Nos bastidores do cinema, existem histórias que, se tivessem tido um final ligeiramente diferente, poderiam ter mudado por completo o rumo da sétima arte. Uma dessas histórias envolve James Brolin, actor veterano de Hollywood, que esteve a centímetros de vestir o icónico fato de espião com licença para matar… até Roger Moore dizer que afinal ainda não era altura de largar o volante do Aston Martin.

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O Verão de 1983: Um Agente em Suspense

Estamos em 1983. Roger Moore, que já havia dado corpo e charme britânico a James Bond em seis filmes, estava a ponderar seriamente reformar-se da personagem. Foi nessa altura que os produtores da saga, com Cubby Broccoli à cabeça, começaram a procurar alternativas. E encontraram uma promessa segura do outro lado do Atlântico: James Brolin.

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Brolin, que já havia alcançado notoriedade com The Amityville Horror (1979), foi chamado a Londres, conheceu os produtores, instalou-se num apartamento e começou a treinar com os duplos. A decisão parecia tomada. James Brolin ia ser o próximo Bond, e tudo apontava para que Octopussy fosse o seu filme de estreia como 007.

Mas antes de assinar contrato, o telefone tocou.

Roger Moore tinha mudado de ideias. Ia voltar, afinal, para mais um filme. Brolin foi dispensado — sem ressentimentos, mas com a vaga de Bond a escapar-lhe por entre os dedos.

Um “Superman” Rejeitado e um Carreira de Carácter

Curiosamente, esta não foi a única oportunidade “titânica” recusada por James Brolin. Noutra ocasião, foi-lhe oferecido o papel de Superman no filme de Richard Donner, que viria a lançar Christopher Reeve para o estrelato. Mas Brolin recusou: “Não me via pendurado por fios com um collant vermelho. Não era o tipo de carreira que queria”, explicou numa recente entrevista à People.

Com o tempo, James Brolin encontrou o seu espaço — não como herói de acção, mas como actor de carácter. Participou em filmes como Traffic (2000), Catch Me If You Can (2002), ao lado de Leonardo DiCaprio, e emprestou a sua voz ao vilão Zurg no spin-off Lightyear da saga Toy Story.

E Roger Moore?

Moore, por sua vez, viria a interpretar James Bond em mais dois filmes: Octopussy (1983) e A View to a Kill (1985). Com sete aparições no papel, continua a ser o actor que mais vezes vestiu a pele do agente secreto no grande ecrã.

Tinha 56 anos quando filmou Octopussy, e o seu legado como um dos Bonds mais carismáticos (e cómicos) permanece até hoje.

Uma Vida de Hollywood — e de Amor

James Brolin não desapareceu nas sombras. Desde 1998 é casado com a cantora e actriz Barbra Streisand, com quem forma um dos casais mais queridos da indústria. Curiosamente, foi um comentário que Brolin fez sobre o início do seu romance com Streisand que inspirou a compositora Diane Warren a escrever o tema “I Don’t Want to Miss a Thing”, imortalizado por Aerosmith no filme Armageddon (1998).

Brolin é também pai de Josh Brolin, estrela de filmes como No Country for Old Men e Milk, e uma figura de peso no cinema contemporâneo.

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E se…?

Fica a pergunta inevitável: como teria sido James Brolin como James Bond? Teria trazido um ar mais americano ao agente britânico? Teria durado mais do que um filme? Nunca saberemos. Mas numa realidade paralela, Octopussy foi protagonizado por um Bond de Los Angeles… e Roger Moore estava confortavelmente reformado numa villa algarvia (quem sabe?).

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