
Após 18 anos juntos, o casal de ouro do cinema francês põe ponto final na relação — mas não nas memórias partilhadas no grande ecrã
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Quando um casal de estrelas brilha junto durante quase duas décadas, é natural que o público os veja como indissociáveis. Mas como no cinema — e na vida — os finais felizes nem sempre duram para sempre, Marion Cotillard e Guillaume Canet anunciaram oficialmente o fim da sua relação, após 18 anos de vida em comum.
O comunicado, enviado diretamente à agência France-Presse, tem uma missão clara: pôr termo a rumores, evitar especulações e proteger os seus dois filhos da voragem mediática. “Esta decisão foi tomada por mútuo acordo”, lê-se na nota. Discrição, respeito e dignidade — como seria de esperar de duas das figuras mais queridas (e mais reservadas) do cinema francês.
Amor ou Consequência?
Foi em 2003 que o mundo os viu juntos pela primeira vez em Amor ou Consequência, um jogo perigoso de sedução onde interpretavam amigos que testavam os limites do amor. A cumplicidade no ecrã saltou rapidamente para a vida real, com o casal a oficializar o relacionamento em 2007.
Coincidência ou não, foi precisamente nesse momento que as suas carreiras dispararam a uma velocidade estonteante. Marion Cotillard acabara de filmar La Vie en Rose, um papel que lhe valeria um Óscar da Academia e a transformaria numa embaixadora internacional do cinema francês. Guillaume Canet, por sua vez, conquistava o César de Melhor Realização com Não Contes a Ninguém, baseado num romance de Harlan Coben.
Casal, cúmplices e colegas de trabalho
Juntos, fizeram muito mais do que partilhar a vida: partilharam o ecrã, a câmara e as ideias. Guillaume Canet dirigiu Marion Cotillard em vários filmes de sucesso, incluindo Pequenas Mentiras entre Amigos (2010) e a sua sequela de 2019, Rock’n Roll (2018), Laços de Sangue (2013) e, mais recentemente, Astérix & Obélix: O Império do Meio (2023), onde Cotillard encarnou uma Cleópatra inesperada e exuberante.
Como atores, também contracenaram em O Último Voo (2009) e têm ainda um novo projeto a caminho: Karma, um thriller que Guillaume Canet acaba de terminar.
Mais do que casal, formavam um verdadeiro núcleo criativo — algo raro no meio artístico — que permitiu aos dois explorar diferentes facetas da arte cinematográfica. Ela, musa de realizadores como James Gray e Christopher Nolan. Ele, realizador influente e atento aos temas sociais do seu tempo.
Discretos, mas atentos ao mundo
Apesar da fama, Cotillard e Canet sempre mantiveram uma vida discreta fora dos holofotes. Ainda assim, nunca se alhearam dos temas que os movem: Marion é uma voz ativa nas questões climáticas e ecológicas, enquanto Canet se tornou defensor da agricultura sustentável depois do filme Au nom de la terre (2019).
Com mais de um milhão de seguidores no Instagram cada um, continuam a ser figuras queridas do público — juntos ou separados.
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A separação pode marcar o fim de uma era, mas o legado de Cotillard e Canet no cinema francês e internacional está longe de terminar. E quem sabe? Como bons atores e realizadores que são… talvez este não seja mesmo o fim da história.
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