Jennifer Lawrence Recebe Prémio de Carreira em San Sebastián: Uma Estrela que Já é Lenda aos 35 Anos

Jennifer Lawrence vai ser homenageada no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián com o prestigiado prémio Donostia, distinção atribuída a figuras que deixaram uma marca indelével na sétima arte. A entrega acontecerá a 26 de setembro, durante a 73.ª edição do festival, no emblemático Kursaal, em plena cidade basca.

ver também : A Música que Salvou Winona Ryder Durante as Filmagens em Portugal

Uma carreira meteórica

Aos 35 anos, Lawrence já se afirmou como uma das grandes atrizes da sua geração. O seu percurso reúne tanto sucessos de bilheteira como aclamação crítica: venceu o Óscar de Melhor Atriz com Guia para um Final Feliz (2012), conquistou o público jovem com a saga Os Jogos da Fome e mostrou versatilidade em títulos como Golpada AmericanaJoy e Não Olhem para Cima.

San Sebastián descreve-a como “uma das atrizes mais influentes do nosso tempo”, uma definição difícil de contestar para alguém que conseguiu transitar entre o cinema independente, os grandes estúdios e a produção de histórias mais ousadas.

Aposta na produção

Com a sua empresa Excellent Cadaver, Lawrence tem assumido cada vez mais o papel de produtora, apostando em narrativas desafiantes que vão além do cinema de consumo rápido. Obras como Causeway e a comédia Tudo na Boa! são exemplo desse compromisso em trazer ao público histórias originais e provocadoras.

O festival irá ainda exibir o seu mais recente projeto, Die My Love, realizado por Lynne Ramsay (Precisamos de Falar Sobre o Kevin), protagonizado e produzido pela própria Lawrence.

Uma homenagem partilhada

A edição deste ano atribuirá também o prémio Donostia à espanhola Esther García, colaboradora de longa data de Pedro Almodóvar e figura fundamental no cinema ibérico.

Uma estrela que já é património do cinema

Ainda com muito para dar ao grande ecrã, Jennifer Lawrence chega a San Sebastián não apenas como uma atriz premiada, mas como uma força criativa em constante reinvenção. Aos 35 anos, o prémio de carreira pode parecer precoce, mas talvez seja apenas o reconhecimento de que Lawrence já conquistou um lugar cativo na história do cinema — e que o melhor ainda pode estar para vir.

ver também : Ferris Bueller regressa: Matthew Broderick e Alan Ruck juntam-se em momento nostálgico — e já têm novo filme

A Música que Salvou Winona Ryder Durante as Filmagens em Portugal

Winona Ryder tem muitas histórias para contar da sua carreira, mas poucas serão tão curiosas e pessoais como a que partilhou recentemente à edição britânica da Elle: a de como a música a ajudou a atravessar um período difícil… em Portugal.

A atriz norte-americana recordou os dias de 1993 em que esteve no nosso país a rodar A Casa dos Espíritos, adaptação do romance de Isabel Allende realizada por Bille August, com Jeremy Irons e Meryl Streep nos papéis principais. O filme filmou-se em vários locais emblemáticos, entre eles a Igreja de São Roque em Lisboa, o Palácio de Queluz e o Cabo Espichel.

“Havia uma banda incrível, que eu adorava: os Saint Etienne. Um álbum deles salvou-me quando estava a passar por um mau bocado, quando rodava um filme em Portugal, aos 20 anos”, revelou Winona.

Lisboa, discos na rua e a salvação no indie-pop

Numa memória que quase soa a postal nostálgico dos anos 90, Ryder recorda como costumava passear pelas ruas de Lisboa e encontrar bancas onde se vendiam discos. Foi aí que comprou o álbum que descreve como “salvação”. Muito provavelmente tratava-se de Foxbase Alpha (1991), o disco de estreia dos Saint Etienne, já que o sucessor, So Tough, só sairia meses antes da estreia comercial do filme.

“Comprei-o e ajudou-me a ultrapassar esse período. Pergunto-me se eles ainda existem”, disse a atriz.

A resposta dos Saint Etienne

A resposta não tardou. A banda londrina formada por Bob Stanley, Pete Wiggs e Sarah Cracknell não só ainda existe, como prepara o lançamento do seu 12.º e último álbum, International. Nas redes sociais, reagiram com humor e carinho às palavras de Winona:

“Coisas estranhas acontecem. Ainda bem que estivemos lá para ti.”

Portugal no grande ecrã

A Casa dos Espíritos continua a ser um exemplo de como Portugal serviu (e continua a servir) como cenário internacional para grandes produções. Para Winona Ryder, a passagem pelo país deixou não só memórias profissionais, mas também um capítulo íntimo em que a música britânica se tornou o seu refúgio.

Quase três décadas depois, é curioso pensar que entre os claustros do Palácio de Queluz e as arribas do Cabo Espichel, uma jovem Winona encontrava nos Saint Etienne a força para continuar.

James Wan fala sobre Saw XI: “É um desafio e uma excitação voltar ao início”

A saga Saw pode estar longe de terminar. James Wan, o realizador que em 2004 lançou o primeiro capítulo desta que se tornou numa das franquias de terror mais populares (e sangrentas) do século XXI, quebrou o silêncio sobre o enigmático Saw XI.

ver também : Ferris Bueller regressa: Matthew Broderick e Alan Ruck juntam-se em momento nostálgico — e já têm novo filme

Em entrevista ao Screen Rant, o cineasta australiano, hoje mais conhecido por comandar blockbusters como Aquaman ou por ter fundado universos de terror como The Conjuring e Insidious, deixou claro que regressar ao mundo que lhe deu a carreira “é algo que não encara de forma leviana”.

“É um pouco cedo para falar sobre isso, mas posso dizer que estou muito entusiasmado. É desafiante e emocionante, porque é voltar ao filme que iniciou a minha carreira – a minha e a de Leigh Whannell”, afirmou.

Entre nostalgia e reinvenção

Wan sublinhou que o grande desafio passa por equilibrar dois mundos: respeitar o que os fãs mais fiéis adoram em Saw, mas também encontrar uma nova abordagem que conquiste outra geração de espectadores. “É fundamental manter-nos fiéis ao universo que criámos, mas também precisamos de lhe dar um novo fôlego”, disse.

A verdade é que, apesar do entusiasmo do realizador, o caminho de Saw XI não tem sido simples. O filme foi confirmado após o sucesso de Saw X, mas divergências internas entre a Lionsgate e os produtores levaram a que o projeto fosse retirado do calendário de estreias em março deste ano. Até ao momento, não há nova data oficial nem confirmação de que as filmagens estejam prestes a começar.

O peso de um legado

Com mais de 20 anos de existência, Saw tornou-se sinónimo de armadilhas macabras, dilemas morais e litros de sangue. Mas também serviu como porta de entrada para o talento de James Wan e Leigh Whannell, que redefiniram o terror no início dos anos 2000.

ver também : Nicolas Cage em “O Surfista”: o regresso intenso que vai abalar os cinemas portugueses

Agora, Wan parece disposto a voltar às origens, com a promessa de um capítulo que seja simultaneamente nostálgico e renovador. Resta saber quando — e como — Saw XI conseguirá finalmente arrancar.

Ferris Bueller regressa: Matthew Broderick e Alan Ruck juntam-se em momento nostálgico — e já têm novo filme

Quase quatro décadas depois de terem feito história no cinema com Ferris Bueller’s Day Off (O Rei dos Gazeteiros), Matthew Broderick e Alan Ruck continuam a mostrar porque é que a sua química marcou gerações.

No passado dia 24 de agosto, os dois atores surgiram juntos em Vancouver, no estádio Nat Bailey, durante o jogo entre os Vancouver Canadians e os AquaSox. E se os fãs já estavam entusiasmados com a sua presença, o delírio instalou-se quando ambos lideraram a multidão num entoado “Take Me Out to the Ball Game”, recriando parte da magia que viveram em 1986 no filme de John Hughes.

Um regresso ao passado

No clássico da comédia adolescente, Broderick interpretava o irreverente Ferris Bueller, enquanto Ruck dava vida a Cameron, o melhor amigo pessimista que acabava arrastado para um dia de loucuras em Chicago. Entre as muitas cenas icónicas, há uma passada precisamente num jogo de basebol, em que Ferris e Cameron tentam escapar ao diretor da escola enquanto se divertem nas bancadas de Wrigley Field. Ver os dois juntos, quase 40 anos depois, foi como um portal direto para esse momento.

De volta ao grande ecrã

E para quem ficou com saudades, a boa notícia é que o reencontro não se ficou por aqui. Broderick e Ruck vão voltar a partilhar o ecrã em “The Best Is Yet to Come”, remake de um sucesso francês, atualmente em filmagens no Canadá. O enredo segue dois amigos que, devido a um mal-entendido que cria uma contagem decrescente para o futuro, partem numa viagem de carro para reencontrar o filho afastado de um deles e, ao mesmo tempo, cumprir uma lista de desejos adiados.

O filme, que promete ser uma mistura de comédia e reflexão sobre amizade e envelhecimento, surge como um reencontro simbólico para os atores, quase quatro décadas depois de Ferris Bueller’s Day Off lhes ter aberto portas em Hollywood.

O legado de John Hughes

Numa entrevista em 2023, Broderick recordou que trabalhar com John Hughes não era sempre fácil: “Houve momentos de tensão, mas também uma enorme aprendizagem. Ele sabia muito bem o que queria.” Hughes faleceu em 2009, mas o impacto da sua obra continua a ecoar no cinema e na memória de quem cresceu com os seus filmes.

Com o regresso de Broderick e Ruck tanto ao convívio dos fãs como ao grande ecrã, parece que o espírito de Ferris Bueller continua bem vivo — e, como dizia o próprio, “a vida passa muito depressa. Se não parares para a viver, podes perdê-la.”

Woody Allen em Moscovo: entre o cinema, a política e a polémica

Woody Allen voltou a estar no centro das atenções — e não apenas pelo cinema. O realizador norte-americano, de 88 anos, participou este domingo, por videoconferência, no Moscow International Film Week, numa conversa conduzida por Fyodor Bondarchuk, cineasta russo próximo de Vladimir Putin e conhecido por filmes patrióticos como Stalingrado(2013).

ver também : Nicolas Cage em “O Surfista”: o regresso intenso que vai abalar os cinemas portugueses

A presença de Allen no evento não passou despercebida ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, que classificou a sua participação como “uma desgraça” e “um ato de branqueamento” das atrocidades cometidas pela Rússia no conflito que já dura há mais de uma década.

A resposta de Woody Allen

Face à polémica, Allen fez chegar um comunicado ao jornal The Guardian. Nele, afirmou sem rodeios:

“Quando se trata do conflito na Ucrânia, acredito firmemente que Vladimir Putin está totalmente errado. A guerra que causou é horrível. Mas, independentemente do que os políticos tenham feito, não sinto que cortar conversas artísticas seja alguma vez uma boa forma de ajudar.”

Ou seja, para o cineasta, a cultura deve manter-se como um espaço de diálogo, ainda que reconheça a gravidade da invasão russa.

Ucrânia condena “cultura como propaganda”

Do lado ucraniano, a reação foi dura. Num comunicado, a diplomacia de Kiev sublinhou:

“A participação de Woody Allen na semana internacional de cinema de Moscovo é uma desgraça e um insulto ao sacrifício de atores e cineastas ucranianos mortos ou feridos por criminosos de guerra russos. (…) A cultura nunca deve ser usada para branquear crimes ou servir como ferramenta de propaganda.”

As críticas centram-se não apenas na figura de Allen, mas no impacto simbólico da sua presença num festival que, segundo os ucranianos, dá palco a apoiantes de Putin.

O olhar de Allen sobre a Rússia e o futuro

Embora tenha elogiado a tradição cinematográfica russa — destacando a monumental tetralogia Guerra e Paz de Sergei Bondarchuk, vencedora do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1969 —, Allen afastou a hipótese de filmar no país. Disse não ter planos para rodar em Moscovo ou São Petersburgo, apesar de manter “bons sentimentos” pelas cidades.

Nos últimos anos, o realizador tem encontrado financiamento sobretudo na Europa. Depois de Rifkin’s Festival (2020), rodado em Espanha, e Coup de Chance (2023), em França, Woody Allen chegou a admitir, em 2024, a possibilidade de se reformar, embora continue a surgir em conversas e eventos ligados ao cinema.

Entre a arte e a política

O episódio volta a levantar a questão sobre os limites da separação entre cultura e política em tempos de guerra. Pode a presença de um cineasta num festival ser lida apenas como um gesto artístico, ou inevitavelmente assume uma dimensão política? Allen defende o diálogo artístico; Kiev vê propaganda.

ver também: Paddington na Amazónia: O Urso Mais Querido do Cinema Troca Londres pela Selva Tropical 🌴🐻

Seja como for, o caso mostra que Woody Allen, mesmo a um passo da reforma, continua a ser uma figura capaz de acender debates globais — e não apenas sobre cinema.

Dwayne Johnson arrisca tudo em The Smashing Machine: “Estava demasiado assustado para explorar este lado”

Conhecido por ser o herói musculado que salva o mundo em superproduções como Jumanji ou Red Notice, Dwayne “The Rock” Johnson está prestes a mostrar uma faceta completamente diferente em The Smashing Machine. O biopic realizado por Benny Safdie (um dos irmãos por trás de Uncut Gems) leva o ator para um território mais cru, vulnerável e, segundo o próprio, assustador.

Da ação familiar ao retrato cru de um campeão problemático

Em entrevista à Vanity Fair, Johnson admitiu que talvez papéis mais “gritty” nunca lhe tenham surgido porque ele próprio tinha medo de os enfrentar.

“Era muito real. Estava mesmo assustado e pensei: não sei se consigo fazer isto. Talvez estas oportunidades não viessem ter comigo porque eu estava demasiado assustado para explorar este lado.”

No filme, Johnson interpreta Mark Kerr, lendário lutador de MMA e duas vezes campeão do UFC, mas também uma figura marcada por problemas pessoais, dependências e fragilidades emocionais — tudo muito distante do habitual carisma inquebrável do ator.

ver também : Kumail Nanjiani Revela a Desilusão com Eternals: “Achei que ia trabalhar com a Marvel durante dez anos”

13 próteses para se transformar em Mark Kerr

Para o papel, The Rock submeteu-se a um processo de caracterização intenso, com cerca de 13 a 14 próteses diferentesque alteraram subtilmente a sua aparência.

“Passei três ou quatro horas em frente ao espelho a ver tudo mudar. Quando cheguei ao set, já era Mark Kerr. Sentia-o na forma como andava, como falava e até como olhava para a vida.”

Uma parceria poderosa com Emily Blunt

Ao lado de Johnson estará Emily Blunt, numa colaboração que promete acrescentar camadas emocionais ao drama. A dupla, já testada em Jungle Cruise, regressa agora em registos muito diferentes, longe do escapismo da Disney e muito mais próximos da dor e intensidade do cinema independente.

Estreia nos festivais e nos cinemas

The Smashing Machine terá a sua estreia norte-americana no Festival de Toronto a 8 de setembro, antes de chegar às salas de cinema no dia 3 de outubro. O filme, produzido pela A24, insere-se na tradição do estúdio de reinventar atores populares em registos inesperados — e poderá até abrir caminho para que Johnson entre, pela primeira vez, na corrida aos prémios.

ver também : O Instituto: Série Baseada em Stephen King Renovada Para 2.ª Temporada na MGM+ 👁️📺

✨ Ao que tudo indica, The Rock decidiu deixar cair a persona de herói invencível para mostrar a fragilidade de um homem em pedaços. E isso pode ser o maior combate da sua carreira.

Festival de Veneza 2025: Entre Estrelas de Hollywood e o Fantasma de Gaza 🌍🎬

Festival Internacional de Cinema de Veneza regressa esta quarta-feira para a sua 82.ª edição, transformando o Lido num palco onde glamour, política e cinema se cruzam inevitavelmente. O evento, que tantas vezes serviu de plataforma de lançamento para os Óscares (NomadlandJokerA Favorita), volta a reunir alguns dos maiores nomes da indústria — mas este ano a passadeira vermelha também se vê envolta nas sombras da guerra.

ver também : Box Office: Kpop Demon Hunters Derruba Weapons e Lidera com Estreia Surpresa 🎶👹

Julia Roberts e George Clooney na ribalta ✨

A chegada das estrelas promete agitar o festival: Julia Roberts estreia-se em Veneza com After the Hunt, de *Luca Guadagnino, um drama sobre agressão sexual numa universidade de elite, exibido fora de competição. Já George Clooney regressa após o entusiasmo do ano passado, agora com Jay Kelly, filme da Netflix realizado por Noah Baumbach, onde interpreta um ator venerado em plena crise existencial. Ao seu lado estará Adam Sandler, como empresário.

Concorrência de luxo na corrida ao Leão de Ouro 🦁

Entre os 21 filmes a concurso destacam-se:

  • Bugonia, de Yorgos Lanthimos, que volta a juntar-se a Emma Stone num sci-fi sobre alienígenas e poder corporativo;
  • Frankenstein, a muito aguardada reinvenção de Guillermo del Toro, com Oscar Isaac;
  • A House of Dynamite, o regresso explosivo de Kathryn Bigelow, com Idris Elba;
  • Father, Mother, Sister, Brother, de Jim Jarmusch, com um elenco de luxo que inclui Cate BlanchettAdam Driver e Tom Waits;
  • La Grazia, novo trabalho de Paolo Sorrentino, novamente com Toni Servillo;
  • The Wizard of the Kremlin, de Olivier Assayas, com Jude Law no papel de Vladimir Putin.

O júri é presidido por Alexander Payne, duas vezes vencedor do Óscar, que decidirá quem leva para casa o Leão de Ouro a 6 de setembro.

O peso da política 🎭

Se o glamour é inevitável, a política também não ficará à porta. O coletivo Venice4Palestine apelou a que o festival assumisse posição sobre a guerra de Gaza, pedindo inclusive a retirada dos convites a Gerard Butler e Gal Gadot, acusados de apoiarem Israel. A direção do festival respondeu lembrando que Veneza sempre foi “um espaço de debate aberto” e destacou a inclusão de The Voice of Hind Rajab, de Kaouther Ben Hania, que recria a história real de uma menina palestiniana morta em 2024, com recurso à gravação do seu último pedido de socorro.

A guerra na Ucrânia também marcará presença com The Wizard of the Kremlin, de Assayas, enquanto Gianfranco Rosiapresenta Sotto le Nuvole, um documentário a preto e branco sobre Nápoles.

Documentários e estreias paralelas 📽️

Fora de competição, surgem obras de grandes nomes:

  • Sofia Coppola dedica-se a um perfil de Marc Jacobs;
  • Laura Poitras regressa com um retrato do jornalista Seymour Hersh;
  • Jane Pollard e Iain Forsyth assinam um documentário sobre a falecida cantora Marianne Faithfull.

O Festival de Veneza 2025 promete assim ser um espelho das tensões contemporâneas, mas também um palco de criatividade, onde os monstros de Del Toro, os alienígenas de Lanthimos e as reflexões políticas de Bigelow e Assayasvão disputar espaço nos holofotes.

ver também : O Mapa que me Leva a Ti: Romance da Prime Video Passa por Portugal e Conquista o Topo do Streaming 💘🇵🇹

Morreu Luís Lucas, Um dos Fundadores da Comuna e Figura Maior do Teatro e Cinema Português

A cultura portuguesa perdeu uma das suas vozes mais distintas. Luís Lucas, ator e um dos fundadores da Comuna – Teatro de Pesquisa, faleceu aos 73 anos, deixando para trás mais de quatro décadas de dedicação ao teatro, cinema e televisão.

ver também : Refém: O Thriller Político Que Está a Explodir no Top da Netflix 🎬🔥

Um percurso marcado pela versatilidade

Nascido em Lisboa a 16 de junho de 1952, Luís Lucas formou-se no Conservatório Nacional antes de ajudar a fundar a Comuna, companhia que se tornaria um espaço de referência no teatro de pesquisa em Portugal. Ao longo da sua carreira, passou também por companhias como a Cornucópia, os Cómicos e o Teatro da Graça, sempre com a mesma entrega e rigor artístico.

Academia Portuguesa de Cinema, ao anunciar a sua morte, recordou-o como um ator de “generosidade, humor, seriedade profissional e capacidade de transitar, com igual excelência, entre o drama mais denso e a comédia mais leve”.

Do palco ao grande ecrã

No cinema, Luís Lucas construiu um percurso eclético, com destaque para filmes como:

  • Alexandre e Rosa (1978)
  • Le Soulier de Satin (1985)
  • Aqui na Terra (1993)
  • Dot.com (2007)
  • Sombras Brancas (2023)
  • O Vento Assobiando nas Gruas (2023)

Interpretou também Francisco Sá Carneiro em Camarate (2001), uma das suas performances mais marcantes no grande ecrã.

Uma presença assídua na televisão

O público televisivo conheceu-o em produções como Médico de FamíliaLiberdade 21Equador ou Coração d’Ouro. Foi ainda narrador da série Conta-me Como Foi, emprestando a sua voz inconfundível a um dos maiores sucessos da RTP.

Dobragens e voz inconfundível

Além da interpretação em palco e ecrã, Luís Lucas deixou também marca na dobragem de filmes de animação, séries e publicidade. A sua voz tornou-se familiar para várias gerações, demonstrando a amplitude do seu talento.

Um legado duradouro

Com a sua morte, desaparece um dos grandes intérpretes da cena artística portuguesa. Mas, como sublinha a Academia Portuguesa de Cinema, “permanece a memória de um trabalho ímpar que continuará a inspirar atores, realizadores e espetadores”.

ver também : First Date: Curta Portuguesa de Luís Filipe Borges Já Viajou o Mundo Inteiro 🌍🎬

Luís Lucas foi um artista completo, de rigor e paixão, que ficará para sempre inscrito na história do teatro e do cinema em Portugal.

First Date: Curta Portuguesa de Luís Filipe Borges Já Viajou o Mundo Inteiro 🌍🎬

O cinema português continua a marcar presença nos quatro cantos do planeta, e desta vez o protagonista é First Date, a curta-metragem de Luís Filipe Borges filmada inteiramente na ilha do Pico, nos Açores. Vencedora do Prémio Curta Pico da MiratecArts, a produção já soma 30 seleções oficiais em festivais e 10 prémios, e prepara-se para completar a volta ao mundo cinematográfica.

ver também : Umas Férias à Força: A Comédia Francesa Que Conquistou Milhões e Chega Agora a Portugal

Da Austrália a Angola: estreia em dois novos continentes

No último fim de semana de agosto, First Date estreia no Heathcote Film Festival, na Austrália, e seguirá depois para o Sydfest em Sydney e para o NZ Indie Film Festival na Nova Zelândia. Dias mais tarde, será a vez da estreia africana no CineFest, em Luanda, Angola (4 a 7 de setembro).

No mesmo dia 7 de setembro, o filme regressa também a Portugal para competir no CINE TEJO, em Benavente, onde arrecadou cinco nomeações, incluindo Melhor Curta de Ficção, Melhor Realizador e Melhor Argumento.

O Pico como personagem principal

Descrito pela Cinetendinha (SIC TV) como “uma comédia-romântica à Hollywood com charme próprio e uma carta de amor ao Pico”, o filme tem sido elogiado pela forma como transforma a paisagem açoriana em mais do que cenário: críticos italianos chamaram-lhe uma “personagem própria, majestosa e atmosférica”, enquanto no Reino Unido destacaram “o poder de uma narrativa honesta e sincera sobre a natureza humana”.

Uma curta em ascensão

First Date conta com Cristóvão Campos no elenco, nomeado a Melhor Ator, e música original de Flávio Cristóvam, também distinguida. Para Luís Filipe Borges, que se estreia na realização em cinema, este é já um cartão de visita internacional invejável.

ver também : Daniel Day-Lewis Está de Volta Após Oito Anos: Anemone Promete um Regresso Histórico 🌊🎬

De Portugal para o mundo

Com passagens já confirmadas pela América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, e agora a caminho da Oceânia e África, First Date soma feitos raros para uma curta portuguesa. Mais do que um primeiro encontro, é já um caso sério de sucesso no circuito internacional.

Umas Férias à Força: A Comédia Francesa Que Conquistou Milhões e Chega Agora a Portugal

A comédia francesa Umas Férias à Força estreia nos cinemas portugueses a 11 de setembro, depois de se ter tornado um fenómeno em França, onde foi visto por mais de 11 milhões de espetadores — o maior sucesso do cinema francês desde 2010.

ver também : Jennifer Aniston e Charlie Day Querem Horrible Bosses 3 — E Já Há Conversas Sobre o Regresso

Uma fuga transformada em experiência de vida

O filme acompanha um pai e um filho que, em plena fuga da polícia, acabam por se esconder numa colónia de férias destinada a jovens adultos com deficiência. Para não levantarem suspeitas, assumem os papéis de educador e utente, dando início a uma série de sarilhos que rapidamente se transforma numa experiência profundamente humana.

Aquilo que começou como um plano improvisado evolui para uma jornada marcada pela empatia, pela amizade e pelo poder transformador da convivência.

Elenco e sensibilidade sem clichés

Com interpretações de Artus, Clovis Cornillac, Alice Belaïdi e Marc RisoUmas Férias à Força mistura humor inteligente com emoção genuína, recusando moralismos ou estereótipos. O resultado é uma comédia com leveza, mas que não abdica da sua mensagem sobre inclusão e solidariedade.

O fenómeno francês

Em França, o filme não foi apenas um sucesso de bilheteira — foi um verdadeiro acontecimento cultural, provando que as comédias ainda conseguem reunir milhões de pessoas em torno da experiência coletiva do cinema. Agora, chega às salas portuguesas com a promessa de repetir a fórmula: rir, emocionar e, acima de tudo, tocar o público.

ver também : Margot Robbie e Colin Farrell Vivem uma Oportunidade Única em Uma Grande, Corajosa e Bela Viagem

Estreia em setembro

Distribuído pela NOS AudiovisuaisUmas Férias à Força estreia a 11 de setembro em todo o país, prometendo ser uma das comédias mais refrescantes da rentrée.

Tom Felton Cobra £744 por 1 Minuto de Vídeo — Draco Malfoy Continua a Fazer Magia… Mas Só Para Quem Puder Pagar 🐍✨

O universo de Harry Potter pode estar repleto de feitiços, mas nem o melhor feitiço de Gringotts consegue justificar o preço que Tom Felton, o eterno Draco Malfoy, está a cobrar no Cameo: £744 por um vídeo personalizado de apenas 1 minuto e 13 segundos.

ver também : Margot Robbie e Colin Farrell Vivem uma Oportunidade Única em Uma Grande, Corajosa e Bela Viagem

De £200 para £744 em apenas 5 anos

Segundo o Metro, em 2020 Felton pedia cerca de £200 pelos seus vídeos. Em 2024, o valor já tinha disparado para £544 — com mensagens que duravam, em média, pouco mais de dois minutos. Agora, em 2025, o preço continua a subir, mesmo que a duração média dos vídeos tenha caído para metade.

Enquanto isso, outros atores da saga têm preços bem mais “terrenos”:

  • Miriam Margolyes (a Professora Sprout) cobra apenas £97.
  • Bonnie Wright (Ginny Weasley) custa £149.
  • Jamie Waylett (Vincent Crabbe) mantém-se também nesse patamar.

Comparado com estes valores, Felton parece estar a jogar na liga dos Malfoys: elitista e distante do comum mortal.

Entre críticas e fãs satisfeitos

Apesar do preço quase mágico, há fãs dispostos a pagar. Alguns descrevem os vídeos como um presente inesquecível, capaz de atravessar oceanos para animar aniversários. Outros, no entanto, notam que a duração é curta para justificar a quantia: “Poderia ser um pouco mais longo, considerando o preço. Ainda assim, valeu a pena, ela adorou.”

Do luxo ao aperto financeiro

Curiosamente, Felton já revelou no passado que nem sempre soube lidar com dinheiro. Depois de ter ganho cerca de £14 milhões pelos oito filmes de Harry Potter (apesar de ter estado apenas 31 minutos no ecrã ao todo), admitiu que desperdiçou parte da fortuna em carros de luxo e chegou a enfrentar problemas sérios com o fisco. “Houve dois anos assustadores em que estava realmente em apuros com o taxman. Cheguei a ter o oficial de justiça à porta.”

Hoje, com uma fortuna estimada em £10 milhões, Felton parece ter encontrado novas formas de rentabilizar a fama — mesmo que à custa de um público disposto a pagar a peso de ouro por uma mensagem personalizada.

De volta ao mundo mágico

Além das mensagens, Felton regressa em breve ao palco como Draco Malfoy, desta vez na Broadway, em Harry Potter and the Cursed Child. A estreia está marcada para 11 de novembro, no Lyric Theatre, numa temporada limitada de 19 semanas.

ver também : Daniel Day-Lewis Está de Volta Após Oito Anos: Anemone Promete um Regresso Histórico 🌊🎬

Draco pode já não andar pelos corredores de Hogwarts, mas continua a mostrar que sabe muito bem como transformar magia… em dinheiro.

Margot Robbie e Colin Farrell Vivem uma Oportunidade Única em Uma Grande, Corajosa e Bela Viagem

Depois do turbilhão de blockbusters de verão, Hollywood começa a mostrar as cartas para a temporada dos prémios — e uma das mais aguardadas é Uma Grande, Corajosa e Bela Viagem, que junta Margot Robbie e Colin Farrell numa história de romance e fantasia com estreia marcada para 18 de setembro nos cinemas portugueses.

ver também : Daniel Day-Lewis Está de Volta Após Oito Anos: Anemone Promete um Regresso Histórico 🌊🎬

Um amor entre passado, presente e futuro

O novo trailer já revelou o tom poético e fantástico desta produção: Sarah (Robbie) e David (Farrell) conhecem-se no casamento de um amigo comum, mas o destino reserva-lhes muito mais do que um encontro casual. Através de portas misteriosas que podem levá-los ao passado, ao futuro ou a uma vida completamente diferente, os dois vão revisitar memórias, questionar escolhas e descobrir se ainda têm uma oportunidade para serem felizes.

“Algumas portas levam-te ao teu passado. Outras levam-te ao teu futuro. E outras mudam tudo”, resume a sinopse oficial, deixando antever uma narrativa que mistura romance arrebatador com elementos de fantasia existencial.

As primeiras escolhas depois de grandes marcos

Este é o primeiro filme de Margot Robbie após o fenómeno global de Barbie (2023), que a colocou no centro da corrida aos Óscares. Para Colin Farrell, trata-se também do regresso ao grande ecrã depois da nomeação para Melhor Ator em Os Espíritos de Inisherin (2022). Nos últimos anos, o irlandês brilhou em televisão com as séries Sugar e The Penguin, mas volta agora ao cinema para um projeto que promete emoção e delicadeza.

Kogonada, o poeta da imagem

A realização está a cargo de Kogonada, que já tinha trabalhado com Farrell em A Vida Depois de Yang (2021), uma das obras mais aclamadas do cinema independente dos últimos anos. O cineasta nipónico-americano é conhecido pelo seu olhar contemplativo e pela estética refinada, visível também em Columbus (2017) e na série Pachinko (2022).

Tudo indica que este reencontro entre ator e realizador poderá repetir a química e a subtileza que conquistaram a crítica e os festivais internacionais.

Um elenco de luxo

Além do par principal, o filme conta ainda com Jodie Turner-Smith, Lily Rabe, Phoebe Waller-Bridge e Hamish Linklater, reforçando a aposta num elenco diversificado e com peso dramático.

ver também : True Detective: Nicolas Cage em Negociações para Liderar a Nova Temporada da Antologia da HBO 🕵️‍♂️🔥

Rumo à temporada de prémios

Com estreia mundial em setembro, Uma Grande, Corajosa e Bela Viagem posiciona-se como um dos primeiros títulos fortes na corrida aos Óscares 2026. É uma obra que combina o poder das estrelas de Hollywood, a assinatura de um realizador de culto e uma história que promete fazer sonhar o público.

Daniel Day-Lewis Está de Volta Após Oito Anos: Anemone Promete um Regresso Histórico 🌊🎬

O silêncio terminou: Daniel Day-Lewis, o único ator a conquistar três Óscares de Melhor Ator, está de volta ao grande ecrã após oito anos de ausência. O trailer de Anemone foi finalmente revelado e já está a incendiar as conversas cinéfilas em todo o mundo.

ver também : True Detective: Nicolas Cage em Negociações para Liderar a Nova Temporada da Antologia da HBO 🕵️‍♂️🔥

O regresso de um mestre

Desde Phantom Thread (2017), em que anunciara a sua retirada, que pairava a dúvida: veríamos Day-Lewis novamente a representar? A resposta é agora um entusiasmado “sim”. Considerado um dos maiores atores da sua geração, o britânico-irlandês regressa com um projeto carregado de peso pessoal e familiar: o filme é escrito e realizado pelo seu filho, Ronan Day-Lewis.

Um drama de laços familiares

Ainda pouco se sabe sobre a trama, mas a descrição oficial promete um mergulho profundo nas relações humanas: Anemone “explora os laços complexos e profundos que existem entre irmãos, pais e filhos”. O trailer sugere intensidade dramática, diálogos carregados de emoção e a subtileza que sempre caracterizou a carreira do ator.

Um elenco de luxo

Ao lado de Day-Lewis, brilham nomes igualmente respeitados: Sean Bean e Samantha Morton, dois atores britânicos de enorme prestígio, completam o trio central do elenco. A reunião destas três forças promete interpretações marcantes, num filme que poderá tornar-se uma das grandes apostas da temporada de prémios.

Um regresso que é também uma passagem de testemunho

A realização de Ronan Day-Lewis dá ao projeto um toque único: não só marca a estreia do jovem cineasta em longas-metragens, como também simboliza uma ligação entre gerações — um pai lendário a ser dirigido pelo filho. É o tipo de história que, por si só, já desperta a curiosidade de qualquer cinéfilo.

ver também : Austin Butler Fora da Corrida Para James Bond — Mas Há Um Papel Que Ele Aceitaria 🎥🍸

Expectativa máxima

Day-Lewis sempre foi conhecido pela escolha criteriosa dos seus papéis. Se aceitou regressar, é porque encontrou em Anemone algo especial. Para os fãs e para a crítica, a expectativa não podia ser maior: poderemos estar perante mais um momento histórico da sua carreira — e, quem sabe, uma nova corrida aos Óscares.

True Detective: Nicolas Cage em Negociações para Liderar a Nova Temporada da Antologia da HBO 🕵️‍♂️🔥

Preparem-se: Nicolas Cage está prestes a entrar no universo sombrio e fascinante de True Detective. O ator vencedor de um Óscar encontra-se em negociações para protagonizar a quinta temporada da aclamada antologia policial da HBO, dando vida a Henry Logan, um detetive nova-iorquino que será o centro da próxima investigação.

ver também : Austin Butler Fora da Corrida Para James Bond — Mas Há Um Papel Que Ele Aceitaria 🎥🍸

O legado de True Detective

Desde 2014, True Detective tornou-se numa das séries mais prestigiadas da televisão. A primeira temporada, com Matthew McConaughey e Woody Harrelson, foi imediatamente um fenómeno cultural e crítico. Seguiram-se Colin Farrell e Mahershala Ali, em temporadas menos consensuais, até que em 2024 chegou Night Country, com Jodie Foster, que revitalizou a saga e até lhe valeu um Emmy.

A quinta temporada continuará essa tradição de trazer grandes nomes do cinema para a televisão, e a escolha de Cage não poderia ser mais simbólica: um ator conhecido por papéis intensos, excêntricos e imprevisíveis, pronto a deixar a sua marca numa série que vive da profundidade psicológica das suas personagens.

Da Louisiana a Nova Iorque

Segundo a HBO, a nova temporada terá lugar em Jamaica Bay, Nova Iorque, um cenário que promete dar um novo fôlego à atmosfera da série. A produção continua a cargo de Issa López, que assumiu o comando criativo em Night Country e deverá manter-se como “showrunner” e principal argumentista.

As gravações estão previstas para 2026, com estreia em 2027 na HBO e HBO Max.

Nicolas Cage, da excentricidade ao noir

Este será apenas o segundo grande projeto televisivo da carreira de Cage. O primeiro é Spider-Noir, série spin-off do universo Homem-Aranha, onde interpreta em imagem real o mesmo detetive cínico e sombrio que já tinha dublado nas animações No Universo Aranha (2018) e Através do Aranhaverso (2023). A série estreia também em 2026.

ver também: Jennifer Aniston e Charlie Day Querem Horrible Bosses 3 — E Já Há Conversas Sobre o Regresso

Com True Detective, Cage parece disposto a abraçar um novo capítulo na sua carreira: o de ator de televisão prestigiada. E para os fãs, a expectativa é clara — se há alguém capaz de trazer intensidade e estranheza a um detetive atormentado, esse alguém é Nicolas Cage.

Austin Butler Fora da Corrida Para James Bond — Mas Há Um Papel Que Ele Aceitaria 🎥🍸

Mais uma semana, mais um nome afastado da corrida para suceder a Daniel Craig no papel de James Bond. Agora foi Austin Butler, nomeado ao Óscar pela sua interpretação em Elvis, a esclarecer que não se vê como o próximo 007 — apesar de ter uma ligação direta ao realizador escolhido para comandar o novo filme da saga, Denis Villeneuve, com quem trabalhou em Dune.

ver também : ennifer Aniston e Charlie Day Querem Horrible Bosses 3 — E Já Há Conversas Sobre o Regresso

“Seria quase sacrílego”

Em entrevista ao programa Hits Radio Breakfast Show, Butler explicou que, apesar de adorar Villeneuve, não acredita que faça sentido interpretar James Bond.

“Adoro esse homem, mas não houve qualquer chamada em relação a James Bond. Acho que não seria uma boa ideia eu interpretar Bond. Sou americano. Posso fazer o sotaque, mas seria quase sacrílego”, disse o ator de 34 anos.

Um vilão? Isso já é outra história…

Se descarta vestir o smoking mais famoso do cinema, Butler não fecha totalmente a porta ao universo 007.

“Vilão? Isso já seria aceitável! Esse papel eu faria”, acrescentou com humor.

Glen Powell pensou o mesmo

A posição de Butler ecoa as declarações recentes de Glen Powell, outro ator norte-americano que também rejeitou a ideia de ser o próximo Bond, defendendo que o papel deve ficar para um britânico.

O peso de Denis Villeneuve

A escolha de Villeneuve para realizar o próximo capítulo da saga elevou ainda mais as expectativas. O cineasta canadiano confessou que os seus primeiros contactos com o cinema foram precisamente através de James Bond, desde Dr. No, com Sean Connery:

“Para mim, 007 é território sagrado. Pretendo honrar a tradição e abrir o caminho para muitas novas missões. É uma responsabilidade enorme, mas também incrivelmente entusiasmante.”

ver também : American Pie: Como Uma Comédia Irreverente Mudou o Cinema Adolescente Para Sempre 🥧

A grande incógnita

Com Daniel Craig fora desde No Time to Die (2021), a saga prepara-se para um 26.º filme que promete redefinir o futuro do agente secreto mais famoso do mundo. Villeneuve está confirmado, mas o protagonista continua por anunciar. Até lá, os rumores multiplicam-se e os fãs só podem especular: quem será o próximo Bond?

Jennifer Aniston e Charlie Day Querem Horrible Bosses 3 — E Já Há Conversas Sobre o Regresso

Mais de dez anos depois do último capítulo, a comédia Horrible Bosses pode estar prestes a voltar. Charlie Day revelou que “absolutamente estaria disponível para outro” filme da saga e confirmou que já teve algumas conversas, tanto com pessoas à frente como atrás das câmaras, sobre essa possibilidade.

ver também : De $8 Mil em American Pie a Milionário: A Vida Financeira de Seann William Scott

O entusiasmo é real

As declarações de Day seguem-se ao entusiasmo demonstrado por Jennifer Aniston, que recentemente disse à Peopleque este seria o projeto que mais gostaria de revisitar. “Jason Bateman e eu falávamos sobre isso, e o Charlie também. Seria super divertido”, afirmou a atriz, sublinhando que “a comédia é uma necessidade” e que estas personagens são demasiado divertidas para ficarem esquecidas.

Dois filmes, uma reputação

O primeiro Horrible Bosses estreou em 2011, realizado por Seth Gordon, e juntou Day, Aniston, Jason Bateman, Jason Sudeikis, Kevin Spacey, Colin Farrell e Jamie Foxx. A história de três amigos desesperados por se livrarem dos patrões horríveis rendeu 210 milhões de dólares mundialmente com um orçamento de apenas 35 milhões, transformando-se numa das comédias mais faladas da década.

O sucesso levou a uma sequela em 2014, realizada por Sean Anders, que trouxe de volta a maioria do elenco e ainda acrescentou Chris Pine e Christoph Waltz. Apesar do casting de peso, a bilheteira foi mais modesta, com 108 milhões de dólares, e deixou a sensação de que talvez a saga tivesse perdido fôlego. O próprio Jason Bateman chegou a dizer que o segundo filme foi “um erro” em termos de box office, ainda que tenha confessado gostar de ambos.

O fator nostalgia

Agora, com o regresso das comédias ao grande ecrã em novas roupagens — Day chegou a citar o remake de The Naked Gun como exemplo da diversão de ver uma comédia no cinema —, a ideia de Horrible Bosses 3 pode ganhar tração. Além disso, Jennifer Aniston relembrou com carinho o impacto que o papel teve na sua carreira: ajudou-a a quebrar a imagem de “vizinha ingénua” e a assumir uma personagem ousada e inesperada.

Vai mesmo acontecer?

Ainda nada é oficial, mas os sinais de bastidores e o alinhamento dos protagonistas indicam que o projeto não está apenas em especulação. Como disse Charlie Day:

“Esperemos que haja apetite do estúdio. Eu adorava fazer um terceiro.”

Se Hollywood tem mostrado uma tendência para reviver sagas que pareciam arrumadas, porque não voltar aos patrões mais detestáveis — e engraçados — do cinema recente?

ver também : American Pie: Como Uma Comédia Irreverente Mudou o Cinema Adolescente Para Sempre

De $8 Mil em American Pie a Milionário: A Vida Financeira de Seann William Scott

Ele foi eternizado como Stifler, o irreverente personagem de American Pie, mas a carreira de Seann William Scott vai muito além das partidas adolescentes. E, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, a sua conta bancária também.

ver também : Eduardo Serra: O Mestre da Luz Português que Conquistou Hollywood

Do churro no zoo ao estrelato

Quando estreou em American Pie (1999), Scott recebeu apenas 8 mil dólares — um valor que o próprio recorda com humor. “Comprei um Thunderbird usado por 5 ou 6 mil e fiquei a pensar: ‘Oh yeah, baby!’ Depois não sei o que aconteceu ao resto, porque acabei a trabalhar no zoo de Los Angeles a vender churros”, contou no The Rich Eisen Show.

O filme, claro, transformou-se num fenómeno global, gerando três sequelas para cinema e cinco spin-offs. Mas, para Scott, o impacto financeiro só viria muito mais tarde.

O presente: números milionários

Segundo documentos judiciais revelados durante o processo com a ex-mulher Olivia Korenberg, o ator de 48 anos declarou ter um rendimento médio de 110 mil dólares por mês, acrescido de cerca de 45 mil em royalties e 31 mil em dividendos e juros.

No total, o seu património ultrapassa os 30 milhões de dólares, com destaque para três casas em Los Angeles, mais de 12 milhões em ações e obrigações, e quase 19 milhões em propriedades. Entre os bens listados estão ainda carros modestos — um Mini Cooper e um Honda Passport — e até arte avaliada em 93 mil dólares.

E American Pie, volta?

Apesar do carinho dos fãs, Scott tem dúvidas em regressar à saga que o tornou famoso. “Teria de ser uma ideia perfeita. As comédias mudaram muito, teríamos de adaptar para ser mais relacionável”, disse em 2023 no podcast Inside of You.

ver também : Glen Powell como James Bond? O Ator Já Respondeu — e a Resposta Não Deixa Dúvidas

Enquanto isso, o ator tem-se mantido ativo em séries como The Righteous Gemstones e Lethal Weapon, além de Shifting Gears. O “churro guy” que sonhava com um carro usado é agora um milionário — mas continua a ser lembrado, em todo o mundo, como o homem que fez de Stifler um ícone da comédia dos anos 2000.

Eduardo Serra: O Mestre da Luz Português que Conquistou Hollywood

A morte de Eduardo Serra, aos 81 anos, deixa o cinema português e internacional mais pobre. O diretor de fotografia, considerado o mais internacional da sua área em Portugal, construiu uma carreira marcada pela elegância da luz e pela profundidade visual com que enriquecia cada filme.

ver também : Glen Powell como James Bond? O Ator Já Respondeu — e a Resposta Não Deixa Dúvidas

Um artista da imagem

Para o realizador João Mário Grilo, que trabalhou com Serra em O Processo do Rei (1989), esta foi uma “aliança decisiva”. A recriação visual do século XVII português exigia mais do que técnica: precisava de inteligência e sensibilidade, atributos que Serra dominava como poucos.

“Não era apenas um técnico, era um artista muito talentoso”, recordou Grilo, sublinhando que o diretor de fotografia conseguia explicar a razão de cada luz e cada plano, como se fosse um pintor a desenhar na tela do cinema.

Duas nomeações aos Óscares e um BAFTA

Nascido em Lisboa, em 1943, Eduardo Serra tornou-se referência mundial. Foi nomeado duas vezes para os Óscares, por As Asas do Amor (1997) e Rapariga com Brinco de Pérola (2003), este último também distinguido com o BAFTA de Melhor Fotografia. A recriação da luz da pintura flamenga nesse filme é hoje considerada uma das mais belas traduções visuais da história da arte para o cinema.

Colaborações internacionais e blockbusters

A sua carreira no estrangeiro levou-o a trabalhar com nomes como Claude ChabrolPatrice LeconteMichael WinterbottomM. Night Shyamalan e Edward Zwick. Foi também responsável pela fotografia de dois filmes da saga Harry Potter, levando a sua assinatura estética a um dos maiores fenómenos de bilheteira da história do cinema.

Portugal no percurso

Apesar do sucesso internacional, Eduardo Serra não se desligou de Portugal. Trabalhou com realizadores como José Fonseca e Costa (A Mulher do Próximo, 1988), Luís Filipe Rocha (Amor e Dedinhos de Pé, 1991) e Fernando Lopes(O Delfim, 2001). Cada colaboração foi marcada por uma atenção exímia à atmosfera e à textura visual da narrativa.

Uma carreira sem paralelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou pesar pela morte do cineasta, lembrando “uma carreira internacional que não tem paralelo entre os diretores de fotografia portugueses” e o seu contributo “decisivo para a luz e a imagem” no cinema mundial.

ver também : Cinema em Português: O Futuro do Nosso Cinema Ganha Palco no TVCine Edition

De Lisboa a Hollywood, passando por Paris, Eduardo Serra deixa um legado maior do que a soma das suas imagens: deixa-nos a certeza de que a luz, nas mãos certas, pode transformar-se em poesia.

Glen Powell como James Bond? O Ator Já Respondeu — e a Resposta Não Deixa Dúvidas

Mais uma semana, mais uma vaga de especulações sobre quem vestirá o icónico smoking de James Bond após a saída de Daniel Craig. O mais recente nome lançado para a fogueira foi o de Glen Powell, ator norte-americano de 36 anos, conhecido por Top Gun: MaverickTodos Menos Tu e Tornados.

A sugestão partiu da The Hollywood Reporter, que descreveu a ideia como “inconvencional (e algo absurda)” — a de Powell ser o primeiro ator americano a interpretar 007. A resposta, no entanto, não deixou espaço para imaginações.

ver também : FBI: Most Wanted Chega ao Fim – O Adeus a Uma das Séries Policiais Mais Intensas da Década

“Sou texano. Um texano não deveria interpretar James Bond”, disse Powell, acrescentando com ironia: “A minha família e eu brincamos: posso interpretar Jimmy Bond, mas não deveria interpretar James Bond. Contratem um autêntico britânico para esse trabalho. É ele quem merece usar esse smoking.”

O futuro da saga 007

A recusa de Powell vem numa altura em que a especulação em torno do próximo Bond está ao rubro. Desde fevereiro que a Amazon MGM tem controlo criativo sobre a saga, após mais de 60 anos nas mãos da família Broccoli, e a máquina já está a acelerar para a produção do 26.º filme.

O último título, 007 – Sem Tempo para Morrer (2021), marcou a despedida de Daniel Craig. Agora, cabe ao realizador Denis Villeneuve (Dune) e ao argumentista Steven Knight (Peaky Blinders) dar nova vida ao mais famoso espião britânico.

Quem são os favoritos?

De acordo com a Variety, a Amazon procura um ator britânico com menos de 30 anos — um critério que elimina nomes frequentemente mencionados ao longo dos últimos anos, como Aaron Taylor-Johnson (35), Henry Cavill (42) ou Idris Elba (52).

No topo da lista de preferências surgem:

  • Jacob Elordi (28), australiano de Saltburn — sendo que a nacionalidade não seria um problema, já que George Lazenby também era australiano quando vestiu o smoking em Ao Serviço de Sua Majestade (1969).
  • Tom Holland, britânico e rosto da saga Homem-Aranha, com ligações profissionais diretas à produtora Amy Pascal.
  • Harris Dickinson (29), menos conhecido do grande público mas já escalado para interpretar John Lennon numa das futuras biografias sobre os Beatles.

O suspense continua

Apesar da expectativa, ainda não há datas confirmadas para a produção nem estreia do novo filme. O mistério em torno da escolha do próximo James Bond continua a ser parte do fascínio da saga, alimentando debates entre fãs e imprensa especializada.

ver também : Cinema em Português: O Futuro do Nosso Cinema Ganha Palco no TVCine Edition

Por agora, uma coisa é certa: Glen Powell pode estar na moda em Hollywood, mas não será ele a herdar a licença para matar.

Stephen King já viu Weapons — e garante: “Muito assustador, adorei”

Quando Stephen King dá a sua bênção, o mundo do terror presta atenção. O mestre por trás de clássicos como CarrieItou The Shining usou a rede social X para deixar o seu veredito sobre Weapons, o novo filme de Zach Cregger, realizador de Barbarian.

ver também :Este filme entra Para o Top das Adaptações Mais Rentáveis de Stephen King 🐵🎬

Foram apenas oito palavras, mas suficientes para incendiar o entusiasmo dos fãs:

“WEAPONS: Confidently told, and very scary. I loved it.”

Ou seja: “Weapons: contado com confiança e muito assustador. Adorei.”

A nova aposta do terror

A premissa de Weapons é perturbadora e original: uma turma inteira de crianças desaparece na mesma noite, à mesma hora, aparentemente de livre vontade. O desaparecimento deixa uma pequena comunidade em choque e abre caminho a uma investigação que vai muito além do mistério inicial, mergulhando em tensões sociais, segredos e medos colectivos.

Depois do sucesso-surpresa de Barbarian (2022), Cregger regressa com um filme que já está a ser descrito como inesperado, inquietante e ousado.

Críticos em sintonia com King

Não foi apenas King a cair de amores pelo filme. A crítica especializada também tem reagido de forma entusiasta. A jornalista Belen Edwards, da Mashable, resumiu assim a experiência:

“Não estão preparados para Weapons.”

Segundo a crítica, a força do filme não está apenas nos sustos, mas na sua capacidade de surpreender o público constantemente: “Seja o que for que acham que vão ver, não é nada comparado com o que Cregger realmente vos atira.”

O impacto da “bênção” de King

As palavras de Stephen King têm um peso especial. Sempre que o autor elogia uma obra de terror, ela tende a ganhar uma aura de obrigatoriedade entre fãs do género. Foi assim com Talk to MeBarbarian e até com Hereditary. Agora, é Weapons a beneficiar desse selo de aprovação.

ver também . Stephen King Revela Suas Adaptações Favoritas para o Cinema: “Stand By Me” e “The Shawshank Redemption”

Com elogios da crítica, um público cada vez mais curioso e a marca de confiança de King, Weapons já se posiciona como um dos filmes de terror mais falados de 2025.