Tommy Shelby troca o exílio pelo caos da guerra
Tommy Shelby troca o exílio pelo caos da guerra – e os fãs portugueses já têm data marcada para o reencontro com o líder dos Peaky Blinders.
Quando a sexta temporada de “Peaky Blinders” chegou ao fim, em 2022, ficou a sensação de despedida… mas nunca de encerramento definitivo. Steven Knight sempre prometeu que a história da família Shelby terminaria no grande ecrã, e agora essa promessa ganha forma com “Peaky Blinders: The Immortal Man”, filme que já tem data de estreia em Portugal: 20 de Março, na Netflix.
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A notícia foi confirmada esta sexta-feira, 5 de Dezembro, e bastou a sinopse oficial para incendiar novamente o entusiasmo dos fãs. Estamos em Birmingham, 1940, em plena Segunda Guerra Mundial. Tommy Shelby regressa de um exílio auto-imposto para enfrentar “o seu acerto de contas mais destrutivo de sempre”. Com o futuro da família e do país em jogo, o patriarca dos Peaky Blinders terá de enfrentar os seus próprios demónios e decidir se enfrenta o seu legado… ou se o deixa arder até às cinzas. Por ordem dos Peaky Blinders, claro.
Cillian Murphy volta a vestir o boné 🪖
Depois de conquistar o Óscar com “Oppenheimer”, Cillian Murphy regressa à personagem que o transformou num ícone da cultura pop televisiva: Thomas “Tommy” Shelby. O actor volta a liderar um elenco de luxo onde encontramos Rebecca Ferguson, Barry Keoghan, Tim Roth e Stephen Graham, nomes que prometem trazer novas camadas de tensão, intriga e perigo à já de si explosiva mitologia de “Peaky Blinders”.
Mas o filme não esquece as raízes. Vários rostos familiares da série regressam, incluindo Sophie Rundle, Ned Dennehy e Packy Lee, garantindo que o universo dos Shelby mantém a sua continuidade emocional. A realização fica a cargo de Tom Harper, que já tinha trabalhado na série e conhece de perto o equilíbrio muito particular entre violência, estilo e tragédia que definiu o fenómeno.
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Da BBC ao topo da Netflix: a ascensão dos Shelby
“Peaky Blinders” estreou em 2013 na BBC, quase como um “gangster drama” de nicho, mas depressa se transformou numa das séries mais influentes da última década. O salto para a Netflix deu-lhe exposição global e transformou a família Shelby num caso raro: um gangue brutal de Birmingham que se tornou objecto de culto de milhões de espectadores.
Inspirada numa gangue real que actuava na cidade no início do século XX, a série acompanha a ascensão dos Shelby a partir do submundo de apostas ilegais, contrabando e violência, até ao confronto com políticos, aristocratas e forças internacionais. Tudo isto embrulhado numa estética marcante – fatos impecáveis, navalhas cosidas nos bonés, cigarro eterno nos lábios de Tommy – e numa banda sonora moderna que aproximou o universo da série de uma espécie de rock operático criminal.
Ao longo das seis temporadas, “Peaky Blinders” destacou-se pela narrativa intensa, pelos confrontos de poder, pelas lealdades quebradas e pela forma como retratou um protagonista em permanente guerra consigo próprio. Muito antes de “The Immortal Man”, Tommy Shelby já parecia alguém a desafiar a morte – física, moral e espiritual.
Do fim da série ao salto para o cinema
O final da sexta temporada, em 2022, foi apresentado como o encerramento da série televisiva, mas também como um ponto de viragem. Steven Knight deixou claro que a saga não acabaria ali e que o capítulo final seria contado em formato de longa-metragem. “The Immortal Man” é, portanto, menos um “spin-off” e mais o passo seguinte natural, pensado desde cedo como o clímax da história.
As filmagens terminaram em Dezembro de 2024, aumentando a impaciência dos fãs, que passaram meses a especular sobre o enredo, o destino de Tommy e o papel da Segunda Guerra Mundial neste universo. A sinopse agora revelada confirma que o conflito global será mais do que cenário: é a pressão máxima sobre um homem que sempre viveu em guerra, mas que desta vez pode ter mais a perder do que nunca.
O que esperar de “The Immortal Man”?
Sem grandes revelações de enredo, o material oficial sugere um Tommy empurrado para o limite, obrigado a regressar de um exílio onde, claramente, não encontrou paz. A ideia de “acerto de contas mais destrutivo de sempre” aponta para um confronto final em várias frentes: familiar, política, íntima.
A referência ao “legado” que pode ser destruído ou deixado arder até às cinzas também abre caminho a um filme que não se limita a prolongar a série, mas que pode questionar o próprio mito dos Peaky Blinders. Depois de anos a construir um império através da violência, o que é que realmente sobra para Tommy? Família? Culpa? Um lugar na História? Ou apenas cinza e fumo de cigarro?
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Para já, o que os fãs portugueses sabem é o essencial: “Peaky Blinders: The Immortal Man” chega à Netflix a 20 de Março, e a data já pode ser sublinhada a vermelho no calendário. Até lá, é tempo de tirar o pó ao boné, aquecer um whisky e preparar-se para regressar a Birmingham, onde a família Shelby ainda tem contas a ajustar com o mundo – e com o próprio passado.



























