De polémica em polémica até ao streaming: a nova versão de Branca de Neve entra no catálogo da Disney+ a 11 de Junho, apenas 82 dias após a estreia nos cinemas — e um dos maiores desastres financeiros da história da Disney.

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Espelho meu, espelho meu… haverá fracasso maior do que o meu?

Era para ser um dos grandes eventos cinematográficos da Disney em 2024. Afinal, trata-se de uma adaptação do primeiro clássico animado dos estúdios: o lendário Branca de Neve e os Sete Anões, de 1937. Com Rachel Zegler no papel principal e Gal Gadot como a Rainha Má, o projecto reunia duas estrelas em ascensão num universo de contos de fadas. A fórmula parecia infalível.

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Mas não foi.

Bilheteira desastrosa e orçamento astronómico

Com um orçamento estimado em 270 milhões de dólares (sem contar com os custos de marketing), os analistas indicavam que seriam necessários mais de 625 milhões em receitas mundiais para que a Disney começasse sequer a recuperar o investimento. O resultado? Uns magros 205,5 milhões no total mundial, com apenas 87,2 milhões nos EUA e Canadá.

Num mercado dominado por super-heróis em crise, sequelas exaustas e cansaço de remakes, Branca de Neve revelou-se um autêntico naufrágio comercial — com um percurso que levou muitos a apelidarem o filme como “o maior fracasso desde Joker: Loucura a Dois” (que, ironicamente, também teve um desempenho abaixo das expectativas em 2024).

Polémicas antes da estreia

Muito antes da estreia, Branca de Neve já era sinónimo de polémica. A começar pelas declarações de Rachel Zegler, que levantaram sobrancelhas ao afirmar que a versão original era “problemática” e que a sua Branca de Neve “não precisa de um príncipe para a salvar”.

A reinvenção da narrativa — com enfoque na independência da personagem feminina e uma abordagem mais moderna — dividiu o público. Ao mesmo tempo, o design e representação dos “sete companheiros” (que não são todos anões, nem sete no sentido tradicional) causaram desconforto e levaram até à intervenção pública de Peter Dinklage.

A recepção foi morna a nível crítico, com a realização de Marc Webb (de O Fantástico Homem-Aranha) a ser considerada insossa, e nem mesmo as músicas originais da dupla premiada Benj Pasek e Justin Paul (La La LandO Grande Showman) conseguiram gerar entusiasmo.


A grande retirada da Disney?

O impacto foi tão negativo que, segundo a imprensa especializada norte-americana, a Disney decidiu suspender indefinidamente o desenvolvimento da versão em imagem real de Entrelaçados (Tangled), que estava já em fase de pré-produção.

Com tantos remakes em produção (de Lilo & Stitch a Hércules), a derrota de Branca de Neve pode marcar uma viragem na estratégia da casa do Mickey. A pergunta impõe-se: será este o fim da era dos remakes live-action?

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Da tela grande ao conforto do sofá

Se perdeu o filme nos cinemas (ou preferiu aguardar pelo streaming), Branca de Neve chega ao Disney+ a 11 de Junho. Talvez lá, longe dos holofotes, consiga encontrar algum público disposto a redescobrir a história da jovem de pele branca como a neve… agora com menos magia e mais controvérsia.

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