
O humorista britânico reagiu com sarcasmo à proposta de Stephen Miller de suspender o habeas corpus para migrantes. A piada foi apagada, mas o debate ficou aceso.
O actor e comediante John Cleese voltou a provocar polémica nas redes sociais ao comentar uma proposta de Stephen Miller, conselheiro sénior de Donald Trump, que sugeriu a suspensão do habeas corpus para migrantes detidos nos EUA.
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Cleese escreveu na plataforma X (antigo Twitter):
“Vejo que Stephen Miller diz estar a pensar ativamente em suspender o ‘habeas corpus’. Como isto tem sido a pedra angular do Estado de Direito durante séculos, gostaria de sugerir que pensemos ativamente em suspender Stephen Miller… Preferencialmente pelo pescoço.”
A publicação foi posteriormente apagada, mas gerou uma onda de reações online.
O que está em causa?
O habeas corpus é um princípio jurídico fundamental que protege o direito de qualquer pessoa contestar a legalidade da sua detenção perante um tribunal. Stephen Miller sugeriu que, face ao que considera ser uma “invasão” na fronteira, a administração Trump poderia legalmente suspender esse direito para migrantes detidos.
Especialistas jurídicos, como o professor Steve Vladeck da Universidade de Georgetown, esclareceram que tal suspensão requer aprovação do Congresso e não pode ser decidida unilateralmente pelo Presidente.
Humor ou incitação?
A resposta de Cleese, embora sarcástica, levantou questões sobre os limites do humor político. Enquanto alguns defendem o comentário como uma crítica mordaz às políticas de Miller, outros consideram-no de mau gosto ou mesmo perigoso.
Cleese é conhecido pelo seu humor ácido e pela disposição para desafiar convenções, características que marcaram a sua carreira com os Monty Python e além.
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A liberdade de expressão em debate
Este episódio reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão, especialmente quando figuras públicas utilizam o humor para criticar políticas governamentais. Enquanto uns veem tais comentários como uma forma legítima de protesto, outros alertam para os riscos de normalizar discursos violentos, mesmo que em tom de brincadeira.
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