Roofman: Channing Tatum conheceu Peter Dinklage pela primeira vez… completamente nu

Um encontro inesperado no set

O novo filme Roofman, de Derek Cianfrance, tem dado que falar não apenas pelo enredo insólito — a história verídica de Jeffrey Manchester, um fugitivo que se escondeu nos corredores de uma loja Toys “R” Us — mas também pelos bastidores.

O realizador revelou à People que o primeiro encontro entre Channing Tatum e Peter Dinklage aconteceu durante uma cena em que o ator de Magic Mike estava em “full monty”:

“Há uma grande cena em que o personagem de Peter apanha o Channing a tomar banho a meio da noite. Podemos escrever isso no guião, mas depois alguém tem de o filmar. E o Channing teve de aparecer.”

A primeira impressão

Segundo Cianfrance, não houve duplos nem truques de câmara: Tatum estava realmente nu durante a cena — e esse foi o momento em que Dinklage o viu pela primeira vez.

“Foi divertido ver os dois a interagir dessa forma. Era exatamente a surpresa que eu queria. Mantive os atores afastados antes da rodagem para que a primeira reação fosse genuína. Assim, a primeira vez que Peter viu o Channing foi em full monty.”

Romance e crime num só filme

Apresentado no Festival Internacional de Cinema de TorontoRoofman mistura comédia romântica e drama criminal. No elenco, além de Tatum e Dinklage (que interpreta Mitch, o gerente da loja), está também Kirsten Dunst como Leigh, a funcionária que se envolve com o fugitivo.

O filme chega às salas de cinema dos EUA a 10 de outubro. Em Portugal, a estreia ainda não tem data confirmada, mas é um dos títulos mais comentados da temporada de festivais — tanto pelo seu enredo improvável como pelos momentos inesperados nos bastidores.

Daniel Day-Lewis Quebra o Silêncio: “Nunca Quis Aposentar-me, Devia Ter Ficado Calado”

O regresso do mestre após oito anos afastado

Ele é considerado um dos maiores atores de sempre, dono de três Óscares de Melhor Ator, e em 2017 surpreendeu o mundo ao anunciar a sua retirada do cinema. Agora, Daniel Day-Lewis, 68 anos, regressa aos ecrãs e admite que a sua “reforma” nunca foi intencional.

Em entrevista à Rolling Stone, o protagonista de Lincoln e There Will Be Blood esclareceu:

“Nunca tive a intenção de me aposentar, de verdade. Apenas deixei de fazer esse tipo de trabalho para me dedicar a outras coisas. Aparentemente já fui acusado de me reformar duas vezes… Eu só queria trabalhar noutra área por um tempo. Olhando para trás, devia era ter ficado calado.”

Um regresso em família: 

Anemone

Day-Lewis manteve-se fora da ribalta quase uma década, até anunciar em 2024 o seu regresso no filme Anemone, realizado pelo seu filho de 27 anos, Ronan Day-Lewis. Pai e filho assinam juntos o argumento de uma história sobre os laços entre pais, filhos e irmãos, com estreia marcada para 3 de outubro.

O elenco conta ainda com Sean Bean e Samantha Morton, sob a chancela da Focus Features.

Amor pela arte, medo da exposição

Apesar da pausa, Day-Lewis garante que nunca perdeu o fascínio pela arte da representação:

“O trabalho era algo que eu amava. Nunca deixei de amar. Mas havia aspetos da vida que acompanhava esse trabalho com os quais nunca me senti confortável. Desde o início, até hoje, havia sempre algo nesse processo que me deixava esgotado.”

O ator confessou também ter sentido ansiedade em regressar à máquina de Hollywood, temendo o peso da indústria após tantos anos afastado.

O peso de um legado único

Antes de Phantom Thread (2017), que marcou a sua “despedida”, Day-Lewis já tinha conquistado três Óscares por O Meu Pé Esquerdo (1989), Haverá Sangue (2007) e Lincoln (2012), além de nomeações por Em Nome do PaiGangues de Nova Iorque e o próprio Phantom Thread.

Com Anemone, prova que o talento e a tentação de regressar nunca o abandonaram. Como ele próprio ironizou:

“Achei que ao dizer que não voltaria a atuar, ia proteger-me de futuras tentações. Mas o facto de ter voltado mostra apenas que não sou tão orgulhoso quanto pensava.”

The Christophers: Ian McKellen é a Alma do Novo Drama Boémio de Steven Soderbergh

Toronto assiste a um Soderbergh mais íntimo

Steven Soderbergh pode ter anunciado a sua “reforma” em 2012, mas o que se viu desde então foi um realizador rejuvenescido, a experimentar géneros e a desafiar convenções. Em estreia no Festival Internacional de Cinema de TorontoThe Christophers confirma essa fase mais pessoal e excêntrica do cineasta: um filme sobre arte, falsificação e identidade, que foge ao típico heist movie para mergulhar em questões existenciais.

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Uma história de artistas e falsificações

No centro da narrativa está Julian Sklar, interpretado por um magistral Ian McKellen, um artista britânico em fim de vida, outrora ícone da cena pop-art londrina dos anos 60 e 70. Sklar tem uma série inacabada de retratos, conhecidos como The Christophers, que o mercado da arte deseja avidamente.

É então que entra em cena Lori (Michaela Coel), restauradora de arte com um passado de falsificadora. Contratada pelos filhos do artista (Jessica Gunning e James Corden), a proposta é simples: terminar as pinturas como se fossem dele. O encontro entre estes dois mundos — a irreverência envelhecida de Sklar e a determinação enigmática de Lori — gera uma relação improvável, feita de cumplicidade, choque e uma verdade desconfortável sobre a autenticidade na arte.

McKellen como o coração do filme

A crítica internacional é unânime: McKellen é a alma do filme. Aos 86 anos, dá corpo e vulnerabilidade a um homem que se confronta com a mortalidade e com os fantasmas da sua carreira. Há melancolia, humor ácido e até ternura, numa performance que muitos apontam já como digna de nomeação.

Michaela Coel oferece o contraponto ideal, embora a personagem nunca seja tão explorada quanto Sklar. Ainda assim, o duelo entre os dois sustenta um filme que, em vez de reviravoltas típicas de Soderbergh, prefere deixar perguntas em aberto: se um artista participa na sua própria falsificação, será ainda falsificação?

Entre sátira e emoção

O tom é mais emocional do que se esperaria de Soderbergh. Ao mesmo tempo que satiriza o mundo da arte — com tiradas como a de Sklar, que considera as piores obras do mundo “cães a jogar póquer — e todo o Warhol” —, o realizador questiona a validade da obra e do artista, e o papel da crítica no processo.

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Sem a necessidade de um “grande twist”, The Christophers apresenta-se como uma reflexão boémia sobre arte, legado e mortalidade. Se a mensagem pode soar opaca, o resultado é garantido: um filme sustentado na força de McKellen, que prova mais uma vez que é um dos grandes atores vivos.

Hamnet: Chloé Zhao Regressa em Força com Shakespeare e Paul Mescal

Um drama íntimo que já sonha com os Óscares

Depois do êxito arrebatador de Nomadland, que lhe valeu três estatuetas douradas, incluindo o Óscar de Melhor Realização, Chloé Zhao regressa ao cinema de autor com Hamnet. O filme, exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto, surge já como um dos favoritos para a temporada de prémios e promete emocionar plateias em todo o mundo.

Inspirado no romance homónimo de Maggie O’Farrell, o filme imagina a vida íntima de William Shakespeare(interpretado por Paul Mescal) e da sua esposa Agnes (papel de Jessie Buckley), centrando-se na tragédia da perda do filho, Hamnet — cujo nome, segundo estudiosos, seria praticamente indistinguível de Hamlet na Inglaterra isabelina.

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Shakespeare, amor e luto

A narrativa especula que Agnes terá encorajado William a seguir sozinho para Londres, acreditando na força do seu amor. Mas numa época assolada pela peste e pela mortalidade infantil, a dor da separação e da perda acaba por transformar o casamento numa ferida aberta.

Chloé Zhao assume aqui uma abordagem mais cronológica do que no livro, colocando em primeiro plano o luto e a dor que terão marcado o dramaturgo e inspirado a sua obra-prima. A intensidade das cenas levou muitos em Toronto às lágrimas, num retrato cru e poético do amor e da tragédia.

O percurso de Zhao: entre horizontes e intimismo

A realizadora recordou em Toronto a sua própria jornada — desde os tempos em que era uma “aluna de intercâmbio esquisita” num colégio britânico, sem saber falar inglês, até ao reconhecimento máximo em Hollywood.

Depois de The Rider (2017) e do fenómeno Nomadland (2020), Zhao teve uma incursão atribulada nos super-heróis da Marvel com Eternals, mas em Hamnet reencontra o território que a consagrou: um cinema mais íntimo, poético e profundamente humano.

“Passei os meus trintas a fazer filmes sobre horizontes e pores do sol”, confessou a realizadora. “Agora, nos meus quarentas, percebo que estava a fugir de mim mesma — tal como o Will em Hamnet.”

Paul Mescal e Jessie Buckley em destaque

O filme volta a reunir dois dos atores mais talentosos da sua geração. Mescal, nomeado ao Óscar por Aftersun, e Buckley, também já distinguida pela Academia, dão corpo a um casal dilacerado pela distância e pela perda, em interpretações que a crítica descreve como intensas e devastadoras.

Há ainda espaço para o jovem Noah Jupe, que interpreta um ator no mítico Globe Theatre. Mesmo com o papel em reescrita durante a rodagem, Zhao exigiu que decorasse cada linha da peça, para estar sempre preparado — uma prova da exigência e perfeccionismo da realizadora.

De Toronto para os Óscares

Sem data de estreia em Portugal, Hamnet já é visto como um dos grandes concorrentes da próxima temporada de prémios. Mais do que preencher lacunas históricas, Zhao oferece uma visão pessoal de Shakespeare: menos génio distante, mais homem vulnerável.

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Se Nomadland foi o filme que a colocou no mapa dos Óscares, Hamnet pode muito bem consolidar Chloé Zhao como uma das vozes mais importantes e ousadas do cinema contemporâneo.

Brooke Hogan Vai ao Lançamento de Documentário Polémico Sobre o Pai Enquanto Nick Hogan Avança com Processo Judicial

Divisão familiar em torno do legado de Hulk Hogan

A morte de Hulk Hogan, em julho deste ano, continua a gerar polémica dentro da própria família do lendário lutador. Enquanto o filho, Nick Hogan, tenta travar judicialmente a estreia de um documentário sobre o escândalo da sex tape do pai, a filha, Brooke Hogan, confirmou a sua presença na primeira exibição do filme em Tampa.

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Intitulado Video Killed The Radio Star: The Untold Story Of The Hulk Hogan Sex Tape Scandal, o documentário foi produzido em parceria com Bubba “The Love Sponge”, ex-amigo próximo de Hogan e figura central no caso.

Brooke defende o projeto e a memória do pai

Brooke justificou a sua decisão como um gesto de solidariedade para com Bubba, que descreve como uma presença constante na vida do pai: “Sei que ele foi um verdadeiro amigo para o meu pai e um tio para nós”, declarou.

A ex-estrela de reality show acrescentou que o documentário ajudará a expor as injustiças do escândalo: “Se há algo que este filme mostra, é que o meu pai foi vítima de um crime. O sistema falhou e deixou os culpados saírem impunes.”

Nick Hogan recorre aos tribunais

Do outro lado, Nick apresentou uma ação judicial para travar o lançamento do filme, alegando que Bubba está a usar a imagem e a marca do pai sem autorização. O filho de Hogan denuncia ainda que o documentário inclui imagens não autorizadas da sex tape, algumas das quais já terão surgido num trailer.

Nick sustenta que a divulgação violaria um acordo confidencial assinado entre Hogan e Bubba em 2012, após o escândalo vir a público.

Questões em torno da morte do lutador

A controvérsia em torno do documentário soma-se às dúvidas levantadas pela família sobre a morte de Hulk Hogan. Brooke chegou a inspecionar pessoalmente o corpo do pai na morgue, temendo que tivesse sido cremado sem autópsia completa, e garantiu que ele ainda estava com a sua icónica bandana.

Já a viúva, Sky Daily, sugeriu possível negligência médica após uma cirurgia ao pescoço realizada em maio. Segundo a família, a operação pode ter danificado um nervo crucial, comprometendo a respiração de Hogan e agravando os problemas cardíacos que levaram à sua morte.

Um legado marcado por glória e polémica

Enquanto fãs e familiares continuam a homenagear a carreira de Hulk Hogan, a estreia do documentário ameaça acentuar divisões internas. Brooke aposta que o filme trará justiça à memória do pai; Nick luta para o impedir.

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Resta saber se o projeto será exibido sem restrições — e como o resto da família reagirá a mais este capítulo de uma história que mistura glória, escândalo e mistério em torno da lenda do wrestling.

Orlando Bloom Não Quer Ver Outro Ator a Ser Legolas em The Hunt for Gollum 

“Eu odiaria ver outra pessoa no papel”

Para Orlando Bloom, há papéis que não se partilham. O ator britânico, hoje com 48 anos, deixou claro em entrevista ao programa Today (via EW) que não gostaria de ver outro ator a assumir a pele do elfo Legolas no próximo filme da Terra Média, The Hunt for Gollum, realizado por Andy Serkis.

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“Escutem, eu odiaria ver outra pessoa que não eu a interpretar o Legolas. O que é que vão fazer? Pôr outro no papel? Hoje em dia, com a IA, tudo é possível…”, disse Bloom, meio a brincar, meio a sério.

O enredo: entre 

O Hobbit

 e 

O Senhor dos Anéis

A nova produção da Warner Bros. situar-se-á entre os acontecimentos de O Hobbit e A Irmandade do Anel. A trama vai acompanhar a perseguição a Gollum, levado a cabo por Gandalf e Aragorn, numa tentativa de impedir que o Um Anel volte às mãos de Sauron.

Essa busca já tinha sido brevemente mencionada na trilogia de Peter Jackson, nomeadamente na cena em que Gollum, sob tortura, revela as palavras “Bolseiro” e “Comarca”.

Regressos confirmados — e uma dúvida chamada Legolas

O veterano Ian McKellen já confirmou o regresso como Gandalf, e Elijah Wood voltará a interpretar Frodo. Quanto a Legolas, a presença ainda não está confirmada. Bloom confessou que não recebeu qualquer convite oficial até ao momento:

“Para ser honesto, não ouvi nada sobre isso. Eu sei que o filme é centrado no Gollum, por isso tudo é possível. Até porque já voltei ao papel nos filmes de O Hobbit.”

Um papel que marcou gerações

Bloom viveu Legolas nas três longas-metragens de O Senhor dos Anéis e nos dois últimos filmes da trilogia O Hobbit. Apesar das incertezas, o ator não esconde o carinho pelo personagem: “É um papel incrível. Sou muito grato por ter feito parte destes filmes.”

Em junho, Bloom já tinha admitido que voltaria “sem hesitar” a ser Legolas, embora reconhecesse que hoje em dia precisaria de algum retoque digital para recuperar a juventude do elfo.

A caminho da Nova Zelândia

As filmagens de The Hunt for Gollum arrancam no próximo ano na Nova Zelândia, com estreia marcada para 15 de dezembro de 2027. Até lá, a grande questão que permanece é: veremos Orlando Bloom novamente com arco e flechas em Lothlórien?

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Exit 8: O Labirinto Psicológico de Genki Kawamura Que Transforma o Metro Num Purgatório

Do jogo de culto ao grande ecrã

O realizador Genki Kawamura (A Hundred Flowers) mergulha no universo dos videojogos para criar Exit 8, adaptação de um jogo japonês de culto que estreou a 3 de setembro. Longe de ser apenas mais uma experiência estilística, o filme reinventa a lógica minimalista do jogo e transforma-a numa metáfora poderosa sobre o conformismo e as ansiedades de uma sociedade que parece andar em círculos.

Uma rotina que se torna pesadelo

O protagonista — um homem comum, sem traços distintivos — é apresentado num longo plano-sequência em primeira pessoa, enquanto ouve o Bolero de Ravel numa carruagem de metro lotada. A monotonia cede lugar à inquietação quando, ao sair, percebe que está preso num corredor interminável.

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A lógica é simples, mas implacável: se encontrar uma anomalia — um néon que pisca, um som fora do lugar, uma diferença subtil numa parede — deve recuar; se nada detetar, deve avançar. Um erro, e tudo recomeça do nível zero. O objetivo: alcançar o enigmático “nível 8” para escapar do ciclo.

Entre Escher, Ravel e Kubrick

Kawamura transforma este mecanismo numa experiência cinematográfica hipnótica. O motivo do “8” é explorado como símbolo de infinito, enquanto o Bolero de Ravel, com a sua cadência repetitiva, reforça a sensação de claustrofobia. As ilusões de ótica de M. C. Escher surgem como referência visual, tal como o cinema de Stanley Kubrick, evocado numa cena que cita diretamente The Shining.

O resultado é um thriller psicológico que prende o espectador ao mesmo jogo do protagonista: observar compulsivamente a imagem, à procura do detalhe que denuncia a anomalia.

Capítulos que renovam o enigma

Para evitar que o conceito se esgote, o filme divide-se em três capítulos, mudando de perspetiva: do Homem Perdido ao Homem que Caminha, até chegar à visão da Criança. Kawamura mantém o mistério sobre a ligação entre estas figuras, relançando constantemente a narrativa sem entregar respostas fáceis.

A metáfora da paternidade e do conformismo

Para além da superfície lúdica, Exit 8 é atravessado por uma reflexão simbólica: o medo da paternidade e da responsabilidade, tema que se repete na trajetória das personagens. Ao mesmo tempo, o ciclo infinito no labirinto do metro ecoa como alegoria de uma sociedade incapaz de reconhecer as suas próprias falhas e disfunções.

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O resultado é um grande oito psicológico e existencial, onde suspense, estranheza e reflexão se entrelaçam. Uma obra que, tal como o seu herói, desafia o público a não se perder no labirinto.

Critterz: OpenAI Quer Levar o Primeiro Filme Feito com IA ao Festival de Cannes

Inteligência artificial no grande ecrã

OpenAI está a dar um salto inédito: depois de revolucionar a escrita e a criação de imagens, a empresa aposta agora no cinema. O projeto chama-se Critterz, um filme de animação que pretende provar que a inteligência artificial consegue produzir longas-metragens mais rápidas e baratas do que os métodos tradicionais.

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Segundo o Wall Street Journal, o objetivo é claro: mostrar em Cannes que a IA também pode competir no grande ecrã.

Da curta ao filme de animação

A ideia nasceu em 2023, quando Chad Nelson, especialista criativo da OpenAI, realizou uma curta-metragem com recurso ao DALL-E, o gerador de imagens da empresa. Três anos depois, decidiu expandir o conceito e transformar a experiência num filme de animação completo.

A história acompanha um grupo de criaturas da floresta que parte numa grande aventura. O guião contou com contributos de membros da equipa criativa de Paddington in Peru.

A produção junta a OpenAI aos estúdios Vertigo e Native Foreign, especializados em projetos que cruzam ferramentas de IA com técnicas tradicionais de animação.

Um processo acelerado e low budget

O orçamento de Critterz é inferior a 30 milhões de dólares, valor bastante abaixo dos custos médios de uma animação de estúdio. A diferença não está apenas no dinheiro: a equipa espera concluir a produção em nove meses, em vez dos habituais três anos.

“OpenAI pode fazer demonstrações do que os seus sistemas conseguem, mas um filme é uma prova muito mais convincente”, explicou Nelson.

Além de ChatGPT-5 e modelos de geração de imagem, a produção também contará com artistas responsáveis por croquis iniciais e atores contratados para dar voz às personagens.

Uma estreia com ambição

O filme está em produção e a equipa espera apresentar a versão longa no Festival de Cannes, antes de uma estreia em sala prevista para 2026. Caso seja bem-sucedido, Critterz poderá acelerar a adoção de IA em Hollywood, abrindo portas a criadores com menos recursos.

Uma indústria em debate

Apesar do entusiasmo tecnológico, o tema continua controverso. Em 2023, sindicatos de atores em Hollywood entraram em greve precisamente para exigir salvaguardas contra o uso da IA na escrita de guiões e na clonagem de vozes e imagens.

Além disso, grandes estúdios como DisneyNBC Universal e Warner Bros. Discovery moveram processos contra empresas como a Midjourney, acusando-as de usar material protegido por direitos de autor para treinar os seus modelos.

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Seja como for, Critterz poderá tornar-se o primeiro grande teste da inteligência artificial nas luzes da ribalta de Cannes.

Riefenstahl: O Documentário Que Reabre o Debate Sobre a Cineasta de Hitler

Um olhar sobre a artista e o peso da propaganda

Estreado nos EUA, Riefenstahl, novo documentário de Andres Veiel com produção de Sandra Maischberger, mergulha no espólio pessoal da realizadora alemã que revolucionou a linguagem cinematográfica — mas ao serviço do nazismo.

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Responsável por filmes como Triumph of the Will (1935) e Olympia (1938), Leni Riefenstahl foi pioneira na forma como filmava multidões, desportistas e eventos de massas, mas a sua proximidade a Hitler e o papel central na propaganda do Terceiro Reich tornaram-na uma figura maldita da História do cinema.

Acesso ao arquivo secreto

Depois da morte do marido de Riefenstahl, em 2016, Maischberger conseguiu acesso ao arquivo da cineasta, guardado pela Fundação do Património Cultural Prussiano. Foram 700 caixas com fotografias, documentos, gravações e até rascunhos não editados da sua autobiografia. Esse material permitiu a Veiel construir um retrato mais completo da artista, revelando contradições e detalhes até agora pouco conhecidos, como a relação com um pai autoritário e registos fotográficos de encontros pessoais com Hitler e Goebbels.

“Quero compreender, mas não exonerar”, sublinha Veiel, defendendo que o filme distingue claramente a análise da cumplicidade.

Entre a inovação e a responsabilidade

O documentário mostra como Riefenstahl se deixou seduzir por Hitler desde 1932, ano em que afirmou sentir-se “capturada por uma força magnética” após ouvir um discurso do ditador. O resultado foi Triumph of the Will, obra que cristalizou a imagem mítica do Führer, filmado como uma figura quase divina a descer dos céus.

Embora nunca tenha sido membro oficial do partido nazi, Riefenstahl usou prisioneiros de etnia cigana durante as filmagens de Tiefland (anos 40), que mais tarde seriam deportados para Auschwitz. A realizadora negou sempre ter conhecimento do destino dessas pessoas, insistindo em apresentar-se como “apenas uma artista”.

Uma figura controversa e atual

Após a guerra, Riefenstahl sentiu-se perseguida, sobretudo quando comparada a realizadores como Veit Harlan, que colaborou com o regime e conseguiu manter uma carreira no pós-guerra. Já ela só lançou dois filmes depois de 1945: Tiefland (estreado em 1954) e Impressions Under Water (2002).

Para Veiel e Maischberger, revisitar a sua obra é essencial no contexto atual de ascensão do populismo de extrema-direita. “Olhar para Leni Riefenstahl é sempre olhar para nós próprios”, afirma Maischberger.

Entre a arte e o perigo da sedução

Riefenstahl questiona até que ponto a inovação estética pode ser desligada da ideologia que serve. Como nota Veiel, “há uma diferença entre compreender e desculpar. E não há desculpa possível para a sua responsabilidade e culpa”.

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O resultado é um documentário que não procura limpar a imagem da realizadora, mas sim confrontar os limites entre arte, propaganda e responsabilidade histórica.

Poetic License: A Estreia de Maude Apatow na Realização Divide Críticos em Toronto

Um retrato intergeracional com muito coração, mas pouca direção

Apresentado na secção Special Presentations do Festival de TorontoPoetic License marca a estreia de Maude Apatowcomo realizadora. O filme é descrito pela crítica internacional como uma comédia universitária calorosa e bem interpretada, mas também genérica e sem rumo definido.

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A história acompanha Liz (Leslie Mann), uma mulher de meia-idade que, ao mudar-se para uma nova cidade com o marido (Method Man), decide frequentar uma aula de poesia para ocupar o tempo. Enquanto o marido e a filha Dora (Nico Parker) se adaptam facilmente ao novo ambiente, Liz sente-se deslocada e acaba por se aproximar de dois estudantes: Sam (Andrew Barth Feldman) e Ari (Cooper Hoffman), que rapidamente a transformam numa figura de admiração e conselheira.

Triângulo improvável e conflitos familiares

O enredo mistura elementos de coming-of-age e comédia romântica enviesada: Ari é um jovem rico, sem grandes objetivos além de querer viver com Sam; este, por sua vez, prefere a vida de dormitório, tem ambições académicas em economia e uma namorada (Maisy Stella) que irrita o amigo. Liz, ex-terapeuta de casais, percebe logo a dependência entre os dois rapazes, mas aproxima-se deles tanto pela curiosidade como pela vontade de revisitar a própria juventude.

Enquanto Sam e Ari competem pela sua atenção, Liz lida com o vazio deixado pela independência crescente da filha e com um casamento pouco inspirador.

Críticas à falta de foco

Segundo a imprensa presente em Toronto, Poetic License sofre de uma execução dispersa. A narrativa “vagueia de cena em cena sem grande visão”, com momentos emocionais interrompidos antes de poderem ganhar profundidade. As aulas de poesia, por exemplo, raramente abordam a escrita ou o ofício, servindo mais como pano de fundo cómico para a professora excêntrica interpretada por Martha Kelly.

A crítica aponta ainda que elementos como “poesia” ou “economia” parecem escolhidos ao acaso, sem real impacto na construção das personagens. Method Man surge mal aproveitado e pouco convincente como académico, enquanto Nico Parker, embora competente, não recebe material suficiente para brilhar.

Os pontos fortes: elenco e química

Apesar das fragilidades do guião, o elenco é amplamente elogiado. Leslie Mann, com a sua habitual leveza cómica, lidera a narrativa com charme. Cooper Hoffman é destacado como o grande ladrão de cenas, trazendo dimensão a um personagem que podia facilmente ser irritante. E a relação entre Mann e Parker confere ao filme alguns dos momentos mais ternos, revelando o olhar carinhoso de Apatow sobre a mãe.

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Um começo promissor, mas irregular

Com 1h57 de duração, Poetic License mostra que Maude Apatow tem potencial como realizadora, sobretudo na forma como dirige os atores e capta intimidade em pequenos gestos. No entanto, a crítica sublinha que o filme, apesar de bem-intencionado e “de grande coração”, se dissipa rapidamente da memória quando terminam os créditos.

Cliffhanger: Reboot Com Pierce Brosnan e Lily James Já Tem Sequela em Preparação

Confiança total antes da estreia

Ainda nem estreou e já está garantida uma continuação. O reboot de Cliffhanger, clássico de ação de 1993 protagonizado por Sylvester Stallone, encontra-se em pós-produção e, segundo o Deadline, já tem uma sequela em desenvolvimento. A notícia demonstra a confiança dos produtores — Rocket Science e Thank You Pictures — num projeto que promete combinar espetáculo visual com um novo olhar para a história.

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Do legado de Stallone à visão de Collet-Serra

Originalmente pensado como uma sequela com Stallone a regressar ao papel de Gabe Walker, o projeto acabou por seguir uma direção diferente. O novo filme é realizado por Jaume Collet-Serra (OrphanThe Shallows), a partir de um conceito de Ana Lily Amirpour (A Girl Walks Home Alone at Night), com argumento final de Melanie Toast.

Descrito como uma versão “pai e filha de Die Hard”, o reboot acompanha Naomi (Lily James) e Ray (Pierce Brosnan), donos de um negócio de escalada nos Alpes italianos, que se veem forçados a enfrentar inimigos perigosos após um acontecimento trágico. O elenco inclui ainda Nell Tiger FreeFranz RogowskiAssaad BouabSuzy Bemba e Bruno Gouery.

Filmado nas Dolomitas e com pouco recurso a CGI

Tal como o original de Renny Harlin, rodado nas Montanhas Rochosas, este novo Cliffhanger aposta em cenários reais para aumentar o realismo. O filme foi filmado nas Dolomitas, em Itália, com recurso a câmaras de grande formato e foco em efeitos práticos em vez de CGI — uma promessa que deve agradar aos fãs das acrobacias e sequências de escalada que marcaram o filme de 1993.

Lily James na pele de alpinista

Em declarações à The Hollywood Reporter, Lily James revelou que se preparou intensamente para o papel: “Fiz cinco horas de escalada por dia durante semanas, fiz todas as minhas próprias cenas de escalada e cheguei a fazer flexões entre as filmagens para ganhar força.”

A atriz descreveu o projeto como “uma reimaginação muito cool” que, apesar de surpreender em vários momentos, “mantém toda a glória emocionante do original”.

O legado de um clássico de bilheteira

Cliffhanger de 1993, protagonizado por Stallone, foi um enorme sucesso, com 255 milhões de dólares de bilheteira mundial a partir de um orçamento de 65 milhões, além de três nomeações aos Óscares, incluindo Melhores Efeitos Visuais.

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Com Brosnan, James e Collet-Serra ao leme, a nova versão pretende honrar esse legado ao mesmo tempo que introduz uma abordagem contemporânea. Ainda sem data oficial de estreia, o filme terá lançamento em sala, incluindo exibição em IMAX. Quanto à sequela, fica a promessa: está em preparação, mas os detalhes permanecem em segredo.

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A saga de um espião que não morre

Já lá vão mais de 20 anos desde que Matt Damon encarnou pela primeira vez Jason Bourne, o assassino amnésico que redefiniu o cinema de ação moderno. A franquia, baseada nos livros de Robert Ludlum, arrecadou mais de 1,6 mil milhões de dólares em bilheteira mundial, mas desde Jason Bourne (2016) que o futuro da saga tem sido incerto.

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Agora, os rumores reacenderam-se: Edward Berger, realizador de All Quiet on the Western Front (Óscar de Melhor Filme Internacional em 2023), confirmou estar em negociações para desenvolver um novo capítulo da história.

As palavras do realizador

Em entrevista à The Hollywood Reporter, Berger deixou claro que só avançará com o projeto se sentir que há algo de novo a acrescentar:

“Estou disponível para desenvolver um filme Bourne, e farei isso se o Matt também quiser. Será necessário sentirmos que estamos a adicionar algo realmente novo aos grandes filmes Bourne que já existem. Caso contrário, não faz sentido.”

O realizador destacou ainda que adoraria fazer um blockbuster divertido e envolvente, mas que não quer repetir fórmulas gastas.

Damon abre a porta ao regresso

O próprio Matt Damon já tinha elogiado Berger em fevereiro de 2024, quando foi questionado sobre o futuro da saga:

“Há um grande realizador chamado Edward Berger. All Quiet on the Western Front é um filme fantástico, e ele disse que tinha uma ideia para Bourne. Eu adoraria trabalhar com ele, por isso ele está a desenvolver algo. Estou tão ansioso quanto vocês para ver se acontece.”

Estas declarações deixaram os fãs em pulgas: afinal, Damon nunca fechou totalmente a porta a regressar ao papel que o tornou numa estrela mundial do cinema de ação.

Universal mantém o franchise em mãos

No verão, a NBCUniversal ganhou uma guerra de licitações para manter os direitos sobre o universo Bourne, garantindo assim que qualquer novo filme será produzido pelo estúdio. Esse investimento milionário sugere que a produtora tem planos concretos para relançar a franquia, embora ainda não exista data ou guião confirmado.

Para já, o que há são apenas indícios, mas fortes: direitos renovados, um realizador de prestígio interessado e um protagonista disposto a voltar se o projeto fizer sentido.

O futuro de Jason Bourne

Com ou sem Damon, parece inevitável que Bourne regressará ao grande ecrã. A questão é quando e em que moldes. Será um reboot total? Uma continuação direta com Damon no centro da ação? Ou até um spin-off com novas personagens?

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Seja qual for o caminho, uma coisa é certa: a fasquia está altíssima para um franchise que redefiniu a ação realista e visceral de Hollywood.

Sam Raimi e Roy Lee preparam remake de Magic, o clássico de terror do boneco ventríloquo

O regresso de um pesadelo cult dos anos 70

Lionsgate vai ressuscitar Magic (1978), o clássico de culto realizado por Richard Attenborough e protagonizado por um jovem Anthony Hopkins como Corky, um mágico mentalmente instável cuja marioneta, Fats, começa a ganhar vida própria de forma sinistra.

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Desta vez, o remake junta duas potências do género: Sam Raimi, criador da saga Evil Dead, e Roy Lee, produtor por trás de sucessos recentes como Weapons.

A nova equipa criativa

O guião ficará a cargo de Mark Swift e Damian Shannon, dupla veterana do terror que já escreveu Freddy vs. Jason e o remake de Friday the 13th.

Na produção, além de Raimi e Lee, estão Chris Hammond e Tim Sullivan, responsáveis por acompanhar o projeto desde a sua fase inicial e por reunir os direitos do original. Zainab Azizi, da Raimi Productions, também integra a equipa de produção.

Entre os produtores executivos estão Paul Fishkin e Andrew Childs, da Vertigo Entertainment.

O original: quando o boneco ganha vida

Lançado em 1978, Magic baseava-se no romance de William Goldman (que também escreveu o argumento) e contava ainda com Ann-Margret e Burgess Meredith no elenco.

A história segue Corky, um mágico em ascensão que se apresenta com o seu boneco ventríloquo Fats. À beira de assinar um contrato televisivo, Corky entra em colapso nervoso e refugia-se nos Catskills, onde tenta recuperar um amor do passado — mas Fats começa a dominar a sua mente, levando-o por um caminho de violência e morte.

O filme ganhou notoriedade até antes da estreia graças a uma campanha televisiva arrepiante, focada apenas no rosto do boneco a dizer: “Magic is fun, we’re dead.”

Raimi e Lee em maré de terror

A escolha de Raimi e Lee não é coincidência: ambos vivem um momento forte no género. Lee produziu Weapons, que já arrecadou mais de 236 milhões de dólares mundialmente, e prepara novas adaptações de Stephen King, incluindo The Girl Who Loved Tom Gordon e The Long Walk. Raimi, por sua vez, tem em pipeline Send Help, thriller de sobrevivência com Rachel McAdams e Dylan O’Brien, escrito também por Swift e Shannon.

O que esperar do remake?

Ainda sem elenco anunciado, o remake de Magic promete recuperar a atmosfera claustrofóbica e psicológica do original, mas com uma estética moderna e os toques inconfundíveis de Raimi e Lee.

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Se o sorriso sardónico de Fats já gelou espinhas em 1978, tudo indica que o boneco voltará a falar — e a matar — para uma nova geração de espectadores.

Street Fighter: novo elenco reúne-se para reboot da saga de videojogos

Um novo combate começa

A icónica saga de luta da Capcom prepara-se para regressar ao grande ecrã. O novo filme de Street Fighter, produzido pela Legendary Pictures, já entrou em rodagem e ganhou esta semana um primeiro olhar aos bastidores, com o elenco reunido numa fotografia partilhada nas redes sociais.

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Na imagem publicada por Vidyut Jammwal (que interpreta Dhalsim), vemos todo o grupo de atores escolhido para dar vida aos lendários lutadores. Ainda sem figurinos revelados — segredo guardado para a campanha oficial —, a foto serve para mostrar a química e camaradagem que o realizador Kitao Sakurai (Bad Trip) procura entre os protagonistas.

Quem é quem no torneio?

O elenco conta com nomes surpreendentes e diversificados:

  • Andrew Koji como Ryu
  • Noah Centineo como Ken
  • Cody Rhodes como ele próprio e no papel de lutador convidado
  • Callina Liang como Chun-Li
  • David Dastmalchian como M. Bison
  • 50 Cent como Balrog
  • Olivier Richters em papel ainda não detalhado
  • Andrew Schulz como Dan Hibiki
  • Vidyut Jammwal como Dhalsim
  • Orville Peck como Vega

O destaque recente vai para Centineo, que já partilhou no Instagram a preparação física para encarnar Ken, deixando os fãs ansiosos pelo primeiro vislumbre oficial.

Uma adaptação que demorou a sair do papel

O projeto passou por várias fases antes de avançar. Inicialmente, os irmãos Danny e Michael Philippou (Talk to MeBring Her Back) estavam ligados à realização, mas abandonaram para se concentrarem nos seus filmes de terror. Sakurai assumiu então a cadeira de realizador.

Este será o primeiro filme live-action da saga desde 2009, quando estreou o pouco celebrado Street Fighter: The Legend of Chun-Li. Agora, com o sucesso recente de adaptações como Mortal Kombat (2021) e a sequela prevista para 2026, a Legendary aposta em transformar Street Fighter num novo fenómeno cinematográfico.

Quando chega?

O filme estava inicialmente marcado para março de 2026, mas foi adiado sem nova data confirmada. Ainda assim, a produção está em andamento e deverá ficar concluída no outono, apontando para estreia em algum momento de 2026.

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Com a sequência de Mortal Kombat empurrada para o verão do mesmo ano, tudo indica que teremos um duelo direto entre duas das franquias de luta mais populares do mundo — um verdadeiro combate de bilheteiras.

James Gunn esclarece título da sequela de Superman: chama-se apenas Man of Tomorrow

Nem “Superman 2” nem “Superman: Man of Tomorrow”

Depois de semanas de especulação entre fãs, James Gunn veio esclarecer finalmente o título da próxima entrada na sua Superman Saga. A sequela do aclamado Superman (2025) chama-se simplesmente Man of Tomorrow — sem o nome do herói no título.

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A revelação surgiu numa troca de mensagens no Threads, onde Gunn respondeu diretamente a um fã que perguntava se o título completo seria “Superman: Man of Tomorrow”. O realizador foi claro: “É só Man of Tomorrow.”

Uma nova fase na saga

Gunn sublinha que o filme não é “Superman 2”, mas sim a continuação direta da narrativa iniciada no primeiro filme. O cineasta já tinha adiantado ao Hollywood Reporter que o guião está pronto, descrevendo-o como “a próxima história naquilo a que chamo Superman Saga”.

A estreia está marcada para 9 de julho de 2027, data confirmada pelo próprio Gunn no Instagram, acompanhada de uma arte de Jim Lee que mostra Superman frente a frente com Lex Luthor na sua clássica armadura verde e roxa — visual icónico dos comics, mas ainda nunca visto em live-action.

Reações dos fãs e especulação sobre trilogia

Nas redes sociais, a ausência do nome “Superman” no título levantou debate. Muitos fãs defendem que continua a ser uma sequela, “apenas não se chama Superman 2”. Outros já teorizam que Gunn poderá estar a preparar uma trilogia baseada nos epítetos do herói, com futuros capítulos a adotarem nomes como Last Son of Krypton.

O que vem a seguir no DCU

Man of Tomorrow surge depois do sucesso do novo Superman, que arrecadou 611,6 milhões de dólares em box office mundial e introduziu personagens como Guy Gardner, Mister Terrific e Hawkgirl, preparando terreno para o novo DCU.

Antes da estreia da sequela, a agenda da DC Studios inclui outros títulos:

  • Supergirl, realizado por Craig Gillespie, estreia a 26 de junho de 2026;
  • Clayface, de James Watkins, chega a 11 de setembro de 2026.

O futuro do Homem de Aço

Ao retirar o nome “Superman” do título, Gunn parece querer destacar o caráter mais temático e autoral desta segunda parte, reforçando que a sua visão para a saga vai muito além de convenções numéricas de sequelas. Uma jogada ousada — mas que já mantém os fãs a contar os dias até 2027.

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007: First Light — Primeiras imagens revelam um James Bond com estilo… e muito de Hitman

A estreia do novo Bond no mundo dos videojogos

IO Interactive, criadora da saga Hitman, mostrou finalmente as primeiras imagens extensas de 007: First Lightdurante a mais recente transmissão State of Play da Sony. O resultado? Um jogo que mistura o charme e a grandiosidade de James Bond com a jogabilidade estratégica e criativa que tornou o Agente 47 um ícone.

Com lançamento previsto para 27 de março de 2026First Light promete ser o blockbuster digital que coloca os jogadores na pele de 007, mas com uma abordagem que oscila entre a infiltração silenciosa e as sequências de ação explosivas.

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Espionagem em estilo Hitman

Um dos trechos apresentados mostrou Bond infiltrado num torneio de xadrez exclusivo, na Eslováquia. O espião começa disfarçado de motorista num parque de estacionamento, mas rapidamente se envolve em situações de infiltração clássica: criar distrações ambientais para confundir seguranças, roubar identidades e manipular o ambiente a seu favor.

Segue-se uma sequência variada: social stealth no bar, perseguições de carro ao estilo arcade, tiroteios num aeródromo e até um hack de emergência para sabotar o controlo de um avião em fuga. Tudo temperado com gadgets dignos de Q — lasers que derrubam candelabros, granadas de fumo e, claro, a possibilidade de usar a famosa “Licença para Matar”.

Bond em Londres

Outro excerto revelou uma missão num gala em Kensington, Londres, que fez muitos fãs recordarem as melhores fases da trilogia World of Assassination de Hitman. Bond mistura-se na multidão, ouve conversas em busca de pistas, rouba discretamente e manipula situações com a calma calculista de um espião experiente.

O jogo introduz também um sistema de Instinct, que permite gastar pontos acumulados para enganar inimigos, criar emboscadas e até abrandar o tempo para tiros certeiros.

Entre Connery e Craig

Curiosamente, a versão de James Bond apresentada pela IO Interactive parece inspirar-se mais nos atores pré-Daniel Craig: um espião elegante, seguro de si e com humor sarcástico. Um contraste com o Bond mais frio e realista das últimas décadas no cinema.

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O que esperar

À primeira vista, 007: First Light é um cruzamento fascinante: um jogo de Bond que aprendeu muito com Hitman, ou um Hitman que veste smoking e pede martinis “shaken, not stirred”. Seja como for, a combinação promete agradar tanto aos fãs de videojogos de espionagem como aos admiradores do agente secreto mais famoso do cinema.

Call of Duty vai para o cinema: Paramount prepara filme em imagem real da saga de culto

Do campo de batalha virtual para o grande ecrã

Depois de anos de rumores, a adaptação cinematográfica de Call of Duty é finalmente oficial. A Paramount assinou um acordo com a Activision, estúdio detentor da franquia, para desenvolver, produzir e distribuir um filme em imagem real baseado no icónico videojogo de tiro em primeira pessoa.

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A notícia foi avançada pela Variety e abre a porta não apenas a um filme isolado, mas potencialmente a um universo partilhado que poderá expandir-se para cinema e televisão, caso o projeto tenha sucesso.

O peso da história… e das tentativas falhadas

Não é a primeira vez que Hollywood tenta adaptar Call of Duty. No passado, nomes como Stefano Sollima (Sicario 2) chegaram a ser associados à realização, com Tom Hardy e Chris Pine na lista de potenciais protagonistas. Mas os projetos acabaram por não sair do papel.

Agora, com os exemplos bem-sucedidos de adaptações como The Last of Us (HBO), Fallout (Prime Video), A Minecraft Movie e The Super Mario Bros. Movie, o terreno parece finalmente preparado para que Call of Duty conquiste também o grande ecrã.

Um videojogo já com pedigree cinematográfico

Parte do segredo pode estar no facto de a própria saga sempre ter explorado um lado muito próximo do cinema. Ao longo de mais de 30 títulos, Call of Duty percorreu desde a Primeira Guerra Mundial à Guerra Fria, passando pela Guerra ao Terror, sempre com um olhar de espetáculo e intensidade visual.

Além disso, os jogos já contaram com vozes e interpretações de luxo: Gary Oldman deu vida a Viktor Reznov em World at WarIdris Elba surgiu em Modern Warfare 3, e até nomes como John Malkovich, Helena Bonham Carter, Bill Paxton, Jon Bernthal, Katee Sackhoff e Malcolm McDowell emprestaram a sua presença à popular vertente Zombies.

O que esperar do filme?

Ainda não há realizador, elenco ou enredo confirmados. Com tantas opções narrativas disponíveis — mais de 30 jogos — a Paramount poderá inspirar-se em episódios históricos ou apostar numa história original dentro do universo bélico da franquia.

O desafio será manter a imersão e intensidade que fizeram do jogo um fenómeno global, ao mesmo tempo que constrói uma narrativa capaz de atrair tanto os fãs de longa data como o público que nunca pegou num comando.

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Seja qual for a direção escolhida, o projeto promete ser uma das apostas mais ambiciosas da Paramount no género da ação e poderá redefinir o futuro das adaptações de videojogos no cinema.

28 Years Later: The Bone Temple — O regresso sombrio do universo pós-apocalíptico já tem trailer

Ralph Fiennes lidera o elenco na sequela de Nia DaCosta

A Sony Pictures revelou o primeiro trailer de 28 Years Later: The Bone Temple, a aguardada sequela realizada por Nia DaCosta. O filme dá continuidade aos acontecimentos de 28 Years Later, expandindo ainda mais o universo criado por Danny Boyle e Alex Garland.

Nesta nova etapa, acompanhamos Spike (Alfie Williams), que se cruza com o misterioso Sir Jimmy Crystal (Jack O’Connell) e o seu gangue de assassinos acrobatas numa Inglaterra devastada pelo apocalipse. Mas a verdadeira surpresa chega com Dr. Kelson (Ralph Fiennes), que se vê preso numa relação inesperada cujas consequências podem alterar para sempre o destino da humanidade.

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Segundo a sinopse oficial, “no mundo de The Bone Temple, os infetados já não são a maior ameaça — a crueldade dos sobreviventes revela-se ainda mais assustadora.”

O regresso de Cillian Murphy (mesmo que breve)

Embora a sua participação seja curta, Cillian Murphy volta a encarnar Jim, a personagem central de 28 Days Later(2002). Para os fãs, é uma ligação direta à génese desta saga de culto.

O produtor executivo Danny Boyle, que realizou o filme original, confirmou à Variety que Murphy terá um papel de enorme relevância na terceira parte da trilogia, atualmente em desenvolvimento.

Um elenco de peso para um mundo em ruínas

Além de Fiennes, O’Connell e Murphy, o filme conta ainda com Emma Laird, Maura Bird, Erin Kellyman e Chi Lewis-Parry, compondo um leque de protagonistas que promete intensificar o drama e a violência do cenário pós-apocalíptico.

O futuro da trilogia

Escrito e produzido por Alex GarlandThe Bone Temple aprofunda o enredo deixado em aberto no primeiro filme e prepara terreno para a terceira entrada na saga. Boyle reforçou que a sequela dará maior destaque às linhas narrativas do “continente”, que até agora tinham sido apenas sugeridas.

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Com produção da Columbia Pictures, DNA Films e Decibel Films, e distribuição da Sony, o filme tem estreia marcada para 16 de janeiro de 2026.

Preparem-se: se os infetados eram aterradores, o verdadeiro horror pode estar no coração dos sobreviventes.

Magellan, de Lav Diaz, é o escolhido das Filipinas para os Óscares

As Filipinas já têm candidato oficial à categoria de Melhor Filme Internacional nos Óscares de 2026: Magellan, a mais recente obra do cineasta Lav Diaz.

A escolha foi anunciada no arranque das celebrações do Philippine Film Industry Month, depois de o filme ter sido selecionado de entre sete concorrentes locais. O júri destacou critérios como excelência estética e técnica, representação dos valores e cultura filipinos, apelo internacional e, claro, capacidade de organizar uma campanha forte para a shortlist de dezembro e a nomeação em fevereiro.

Rodado entre as Filipinas, Portugal e EspanhaMagellan estreou mundialmente no Festival de Cannes e conta no elenco com o mexicano Gael García Bernal, além de Arjay Babon, Ronnie Lazaro, Bong Cabrera e Hazel Orencio.

A narrativa centra-se nos últimos meses de vida de Fernão de Magalhães, explorador português que perdeu a vida na Batalha de Mactan, em 1521. Contudo, ao contrário das abordagens tradicionais, Diaz não o retrata como herói: o realizador apresenta-o como um homem confrontado com a sua própria mortalidade, cruzando a sua história com a dos filipinos capturados por traficantes de escravos em Malaca, que acabariam ao seu serviço.

Film Academy of the Philippines sublinhou que o filme “fornece uma perspetiva intransigente sobre a História, desafiando narrativas familiares para revelar realidades desconfortáveis”.

Produzido por Paul Soriano e Mark Victor, com Bianca Trinidad como produtora executiva, Magellan já tem distribuição assegurada pela Luxbox Films para vendas internacionais e pela Janus Films para a América do Norte.

Depois da estreia em Cannes, o filme segue agora para o Festival de Toronto e o New York Film Festival, antes de chegar às salas filipinas a 10 de setembro.

Paolo Villaluna, diretor-geral da Academia, descreveu-o como “um filme poderoso e poético”, garantindo que o governo filipino apoiará ativamente a campanha rumo a Hollywood:

“O percurso de Magellan para os Óscares está apenas a começar, mas faremos tudo para garantir que a sua visão chega ao mundo.”

Resta agora saber se a epopeia de Lav Diaz conseguirá repetir a rota de Magalhães e conquistar o Atlântico até chegar à cobiçada estatueta dourada.

Kim Novak manifesta preocupação com biopic sobre relação com Sammy Davis Jr.

A lendária atriz Kim Novak, ícone da era dourada de Hollywood e conhecida sobretudo por Vertigo – A Mulher Que Viveu Duas Vezes de Alfred Hitchcock, partilhou receios em relação ao próximo biopic que dramatiza a sua relação com o cantor e ator Sammy Davis Jr.

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Em entrevista ao The Guardian, Novak explicou que o título do filme — Scandalous! — não lhe agrada. “Não acho que a relação tenha sido escandalosa”, afirmou. “Ele foi alguém de quem gostei muito. Tínhamos muito em comum, incluindo a necessidade de sermos aceites pelo que fazíamos e não pela aparência. Mas temo que tentem reduzir tudo a aspetos sensacionalistas.”

O relacionamento entre Novak e Davis Jr. começou em 1956, após ambos se terem cruzado no programa The Steve Allen Show. No entanto, a ligação foi mantida em segredo devido ao preconceito racial da época e às leis de segregação ainda vigentes em vários estados norte-americanos.

Quando Harry Cohn, cofundador da Columbia Pictures, descobriu o envolvimento, pressionou Novak a terminar a relação, receando repercussões comerciais e sociais. O casal acabou por se separar pouco tempo depois.

O filme será a estreia de Colman Domingo como realizador e tem Sydney Sweeney no papel de Kim Novak, enquanto David Jonsson interpreta Sammy Davis Jr. Segundo Domingo, a produção deverá arrancar em 2025, após a conclusão da terceira temporada da série Euphoria.

“Espero que consigamos fazer um filme belo e delicado, que fale da possibilidade do amor em circunstâncias difíceis, sob o olhar de muitos, mas ainda assim tentando preservar a intimidade e a vida pessoal”, declarou o cineasta.

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Atualmente, Kim Novak encontra-se em Veneza, onde está a ser homenageada com o Leão de Ouro de Carreira. O festival apresenta ainda a estreia mundial do documentário Kim Novak’s Vertigo, realizado por Alexandre Philippe em colaboração com a atriz.