
O actor explica por que motivo o remake de 2017… morreu e ficou enterrado
“Se se esquecerem de se divertir, o público não volta” — foi esta, em suma, a mensagem de Brendan Fraser ao recordar o desastre que foi o remake de The Mummy protagonizado por Tom Cruise. Durante a Fan Expo Denver, onde se reuniu com os colegas de elenco da icónica versão de 1999, Fraser não poupou nas palavras ao comparar os dois filmes — e as razões por que um deles continua a ser adorado e o outro foi, literalmente, mumificado.
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A versão original, realizada por Stephen Sommers, tornou-se um fenómeno inesperado no final dos anos 90, misturando aventura ao estilo Indiana Jones com sustos de sarcófago e muita auto-ironia. E foi precisamente esse tom “divertido e empolgante” que, segundo Fraser, faltou à versão mais sombria e ambiciosa de Cruise.
“A resposta é simples: é preciso dar às pessoas o que elas realmente querem. Se nos desviamos desse caminho… já era”, disse o actor, sublinhando que os seus filmes (com excepção de O Túmulo do Imperador Dragão) funcionaram porque eram acima de tudo um “passeio cheio de adrenalina”.
Uma maldição chamada Dark Universe

O The Mummy de 2017 era suposto ser o pontapé de saída do Dark Universe, uma tentativa da Universal de ressuscitar os seus monstros clássicos com produções modernas e interligadas. Mas o projecto afundou-se ao primeiro passo, com críticas negativas, más receitas de bilheteira e a clara ausência de alma — ou diversão. O tom ultra-sério, quase clínico, afastou os fãs e fez com que a múmia de Cruise ficasse esquecida.
“Sabemos todos como é difícil fazer este tipo de filme”, reconheceu Fraser. “Mas tem de haver prazer. A versão de 1999 resultou porque as pessoas queriam repetir a experiência.”
Uma quarta aventura? Fraser não diz não
Apesar da recepção morna ao terceiro filme (Tomb of the Dragon Emperor), e da sua longa ausência de Hollywood, Brendan Fraser nunca fechou a porta a regressar ao papel de Rick O’Connell. Aliás, em 2023, durante a promoção do seu regresso triunfal com The Whale, o actor confessou:
“Soa a divertido. Estou sempre à procura de trabalho. E nunca fui tão famoso… nem tão mal pago como agora.”
Com ele e Michelle Yeoh a somarem Óscares desde a última vez que se cruzaram na saga, é difícil imaginar The Mummy 4 a avançar num futuro próximo. Ainda assim, o relançamento em sala da versão original, que arrecadou mais de 1 milhão de dólares, provou que o amor do público pela múmia ainda não apodreceu.
Entretanto, a Universal já contratou Lee Cronin (Evil Dead Rise) para realizar uma nova versão de The Mummy, desta vez com um registo mais de terror puro. O que poderá significar que o legado de Fraser fica em repouso. Por enquanto. Porque, como sabemos, no cinema… os mortos nunca estão completamente mortos.
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A Versão de 1999 pode ser vista no Prime Video e a versão de 2017 pode ser vista no Netflix e Prime Video.
Os restantes filmes do primeiro franchising podem ser alugados ou comprados na Prime Video, Apple TV e Google.
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