas, mas no cinema… as luzes piscam de outra maneira.

Five Nights at Freddy’s 2 promete animatrónicos mais agressivos, atmosfera mais densa, tensão mais constante e uma exploração emocional mais profunda das personagens — sobretudo do Mike de Hutcherson. O actor, que se tem reinventado no género de terror, parece completamente alinhado com esta nova fase da saga: “Às vezes ouvir os fãs para fazer uma sequela pode ser perigoso, mas aqui foi claro. Todos queríamos mais terror.”

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Portugal já recebeu a sequela — os animatrónicos começaram a celebrar o Natal mais cedo. No Brasil, a festa (ou o pesadelo) começa hoje. Para uma franquia construída sobre sustos, nostalgia e histeria colectiva, poucas datas podiam ser mais apropriadas do que esta temporada onde todos esperam ternura… e recebem dentes afiados.

Que comece a noite.

Matt Reeves Sai em Defesa de Paul Dano Após Críticas de Quentin Tarantino: “É um Actor Incrível”

Hollywood adora um bom debate, mas poucos geram tanta chama como quando Quentin Tarantino decide dar a sua opinião. Após o realizador de Pulp Fiction ter descrito Paul Dano como “weak sauce” — uma crítica particularmente dura ao desempenho do actor em There Will Be Blood — surgiram várias respostas. A mais contundente veio de quem conhece Dano de muito perto: Matt Reeves, realizador de The Batman.

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Reeves, que dirigiu Dano no papel perturbador de Edward Nashton/The Riddler na adaptação de 2022, não deixou o comentário passar em silêncio. Num post directo publicado no X, o cineasta escreveu:

“Paul Dano é um actor incrível, e uma pessoa incrível.”

Uma frase curta, mas cirúrgica — e que diz tudo sobre o respeito e admiração que Reeves sente pelo ator.

A defesa surge dias depois da participação de Tarantino no The Bret Easton Ellis Podcast, onde o cineasta classificou There Will Be Blood como o quinto melhor filme do século XXI, mas afirmou que o filme de Paul Thomas Anderson teria hipóteses de ocupar o primeiro lugar “se não tivesse um enorme defeito”. O tal “defeito”, segundo Tarantino, era precisamente Paul Dano. Para o realizador, o duelo interpretativo entre Dano e Daniel Day-Lewis não estaria equilibrado e isso prejudicaria a força dramática da obra.

Mas a crítica não ficou por aí: Tarantino referiu que Dano não entrega um desempenho terrível, mas sim um que considera “não-ente”, e acrescentou ainda que simplesmente “não gosta dele”. Colocou-o até no mesmo saco de actores de que também não aprecia o trabalho, como Owen Wilson e Matthew Lillard.

As declarações não passaram despercebidas — especialmente porque Paul Dano é amplamente considerado um dos actores mais consistentes e versáteis da sua geração. Basta recordar a sua presença em The BatmanPrisonersLittle Miss SunshineSwiss Army ManThe Fabelmans ou Okja. Não são poucos os realizadores de topo que o têm escolhido repetidamente: Steven Spielberg, Denis Villeneuve, Bong Joon-ho, Kelly Reichardt, Paul Thomas Anderson… e, claro, Matt Reeves.

A resposta do realizador de The Batman funciona também como uma revalorização pública do actor num momento em que a conversa — disparada por Tarantino — ganhava contornos de injustiça. Dano foi amplamente elogiado pela crítica e pelos espectadores pelo seu trabalho em There Will Be Blood, incluindo uma nomeação ao BAFTA, e tornou-se desde então um intérprete desejado por cineastas com visões fortes e estilos muito distintos.

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Curiosamente, Matt Reeves prepara-se agora para iniciar rodagem de The Batman Part II, ao lado de Robert Pattinson — e, como já revelado, com Scarlett Johansson a juntar-se ao elenco num papel ainda guardado em segredo. Se Paul Dano regressará ou não como Riddler permanece incerto, mas uma coisa ficou clara nesta troca pública: Reeves está pronto a defender os seus actores com a mesma intensidade com que filma as sombras de Gotham.

O Negócio do Século: Netflix Compra a Warner Bros. e HBO Max por 82,7 Mil Milhões — e o Mundo do Cinema Nunca Mais Será o Mesmo

A indústria já teve dias turbulentos, mas poucos momentos se comparam ao terramoto anunciado esta sexta-feira: a Netflix vai comprar a Warner Bros. — incluindo os lendários estúdios de cinema, a divisão de televisão, a HBO e a plataforma HBO Max — num acordo avaliado em 82,7 mil milhões de dólares. O negócio, aprovado por ambas as administrações, coloca o maior serviço de streaming do planeta à frente de um império de mais de um século de história. É difícil encontrar um precedente. E, se o futuro da Warner Bros. Discovery já era tema de especulação há meses, este capítulo ultrapassa até os cenários mais ousados.

O acordo surge no rescaldo de uma batalha feroz com outros gigantes: a Paramount Skydance de David Ellison e a Comcast também apresentaram propostas, mas a Netflix acabou por conquistar a exclusividade das negociações — e agora a vitória. O negócio, que envolve tanto dinheiro quanto sensibilidade política, só deverá fechar dentro de 12 a 18 meses, depois de concluída a cisão da divisão de TV da WBD, Discovery Global, marcada para o terceiro trimestre de 2026. Mas a mudança já começou.

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Netflix ganha um estúdio de 100 anos — e um catálogo que reescreve o jogo

É um momento paradigmático: pela primeira vez, um serviço de streaming compra um estúdio centenário com legado cinematográfico, biblioteca monumental e impacto cultural incontornável. Falamos da casa de CasablancaCitizen KaneThe Wizard of OzHarry PotterO Senhor dos AnéisThe SopranosGame of ThronesFriendsDC Comics, entre tantos outros. Estes títulos passam agora a integrar o ecossistema Netflix, numa jogada que transforma profundamente o catálogo da empresa — e a torna, em termos de biblioteca, tão poderosa quanto os grandes estúdios tradicionais.

Ted Sarandos fez questão de sublinhar que a Netflix não quer acabar com nada do que a Warner construiu: “Ao juntar este legado extraordinário aos nossos títulos globais, podemos entreter o mundo ainda melhor”, declarou. A mensagem é clara: a Netflix quer crescer, mas também legitimar-se como guardiã da história do cinema.

Greg Peters, co-CEO, reforça essa ideia, garantindo que a operação da Warner Bros. continuará tal como existe hoje e que o cinema continuará a estrear nas salas. Percebe-se a intenção: evitar receios de que a fusão pudesse transformar um estúdio histórico num mero gerador de conteúdos para streaming.

HBO Max continua — e HBO entra na Netflix (sim, isto vai acontecer)

Num dos detalhes mais surpreendentes, a Netflix confirmou que HBO Max continua como plataforma independente no imediato. Mas simultaneamente elogiou a chegada do catálogo HBO ao seu próprio serviço — algo que parecia impensável há poucos anos. A batalha das plataformas dá assim uma reviravolta inesperada: o streaming que se construiu com séries como House of Cards e Stranger Things será agora também a casa de SopranosA Guerra dos TronosSuccessionTrue Detective e companhia.

É a fusão simbólica de duas filosofias: o algoritmo global da Netflix e o prestígio autoral da HBO.

Que futuro espera David Zaslav?

Silêncio absoluto. O anúncio não refere se Zaslav terá qualquer função após o fecho do negócio. É um detalhe significativo, especialmente tendo em conta que ele estava posicionado para liderar a versão “independente” da Warner Bros., após a separação com o Discovery Global. A ausência de claridade parece indicar que o futuro da liderança executiva será redesenhado — talvez profundamente.

As poupanças, a ironia histórica e o elefante na sala

O negócio prevê 2 a 3 mil milhões em poupanças anuais dentro de três anos. É o tipo de número que assinala reestruturação séria, fusão de equipas e cortes — inevitáveis numa operação desta escala.

Há também um toque de ironia irresistível: quase quinze anos depois de o CEO da Time Warner ter descrito a Netflix como “o exército albanês” — uma força minúscula e inofensiva que nunca poderia conquistar Hollywood —, eis que a Netflix compra o castelo inteiro.

Um antes e um depois para a indústria

O impacto disto será gigante. As salas de cinema, o streaming, os direitos internacionais, a produção independente, a força dos sindicatos, os modelos de negócio futuros — tudo muda com esta operação. E muda porque a Netflix deixa de ser “apenas” o maior serviço de streaming: torna-se dona de um dos pilares da história do cinema moderno.

E há ainda outra consequência inevitável: a pressão sobre Disney, Amazon e Apple aumenta de forma esmagadora. Se a Netflix já era dominante, agora torna-se praticamente incontornável.

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O que significa tudo isto para os espectadores?

Significa que o catálogo Netflix vai transformar-se radicalmente. Que a HBO pode ganhar uma segunda vida global. Que a Warner Bros. terá estabilidade financeira pela primeira vez em anos. E que, goste-se ou não, estamos a assistir ao nascimento de um novo colosso audiovisual que pode definir a próxima década do entretenimento.

A pergunta agora é só uma: o que vem a seguir?

“Spartacus: Casa de Ashur” — Roma Veste-se de Sangue e Ambição no Regresso da Saga ao TVCine

A arena volta a abrir-se e, desta vez, o olhar não está posto no herói que desafiou um império, mas no sobrevivente que aprendeu a prosperar nas sombras. Spartacus: Casa de Ashur T1 estreia dia 10 de dezembro, às 22h10, no TVCine Edition e TVCine+, trazendo de volta o universo brutal, político e sedutor que marcou uma das séries mais influentes da última década.

Este novo capítulo parte de uma premissa ousada: e se Ashur tivesse sobrevivido aos eventos da série original? E mais — e se o escravo que um dia rastejou por migalhas fosse agora senhor de um ludus, dono do mesmo espaço que o prendeu, humilhou e moldou? É a partir desta inversão que a série constrói a sua narrativa, mergulhando numa Roma onde a ascensão é tão improvável quanto perigosa, e onde cada gesto pode significar glória… ou morte.

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Ashur no topo? A ascensão mais inesperada de Roma

Ashur sempre foi uma das figuras mais complexas e ambíguas do universo Spartacus: manipulador, sobrevivente nato, inteligente o suficiente para perceber que a força bruta raramente supera a astúcia.

Agora, livre da escravidão e recompensado pelos romanos, ele recebe um prêmio envenenado: o controlo da escola de gladiadores que um dia o escravizou. Entre dívidas emocionais, fantasmas do passado e um poder recém-conquistado, Ashur tenta provar que também ele pode comandar um império — mesmo que seja um império de arena.

Ao seu lado surge uma gladiadora feroz, uma combatente que desafia o lugar da mulher no violento entretenimento romano e que, através da sua presença, agita os alicerces sociais de uma cultura construída sobre hierarquia e sangue. A relação tensa e magnética entre ambos acrescenta um novo pulso emocional à série, colocando paixão, rivalidade e lealdade em jogo.

Um novo espetáculo para um império sedento de sangue

Ashur não quer apenas sobreviver — quer redefinir o que um ludus pode ser. Através de um novo tipo de espetáculo, mais ousado e sensorial, desafia tradições antigas e afronta directamente as elites romanas, sempre desconfiadas de quem sobe rápido demais.

Esse atrevimento tem consequências: conspirações políticas, alianças frágeis e inimigos poderosos começam a formar-se à sua volta, preparando um tabuleiro onde cada jogada pode custar-lhe tudo aquilo que conquistou.

O tom é de tensão constante, misturando o ADN de Spartacus — violência coreografada, sensualidade, intriga e ambição — com um olhar renovado sobre o poder e os seus custos.

O regresso de um universo brutal — com o selo de Steven S. DeKnight

Com produção executiva de Steven S. DeKnight, criador do franchise original, Casa de Ashur mantém a estética crua e estilizada que tornou a série um fenómeno. A realização fica a cargo de Rick Jacobson e Robyn Grace, que abraçam o desafio de expandir um mundo já profundamente amado e exigente em termos de tom e atmosfera.

O elenco inclui o regressado Nick E. Tarabay como Ashur, acompanhado por Graham McTavishTenika DavisJamaica Vaughan e Ivana Baquero, numa mistura entre rostos familiares e novos gladiadores prontos para entrar em combate.

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Uma estreia imperdível — e uma viagem de regresso às origens

O primeiro episódio de Spartacus: Casa de Ashur T1 chega ao TVCine no dia 10 de dezembro, com novos capítulos todas as quartas-feiras. Para quem quiser redescobrir a saga que marcou uma geração, as séries anteriores de Spartacusestão também disponíveis nos canais TVCine—uma oportunidade perfeita para revisitar batalhas lendárias e personagens que deixaram cicatrizes profundas na história da televisão.

Gwyneth Paltrow Assume a “Reputação Gelada” — e Revela Porque a Imagem Pública Dói Mais do que Parece

Gwyneth Paltrow sempre foi um enigma para o público: ao mesmo tempo elegante e distante, admirada e alvo de críticas intensas, actriz vencedora de Óscar e empresária que polariza como poucas. Agora, numa entrevista profunda ao The Hollywood Reporter, a fundadora da Goop abriu um raro espaço de vulnerabilidade — e admitiu algo que muitos há décadas insinuam: a sua reputação “gelada” não é totalmente descabida.

Paltrow, que integra o elenco de Marty Supreme, novo filme de Josh Safdie protagonizado por Timothée Chalamet, reconhece que muito do que as pessoas projectam nela nasce das suas origens. Criada no Upper East Side, filha da actriz Blythe Danner e do realizador Bruce Paltrow, afilhada de Steven Spielberg, a actriz descreve-se como alguém com “raízes WASP, Mayflower, filiação na Daughters of the American Revolution” — um pedigree cultural que, segundo ela, não só moldou quem é, como alimentou críticas de elitismo desde o início da carreira.

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A actriz confessa que essas percepções, por vezes distorcidas, tiveram um peso inesperado na sua vida adulta. “É traumático estar à mercê das projecções dos outros quando não têm nada a ver com quem realmente és”, diz Paltrow. Como personalidade “Enneagram 1”, com tendência para a auto-exigência, a actriz sempre sentiu necessidade de corrigir o que considera mal-entendidos injustos — até perceber que isso era uma batalha perdida.

Hoje, trabalha esse desconforto em terapia. O conceito central tem um nome curioso: “evil shadow”, uma parte sombria da psique onde vive a raiva reprimida. Para Paltrow, aprender a aceder a esse espaço é uma forma de libertação. “Quando entro nessa energia, deixo de me preocupar com as percepções erradas. Há liberdade nisso”, afirma. A actriz tenta agora trocar a reacção automática de defesa por uma atitude mais crua e honesta: “Não me interessa.”

A sua reputação, claro, não caiu do céu. Biografias e perfis têm descrito Paltrow como uma figura “fria”, “distante” e até comparável a Anna Wintour pela postura austera. A autora Amy Odell, que entrevistou mais de 200 pessoas para a biografia Gwyneth, afirma que o público que a vê nos talk shows não imagina a versão mais incisiva, crítica e selectiva que muitos dizem ter conhecido nos bastidores. Mas Odell também sublinha o que a torna tão fascinante: a rara combinação entre talento, controlo, presença pública e uma herança emocional complexa herdada dos pais.

Paltrow reconhece que a viragem na opinião pública aconteceu em 2008, quando lançou a primeira newsletter da Goop. Num pré-Instagram, pré-Substack, pré-tudo, a actriz foi rapidamente acusada de pretensão por algo tão simples quanto partilhar conselhos de bem-estar. “As pessoas pensaram: ‘O que é que ela está a fazer? Isto é estranho’. E isso destabilizou a caixa onde sempre me quiseram colocar”, recorda.

Apesar do barulho, a actriz diz ter chegado finalmente à fase de “ignorar o ruído” — algo que tenta transmitir aos filhos, Apple e Moses, e aos enteados do marido Brad Falchuk. “Passei anos a tentar agradar. Não quero isso para eles. Quero que sejam plenamente eles próprios e que não queiram saber do que os outros pensam.”

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A imagem pública de Gwyneth Paltrow pode continuar marcada pela ideia de frieza — mas, ironicamente, é difícil imaginar uma entrevista mais calorosa, honesta e emocional do que esta. Por trás do mito da estrela “inalcançável”, talvez sempre tenha estado alguém apenas a tentar respirar à sua maneira.

Daniel Stern, o Lendário Marv de Sozinho em Casa, Quebrou o Silêncio — e Explicou Por que Abandonou Hollywood

Trinta e cinco anos depois do lançamento de Home Alone (Sozinho em Casa), um dos filmes mais queridos do cinema natalício, Daniel Stern — o inesquecível Marv, parceiro de crime de Harry (Joe Pesci) — decidiu falar abertamente sobre a sua vida longe das câmaras. E, à semelhança da própria comédia, a realidade é surpreendentemente simples, humana e até comovente.

Aos 68 anos, Stern vive numa quinta na Califórnia. É produtor de citrinos, criador de gado e, segundo ele próprio, alguém que encontrou paz longe da azáfama cinematográfica. Quando questionado pela People sobre o facto de não participar nos eventos oficiais que assinalam os 35 anos do filme, o actor foi directo: “Eu não saio da minha quinta.” Não há ressentimentos, nem desencanto com a indústria — apenas a preferência genuína por uma vida discreta. “É sem ofensa para o filme. Estou disponível para uma chamada telefónica, Zoom, o que for. Mas sou mesmo caseiro.”

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Apesar da distância, Stern garante que continua profundamente orgulhoso de ter participado naquele que muitos consideram o pináculo dos filmes de Natal. O carinho do público, no entanto, ainda o deixa atordoado. “Adoro saber que toda a gente o adora. Pessoas reais vêm ter comigo e dizem: ‘Amamos o filme’. Às vezes é um pouco avassalador.”

O actor recorda com clareza o impacto da primeira leitura do argumento. Escrito por John Hughes, o texto era para ele “o guião mais engraçado” que alguma vez tinha lido. “Estava a rebolar no chão a rir enquanto o lia”, confessa. Mas Stern sublinha que o charme de Home Alone não estava apenas no humor físico ou nas peripécias de Kevin McCallister (Macaulay Culkin). Era o equilíbrio raro entre comédia e emoção. “Era tão engraçado, mas também tão cheio de coração… o reencontro, o vizinho que salva o rapaz, a mãe que volta para casa… era tudo tão emocional.”

Ao longo de uma hora de caos muito bem coreografado, Stern e Pesci tornaram-se uma dupla icónica — dois ladrões incompetentes cuja química, exagero e timing cómico continuam a fazer rir gerações inteiras. Mas o actor admite que, apesar de saberem que estavam a fazer algo especial, ninguém poderia prever a longevidade do fenómeno. “Eu tinha esperança de que estivéssemos a fazer um grande filme. Mas não fazia ideia — ninguém podia — da vida que isto teria.”

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Hoje, longe dos holofotes, Daniel Stern continua a ser Marv para o mundo inteiro, mesmo que prefira a tranquilidade de tratar das suas árvores e do seu gado. Talvez haja nisso um eco da própria magia de Natal: às vezes, os heróis improváveis encontram o seu final feliz onde menos se espera.

Scarlett Johansson em Conversações para The Batman Part II: A Estrela Pode Estar Prestes a Entrar no Universo de Matt Reeves

A carreira de Scarlett Johansson atravessa um dos momentos mais impressionantes das últimas décadas — e isso é dizer muito para uma actriz que já foi nomeada duas vezes ao Óscar e que protagonizou alguns dos maiores fenómenos do cinema recente. Este verão brilhou em Jurassic World: Rebirth, prepara-se para conquistar o circuito de festivais com Eleanor The Great, e em 2025 liderará o novo The Exorcist de Mike Flanagan. Agora, segundo o Deadline, a actriz está em negociações finais para integrar The Batman Part II, de Matt Reeves, numa potencial estreia no universo da DC que está a incendiar a internet.

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As informações ainda estão envoltas em sigilo — não se sabe em que ponto estão as negociações nem qual seria a personagem destinada a Johansson — mas há algo que já parece claro: Reeves quer uma presença de peso ao lado de Robert Pattinson, que regressa como Bruce Wayne/Batman nesta sequela tão aguardada. A escolha faz sentido. Johansson tem experiência sólida em adaptações de banda desenhada, depois de ter participado em oito filmes do MCU, entre Iron Man 2 e Black Widow. Domina o registo físico, dramático e simbólico destas personagens, e isso abre um leque vasto de possibilidades dentro do universo sombrio de Gotham.

A galeria de mulheres marcantes associadas ao Cavaleiro das Trevas é extensa e particularmente rica: Poison IvyHarley QuinnHuntressTalia al Ghul… todas elas figuras complexas e suficientemente densas para justificar a presença de uma actriz com o calibre e a versatilidade de Johansson. A ausência prevista de Zoë Kravitz como Catwoman, segundo a Variety, só reforça a ideia de que Reeves poderá estar à procura de uma nova energia feminina para redefinir as dinâmicas emocionais e morais do seu universo.

O caminho até The Batman Part II não tem sido simples. O filme foi anunciado pouco depois da estreia de The Batmanem 2022, mas viu a sua data de lançamento oscilar repetidamente: primeiro 2025, depois 2026 e, finalmente, outubro de 2027. Só há cerca de seis meses é que Reeves e o co-argumentista Mattson Tomlin concluíram o guião, que foi rapidamente aprovado por James Gunn, agora responsável pela supervisão criativa da DC Studios. A produção está oficialmente marcada para a Primavera de 2026, o que indica que Reeves tem finalmente os elementos alinhados para avançar.

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Se a entrada de Scarlett Johansson se confirmar, o projecto ganha imediatamente outra dimensão mediática e criativa. A actriz combina prestígio, apelo popular e uma capacidade invulgar para equilibrar intensidade emocional com presença física — ingredientes perfeitos para o tom noir que Reeves definiu no primeiro filme. Teremos revelações nos próximos meses, mas uma coisa é certa: a simples possibilidade de Johansson entrar em Gotham já gerou mais excitação do que muitos anúncios oficiais dos últimos anos.

Até lá, continuamos à espera — playlist de Nirvana preparada, eyeliner negro à mão — por mais pistas sobre aquilo que Reeves e Tomlin têm vindo a preparar no silêncio meticuloso com que constroem cada passo deste universo.

Médico que Forneceu Ketamina a Matthew Perry Condenado a Dois Anos e Meio de Prisão

A morte de Matthew Perry, em outubro de 2023, continua a gerar repercussões judiciais — e emocionais. O primeiro dos cinco arguidos ligados ao fornecimento ilegal de ketamina ao actor foi agora condenado. Trata-se do médico Salvador Plasencia, de 44 anos, que admitiu ter distribuído a substância ao actor nas semanas que antecederam a tragédia. A sentença: dois anos e meio de prisão, além de dois anos de liberdade condicional.

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A juíza Sherilyn Peace Garnett não poupou palavras durante a leitura da sentença, afirmando que Plasencia e os restantes envolvidos “ajudaram Perry a seguir caminho para aquele desfecho ao continuarem a alimentar a sua dependência”. O médico, em lágrimas, pediu desculpa à família do actor e reconheceu a gravidade da sua conduta, descrevendo-a como “o maior erro” da sua vida. “Eu devia tê-lo protegido”, disse, antes de ser levado da sala algemado, sob o pranto da própria mãe.

Segundo o processo, Perry estava a receber ketamina legalmente como tratamento para depressão, mas procurou obter mais doses de forma não supervisionada. Plasencia não forneceu a dose que causou a morte do actor, mas foi responsável por várias entregas anteriores, cobradas sob o argumento de que Perry estaria disposto a pagar “milhares em dinheiro vivo”, como revelam mensagens trocadas entre os envolvidos.

A família do actor — incluindo a mãe, Suzanne Perry, o padrasto Keith Morrison, o pai John e a meia-irmã Madeleine — marcou presença e apresentou declarações duríssimas. Suzanne descreveu os responsáveis como “chacais” e confrontou directamente Plasencia pela mensagem em que este chamou Perry de “moron”. “Não há nada de imbecil naquele homem,” afirmou, sob emoção. A família insistiu que o médico não cometeu “um erro isolado”, mas sim uma série de decisões conscientes que ignoravam o histórico público de dependência do actor, numa procura egoísta por lucro.

Outros quatro arguidos no caso — a traficante Jasveen Sangha (“Ketamine Queen”), o assistente de Perry, Kenneth Iwamasa, e os médicos Mark Chavez e Erik Fleming — aceitaram acordos de culpa e aguardam sentença nos próximos meses.

Matthew Perry lutou contra dependências ao longo de décadas, tendo falado abertamente sobre o assunto no livro Friends, Lovers and the Big Terrible Thing. A sua morte, aos 54 anos, deixou fãs e colegas devastados. Perry tornou-se um ícone mundial como Chandler Bing em Friends, série que protagonizou durante dez temporadas e que continua a ser vista diariamente por milhões de pessoas em todo o mundo.

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No tribunal, Madeleine Morrison, meia-irmã do actor, resumiu a perda num frase simples, mas devastadora:

“O mundo chora o meu irmão. Ele era o amigo favorito de toda a gente.”

James Cameron Admite: Um Novo Terminator em 2025 É “Muito Difícil” — Porque o Mundo Já Ultrapassou a Ficção Científica

Enquanto promove Avatar: Fogo e Cinza, James Cameron tem sido obrigado a falar não apenas de Pandora e IA, mas também do inevitável espectro que o acompanha desde 1984: Terminator. E, pela primeira vez em muito tempo, o realizador deixou claro que um novo filme da saga em 2025 é altamente improvável — não por falta de vontade, mas por algo mais profundo: o nosso mundo já ultrapassou o que antes era ficção científica.

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A saga presa num limbo desde 2019 — mas Cameron quer regressar à escrita

Depois de Dark Fate, a franquia ficou suspensa, sem caminho claro e sem consenso sobre o futuro. Cameron, que continua ligado criativamente ao legado que criou, garante que está a preparar um novo capítulo… mas com cautela extrema.

Mesmo que não realize o próximo filme, afirma que será ele a escrever o novo Terminator — e esse processo não vai acontecer em ritmo acelerado. Com Avatar: Fogo e Cinza a dominar o seu presente e um calendário completamente preenchido com múltiplos projectos, Cameron admite que só depois de cumprir essa “maratona azul” é que se sentará para repensar o futuro da saga.

“Estamos a viver num mundo de ficção científica”

A grande barreira, explica ele, não tem a ver com orçamento, nem com estúdio, nem sequer com desgaste de público. O verdadeiro problema é conceptual.

Segundo Cameron:

“A ficção científica avançou e está a ultrapassar-nos. Estamos a viver num mundo de ficção científica e a enfrentar problemas que antes só existiam em livros ou filmes. Agora são reais.”

O que Terminator representava em 1984 — uma visão presciente, quase profética, sobre máquinas autónomas, vigilância e inteligência artificial — tornou-se hoje, de certa forma, parte do quotidiano.

Cameron chega a dizer que já não é possível ser “tão premonitório” como naquela época, porque o futuro se move depressa demais. Ninguém sabe o que vai acontecer dentro de um ou dois anos, e é precisamente essa incerteza que o leva a querer esperar antes de regressar ao universo dos exterminadores.

Entre Avatar, Alita e Hiroshima: um realizador com mais projetos do que tempo

O calendário criativo de Cameron é quase tão épico quanto os mundos que imagina. Depois de Avatar: Fogo e Cinza, o realizador tem pela frente:

  • Alita: Battle Angel 2
  • Avatar 4 e Avatar 5
  • A adaptação de The Last Train from Hiroshima
  • A adaptação de Ghosts of Hiroshima

Está também a planear colaborar com outros realizadores, funcionando como produtor ou argumentista em vários destes títulos — o que coloca Terminator num delicado jogo de prioridade criativa.

Apesar disso, Cameron insiste: o novo Terminator vai acontecer, mas não em 2025 e não antes de o mundo estabilizar o suficiente para que a ficção possa voltar a olhar para o futuro com a mesma distância crítica que tornou o original tão visionário.

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O futuro dos exterminadores depende do futuro… real

Num momento em que a própria IA começa a desafiar limites éticos, tecnológicos e culturais, Cameron quer garantir que, quando Terminator regressar, será relevanteinteligente e verdadeiro para o tempo em que vivemos. E isso exige que a ficção volte a ganhar terreno sobre a realidade — algo que, para já, considera impossível.

Para os fãs, a espera continua.

Para Cameron, o futuro… ainda está a ser escrito.

“Acorda, Defunto: Um Mistério Knives Out” Falha nas Bilheteiras — O Pior Arranque da Saga Antes da Estreia na Netflix

A Netflix volta a enfrentar um dilema já familiar: filmes concebidos para o streaming conseguem gerar entusiasmo real nas salas de cinema?

No caso de “Acorda, Defunto: Um Mistério Knives Out”, a resposta — pelo menos por agora — parece ser um sonoro não.

O terceiro capítulo da saga criada por Rian Johnson, protagonizada pelo detective Benoit Blanc, estreia no streaming a 12 de dezembro, mas recebeu antes uma exibição limitada nos Estados Unidos e noutros mercados. E os resultados ficaram muito aquém das expectativas: apenas 4 milhões de dólares nos primeiros cinco dias.

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Este número representa o pior desempenho inicial da trilogia, e coloca em evidência o desafio contínuo da Netflix em transformar o interesse online em receita de bilheteira.

Um contraste gritante com os filmes anteriores

Quando Knives Out estreou em 2019, arrecadou 313 milhões de dólares globalmente e gerou mais de 13 milhões nos primeiros cinco dias — um arranque forte que comprovou o apetite do público por mistérios modernos à moda de Agatha Christie.

O segundo filme, lançado já sob o acordo milionário da Netflix, obteve 15 milhões no mesmo período, mesmo com uma janela de exibição curta antes de chegar ao streaming.

Agora, com “Acorda, Defunto”, a quebra é evidente: menos de um terço dos números do segundo capítulo. A estratégia híbrida — limitar o lançamento nos cinemas enquanto se prepara o impacto principal no streaming — pode estar a perder eficácia, sobretudo porque o público sabe que a espera até à estreia digital é mínima.

Acordo com a Netflix: uma bênção ou um obstáculo?

O acordo que garantiu à Netflix os direitos do segundo e terceiro filmes trouxe prestígio para a plataforma e assegurou a continuidade da saga. Mas também levantou questões importantes.

Será que o público está disposto a pagar bilhete para ver algo que estará disponível em casa numa questão de dias?

E até que ponto a curta janela teatral afeta a percepção de exclusividade ou urgência?

No caso de Acorda, Defunto, a resposta parece clara. A expectativa existe — mas o incentivo para ir ao cinema, não.

E o que significa isto para o futuro de Benoit Blanc?

Rian Johnson continua a trabalhar dentro da fórmula que tornou Knives Out um sucesso crítico e comercial: humor afiado, sátira social, elenco de luxo e reviravoltas construídas ao detalhe. O fraco desempenho nas bilheteiras não reflecte necessariamente falta de interesse pelo filme, mas sim uma mudança na forma como o público interage com títulos associados directamente ao streaming.

A verdadeira prova será quando o filme estrear na Netflix, onde a saga tem um público global e devoto. É aí que Acorda, Defunto terá oportunidade de mostrar o seu valor — longe das comparações box office que já não fazem sentido no novo ecossistema da plataforma.

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Se Benoit Blanc perdeu nos cinemas, pode muito bem vencer nos salões de casa.

Os Destaques da Prime Video para Dezembro: Um Mês Cheio de Séries Explosivas, Cinema de Autor e Muito Espírito Festivo

Dezembro chega à Prime Video com um alinhamento que parece pensado para agradar tanto a fãs de séries de grande escala, como a amantes de cinema, thrillers psicológicos, adaptações literárias e até novelas portuguesas reinventadas. É um mês cheio, variado e estrategicamente posicionado para fechar 2025 com força — e abrir o novo ano com discussões quentes nas redes sociais.

A plataforma confirmou oficialmente todas as estreias do mês, e há três títulos que se destacam antes de qualquer lista: o regresso de Fallout para a sua segunda temporada, a chegada de Human Specimens, adaptação do perturbador romance de Kanae Minato, e a estreia de Depois da Caçada, o novo thriller psicológico realizado por Luca Guadagnino com Julia RobertsAndrew Garfield e Ayo Edebiri no centro de um escândalo académico envolto em moralidade fracturada.

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Mas isto é apenas o início. O catálogo de dezembro traz estreias semanais, filmes para compra e uma variedade de géneros capaz de manter o streaming aceso até à passagem de ano.

O que já chegou à plataforma: drama nacional e thriller de autor

Entre os títulos já disponíveis encontra-se Ninguém Como Tu, um remake português que ousa transformar uma novela de enorme sucesso numa série com ambição contemporânea, centrada em temas de desejo, poder e finitude. A história de Luísa Albuquerque — uma mulher confrontada com a própria mortalidade e obrigada a repensar tudo aquilo que acreditava controlar — apresenta um tom mais psicológico do que melodramático, abrindo caminho para novas leituras emocionais.

Outro destaque imediato é Depois da Caçada, uma das longas mais antecipadas da temporada. Guadagnino regressa ao formato thriller, explorando a queda de máscaras numa academia universitária onde segredos pessoais e ambições silenciosas se entrelaçam numa narrativa de tensões crescentes. É um filme que promete dividir público, levantar discussões éticas e acrescentar mais um capítulo à filmografia inquietante do realizador.

As estreias que chegam ao longo do mês

A partir de 1 de dezembro, o catálogo começa a ganhar ritmo com o documentário The Merchants of Joy, um retrato caloroso das famílias que sustentam a tradição natalícia das árvores de Natal em Nova Iorque. Tradição, sobrevivência e relações intergeracionais misturam-se num objecto de cinema que une quotidianos modestos ao espírito festivo.

Logo a seguir, chegam duas propostas para compra que prometem mobilizar públicos diferentes: TRON: Ares, que expande o universo digital para o mundo real com um novo protagonista enviado numa missão de risco, e Downton Abbey: O Grande Final, que encerra de vez a saga da aristocrática família Crawley na década de 1930.

No campo da ficção familiar, há espaço para comédias natalícias leves como Oh. What. Fun., com Michelle Pfeiffer, uma aventura sazonal que brinca com o caos das famílias numerosas, e Merv, que devolve ao Natal uma história de reconciliação através de um cão deprimido com a separação dos donos — delicado, simples e emocional.

Dezembro recebe também uma dose de drama sentimental com Diz-me Baixinho, onde relações antigas, primeiros amores e dilemas familiares regressam em força depois de anos de separação.

O mês dos regressos: Fallout e Human Specimens

O maior acontecimento televisivo do mês é, sem dúvida, a chegada de Fallout – Temporada 2, a 17 de dezembro. Depois do estrondo da primeira temporada, esta nova entrada leva os personagens ao deserto de Mojave e à mítica New Vegas, prometendo mais brutalidade radioactiva, humor negro e crítica social mascarada de ficção pós-apocalíptica.

No dia seguinte, estreia Human Specimens, a aguardada adaptação do romance Confessions de Kanae Minato. A série mergulha na confissão tenebrosa de um professor que admite ter usado seis rapazes — incluindo o próprio filho — em experiências macabras. Trata-se de um thriller psicológico denso, moralmente incômodo e emocionalmente devastador, daqueles que promete conversas intensas no final de cada episódio.

O fecho do mês: assassinatos, conspirações religiosas e vingança sobrenatural

A partir de 22 de dezembro, o tom da Prime Video fica mais sombrio. Miss Sophie – Same Procedure As Every Yearmistura romance proibido com investigação criminal num ambiente aristocrático do início do século XX. O filme Conclave, por sua vez, expõe as tensões internas da Igreja ao seguir um cardeal envolvido numa teia de poder durante a eleição de um novo Papa.

E o último dia do ano apresenta um trio particularmente forte: a estreia da clássica série Arrow, o filme de acção A Casa da Armadilha, e uma das estreias mais esperadas de dezembro: a nova versão de O Corvo, centrada no renascimento vingativo de Eric Draven e Shelly Webster. A lenda da banda desenhada ganha vida novamente — sombria, violenta e carregada de misticismo.

Filmes adicionais para compra

Alguns lançamentos do mês também estarão disponíveis exclusivamente para compra: Goat, sobre rivalidade desportiva e construção de legado; Sempre Tu, centrado na relação fracturada entre mãe e filha após uma tragédia; e A Casa Mágica da Gabby: O Filme, uma aventura para os mais novos cheia de cor, fantasia e espírito natalício.

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Dezembro na Prime Video é um mês para todos os gostos

De thrillers negros a aventuras pós-apocalípticas, passando por dramas familiares, documentários de época festiva, comédias natalícias e séries de culto, a Prime Video entra no mês com uma aposta notavelmente abrangente. A diversidade do catálogo — e a força dos títulos principais — faz de dezembro um dos melhores meses da plataforma em 2025.

Se o streaming é também uma forma de fechar o ano em alta, então a Prime Video assegura que ninguém fica sem algo para ver — seja para rir, chorar, arrepiar ou simplesmente desligar do mundo.

James Gunn Reage a Polémica: Orçamento de Supergirl Não Chega Aos 200 Milhões, Garante o Realizador

O universo cinematográfico da DC ainda nem arrancou oficialmente sob a nova liderança criativa de James Gunn, mas já está a enfrentar a primeira tempestade — e tudo por causa de números que, segundo o próprio, não passam de ficção.

Nos últimos dias, um artigo da Forbes garantiu que o filme Supergirl custaria cerca de 200 milhões de dólares à Warner Bros. Discovery só em trabalhos de pré-produção, um valor que gerou surpresa e reacções imediatas entre fãs e insiders. A notícia espalhou-se rapidamente, levantando dúvidas sobre a estratégia financeira da DC Studios num momento em que a empresa tenta equilibrar ambição criativa com contenção orçamental.

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James Gunn não deixou a polémica ganhar fogo. Confrontado com a informação na rede social Threads, o cineasta respondeu de forma directa e sem rodeios: “não há qualquer verdade nesse número.” Sem entrar em detalhes, nem revelar qual será de facto o orçamento, Gunn fez questão de desmentir a narrativa antes que a especulação ganhasse vida própria.

A resposta foi concisa, mas eficaz. Ao evitar fornecer quantias específicas, Gunn protege o segredo industrial do estúdio enquanto clarifica que os valores divulgados são substancialmente exagerados. A DC tem sido alvo de escrutínio intenso desde as falhas comerciais de vários projectos anteriores, pelo que qualquer menção a orçamentos descontrolados reacende imediatamente o debate sobre sustentabilidade — e Gunn, consciente disso, não parece disposto a deixar rumores definirem o discurso em redor do seu novo universo.

O novo Supergirl, protagonizado por Milly Alcock (conhecida de House of the Dragon) e com Jason Momoa no elenco, chega aos cinemas no final de junho de 2026. Embora pouco se saiba sobre o enredo, espera-se uma abordagem mais sombria e emocional da heroína, alinhada com o tom do renovado DCU que Gunn está a construir ao lado de Peter Safran.

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Uma coisa é certa: se a polémica em torno do orçamento começar a perder força, será apenas para dar lugar à próxima onda de curiosidade — afinal, com Gunn, cada projecto da DC vem sempre embalado numa mistura de esperança, ansiedade e expectativas colossais. Por agora, o realizador quer deixar claro apenas isto: 200 milhões? Nem pensar.

“Back to Black”: A Vida, a Dor e o Génio de Amy Winehouse Chegam ao TVCine

Há artistas cuja voz não pertence apenas ao seu tempo — pertence ao mundo. Amy Winehouse foi uma dessas figuras irrepetíveis, dona de uma expressão musical que misturava vulnerabilidade, irreverência e uma intensidade emocional impossível de imitar. Agora, a sua história volta a ganhar vida no biopic Back to Black, que o TVCine Top estreia a 7 de dezembro, às 21h15, numa sessão que promete emocionar fãs e curiosos.

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Realizado por Sam Taylor-Johnson, o filme traça a viagem completa da artista: dos primeiros anos em Camden, onde o talento desabrochava ao ritmo dos bares e das ruas londrinas, à tempestade global provocada pelo álbum que lhe deu nome e que moldou uma geração inteira. Back to Black não se limita a revisitar canções — reconstrói o percurso humano por detrás da lenda, expondo a ascensão meteórica, o brilho raro e as sombras profundas que acompanharam Amy Winehouse ao longo da vida.

O nascimento de uma estrela — e de uma ferida aberta

O filme segue Amy nos tempos em que era apenas uma jovem com uma voz inconfundível e uma determinação feroz. Em Londres, é retratada a ambição crua, o humor, o talento natural e aquela melancolia que, mesmo antes da fama, parecia já morar dentro dela. O lançamento de Back to Black transforma-a numa superestrela mundial e rende-lhe cinco Grammys, mas também marca o início de uma pressão que ninguém — muito menos alguém tão sensível — consegue suportar sem consequências.

A narrativa não foge aos episódios trágicos da sua vida: dependências, instabilidade emocional, exposição mediática feroz e a relação turbulenta com Blake Fielder-Civil. O filme retrata o contraste entre uma artista de génio e uma mulher profundamente vulnerável, esmagada por forças muito maiores do que ela.

Marisa Abela dá corpo e alma a Amy

No papel de Winehouse está Marisa Abela, cuja transformação física e emocional impressionou crítica e público, culminando numa nomeação para o BAFTA Rising Star Award. A actriz não tenta imitar Amy; tenta compreendê-la. E é essa abordagem — íntima, ferida, confessional — que dá força ao filme. A sua performance não reencena apenas uma carreira; tenta chegar ao coração de alguém cuja vida foi tragicamente curta, mas artisticamente fulgurante.

Uma homenagem moldada pela música

A banda sonora, assinada por Nick Cave e Warren Ellis, acrescenta profundidade emocional à história. O trabalho dos dois músicos, habituados a compor para narrativas sombrias e íntimas, encaixa na perfeição com o universo Winehouse. É música que amplifica feridas e memórias, que ressoa como cicatriz, que honra o legado sem o suavizar.

Uma história que continua a doer — e a encantar

Amy Winehouse morreu em 2011, aos 27 anos, deixando para trás um legado esmagador e uma ausência que continua a ser sentida. Back to Black assume plenamente essa dualidade: é uma celebração da sua arte e um luto pela sua perda. É um filme que procura compreender, mais do que justificar; recordar, mais do que reescrever.

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Para quem amou Amy, para quem apenas a descobriu depois, para quem reconhece no cinema um lugar onde vidas reais podem ser revisitadas com emoção e respeito, Back to Black é uma estreia obrigatória.

A não perder: domingo, 7 de dezembro, às 21h15, no TVCine Top e TVCine+.

Do YouTube a Hollywood: O Longa-Metragem de “Portrait of God” Une Dois Mestres do Horror

O que começou por ser uma curta perturbadora e minimalista ganhou corpo suficiente para chegar a Hollywood. O viral Dylan Clark conquistou milhões de espectadores com a sua curta-metragem Portrait of God. Agora, esse projecto vai ser transformado numa longa-metragem pela Universal Pictures — com a produção conjunta de dois titãs do terror contemporâneo: Jordan Peele e Sam Raimi. A colaboração marca a primeira vez que ambos assinam juntos um projecto, e isso já por si coloca o filme entre os lançamentos mais aguardados.

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Segundo os anúncios oficiais, Clark regressa como realizador, com argumento seu em parceira com o roteirista Joe Russo. A premissa central mantém-se: uma jovem religiosa, ao preparar uma apresentação sobre uma pintura misteriosa intitulada “Portrait of God”, vê a sua fé posta em causa quando a imagem parece revelar algo aterrador — uma presença que uns dizem ser Deus, mas que outros descrevem como algo sombrio. A curta versou sobre medo, dúvida e revelação; o filme quer escavar essas camadas e transformá-las num horror de estúdio com dimensão, textura e ambição.

A entrada de Peele e Raimi no projecto não é gratuita: cada um traz consigo uma tradição distinta do terror moderno. Peele, com o seu horror psicológico e social, já demonstrou com êxito como medos reais — raciais, existenciais, culturais — podem ser transformados em cinema de género com impacto profundo. Raimi, por sua vez, tem uma herança que atravessa décadas, do horror visceral de Evil Dead aos sustos mais elaborados de Drag Me to Hell. A junção dessas visões sugere que a adaptação não vai apostar em sustos fáceis ou clichés de terror, mas num horror espiritual, desconfortável, que confronta crenças, fé e a própria noção de divindade.

Esse potencial para redefinir o terror não surge por acaso. A curta original provou que é possível perturbar com muito pouco: quase toda a tensão provém da sugestão, da dúvida — do que pode ou não ser visto. A adaptação longa oferece a oportunidade de expandir esse desconforto: com tempo para desenvolver personagens, explorar simbolismos religiosos, mergulhar na psicologia da dúvida e trabalhar a ambiguidade entre a fé e o horror. É, nesse sentido, uma das propostas mais interessantes de resgate do horror espiritual — género que há muito parecia deixado ao abandono pelas grandes produções.

Contudo, transformar sete minutos de tensão concentrada num filme de uma hora e meia ou duas horas implica risco. A maior parte do impacto da curta vinha da economia de meios, da sugestão, da escuridão, do que não era mostrado. Reproduzir isso numa narrativa longa exige equilíbrio delicado: prolongar o horror sem diluir a sua força, expandir a história sem recorrer a exageros visuais, manter o mistério sem dar explicações fáceis. É um desafio grande — mas é precisamente este tipo de desafio que Peele e Raimi, trabalhando com o suporte da Universal, estão habilitados a enfrentar com inteligência e sensibilidade.

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Se tudo correr como o esperado, Portrait of God não será apenas mais um título de terror. Pode tornar-se num dos marcos do género nos próximos anos — um filme que devolve ao horror aquilo que o distingue: o medo do invisível, a ambivalência da fé, a culpa e o terror existencial. Numa época saturada de monstros visíveis e sustos baratos, este projecto pode trazer de volta a sombra mais antiga e poderosa de todas: a dúvida.