🎬 A noite de domingo, 13 de julho, promete ser tudo menos banal. O TVCine Top estreia, em exclusivo, Emilia Pérez, um dos filmes mais surpreendentes, ousados e politicamente provocadores do último ano. Realizado por Jacques Audiard — o autor de obras incontornáveis como Um Profeta ou Ferrugem e Osso —, o filme junta musical, thriller de narcotráfico e drama de identidade de género numa proposta absolutamente invulgar e que conquistou os júris e a crítica internacional.

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Vencedor do Prémio do Júri no Festival de Cannes, de dois Óscares (incluindo Melhor Atriz Secundária para Zoe Saldaña), quatro Globos de Ouro e inúmeros elogios apaixonados por parte da crítica especializada, Emilia Pérez afirma-se como uma das produções mais marcantes da década, cruzando géneros, geografias e convenções com um arrojo raramente visto no cinema contemporâneo.

De “Manitas” a Emilia: Uma Transição Literal e Metafórica

A história começa com Rita, interpretada com garra por Zoe Saldaña — papel que lhe valeu o Óscar —, uma advogada ambiciosa mas subestimada, presa num escritório que defende criminosos em vez de os combater. A reviravolta chega quando é raptada por um cartel de droga, apenas para descobrir que o temível líder, conhecido por “Manitas”, não quer eliminá-la… mas contratá-la.

O plano de Manitas? Abandonar o narcotráfico e realizar o seu maior sonho: tornar-se mulher. O resultado é Emilia Pérez, uma ópera pop inesperada onde o drama identitário se entrelaça com o thriller criminal e a exuberância musical. O filme não foge a temas difíceis — violência, transição de género, perdão, maternidade e redenção — mas fá-lo com uma fluidez surpreendente, coreografando emoções com a mesma energia com que monta tiroteios ou cenas de tribunal.

Karla Sofía Gascón e a Força de uma Presença

No papel-título, Karla Sofía Gascón — actriz trans espanhola que interpreta Emilia após a transição — oferece uma das prestações mais notáveis do cinema recente. Ao lado de Saldaña, Selena Gomez e Adriana Paz, o elenco feminino venceu de forma colectiva o prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, um reconhecimento da força emocional e política da performance conjunta. Esta escolha do júri cannoise foi não apenas simbólica, mas também justa: raramente se vê um elenco tão comprometido com a vulnerabilidade das suas personagens.

E como se não bastasse, Emilia Pérez inclui ainda a canção “El Mal”, vencedora do Óscar de Melhor Canção Original, interpretada por Saldaña com uma intensidade surpreendente. A música, tal como o filme, mistura géneros, ritmos e dor — mas também libertação.

Audiard Reinventa-se (Outra Vez)

Jacques Audiard é conhecido por nunca se repetir. Do drama criminal urbano (Um Profeta) ao faroeste existencial (Os Irmãos Sisters), o realizador francês continua a reinventar-se a cada projecto. Com Emilia Pérez, mergulha no território do musical latino com a ousadia de quem já não tem nada a provar — e muito a dizer.

Ao misturar formatos e códigos de forma tão fluída, o filme consegue algo raro: desafiar o espectador sem o afastar. Há melodrama, sim, mas também ironia. Há denúncia social, mas também espaço para o sonho. E no centro de tudo, uma personagem que quer apenas viver em paz consigo mesma, depois de uma vida feita de violência, medo e dissimulação.

Uma Estreia Televisiva Imperdível

Depois de passar pelos maiores palcos do mundo — de Cannes aos Óscares —, Emilia Pérez chega finalmente à televisão portuguesa, com estreia marcada para domingo, 13 de julho, às 21h15 no TVCine Top e no TVCine+. Para quem perdeu a estreia em sala (ou para quem quer rever), esta é uma oportunidade imperdível para descobrir uma das obras mais singulares e emocionalmente potentes dos últimos anos.

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Numa época em que o cinema muitas vezes se refugia em fórmulas seguras, Emilia Pérez é uma lufada de ar fresco — corajosa, musical, feroz e profundamente humana. Prepare-se para ser desafiado. E comovido.

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