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Jeff Buckley regressa à luz em documentário íntimo: It’s Never Over, Jeff Buckley

🎙️ A voz de Jeff Buckley parecia vinda de outro lugar. Etérea, intensa, comovente. A sua morte prematura em 1997, aos 30 anos, selou o destino trágico de uma das figuras mais enigmáticas da música dos anos 90. Mas como garantir que a memória de alguém assim não se dilua com o tempo? É essa a missão do novo documentário It’s Never Over, Jeff Buckley, realizado por Amy Berg e estreado no Festival de Sundance.

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Mais do que uma biografia, o filme é uma homenagem pungente, construída a partir de material de arquivo nunca antes divulgado — incluindo mensagens de voz que o músico deixou à mãe, Mary Guibert. Segundo a realizadora, essas gravações revelam o lado mais humano e vulnerável de Buckley: “O verdadeiro Jeff está ali”, diz.

Quando a música consola… e expõe

Em entrevista ao The Verge, Amy Berg partilhou a ligação pessoal que tem com a obra de Buckley. O álbum Grace, lançado em 1994, marcou-a desde a adolescência:

“Cortou-me por dentro. Apaixonei-me por Jeff Buckley. ‘Lover, You Should’ve Come Over’ era a minha música-refúgio. Ele massajava a minha dor.”

O documentário foi pensado não como um produto de culto, mas como um convite à descoberta. E se há algo que Berg quis evitar foi mitificar em excesso a figura do cantor. “Muita gente olha para o Jeff como se caminhasse sobre as águas. Mas ele era jovem, vulnerável, lutava com muita coisa e nem sempre era bonito de ver. Era real.”

Arquivos, mensagens e o direito a contar tudo

A origem do documentário começou com um convite para realizar um biopic. No entanto, ao receber um pen drive com os arquivos pessoais de Buckley, Amy Berg soube imediatamente que o projecto teria de ser documental. “As mensagens de voz partiram-me o coração. Ali está ele — sem filtros, amoroso, carente, divertido.”

Uma dessas mensagens, onde Buckley se identifica como “o teu filho sexy e grande”, tornou-se emblemática para a realizadora, que nunca hesitou em incluí-las no filme.

“Há muitas versões do Jeff, e as mensagens mostram isso com uma sinceridade brutal.”

Contrariando rumores sobre alegadas restrições impostas pela mãe, Amy Berg assegura que Mary Guibert lhe deu total liberdade criativa:

“Ela disse-me: ‘Faz o que quiseres. Conta a história como quiseres contar.’ Pedi-lhe final cut e ela aceitou. Não queria fazer um retrato bonitinho, e isso levou anos a conquistar.”

Morte, amor e o peso da ausência

Ao contrário de outros documentários que começam pela tragédia, It’s Never Over, Jeff Buckley conduz o espectador pela vida do músico até à sua morte. Para Amy Berg, isso foi uma escolha deliberada:

“Queria que as pessoas mergulhassem no mundo dele e, depois, encontrassem por si mesmas o caminho até à sua música.”

No fundo, o filme é também uma carta de amor — à arte, à dor, à beleza imperfeita que Buckley carregava. E aos que ainda hoje se emocionam ao ouvi-lo cantar como se estivesse mesmo ali, numa sala vazia, a falar só connosco.

“Ouvir Jeff é uma experiência profundamente pessoal. E é isso que quero que as pessoas redescubram.”

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