“Percebes” Arrebata o Grande Prémio da Monstra — e Conquista os Corações do Público! 🐚🎬

O Festival de Animação de Lisboa – Monstra celebrou 25 primaveras com pompa, criatividade, muitos bonequinhos em movimento e, claro, uma mariscada emocional. Quem levou para casa o Grande Prémio Vasco Granja – SPA foi a curta-metragem “Percebes”, realizada por Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, um filme que está, literalmente, a dar que falar em todo o lado onde passa.

E como se não bastasse o prémio máximo do júri, também o público se rendeu: “Percebes” venceu o prémio de melhor curta na votação dos espectadores. É o raro caso em que o gosto popular e a crítica especializada se sentam lado a lado — e brindam com um copo de vinho branco e um prato de percebes, claro está.

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“Percebes”: um mar de emoções (e prémios)

Esta curta-metragem, que tem vindo a somar distinções cá dentro e lá fora, esteve entre os finalistas na corrida para os Óscares de 2025 e já arrecadou galardões em festivais como Otawa, Bucareste, Melgaço (onde se come bem, diga-se), e no Vistacurta de Viseu. Não é exagero dizer que se tornou num dos filmes portugueses mais celebrados do último ano — e com justiça.

Com uma linguagem visual poética, traço expressivo e um sentido de ritmo apurado, “Percebes” é mais um exemplo do que o cinema de animação português tem para dar. E sim, a dar está ele — e muito.

Outros vencedores que também brilharam

O festival, como sempre, foi um verdadeiro buffet animado de talento. Entre os premiados, destacam-se:

• “Sanatório sob o Signo da Clepsidra”, dos irmãos Quay, venceu o Grande Prémio de Longas – RTP, reforçando a reputação dos mestres da animação artesanal e onírica.

• “Homens Bonitos”, de Nicolas Keppens, arrebatou o Grande Prémio de Curtas – RTP, com uma história que navega entre a insegurança masculina e a solidariedade inesperada.

• Na competição nacional, “Amanhã não dão chuva”, de Maria Trigo Teixeira, recebeu o Prémio Especial do Júri, e “The Hunt”, de Diogo Costa, uma menção honrosa.

• Entre as obras mais curtas (as famosas “Curtíssimas”), “Pratos Vazios”, de Gerser Gelly e Sasha Ramírez, e “Oh”, de Clara Trevisan, Juan Maria León, Nan-Tung Lin e Tata Managadze, levaram os principais troféus.

• Na secção infanto-juvenil Monstrinha, venceu “O Rally do Rumble-Bumble”, e os pequenos grandes jurados também premiaram “TPC – Trabalho de Casa” e “Tabby McTat”.

Homenagens e olhos postos no futuro

Nesta edição redonda, o festival homenageou duas figuras de peso da animação europeia: o estónio Priit Pärn e o português Manuel Matos Barbosa, nome incontornável do CINANIMA e da promoção do cinema de animação em Portugal.

E para quem já está com saudades da Monstra (nós incluímo-nos nesse grupo), a organização já revelou que a Letónia será o país convidado na próxima edição. Alerta para mais animação fora da caixa — e, quem sabe, alguma vodka para brindar 🎉


25 anos a dar vida aos desenhos

Com sessões, oficinas, debates, exposições e masterclasses, a Monstra 2025 espalhou-se por toda Lisboa, com o Cinema São Jorge a ser o centro do furacão criativo. Um verdadeiro festival para quem vê a animação como arte maior — e não apenas como coisa de miúdos.

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Parabéns à equipa da Monstra e a todos os premiados, especialmente às criadoras de “Percebes”, que provaram que há cinema português com garras, talento… e casca!

O Verdadeiro E.T. Vai a Leilão — E o Preço Está Fora Deste Mundo! 👽💸

Preparem os vossos corações cinéfilos (e carteiras recheadas, se as tiverem): um modelo original do E.T. usado no clássico de 1982 realizado por Steven Spielberg está oficialmente à venda… e não é nada barato! A casa de leilões Sotheby’s, em Nova Iorque, lançou o artefacto numa licitação online que promete atrair fãs de todo o mundo — e talvez até de outras galáxias 🌌.

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Um Ícone de Borracha e Magia

Com pouco mais de um metro de altura, o modelo pertenceu à coleção pessoal de Carlo Rambaldi, o lendário mestre dos efeitos especiais práticos que conquistou três Óscares, entre eles precisamente pelo adorável alienígena de olhos doces e dedo brilhante que ensinou o mundo a dizer “E.T. phone home.” 📞

Este modelo específico foi um dos três utilizados nas filmagens principais do filme e é uma verdadeira cápsula do tempo — uma lembrança física de uma era dourada de Hollywood onde os efeitos visuais ainda eram feitos à mão, com látex, fios e muita paciência. Segundo Cassandra Hatton, representante da Sotheby’s, esta peça representa “a arte de uma era passada” e é “uma peça icónica de nostalgia”.

Quanto Custa Um Amigo Intergaláctico?

A estimativa atual ronda os 600.000 a 900.000 dólares (ou seja, entre 550.000 e 830.000 euros). Nada mau para um boneco com vocação para ficar escondido no cesto das bicicletas 🚲👽. Mas atenção: num leilão anterior em 2022, um boneco animatrónico do E.T. atingiu os 2,6 milhões de dólares, o que torna esta versão “estática” quase uma pechincha por comparação (sim, rimo-nos para não chorar).

A venda faz parte de um leilão dedicado ao trabalho de Carlo Rambaldi, que também inclui modelos dos vermes da areia de “Dune”, do filme de David Lynch. Portanto, se E.T. não for a vossa onda, sempre podem tentar levar para casa um bicho gigante do deserto. Cada um com os seus gostos. 🐛

Onde e Quando?

A venda decorre online até ao dia 3 de abril. Quem quiser ter este tesouro em casa (ou escondido na arrecadação, porque é bem grandinho), tem até lá para licitar.


Afinal, quanto vale a infância?

Num tempo em que se digitaliza tudo, em que os efeitos especiais são criados com cliques e algoritmos, ter um pedaço palpável da magia prática de Spielberg e Rambaldi é quase como poder tocar na nossa infância. Ou, vá, pelo menos no nariz luminoso dela.

Se o E.T. vos emocionou — como a muitos de nós — talvez seja reconfortante saber que a sua imagem ainda continua viva, querida… e disputada. Mesmo que a maior parte de nós tenha de se contentar em revê-lo no sofá, com uma mantinha e um pacote de pipocas.

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Morreu Richard Chamberlain, o galã de milhões de lareiras e o eterno padre Ralph de “Os Pássaros Feridos”

É o fim de uma era televisiva: Richard Chamberlain, um dos rostos mais icônicos da televisão norte-americana nas décadas de 60, 70 e 80, morreu no passado sábado, no Havai, aos 90 anos, na véspera do seu 91.º aniversário. Segundo o seu agente, a causa da morte foram complicações de um AVC.

Chamberlain ficou imortalizado como o elegante Dr. Kildare, mas foi como o padre Ralph de Bricassart em “Os Pássaros Feridos” que conquistou os corações (e suspiros) de milhões de espectadores. Um verdadeiro ídolo global, foi alcunhado de “rei das minisséries”, estatuto que consolidou com “Shogun”, “Centennial” e a já mencionada adaptação do romance de Colleen McCullough, uma saga romântica que ainda hoje faz correr lágrimas nos ecrãs de televisão por todo o mundo.

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O ator, nascido George Richard Chamberlain em 1934, em Beverly Hills, tinha inicialmente ambições artísticas nas artes plásticas, mas acabou rendido ao palco depois de regressar do serviço militar na Guerra da Coreia. E ainda bem: com um charme inato, olhar penetrante e voz aveludada, não tardou a conquistar os estúdios de Hollywood.

(Original Caption) Richard Chamberlain, Actor, as he appears in the television series Dr. Kildare.

“Dr. Kildare” (1961–1966) foi o seu bilhete dourado. A personagem do jovem médico idealista tornou-se um fenómeno cultural e sexual, com multidões de fãs — sobretudo femininas — a suspirar pelos seus olhos azuis e bata branca. Entre 1963 e 1965 foi eleito três vezes consecutivas pela revista Photoplay como a estrela masculina mais popular da América.

A sua carreira não se ficou pela televisão. No cinema, brilhou em produções como “A Torre do Inferno”, “Os Três Mosqueteiros”, “A Louca de Chaillot” e “Os Amantes da Música”, onde interpretou o compositor Tchaikovsky.

Mas foi com as minisséries — um gênero quase extinto — que se tornou figura de culto. “Shogun” (1980), passada no Japão feudal, foi uma superprodução que lhe valeu um Globo de Ouro e consagrou a sua versatilidade. Três anos depois, com “Os Pássaros Feridos” (1983), entrou no imaginário coletivo como o padre católico dividido entre a fé e o desejo proibido por Meggie Cleary (Rachel Ward). O drama foi visto por mais de 100 milhões de pessoas.

Com o declínio do formato, Chamberlain regressou ao teatro, onde se destacou em “My Fair Lady” e “The Sound of Music”, revelando uma potente voz de tenor.

Nos anos 2000, voltou esporadicamente ao ecrã com participações em séries como “Will & Grace”, “The Drew Carey Show” e “Touched by an Angel”.

Discreto quanto à sua vida pessoal, Richard Chamberlain assumiu publicamente a sua homossexualidade apenas em 2003, aos 69 anos, desafiando o estigma que durante décadas toldou a sua liberdade de expressão pessoal. Um gesto de coragem que cimentou ainda mais o seu legado.

A morte de Richard Chamberlain deixa um vazio em todos os que cresceram ao som das suas músicas, dos seus romances proibidos e dos dramas intensos que protagonizou com elegância clássica. Com três Globos de Ouro e uma carreira marcada por dignidade, talento e uma beleza que atravessou gerações, foi muito mais do que um galão. Foi um ator completo.

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Descanse em paz, Padre Ralph. Nunca nos esqueceremos dos “olhos que sorriam com tristeza”.

Ridley Scott troca o Coliseu por… banda desenhada! Bem-vindos ao estranho mundo de Modville

🎬🦾 Se achavas que já tinhas visto tudo de Ridley Scott — de romanos ensanguentados a replicantes existenciais, passando por alienígenas com muito mau feitio — prepara-te: o mestre do épico cinematográfico está agora a criar… novelas gráficas! E não, Modville não é o novo spin-off de Blade Runner, apesar das semelhanças tentadoras.

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O anúncio foi feito na WonderCon 2025, em Anaheim, onde a editora Mechanical Cake revelou que Modville será lançada com pompa e circunstância via Kickstarter, numa luxuosa edição de capa dura. E sim, Scott está envolvido até aos circuitos na criação deste universo distópico passado em 2169 — mas atenção, ele próprio garante: isto não é cinema, é banda desenhada mesmo.

Onde estamos? Nova Orleães. Quando? 2169. Quem? Andróides com cabelo e dentes humanos 😬

O projeto, criado por Jesse Negron, leva-nos até Modville, um bairro sombrio de Nova Orleães habitado por “mods” — Humanos Artificiais com aspeto indistinguível de um humano real. Sim, têm pele, dentes, cabelo… tudo. Tudo exceto alma, talvez?

Mas não estamos a seguir o percurso cliché dos “robôs que querem sentir”. A história foca-se em Hawthorne, um humano com stress pós-traumático que trabalha a reviver memórias alheias — de assassinos e vítimas, veja-se bem — graças a uma tecnologia um tanto ou quanto invasiva. A ele junta-se Ema, uma mod adolescente com seis dias de memórias apagadas. Mistério? Check. Misticismo? Também. Paranoia futurista? Tudo a postos.

Blade Runner? Nem pensar, diz Negron.

Apesar das parecenças óbvias — andróides, identidade, futuro sombrio — Negron insiste que isto não tem nada a ver com o universo de Roy Batty e companhia. E acredita-se: aqui há uma energia mais próxima do gótico sulista, com Nova Orleães como palco e uma vibe que mistura ficção científica com uma certa melancolia noir.

Aliás, o ano escolhido, 2169, não foi ao calhas: segundo os criadores, haverá uma “moda retro dos anos 50” a começar em 2150, que depois descamba para o apocalipse moral e social. Tudo muito animador, portanto.

Oito volumes, uma mota problemática e… sem filme à vista!

Está planeada uma série de oito livros, com cerca de 200 páginas cada, e o primeiro já está pronto. Para promover Modville, Negron até construiu uma mota eletromagnética, que acabou por lhe render duas multas por estacionamento em Los Angeles… apesar de ser só um adereço! “Foi multado porque não registámos a mota — que nem funciona!”, disse, entre risos.

E se te estás a perguntar: Mas Ridley Scott vai fazer disto um filme? A resposta é clara como uma manhã em Marte: não.Pelo menos, para já. Os criadores querem que a história viva como novela gráfica — crua, direta, visualmente ousada e sem compromissos hollywoodianos.

Uma WonderCon recheada de novidades e cosplays

A revelação de Modville foi só uma das muitas cerejas em cima do bolo nerd desta WonderCon, que serviu de aquecimento para a Comic-Con de San Diego. Por lá falou-se de Star Wars, da terceira temporada de Invincible, de novos projetos de “O Senhor dos Anéis”, e ainda houve espaço para a 11.ª edição da Women Rocking Hollywood, dedicada à representação feminina na indústria.

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E nós? Já estamos a contar os dias para mergulhar neste novo universo distópico com o selo de qualidade Scott. Se há coisa que sabemos, é que quando Ridley Scott se mete numa coisa, raramente é aborrecida.

Stephen Graham e a lição mais valiosa de Hollywood: “É bonito ser bonito”

🎥 Quando pensamos em histórias de ascensão em Hollywood, geralmente imaginamos um casting meticulosamente preparado, uma lista de agentes ao telefone e audições de cortar a respiração. Mas Stephen Graham? Ele tropeçou literalmente num dos papéis mais icónicos da sua carreira… por engano.

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Tudo começou com Snatch – Porcos e Diamantes, de Guy Ritchie. Graham nem sequer ia a audição. Estava só a acompanhar um amigo, como quem vai só ver se a fila anda depressa. Mas o realizador olhou para ele e disse, com aquele charme tipicamente britânico: “Queres tentar também?” Resultado? “Começas na segunda-feira.” Sim, foi assim simples.

E foi nesse set que conheceu Brad Pitt, que, em vez de se refugiar numa caravana cheia de toalhas egípcias e smoothies orgânicos, estava sentado no chão. Pitt olhou para o jovem Graham e perguntou, com um sorriso que provavelmente poderia vender seguros de vida:

“Como estás? Isto é divertido, não é?”

Mas não ficou por aí. Pitt largou uma daquelas frases que mudam uma carreira:

“Tens muitas personagens dentro de ti. Consigo ver isso.”

📽️ Desde então, os dois mantêm uma amizade sólida – o tipo de coisa rara em Hollywood, onde as amizades duram menos que um contrato de streaming gratuito.

Mas Stephen Graham não ficou por aí. Pelo caminho, cruzou-se com nomes como Leonardo DiCaprio, durante Gangs of New York, e Al Pacino, em The Irishman. E o que é que estes ícones têm em comum? Surpresa: zero ego. Nada de exigências ridículas ou exigência de baldes de Skittles por cor. Pelo contrário, receberam-no como igual, trocaram ideias sobre a vida, o ofício de representar e até a sociedade.

E é aí que Graham revela o verdadeiro segredo da sua longevidade na indústria: ser humano antes de ser estrela. Ele lembra-se das palavras da mãe (e aqui vai uma salva de palmas para as mães sábias):

“Maneiras não custam nada. É bonito ser bonito.”

Uma frase que podia muito bem ser o slogan do próximo Oscar, não achas?

Hoje, com uma carreira recheada de papéis intensos, colaborações com os maiores nomes do cinema e um estatuto de “ator dos atores”, Graham continua a guiar-se por aquela máxima simples: respeito, humildade e autenticidade.

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E no meio de uma indústria onde o brilho dos holofotes pode cegar até o mais talentoso, talvez o maior ensinamento seja mesmo este: o verdadeiro talento brilha mais quando vem acompanhado de empatia.

🎬 Helen Mirren Contra a 007 Feminina: “James Bond É Um Produto de Profundo Sexismo”

Num momento em que Hollywood continua a repensar as suas franquias mais icónicas à luz de uma nova sensibilidade social, Helen Mirren surge com uma opinião firme — e nada consensual — sobre o legado de James Bond.

Em entrevista ao The Standard, a atriz britânica, que se prepara para voltar a contracenar com Pierce Brosnan em MobLandafirmou ser contra a ideia de transformar o agente secreto mais famoso do cinema numa mulher. Não por falta de feminismo — bem pelo contrário.

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“O conceito de James Bond é encharcado e nasce de um profundo sexismo”, declarou Mirren com a franqueza que a caracteriza.

🤵‍♂️ Um ícone problemático?

Apesar de elogiar generosamente os seus colegas de profissão, incluindo Brosnan, de quem se diz “uma enorme fã”, e Daniel Craig, que classifica como “um homem gracioso e amável”, Mirren não poupa críticas à franquia que eles ajudaram a imortalizar:

“Nunca gostei de James Bond. Nunca gostei da forma como as mulheres eram tratadas nesses filmes”, afirmou.

De facto, durante grande parte das suas seis décadas de existência, a saga do agente 007 foi marcada por uma imagem de masculinidade hegemónica e um tratamento superficial ou hipersexualizado das personagens femininas. Embora Craig tenha contribuído para uma versão mais introspectiva e emocionalmente complexa do espião, a própria natureza da personagem — um homem sedutor, impiedoso e quase sempre no centro do universo — permanece enraizada num arquétipo masculino tradicional.

👩‍🎤 Uma mulher Bond? Não, diz Mirren

Num tom surpreendente, a atriz revelou que não está de acordo com a proposta de criar uma versão feminina de James Bond, apesar de ser uma das mais respeitadas defensoras da visibilidade feminina no cinema:

“Prefiro ver histórias reais de mulheres que trabalharam como espiãs. Mulheres que existiram e foram incrivelmente corajosas, como as da Resistência Francesa. São essas histórias que deviam ser contadas.”

Mirren não vê numa 007 feminina uma vitória simbólica para as mulheres, mas antes uma forma de reciclar uma estrutura problemática com um verniz progressista. Para a veterana atriz, a solução não está em ocupar lugares desenhados para homens, mas em construir novos espaços narrativos com base na verdade e na autenticidade histórica.

🎥 A identidade de Bond: recomeçar ou reinventar?

Estas declarações surgem numa altura de incerteza sobre o futuro da franquia Bond. Após a saída de Daniel Craig em No Time to Die, os estúdios Amazon MGM assumiram o controlo criativo numa transação avaliada em mil milhões de dólares, prometendo “repensar o futuro da saga”.

Produtores como Amy Pascal e David Heyman foram anunciados como os novos rostos da liderança criativa da série, mas o novo ator (ou atriz?) para o papel continua por confirmar. As especulações têm sido muitas: de Idris Elba a Aaron Taylor-Johnson, passando por nomes femininos como Lashana Lynch, que chegou a interpretar uma agente com o código 007 no último filme da saga.

Será que o futuro de Bond passará por uma reinvenção total? Ou será que, como sugere Mirren, o melhor caminho é deixar morrer o passado — e contar novas histórias sobre heroínas reais e inspiradoras?

A posição de Helen Mirren pode parecer conservadora à primeira vista, mas talvez seja o contrário. Ao rejeitar a ideia de uma “Bond mulher”, não está a defender o status quo — está a exigir mais ambição narrativa para as personagens femininas. Em vez de adaptar um molde masculino, propõe que se criem novas mitologias protagonizadas por mulheres, inspiradas em histórias reais de coragem, inteligência e ação.

É uma crítica ao gesto simbólico fácil — aquele que pinta uma personagem masculina com tons femininos apenas para cumprir uma quota — sem questionar verdadeiramente as estruturas de poder e representação que sustentam essas narrativas há décadas.

E isso, diga-se, é uma verdadeira chamada à ação para os argumentistas e produtores do presente.

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💥 Arianna Rivas e Jason Statham Lado a Lado em A Working Man: “Senti-me Libertada”

Num género muitas vezes dominado por protagonistas masculinos, A Working Man chega para abanar as convenções dos filmes de ação. E se Jason Statham continua a ser o rosto impassível da vingança implacável, Arianna Rivas é a revelação que rouba os holofotes — punho cerrado, algemas nos pulsos e a ferocidade de quem recusa ser uma vítima.

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“Senti-me libertada. Senti-me poderosa, senti-me forte, senti-me radiante”, declarou Rivas à Variety, sobre o momento em que combate lado a lado com Statham na reta final do filme.

Realizado por David Ayer e coescrito por Sylvester StalloneA Working Man é mais do que outro thriller testosterónico. Aqui, a suposta “donzela em perigo” transforma-se numa guerreira decidida, mesmo quando o plano de filmagens muda em cima da hora.

🛠️ Statham em modo martelo, Rivas como lâmina afiada

No filme, Levon Cade (Statham) é um ex-militar que troca o campo de batalha por uma vida pacata na construção civil. Mas quando Jenny (Rivas), a filha adolescente do seu chefe, é raptada por uma rede de tráfico humano, Levon regressa ao campo de batalha — agora urbano.

O que ninguém esperava era que a jovem Jenny recusasse ficar no papel de espectadora: no clímax, Rivas e Statham combatem juntos, com sangue, suor e cumplicidade.

“Eles olham um para o outro e é como se dissessem: ‘Não foste só tu a proteger-me. Eu também te protegi a ti’”, revela Eddie J. Fernandez, coordenador de duplos e também ator no filme.

🎬 Uma revelação em ascensão

Apesar de jovem, Rivas entrou no projeto com uma mentalidade determinada. Fã de clássicos de ação, não hesitou quando viu o nome de Stallone no e-mail: “Foi como um sinal. Sempre adorei a história dele com o Rocky — se ele conseguiu, eu também consigo”.

O resultado? Quatro meses intensivos de treino físico, coreografias e quedas, sempre com antecedência nos ensaios. Fernandez destaca: “Ela é bonita, talentosa, jovem e destemida. Dizia-lhe para estar no ginásio a uma hora e ela já lá estava a aquecer antes do tempo.”

🔥 Técnica, emoção… e improviso

Curiosamente, a sequência mais marcante de Rivas no filme quase não existia da forma como a vemos. Por limitações no calendário de filmagens, a produção teve de reinventar o confronto final entre Jenny e a vilã Artemis (Eve Mauro), onde Rivas combate de mãos algemadas acima da cabeça.

“Foi a cena mais difícil. Sentia-me uma peixe fora de água. Tínhamos ensaiado uma luta durante quatro meses… e no fim mudámos tudo em 24 horas. Mas foi incrível quando conseguimos”, partilhou a atriz.

Ainda assim, o momento sobreviveu graças à química entre os dois protagonistas e à emoção crua que transparece no ecrã. “Estavam os dois exaustos, mas davam tudo. Foi mágico vê-los olhar um para o outro naquela cena”, acrescenta Fernandez.

👊 Representação feminina que não precisa de permissão

O mais importante? Rivas não está ali para ser salva. Está ali para salvar. Para lutar. Para marcar a diferença.

“Só ver o Jason lançar um murro já era uma aula de representação”, admite a atriz. “Como é que se faz parecer forte sem realmente magoar alguém? Onde é que está o peso? Fiquei fascinada.”

Essa curiosidade e entrega refletem-se numa performance que não só desafia as normas dos filmes de ação, mas também aponta para um futuro onde as mulheres não são apenas secundárias — são parte essencial da pancadaria, da narrativa e da vitória.

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👻 “The Woman in the Yard”: A Nova Aposta de Terror da Blumhouse Que Pode Salvar 2025

Depois do tropeço com Wolf Man, a Blumhouse pode finalmente ter encontrado o seu primeiro sucesso de bilheteira do ano com The Woman in the Yard, o novo filme de terror psicológico que já começou a destacar-se nas bilheteiras norte-americanas.

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Com um orçamento contido e uma história arrepiante que mistura luto, alucinação e ameaça sobrenatural, este novo título poderá reverter a má sorte do estúdio — e devolver-lhe o trono do horror de baixo custo com grande impacto.

🕯️ Sinopse: O terror instala-se… no jardim

Realizado por Jaume Collet-Serra (OrphanHouse of Wax, e mais recentemente Carry-On), The Woman in the Yardsegue a história de Ramona, interpretada por Danielle Deadwyler, uma mulher que ainda está a recuperar de um grave acidente de viação que vitimou o seu marido.

A sua frágil estabilidade emocional é abalada pela súbita aparição de uma estranha figura feminina vestida de preto que se instala no jardim da sua casa e anuncia de forma enigmática: “Hoje é o dia.”

A partir desse momento, o quotidiano de Ramona transforma-se num pesadelo de dúvida, paranóia e ameaça, com a narrativa a explorar com inteligência os limites entre o trauma psicológico e o terror sobrenatural.

🎬 Um arranque promissor (e potencialmente lucrativo)

De acordo com os primeiros dados da bilheteira, The Woman in the Yard arrecadou cerca de 9 milhões de dólares no seu fim de semana de estreia nos EUA, o que representa um início encorajador — sobretudo tendo em conta o orçamento de apenas 12 milhões.

O filme estreou na mesma semana de títulos como A Working Man (15.6 milhões), Snow White (13.7 milhões, segunda semana), e The Chosen: Last Supper Part 1 (12 milhões), e conseguiu posicionar-se em quarto lugar no top norte-americano, o que é notável dado o peso promocional dos concorrentes.

🧛‍♂️ Um contraste com o falhanço de Wolf Man

Este sucesso discreto surge depois de Wolf Man, uma ambiciosa reinterpretação moderna do monstro da Universal realizada por Leigh Whannell, ter falhado redondamente. Apesar de um orçamento de 25 milhões, o filme só arrecadou 34.9 milhões globalmente — e sofreu uma queda de audiência de 70% na segunda semana, sinal de má recepção por parte do público.

The Woman in the Yard, com custos mais controlados e melhores reações iniciais, não precisa de tanto para ser considerada um sucesso. Se conseguir ultrapassar a marca dos 30 milhões nas próximas semanas — o valor que garantiria rentabilidade — poderá dar à Blumhouse o seu primeiro “hit” do ano.

💡 Terror eficaz, orçamento enxuto: a fórmula Blumhouse

Desde o fenómeno Paranormal Activity, que rendeu mais de 890 milhões com orçamentos irrisórios, a Blumhouse tornou-se sinónimo de terror inteligente e financeiramente sustentável. Casos recentes como M3GAN (181M contra 12M), Get Out (Óscar de Melhor Argumento Original), e Five Nights at Freddy’s (297M contra 20M), mostraram que o estúdio sabe como transformar medo em milhões.

Ainda é cedo para dizer se The Woman in the Yard atingirá esse patamar, mas tudo indica que estamos perante um regresso à boa forma, depois do tropeço inicial com Wolf Man.

🔮 Expectativas para o futuro

O que The Woman in the Yard representa vai além de números: é a validação de que o terror psicológico intimista ainda tem um enorme apelo junto do público — especialmente quando equilibrado com boas interpretações e uma atmosfera claustrofóbica bem trabalhada.

Danielle Deadwyler, que já se tinha destacado em Till e The Harder They Fall, é aqui uma protagonista intensa e vulnerável, o que ajuda a elevar a tensão emocional do filme.

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Com um segundo fim de semana decisivo a aproximar-se, e com a crítica a dar sinais positivos, The Woman in the Yardpoderá muito bem tornar-se um dos grandes sleeper hits de 2025.

🎬 Hollywood Une-se em Defesa de Hamdan Ballal Após Ataque e Detenção: “Um Ataque a Quem Ousa Contar Verdades Inconvenientes”

Numa carta aberta que já correu o mundo, mais de 500 nomes de peso da indústria cinematográfica — entre eles Joaquin PhoenixSandra OhEmma ThompsonAva DuVernayPenélope Cruz e Richard Gere — assinaram um contundente apelo à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em causa está a detenção e alegado espancamento do cineasta palestiniano Hamdan Ballal, vencedor do Óscar de Melhor Documentário 2024 por No Other Land.

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O realizador foi recentemente atacado por colonos israelitas e detido por forças militares na Cisjordânia — um incidente que, segundo vários ativistas e testemunhas no terreno, ocorreu enquanto Ballal estava a ser assistido numa ambulância, após ter sido agredido por um grupo de 10 a 20 pessoas com pedras, paus, janelas partidas e pneus cortados.

🏆 Um Óscar que se tornou escudo… e alvo

A carta dos artistas começa com um apelo claro:

“Condenamos o ataque brutal e a detenção ilegal de Hamdan Ballal. Ganhar um Óscar não é fácil, sobretudo sem campanhas milionárias nem grandes distribuidoras. O facto de ‘No Other Land’ ter vencido é prova da sua importância.”

Mas o verdadeiro alvo do protesto é a inércia da própria Academia, acusada de ter emitido uma declaração “vazia”, que não mencionava sequer o nome do realizador nem o filme, optando por uma posição ambígua num momento em que o apoio seria crucial.

“É indefensável que uma organização premie um filme numa semana e falhe em defender os seus realizadores semanas depois.”

A acusação é clara: não se trata apenas de proteger um cineasta, mas sim o direito de todos os artistas a contar histórias difíceis sem medo de represálias.

🎥 Um documentário incómodo — e urgente

No Other Land foi realizado por Hamdan Ballal e Basel Adra, dois palestinianos residentes na Cisjordânia, em colaboração com os israelitas Abraham e Rachel Szor. A obra acompanha, ao longo de quatro anos, a demolição sistemática de casas palestinianas na região de Masafer Yatta, após a decisão de um tribunal israelita em 2019 declarar a área como zona militar.

Desde a estreia na Berlinale 2023, os realizadores mantêm presença activa nas redes sociais, denunciando e documentando novos episódios de violência — o que, segundo muitos observadores, terá tornado Ballal um alvo cada vez mais visado.

📢 “O silêncio da Academia é ensurdecedor”

A carta termina com uma declaração contundente:

“A vitória no Óscar colocou a vida desta equipa em perigo crescente. Não iremos ficar calados quando a segurança de artistas está em jogo.”

O caso já suscitou reações internacionais e poderá ter impacto duradouro na forma como instituições culturais se posicionam em contextos políticos complexos. A carta não poupa críticas à falta de coragem da Academia, que no seu silêncio diplomático parece ter esquecido que o cinema documental vive da exposição da verdade, mesmo quando incómoda.

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Para os signatários — entre eles alguns dos nomes mais respeitados do cinema mundial —, defender Hamdan Ballal é defender a integridade artística de toda uma indústria.

🎖️ Warfare: Alex Garland regressa com o seu filme mais brutal e intenso desde Ex Machina

O novo filme do realizador e argumentista Alex Garland, Warfare, ainda nem estreou e já está a deixar críticos sem fôlego — e espectadores de olhos bem abertos. Com uma impressionante pontuação de 94% no Rotten Tomatoes, a obra já é considerada por muitos como o melhor filme de guerra dos últimos anos, e talvez o trabalho mais impactante de Garland desde o aclamado Ex Machina (2014).

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Descrito como um verdadeiro assalto aos sentidos, Warfare é tudo menos um típico filme de guerra: é um mergulho imersivo, claustrofóbico e visceral, que acompanha em tempo real uma unidade de Navy SEALs norte-americanos numa missão infernal por território inimigo. A realização é partilhada com Ray Mendoza, ex-operacional das forças especiais cuja experiência pessoal dá à obra um realismo quase documental.

🎬 Uma experiência sensorial de cortar a respiração

A crítica tem sido praticamente unânime na aclamação do filme — tanto pela sua execução técnica como pela intensidade emocional. O The Hollywood Reporter descreve-o como:

“Garland em forma máxima e com um domínio técnico deslumbrante. Provavelmente o seu melhor filme desde Ex Machina.”

Já o jornal The Times eleva ainda mais a fasquia:

“É um filme tão difícil de ver quanto de esquecer. Um pesadelo percussivo, um blitz sensorial, um ataque direto à alma.”

A composição visual e sonora de Warfare tem sido comparada a uma experiência quase física. É cinema de combate no seu estado mais cru: sem glamour, sem heróis invencíveis, sem filtros.

🎖️ Um elenco de peso para um filme sem distrações

Garland reuniu um grupo de atores talentosos para dar corpo (e alma) à sua visão:

• Cosmo Jarvis (Shōgun),

• Will Poulter (The Bear),

• Joseph Quinn (Stranger ThingsFantastic Four),

• Noah Centineo (The Recruit).

O filme segue estes soldados ao longo de uma única e implacável missão, e é precisamente essa escolha narrativa — tempo real, sem pausas — que o distingue de outros títulos do género. Não há subplot romântico, nem diálogos moralizantes: só o caos, o medo, a adrenalina e o desgaste.

⚠️ Nem tudo são aplausos — e talvez seja mesmo essa a intenção

Apesar da aclamação, algumas críticas apontam fragilidades no argumento. EJ Moreno escreveu:

“Tantos elementos funcionam, mas o guião minimalista quase desmorona sob o seu próprio peso. Ainda assim, é um trabalho sólido e com atuações poderosas.”

FandomWire considera o filme uma experiência interessante, mas falha em alguns pontos:

“Tem o coração no lugar certo, mas nem tudo resulta como devia.”

Mas será essa ausência de estrutura clássica realmente uma falha? Ou é simplesmente mais uma prova da ambição formal e da coragem estética de Garland?

🧟‍♂️ Próximo desafio: regressar ao mundo dos infectados

Para os fãs do realizador, há mais boas notícias: Garland volta a colaborar com Danny Boyle em 28 Years Later, sequela do icónico 28 Days Later, com estreia marcada para 20 de junho. O elenco inclui Jodie ComerAaron Taylor-JohnsonRalph Fiennes, e as expectativas estão altíssimas para este regresso ao universo infetado que marcou uma geração.

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Até lá, Warfare estreia a 11 de abril, e promete ser uma das experiências cinematográficas mais intensas de 2024. Não é apenas um filme de guerra — é uma prova de resistência emocional.

🚨 Revolução em Streaming: Amazon Sacode a Liderança e Jennifer Salke Sai de Cena!

O mundo do streaming está em constante mutação, mas a última mexida vinda da Amazon parece digna de um guião de thriller corporativo. Jennifer Salke, até agora chefe da Amazon MGM Studios, está de malas feitas. E não, não é para protagonizar uma série sobre o assunto (ainda que dá uma ideia jeitosa). A sua saída levanta várias sobrancelhas em Hollywood e não são poucas as especulações sobre o que correu mal.

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Apesar de elogiada oficialmente por Mike Hopkins (chefe da Prime Video), a verdade é que a Amazon decidiu “achatar” a estrutura de liderança e Salke não será substituída. A partir de agora, os chefes dos estúdios de cinema e televisão da Amazon vão reportar directamente a Hopkins. É uma jogada de limpeza de casa? Ou um sinal claro de que algo não estava a correr como esperado?

A carreira de Salke na Amazon começou em 2018 com a promessa de fazer o Prime Video voar para fora da bolha dos dramas de autor e chegar às massas. E até que conseguiu uns quantos hits: “Reacher”, “Jack Ryan”, “The Boys” e o mais recente “Fallout”. Mas a coisa não correu sempre sobre rodas…

O caso mais emblemático? “The Rings of Power”. Um investimento de mais de mil milhões de dólares que prometia ser o novo fenómeno mundial, mas que acabou por ficar aquém das expectativas. E se isto não bastasse, “Citadel” – o grande plano da Amazon para criar um universo global de espionagem – foi ainda pior: um orçamento colossál, reshoots intermináveis e uma recepção morna.

Ah, e não nos esqueçamos do dossier explosivo… James Bond. Desde a compra da MGM, a Amazon tem tido dificuldades em meter o agente secreto de volta ao terreno. Fontes indicam que Barbara Broccoli, a guardiã da saga, não ficou muito impressionada com a abordagem dos executivos da Amazon. A cereja no topo do bolo? Alegadamente, Bezos ficou tão irritado com a reportagem do Wall Street Journal sobre o caso que exigiu mudanças imediatas na liderança.

Ainda assim, Salke não desaparece do radar. Vai criar a sua própria produtora com um contrato de “first-look” com a própria Amazon. Ou seja, sai pela porta da frente… mas continua com chave do sótão.

Resta saber se esta reestruturação trará os resultados desejados. O Prime Video continua a lutar por relevância numa guerra cada vez mais disputada onde a Netflix lidera com mão de ferro e a Disney+ se cola nos calcanhares.

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A ver vamos se o próximo capítulo da Amazon vai ser uma história de redenção à la “Jack Ryan” ou mais um flop à la “Citadel”. Uma coisa é certa: o streaming continua a ser um palco onde ninguém está a salvo do próximo corte de câmera.

🎤 Três Anos Depois do Escândalo dos Óscares, Will Smith Responde Com Rimas Afiadas: “Will Smith Está Cancelado”

Quase três anos após o momento mais controverso da sua carreira, Will Smith regressa ao centro das atenções — desta vez não no cinema, mas no mundo da música. O actor, vencedor do Óscar por King Richard (2022), lançou um novo álbum intitulado Based on a True Story, onde não só assume a sua queda pública como transforma o escândalo do estalo em Chris Rock num manifesto em verso.

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E sim, o álbum começa com uma declaração provocadora e directa ao ponto:

“Will Smith is cancelled”.

🎧 “Took a lot, I’m back on top”

No segundo tema do disco, You Lookin’ for Me?, Will Smith dispara linhas que não deixam dúvidas de que está ciente do que se diz sobre ele — e está pronto para reconquistar o seu lugar, com ou sem o perdão da indústria:

“Took a lot, I’m back on top / Y’all gon’ have to get acclimated / Won’t stop, my s**t still hot / Even though I won’t get nominated.”

É um refrão de quem já ouviu todas as críticas, memorizou os comentários e agora rima com ferocidade sobre isso. Não há hesitação em reconhecer a punição e a sua consequência — a exclusão tácita das futuras temporadas de prémios — mas também não há sinal de arrependimento forçado ou de apagamento da sua identidade.

🥊 Do Óscar à Queda: O Estalo que Ecoou em Todo o Mundo

Recordemos: a 27 de março de 2022, Will Smith subiu ao palco dos Óscares — não para receber o prémio de Melhor Actor, mas para esbofetear Chris Rock ao vivo, perante milhões de espectadores, após este fazer uma piada sobre a condição capilar da sua esposa, Jada Pinkett Smith.

A bofetada tornou-se uma das imagens mais virais da história dos Óscares. No mesmo evento, Smith acabaria por ganhar a estatueta dourada, mas as manchetes não foram sobre o seu desempenho como pai das irmãs Williams — foram sobre um momento de fúria que eclipsou uma carreira de décadas.

❌ Cancelado, mas não silenciado

Apesar de não ter sido forçado a devolver o Óscar, Will Smith foi banido de todos os eventos da Academia durante 10 anos. Demitiu-se da organização, publicou um pedido de desculpas e, desde então, tem gerido cuidadosamente os seus passos públicos. Até agora.

Com este novo álbum, Smith vira a página à sua maneira. Não se trata de uma simples tentativa de reconciliação, mas sim de reafirmação criativa, aproveitando o poder da música como catarse, escudo e ataque.

🎙️ Chris Rock respondeu — mas à sua maneira

Chris Rock manteve o silêncio durante meses, até ao lançamento do seu especial da Netflix Selective Outrage, onde deixou claro que o estalo tinha mais a ver com os dramas públicos do casamento Smith do que com a piada em si. A sua abordagem foi mordaz, mas controlada — como um contra-ataque com luvas de sarcasmo.

Agora, com Based on a True Story, Will Smith responde no seu próprio registo: o rap. A escolha não é aleatória — trata-se do regresso a uma das suas primeiras paixões, num formato onde pode controlar a narrativa.


📀 Based on a True Story – O Que Sabemos

• 🎤 Álbum de estúdio com temas autobiográficos

• 🧨 Aborda directamente o incidente dos Óscares e a cultura do cancelamento

• 🏆 Não espera prémios, mas procura atenção e afirmação

• 🧠 Mistura de confissão, provocação e resistência artística

• 📻 Primeiras impressões da crítica divididas: honestidade ou estratégia de marketing?


🎬 Clube de Cinema comenta

Based on a True Story não é apenas um álbum de música — é um capítulo novo na complexa narrativa pública de Will Smith. O actor, que sempre construiu uma imagem de “bom rapaz”, expõe agora os seus fantasmas com rimas afiadas, sarcasmo e um certo orgulho resiliente. Se vai ou não conquistar novamente a simpatia do público, é outra questão. Mas uma coisa é certa: Will Smith recusa sair de cena em silêncio.

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🎬 Leonardo DiCaprio Transforma-se num Revolucionário Alucinado em One Battle After Another — Chegou o Trailer do Novo Colosso de Paul Thomas Anderson

Preparem os calendários e as emoções: Leonardo DiCaprio está de regresso ao grande ecrã e, desta vez, ao serviço de um dos mais respeitados e ousados cineastas da atualidade. One Battle After Another é o título do novo filme de Paul Thomas Anderson, e o trailer já está disponível — partilhado, curiosamente, através da recém-criada conta oficial de YouTube do próprio DiCaprio.

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🍿 Uma aposta artística com orçamento de blockbuster

Com estreia marcada para 26 de setembro nos cinemas e em IMAX, esta obra promete ser um dos grandes acontecimentos cinematográficos do ano — tanto pelo seu elenco de peso como pela ambição declarada que já fez soar os alarmes da Academia.

Apesar de ainda não haver uma sinopse oficial detalhada, o trailer revelou o essencial: DiCaprio interpreta Bob Ferguson, um antigo revolucionário mergulhado em delírios, agora obcecado em salvar a filha adolescente num mundo onde as batalhas do passado continuam a ressoar com fúria no presente. Entre explosões de paranoia e lampejos de ternura, o filme pinta uma América desencantada, distorcida e feroz.

A inspiração parece provir do universo literário de Thomas Pynchon, nomeadamente da obra Vineland, um romance labiríntico que mistura cultura pop, política e traumas colectivos do pós-Vietname. O tom alucinatório e a estrutura fragmentada prometem um filme exigente — e, claro, muito PTA.

⭐ Um elenco de luxo num filme com sangue, suor e Óscares

Além de DiCaprio, que aqui surge com um visual desgrenhado e um olhar desesperado, o filme conta com Benicio del ToroSean PennRegina HallTeyana TaylorWood HarrisAlana Haim e a jovem revelação Chase Infiniti.

Não é apenas um desfile de talentos: é uma convocatória de presenças magnéticas para um drama com peso político, psicológico e simbólico. Paul Thomas Anderson volta a rodear-se de intérpretes que sabem habitar a ambiguidade, construir personagens maiores do que a vida e mergulhar de cabeça na tensão do momento.

Com um orçamento que ronda os 140 milhões de dólares, este é o projeto mais caro da carreira de PTA — um risco que a indústria verá com atenção. Será este o Oppenheimer de 2025?

🎥 Um trailer enigmático, carregado de tensão

O primeiro trailer — disponível no canal oficial recém-lançado de DiCaprio — opta por sugerir em vez de explicar. Em vez de enredos, temos atmosferas: planos amplos de estradas poeirentas, edifícios em chamas, debates exaltados, rostos marcados por memórias e idealismos, e um DiCaprio a meio caminho entre um líder carismático e um pai em ruína emocional.

Há armas, há slogans, há silêncio e histeria — tudo captado com a sofisticação visual que é marca registada de Anderson. A banda sonora, densa e inquietante, promete acompanhar cada passo com vibração emocional.

🎯 Uma corrida ao Óscar anunciada?

Não há como ignorar: este filme é candidatura direta à temporada de prémios. O nome de Paul Thomas Anderson já pesa por si só, e com DiCaprio no centro de um papel visceral, temos todos os ingredientes de um candidato sério a Melhor Ator. O facto de ser também um filme com potencial de divisão crítica só aumentará o seu fascínio.

Se em Haverá Sangue víamos a construção de um império assente na ganância, em One Battle After Another poderemos estar perante a destruição de uma identidade — pessoal, política, familiar — em nome de ideais que o tempo desfigurou.


📌 One Battle After Another: O que sabemos até agora

• 🎬 Realizador: Paul Thomas Anderson

• 🖊 Argumento: Paul Thomas Anderson

• 🌟 Elenco: Leonardo DiCaprio, Benicio del Toro, Sean Penn, Regina Hall, Teyana Taylor, Wood Harris, Alana Haim, Chase Infiniti

• 🎞 Estreia nos cinemas e IMAX: 26 de setembro de 2025

• 💰 Orçamento estimado: 140 milhões de dólares

• 🧠 Inspiração literária: Vineland, de Thomas Pynchon (não oficial, mas fortemente sugerido)


🔮 Expectativas no Clube de Cinema

Há anos que aguardávamos por um reencontro entre DiCaprio e um autor de primeira linha num filme que unisse ambição, risco e densidade temática. Com One Battle After Another, tudo isso está no horizonte — e a julgar pelo que vimos, será uma viagem que não vamos esquecer.

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🏆 “Baby Reindeer” domina as nomeações dos BAFTA TV Awards 2024 — eis os grandes favoritos

A corrida ao ouro televisivo britânico começou oficialmente, e há um nome que salta imediatamente à vista: Baby Reindeer. A minissérie da Netflix, que tem causado furor junto da crítica e do público, lidera a lista de nomeações dos BAFTA Television Awards 2024 com um total de oito indicações, incluindo nas categorias de Melhor Minissérie, Melhor Ator e Melhor Atriz Secundária.

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A Academia Britânica de Artes do Cinema e Televisão anunciou esta quinta-feira os nomeados para a cerimónia que se realizará a 11 de maio no Royal Festival Hall, com apresentação do irreverente Alan Cumming. E se em edições anteriores a disputa foi renhida, este ano promete ser um verdadeiro duelo de gigantes da televisão britânica e internacional.

🐭 Baby Reindeer: da intimidade ao impacto global

Baseada na história real do ator e argumentista Richard GaddBaby Reindeer retrata a sua experiência com uma perseguição obsessiva e as complexas camadas de trauma que dela advêm. A série conquistou nomeações para Melhor Minissérie em DramaMelhor Ator Principal (para o próprio Gadd), Melhor Atriz Secundária (Jessica Gunning) e ainda para Melhor Argumento — um reconhecimento claro da sua força narrativa e impacto emocional.

O sucesso da minissérie não é apenas um triunfo pessoal de Gadd, mas um marco para a Netflix no que toca a conteúdos televisivos com uma forte marca autoral.

📺 As outras favoritas da noite

Logo atrás de Baby Reindeer, três outras produções conquistaram seis nomeações cada: Rivais (Disney+), Slow Horses(AppleTV+) e Mr. Bates vs the Post Office (ITV). Esta última destaca-se especialmente por ter reaberto feridas reais e políticas em torno de um dos maiores escândalos judiciais do Reino Unido, o que poderá pesar nas escolhas finais dos votantes.

Na categoria de Melhor Série de Drama, nomes fortes como Sherwood e Wolf Hall: The Mirror and the Light enfrentam o fenómeno Supacell (Netflix), um drama sci-fi que mistura superpoderes com questões sociais num cenário britânico contemporâneo.

Já na Melhor Série Internacional, a diversidade de estilos e proveniências geográficas é notória: desde o suspense atmosférico de True Detective: Night Country (Max), até à precisão histórica de Shōgun (Disney+), passando pelo drama político Não Digas Nada, também da Disney+.

🎭 Estrelas em confronto direto

Na disputa pelo prémio de Melhor Ator, o prestígio impera: Gary OldmanDavid TennantMartin FreemanToby Jones e o já referido Richard Gadd colocam peso dramático numa das categorias mais imprevisíveis da noite. Entre veteranos consagrados e talentos em ascensão, será difícil antecipar o vencedor.

Na comédia, séries como Alma’s Not Normal e Brassic mantêm viva a tradição britânica de humor agridoce, com personagens excêntricas e uma forte componente social.

📊 A força das plataformas

BBC, como habitualmente, lidera com 75 nomeações no total, mas vê a concorrência a aproximar-se: a Channel 4 tem 27, a Netflix surge com 26, a Sky com 23 e a ITV com 21. Um reflexo claro do equilíbrio cada vez maior entre canais tradicionais e plataformas de streaming.


📌 Nomeações principais — Destaques

Melhor Série de Drama

• Blue Lights (BBC One)

• Sherwood (BBC One)

• Supacell (Netflix)

• Wolf Hall: The Mirror and the Light (BBC One)

Melhor Série de Comédia

• Alma’s Not Normal (BBC Two)

• Brassic (ITV2)

• G’wed (ITV2)

• Ludwig (BBC One)

Melhor Minissérie

• Baby Reindeer (Netflix)

• Lost Boys and Fairies (BBC One)

• Mr. Bates vs The Post Office (ITV1)

• One Day (Netflix)

Melhor Série Internacional

• After the Party (Channel 4)

• Colin From Accounts (BBC Two)

• Não Digas Nada (Disney+)

• Shōgun (Disney+)

• True Detective: Night Country (Max)


🎥 A cerimónia promete emoções fortes, discursos poderosos e, acima de tudo, um retrato fiel da excelência televisiva que continua a florescer em terras britânicas. Para os fãs de grandes séries — e grandes histórias — o mês de maio já tem data marcada no calendário.

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🎬 The Legend of Zelda chega finalmente ao cinema — e já tem data marcada!

🎮 Uma das sagas mais amadas do mundo dos videojogos prepara-se para conquistar também as salas de cinema. A adaptação cinematográfica de The Legend of Zelda tem agora data oficial de estreia: 26 de março de 2027.

A espera foi longa — quase duas décadas de rumores, planos adiados e esperanças frustradas — mas o anúncio da Sony confirma que a lenda de Link e Zelda vai finalmente ganhar vida no grande ecrã. E não se trata de um projeto menor: o envolvimento criativo da própria Nintendo e do lendário criador Shigeru Miyamoto dá garantias de que esta será uma adaptação com ambição, respeito pela obra original e potencial para fazer história.

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Uma equipa com pedigree épico

A realização ficará a cargo de Wes Ball, conhecido pela trilogia Maze Runner e pelo muito elogiado O Reino do Planeta dos Macacos (2024). O argumento está a ser desenvolvido por Derek Connolly, coautor da saga Mundo Jurássico, o que indica uma aposta numa narrativa de aventura com escala blockbuster.

Na produção, encontramos Avi Arad, nome incontornável no universo das adaptações de banda desenhada e videojogos ao cinema — foi produtor de praticamente todos os filmes ligados ao Homem-Aranha, incluindo animações como Spider-Man: Into the Spider-Verse.

Apesar do elenco ainda não ter sido revelado, a fasquia está elevada. Os fãs já começaram a especular: quem será Link? Quem dará vida a Zelda? E que ator ousará encarnar o maléfico Ganon?

Zelda, Link e o poder da nostalgia

Criada por Shigeru Miyamoto em 1986, The Legend of Zelda tornou-se rapidamente numa das franquias mais influentes da história dos videojogos. Com mais de 150 milhões de cópias vendidas, a série não só moldou o género de aventura como definiu uma geração. Títulos como Ocarina of TimeBreath of the Wild e Tears of the Kingdom são hoje referências incontornáveis da indústria.

A saga segue Link, um jovem herói silencioso que embarca em missões épicas para salvar a princesa Zelda do vilão Ganon, num mundo fantástico onde espadas mágicas, flautas encantadas, templos antigos e criaturas místicas convivem em perfeita harmonia. É uma odisseia que mistura mitologia, ação, exploração e coração — tudo ingredientes perfeitos para um grande filme.

O peso de um legado… e o sucesso de Mario

Durante muito tempo, a Nintendo recusou ceder os direitos de adaptação de Zelda, traumatizada pelo desastre que foi o filme Super Mario Bros. de 1993. No entanto, esse bloqueio foi finalmente superado com o colossal êxito de Super Mario Bros – O Filme, lançado em 2023: com mais de 1,36 mil milhões de dólares de receitas de bilheteira, tornou-se a animação mais rentável do ano (apenas atrás de Barbie).

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Agora, com a Nintendo a cofinanciar o projeto e a Sony a liderar a distribuição, o palco está montado para um novo fenómeno cinematográfico — capaz de agradar tanto aos fãs nostálgicos como a uma nova geração que cresceu com a Nintendo Switch.

✨ Hyrule está prestes a invadir o cinema. Que comece a aventura.

Gladiador II já tem data de estreia em streaming — e promete abalar o Coliseu da SkyShowtime

⚔️ Paul Mescal, Pedro Pascal e Denzel Washington lideram a épica sequela do clássico de Ridley Scott que chega em exclusivo à plataforma

Mais de duas décadas depois de Gladiador ter conquistado o mundo (e cinco Óscares), a tão aguardada sequela está prestes a invadir as nossas salas de estar. Gladiador II estreia em exclusivo na SkyShowtime a 16 de maio, permitindo aos subscritores da plataforma assistir ao regresso da Roma imperial com sangue, areia e glória — sem custos adicionais.

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Realizado novamente por Ridley Scott, o filme avança cronologicamente e centra-se agora em Lucius, personagem que conhecemos ainda criança no filme original, e que aqui é interpretado pelo aclamado Paul Mescal (Normal PeopleAftersun). Lucius é agora um homem feito, filho de Lucilla (novamente Connie Nielsen) e sobrinho de Cómodo (interpretado por Joaquin Phoenix no filme de 2000).

“Anos depois de testemunhar a morte do venerado herói Maximus, Lucius é forçado a entrar no Coliseu depois de ver a sua casa ser tomada pelos novos tiranos de Roma. Para devolver a honra ao povo romano, terá de confrontar o seu passado… e lutar por um novo futuro.”

🎭 O elenco é, sem surpresa, absolutamente colosal:

• Pedro Pascal como Marcus Acacius, um general romano que treinou sob Maximus.

• Denzel Washington no papel enigmático de Macrinus, um poderoso proprietário de gladiadores com ligações à elite imperial.

• Joseph Quinn e Fred Hechinger como Caracala e Geta, os imperadores gémeos.

• E o veterano Derek Jacobi regressa como o senador Gracchus.

Com uma produção que promete recriar a brutalidade e a beleza do Império Romano com nova tecnologia, efeitos visuais de última geração e um elenco de luxo, Gladiador II posiciona-se como um dos maiores eventos cinematográficos do ano — tanto em sala como, agora, em streaming.

📺 O facto de estrear em exclusivo na SkyShowtime marca também uma nova era na distribuição de grandes produções para o público português. Depois de estreias antecipadas como Oppenheimer e Trolls 3, a plataforma reforça assim a sua aposta em trazer cinema de qualidade, em primeira mão, para casa dos seus subscritores.

🎬 Gladiador II estreou originalmente nas salas em 2024 e dividiu opiniões — com aplausos à interpretação física e emocional de Paul Mescal, e algumas críticas à ousadia narrativa e tom mais operático em comparação ao original. Ainda assim, a maioria dos fãs destaca a ambição visual e o regresso à estética brutal que definiu o primeiro filme como uma obra-prima.

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🛡️ Maximus pode já não estar entre nós… mas a chama da revolta continua viva no Coliseu. E Lucius está pronto para empunhar a espada.

Daisy Edgar-Jones elogia os seus parceiros de cena: “Trabalhei com todos os namorados da internet… e tive muita sorte!”

🎬 A atriz britânica fala sobre Paul Mescal, Glen Powell e outros colegas de elenco – e o que torna estas colaborações especiais.

Daisy Edgar-Jones está prestes a regressar ao grande ecrã com Indomáveis (The Sweet East), ao lado de Jacob Elordi, mas antes disso concedeu uma entrevista à revista Elle que tem dado que falar – e não foi (só) pela roupa de luxo. Numa conversa descontraída, a atriz britânica, que se tornou um fenómeno global com Normal People, elogiou os atores com quem tem trabalhado e brincou com o facto de já ter contracenado com quase todos os “namorados da internet”.

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“Só faltam o Timothée Chalamet e o Austin Butler”, disse entre risos. “Trabalhei com basicamente todos os namorados da internet.”

Apesar do tom bem-humorado, Edgar-Jones não deixou de partilhar uma reflexão mais profunda sobre a sorte que teve no percurso: todos os seus parceiros de cena – de Paul Mescal e Andrew Garfield a Glen Powell – sempre apoiaram o facto de ela ser a verdadeira protagonista das histórias que contaram juntos.

“Glen, Sebastian, Paul… todos eles. Acho que é por isso que são tão bem-sucedidos, tão amados e tão bons: são generosos e realmente servem a história – não o próprio ego.”

A atriz sublinha o privilégio que tem sido trabalhar com atores que não sentem necessidade de disputar o protagonismo, especialmente numa indústria ainda marcada por desequilíbrios de poder. Em Tornados (2024), por exemplo, Glen Powell poderia ter roubado facilmente os holofotes, mas cedeu espaço para que Daisy liderasse a ação. Já em Fresh (2022), com Sebastian Stan, foi ela quem guiou o thriller psicológico. E com Paul Mescal, claro, dividiu o ecrã de forma tão intensa e harmoniosa em Normal People que ambos foram catapultados para o estrelato.

A verdade é que Daisy Edgar-Jones tem protagonizado algumas das histórias mais marcantes dos últimos anos, muitas vezes com os chamados “leading men” do momento a apoiá-la, e não a ofuscá-la. No fundo, como ela própria diz, trata-se de contar boas histórias, e todos os seus colegas, até agora, compreenderam isso perfeitamente.

No entanto, Edgar-Jones admite um certo receio para o futuro:

“Estou nervosa com a possibilidade de vir a trabalhar com alguém que talvez não esteja tão confortável com isso. Pode existir muito ego nesta indústria.”

Por agora, a atriz parece estar a navegar estas águas com elegância e talento – e sem naufrágios à vista. Indomáveis, o seu próximo filme ao lado de Jacob Elordi, estreia em Portugal a 15 de maio e promete dar continuidade à sua já impressionante galeria de performances.

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🎥 Curioso? Fica atento ao Clube de Cinema para mais novidades sobre Indomáveis, e espreita já os nossos destaques sobre os melhores filmes de Daisy Edgar-Jones até agora.

O Que Torna um Filme “Intragável” em Vez de Apenas… Mau?

🎬 Todos nós já vimos filmes maus. Uns deixam-nos a revirar os olhos, outros fazem-nos rir pela negativa, e há aqueles que — por mais falhas que tenham — conseguimos rever vezes sem conta. Mas depois há os intragáveis. Filmes que não queremos voltar a ver nem com um grupo de amigos e pizza à mistura.

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E é aí que entra a verdadeira questão: o que separa um filme apenas mau de um filme intragável?


O Caso “Ghost Rider” vs “Rebel Moon”

Vamos começar com Ghost Rider (2007), com Nicolas Cage. Sim, é um filme cheio de defeitos: os efeitos especiais envelheceram mal, o argumento é uma salada confusa, e a atuação de Cage… bem, é 100% Cage. Mas há algo de quase nostálgico naquilo tudo. Como miúdo, dava um gozo imenso ver um tipo com a cabeça em chamas a andar de mota em círculos no deserto. E mesmo hoje, apesar de sabermos que o filme é mau, conseguimos ver com um sorriso e divertir-nos com a bizarria de tudo aquilo.

Agora, tenta fazer o mesmo com Rebel Moon de Zack Snyder.

A experiência? Dolorosa. Um épico visual que, no papel, deveria ser tudo o que um fã de ficção científica poderia desejar. Mas em vez disso, temos uma longa e arrastada sequência de cenas esteticamente bonitas, mas emocionalmente ocas. É como estar preso num slideshow em câmara lenta, onde cada personagem tem a profundidade emocional de um copo de shot vazio.


Entre o Desastre e o Delírio

O segredo está na diversão. Filmes como Batman & Robin (1997), Ghost Rider ou até The Room de Tommy Wiseau são maus, mas há neles uma certa energia caótica, um descomprometimento tão absurdo que os torna deliciosamente ridículos. São filmes perfeitos para uma noite entre amigos, com gargalhadas garantidas. O próprio Nicolas Cage já virou meme por estas razões — e ele parece saber disso melhor do que ninguém.

Por outro lado, Rebel Moon não é divertido. É pesado, pretensioso e, pior que tudo, aborrecido. Tudo parece mecânico, calculado ao milímetro para parecer profundo… mas sem nunca dizer nada de relevante. Snyder parece estar mais interessado em filmar em câmara lenta do que em contar uma história envolvente com personagens que nos importem.

É o equivalente cinematográfico a um álbum conceptual de três horas sobre a textura das nuvens: visualmente bonito, talvez, mas esgotante e sem alma.


Nem Tudo É Sobre Notas

Curiosamente, se fores ver ao Rotten Tomatoes, Rebel Moon até pode ter uma pontuação tecnicamente melhor do que Ghost Rider. Mas isso não quer dizer nada quando falamos de “revibilidade” — sim, acabámos de inventar esse termo. Um filme pode ser mediano, mas ter carisma. E outro pode ser tecnicamente competente, mas tão árido e pedante que te deixa mais perto da apatia existencial do que do entretenimento.

No final, um filme intragável não é o que falha em ser bom — é o que falha em ser minimamente divertido ou envolvente.

E como diria qualquer pessoa que sobreviveu a um visionamento de Rebel Moon: há males que vêm mesmo para durar… 2 horas e 28 minutos.

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Quando Carl Weathers Deu Um Murro em Stallone (e Ganhou o Papel)

🎬 Existem audições que ficam na história de Hollywood não só pelo talento demonstrado, mas também pelo KOinesperado. A de Carl Weathers para o papel de Apollo Creed em Rocky (1976) é uma dessas lendas – e começa, literalmente, com um murro no queixo.

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Durante o casting para o filme que viria a redefinir o cinema desportivo, Weathers, antigo jogador profissional de futebol americano e então ator pouco conhecido, entrou na sala determinado a mostrar a sua fibra. Num exercício de improviso, foi convidado a simular uns golpes com um certo Sylvester Stallone — que, na altura, ainda não era uma estrela. Ao desferir um soco que acertou em cheio no queixo de Stallone, o ambiente aqueceu.

“Calma, é só uma audição”, avisou Stallone. Mas Weathers, sem reconhecer o ator (e muito menos o guionista da história que tinha em mãos), soltou uma pérola:

“Se eu pudesse fazer isto com um ator verdadeiro, fazia melhor.”

O realizador John G. Avildsen sorriu. E então revelou:

“Este é o ator. E o escritor.”

Depois de um momento de silêncio, Weathers respondeu com franqueza e um toque de ironia:

“Bem, talvez ele melhore.”

A resposta directa, cheia de insolência, conquistou Stallone. E foi assim que Carl Weathers se tornou Apollo Creed — o rival, depois aliado, de Rocky Balboa.


Uma coreografia com 32 páginas… e muitos hematomas

Com o elenco escolhido, havia um desafio técnico por resolver: como filmar combates de boxe que fossem mais intensos, autênticos e emocionantes do que os que o cinema já conhecia?

As primeiras tentativas falharam. Avildsen, Stallone e Weathers tentaram coreografar os golpes num ringue, mas o resultado parecia falso, ensaiado, sem ritmo. Os coordenadores de duplos Paul Stader e George P. Wilbur acabaram por abandonar a produção devido a divergências criativas.

Foi então que Avildsen desafiou Stallone:

“Vai para casa e escreve o combate. Golpe por golpe.”

No dia seguinte, Stallone apareceu com um guião inusitado: 32 páginas só sobre o combate final. Um verdadeiro ballet de socos, esquivas e movimentos perfeitamente cronometrados. Weathers e Stallone ensaiaram durante semanas, num total de mais de 35 horas, para que cada momento do duelo parecesse espontâneo — mas fosse, na verdade, meticulosamente planeado.

E não saíram ilesos: Stallone acabou com costelas negras e Weathers com o nariz danificado. Curiosamente, os ferimentos foram os opostos dos sofridos pelos personagens durante o combate no ecrã.


Muito mais do que um filme de boxe

O sucesso de Rocky é hoje indiscutível. Lançado em 1976 com um orçamento reduzido, tornou-se um fenómeno cultural, venceu o Óscar de Melhor Filme e catapultou Stallone para a ribalta. Mas o que o distingue de tantos outros filmes do género é precisamente o que aconteceu nos bastidores: a paixão, a dedicação, e, claro, o murro involuntário que deu início a tudo.

Apollo Creed não seria Apollo sem a garra de Carl Weathers. E Rocky não seria o mesmo sem aquela química inicial — feita de tensão, choque de egos e uma dose generosa de suor e sangue — entre os dois protagonistas. Ao olhar para trás, percebemos que a história do filme começa, de facto, antes das câmaras rolarem. E que às vezes, um soco no queixo é tudo o que é preciso para se entrar na história do cinema.

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O Poema Que Fez Chorar Johnny Carson: A Comovente Despedida de Jimmy Stewart ao Seu Cão Beau

🎬 Jimmy Stewart foi um dos grandes ícones do cinema norte-americano, um ator que marcou décadas com a sua presença nobre, olhar humilde e voz inconfundível. Mas além de uma carreira recheada de clássicos como It’s a Wonderful Life ou Mr. Smith Goes to Washington, Stewart era também um homem profundamente ligado aos seus afetos — e entre eles, havia um lugar muito especial reservado para os cães.

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Foi no programa The Tonight Show com Johnny Carson, em 1981, que o lendário ator revelou um lado inesperadamente íntimo e tocante do seu mundo pessoal. Com voz trémula, leu um poema escrito por si sobre o seu fiel amigo Beau, um golden retriever que partilhou com ele anos de companheirismo. O que se seguiu foi um dos momentos televisivos mais genuinamente emocionantes da história da televisão americana: tanto Stewart como Carson tentaram, em vão, conter as lágrimas.

Beau, o cão feliz que nunca foi muito obediente

O poema — simplesmente intitulado Beau — começa com humor. Stewart recorda como o seu cão nunca respondia a comandos, preferindo seguir o seu próprio instinto. “A diferença entre um cão treinado e um cão feliz? Prefiro o cão feliz”, disse o ator, resumindo numa frase o espírito livre do seu companheiro. Beau não era modelo de obediência, mas era absolutamente leal. Mordia o carteiro, assustava o leitor do gás, chegou até a incendiar a casa — embora, segundo Stewart, tanto ele como o lar tenham sobrevivido.

Mas à medida que o poema avança, a leveza dá lugar à melancolia. As descrições das rotinas noturnas, dos momentos de silêncio e dos olhares cúmplices entre o dono e o cão ganham um peso maior quando o poema chega ao momento inevitável: a morte de Beau.

Quando um cão parte… mas nunca nos deixa

“E agora ele está morto”, lê Stewart com esforço, antes de descrever como, por vezes, ainda sente Beau a subir para a cama, ou acredita sentir o seu olhar atento no meio da noite. “E estendo a mão para lhe afagar o pelo… e ele não está lá”.

É um poema sobre perda, sim, mas também sobre amor incondicional, companheirismo silencioso e a forma como os cães nos entendem sem palavras. Numa era em que as estrelas de Hollywood raramente mostravam fragilidade, Jimmy Stewart emocionou milhões ao declarar o seu amor eterno por um cão que, como tantos, se tornou mais do que um animal de estimação — tornou-se família.


Um momento que ficou para a história

O vídeo da leitura de Beau continua a ser partilhado até hoje, com milhões de visualizações no YouTube e redes sociais. É um lembrete poderoso de que mesmo os maiores astros da Sétima Arte são, acima de tudo, humanos — e que o amor por um animal pode ser tão profundo e transformador como qualquer outro.

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Stewart viveu até aos 89 anos. A sua carreira foi homenageada com Óscares, medalhas e tributos de Estado. Mas para muitos, o momento mais sincero e comovente da sua vida pública aconteceu ali, naquele estúdio, quando falou de um cão chamado Beau. E de como, mesmo depois da morte, ele continuava a subir para a cama, todas as noites.