
A sala portuense prepara um ciclo sobre o impacto dos telefones na sociedade, uma biografia fílmica de Bowie e uma retrospetiva de Dominga Sotomayor
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O Batalha Centro de Cinema, no Porto, revelou a programação para o último quadrimestre de 2025 e traz consigo uma mão cheia de propostas arrojadas e ecléticas. Entre os grandes destaques estão uma homenagem cinematográfica a David Bowie, um ciclo que reflecte sobre os telefones enquanto dispositivos tecnológicos e sociais, e uma retrospetiva completa da realizadora chilena Dominga Sotomayor.
Quando o Telefone Toca… toca tudo
A temporada arranca a 6 de setembro com E.T. – O Extraterrestre (1982), de Steven Spielberg, dando o mote ao ciclo Quando o Telefone Toca, uma programação que decorre até 25 de outubro e que propõe uma reflexão sobre como o telefone — do analógico ao digital — moldou formas de comunicação, modos de vida e até o próprio cinema.
O ciclo contará com obras de realizadores como Wes Craven, Marguerite Duras, Radu Jude e Jia Zhangke, criando pontes inesperadas entre o passado e o presente tecnológico.
Bowie no ecrã, até janeiro
Em outubro, o Batalha mergulha no universo multifacetado de David Bowie, apresentando uma “biografia fílmica” não só com os filmes onde o músico britânico participou, como também obras que o influenciaram ou que beberam do seu imaginário artístico.
Entre os títulos confirmados estão O Homem Que Veio do Espaço (1976), de Nicolas Roeg, Just a Gigolo (1978), de David Hemmings, além de filmes de Gala Hernandez Lopez, Nam June Paik e Ulrich Edel. O ciclo estende-se até 10 de janeiro de 2026, data que marca os dez anos da morte de Bowie.
Dominga Sotomayor em retrospetiva e em pessoa
A realizadora Dominga Sotomayor, uma das vozes mais singulares do cinema sul-americano contemporâneo, será homenageada com uma retrospetiva completa das suas longas-metragens, uma seleção de curtas e ainda uma masterclasse no Porto.
Cinema português em destaque
O programa Luas Novas, dedicado ao cinema português contemporâneo, contará com obras de Maria Inês Gonçalves, premiada este ano em Roterdão, e da artista visual Alice dos Reis, distinguida com o Prémio Novos Artistas da Fundação EDP.
Mónica de Miranda e Cláudia Varejão
A artista Mónica de Miranda terá direito a uma sessão especial de filmes e ao lançamento de uma publicação sobre a sua exposição Profundidade de Campo. Já Cláudia Varejão será homenageada com a edição de um livro de ensaios e fotografia sobre o seu percurso cinematográfico.
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A programação completa da nova temporada estará disponível a partir de 12 de agosto. Mas uma coisa é certa: entre chamadas analógicas, sons de Bowie e novos olhares do cinema português, o Batalha promete ligar-nos directamente à arte e à reflexão.
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