O Periferias regressa este verão com uma programação vibrante que atravessa fronteiras, estilos e séculos de cultura

ver também : 40 Anos Depois, Lea Thompson Revela o Seu “Regresso ao Futuro” Favorito (e Não, Não é o do Beijo do Doc)

🎬 Este verão, o cinema viaja até às margens da fronteira ibérica para dar palco a uma cultura tantas vezes marginalizada — e fá-lo com toda a pompa e circunstância. A 13.ª edição do Festival de Cinema Periferias terá lugar de 8 a 16 de agosto nas localidades de Marvão (Portalegre) e Valência de Alcântara (Cáceres), mas a festa já começou… e não quer saber de passaportes.

aqui :

Sob o tema “A riqueza cultural do povo cigano”, o festival propõe uma celebração audiovisual e musical da história, identidade e contributos do povo cigano para as artes. Com uma curadoria que cruza filmes, documentários e concertos, o Periferias prova que a descentralização cultural pode ser tão urgente quanto inspiradora.

Charlie Chaplin com alma cigana?

Um dos destaques da edição de 2025 é o documentário “Chaplin, espírito cigano”, realizado por Carmen Chaplin (neta do próprio Charlot), que mergulha nas origens e influências ciganas do eterno mestre da comédia silenciosa. Sim, leu bem: Charlie Chaplin com raízes ciganas — e a história é contada com a sensibilidade de quem carrega esse legado no sangue.

Mas a viagem não se fica pelos tempos do cinema mudo. O realizador e músico madrileno Antón Álvarez, mais conhecido como C. Tangana, apresenta o filme “A guitarra flamenca de Yerai Cortés”, uma ode musical à mestria deste jovem guitarrista cigano, onde o flamenco ganha nova vida e ritmo contemporâneo.

Almodóvar, Claude Barras e muito mais

O Periferias não vive só da temática central: oferece uma programação eclética que mistura grandes nomes com novas vozes do cinema independente. Entre os filmes seleccionados para este ano estão:

  • “O Quarto ao Lado”, de Pedro Almodóvar
  • “Selvagens”, do animador suíço Claude Barras
  • “A Vida Luminosa”, de João Rosas
  • “Coro: 60 anos do Coro Gulbenkian”, de Edgar Ferreira

E o melhor? Mesmo antes da abertura oficial, o festival já anda em digressão! As extensões do Periferias começaram em Arronches, com a exibição de “Flow”, do letão Gints Zilbalodis, e “Deuses de Pedra”, de Iván Castiñeiras Gallego, acompanhados por um concerto do grupo Os Sabugueiros — porque cinema e música, aqui, andam de mãos dadas.

Muito mais que cinema: um manifesto cultural

Criado em 2013 pela Associação Cultural Periferias (Portugal) e pela Gato Pardo (Espanha), o festival nasceu com a missão clara de levar a cultura a zonas sem salas de cinema, construindo pontes entre comunidades e territórios. A edição deste ano reforça esse espírito de união, estendendo-se também a PortalegreCastelo de VideCáceresAnconchel e La Fontañera.

Se é fã de cinema que conta histórias reais, amplifica vozes invisíveis e ainda lhe oferece um bom concerto ao pôr do sol, então não pode perder o Periferias 2025.

ver também: Mulheres, Mar e Memórias: O Documentário que Dá Voz ao Oceano Açoriano

🎟️ A programação completa está disponível em: periferiasfestival.com

Recommended Posts

No comment yet, add your voice below!


Add a Comment