“O Barulho da Noite”, de Eva Pereira, abre a 16.ª edição do festival que celebra o cinema da lusofonia

FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa começa hoje, dia 6 de Junho, em Lisboa, com a exibição de O Barulho da Noite, primeira longa-metragem da actriz e realizadora brasileira Eva Pereira. A sessão de abertura decorre no Cinema City Campo Pequeno, dando o pontapé de saída a uma semana de programação que une Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau sob o mesmo ecrã.

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Cinema em português, com sotaques diversos

A edição deste ano — a 16.ª — traz uma selecção rica e plural de filmes de ficção e documentário, incluindo obras em competição e outras fora de competição. Na secção de longas-metragens de ficção, destaque para o filme português “Criadores de Ídolos”, de Luís Diogo, que aborda de forma crítica e reflectida o culto da fama e os bastidores do fabrico de celebridades na indústria cultural.

Na competição de documentários, o Brasil marca forte presença com títulos como Funk Favela, de Kenya Zanatta, mas há também espaço para o documentário luso-guineense Nteregu, de Manuel Loureiro e Roger Mo, sobre a história da música na Guiné-Bissau, e para Beleza Africana, uma co-produção entre Angola, Moçambique e Portugal, realizada por Coréon Dú e Nataniel Mangue.


Clássicos, novidades e muito mais além da competição

Fora de competição, o festival traz pérolas como “Doce de Mãe” (2012), de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado, protagonizado pela gigante Fernanda Montenegro, e a comédia dramática “Câncer com Ascendente em Virgem”, de Rosane Svartman, com Suzana PiresMarieta Severo e Nathália Costa no elenco.


Debates, artes visuais e encontros profissionais

Para além das sessões de cinema, o FESTin promove encontros e debates com profissionais do sector audiovisual, com destaque para a conversa marcada para esta quinta-feira, que contará com representantes dos institutos de cinema de Portugal, Brasil e Cabo Verde, focada em políticas públicas, parcerias e os desafios da produção lusófona.

Até ao final do mês, a Galeria Graça Brandão acolhe a mostra de videoarte “Territórios Confluentes”, com curadoria dos artistas César Meneghetti e Miguel Petchkovsky, apresentando peças breves de criadores oriundos de países de língua portuguesa.


FESTin em vários palcos da cidade

Além do Cinema City Campo Pequeno, as exibições e actividades do FESTin decorrerão também no Fórum Lisboa, no Liceu Camões e no espaço Avenidas, inserido na rede Um Teatro em Cada Bairro.

O festival termina a 8 de Junho, mas até lá promete oferecer muito mais do que cinema — será, acima de tudo, uma celebração da pluralidade cultural lusófona, da sua criatividade e das suas vozes diversas.

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