Uma conversa que aqueceu no podcast
No episódio de 16 de Setembro do The Joe Rogan Experience, o comediante e apresentador Joe Rogan recebeu Matthew McConaughey para uma conversa de três horas que misturou filosofia, religião, inteligência artificial e até poesia. O actor vencedor de um Óscar está em plena digressão de promoção do seu novo livro, Poems & Prayers, uma colectânea de provérbios e textos líricos.
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Mas o momento mais polémico surgiu quando a conversa se voltou para a nova lei texana que obriga todas as escolas públicas do estado a exibirem conspicuamente os Dez Mandamentos em todas as salas de aula.
Rogan: “É por isso que queremos separar Igreja e Estado”
Joe Rogan não poupou críticas à medida aprovada no Senado do Texas. “O problema é: e os muçulmanos? E os budistas? E os hindus? E todas as outras religiões que existem?”, questionou. O apresentador defendeu que escolas públicas, por serem financiadas pelo Estado, devem manter-se livres de religião, de modo a respeitar todas as crenças — ou a ausência delas.
Segundo Rogan, forçar a exibição dos Dez Mandamentos poderá até afastar pessoas do Cristianismo. Citou mesmo o congressista democrata James Talarico, um cristão devoto que considera a lei contraproducente e uma ameaça à liberdade de expressão religiosa.
McConaughey: uma pausa espiritual para todos
Já Matthew McConaughey mostrou-se mais receptivo à ideia. Para o actor, os Dez Mandamentos representam uma base ética universal. Ainda assim, sugeriu uma alternativa: criar uma pausa de dez minutos nas escolas onde cada aluno pudesse dedicar-se à prática religiosa (ou não) que desejasse.
“Não há exclusão sobre o que pode ser esse tempo espiritual. Mas, na sala de aula americana, vamos ter os Dez Mandamentos”, afirmou. McConaughey chegou mesmo a propor um possível “credo” universal que reunisse princípios morais de várias tradições religiosas, algo que pudesse funcionar como código ético comum nas escolas.
Uma questão maior do que o Texas
O debate entre os dois não se limitou à letra da lei, mas à velha questão da separação entre Igreja e Estado nos Estados Unidos. Rogan insistiu que impor símbolos religiosos em instituições públicas é um caminho perigoso, enquanto McConaughey procurou encontrar um meio-termo, mais inclusivo, sem abdicar da referência cristã.
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A divergência deixou claro que, mesmo entre figuras públicas texanas, a lei continua a ser controversa e deverá alimentar discussões muito para lá das fronteiras do estado.



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