Nova adaptação gráfica de “O Médico e o Monstro” traz estética cinematográfica, reflexão contemporânea e o toque inconfundível de duas lendas do cinema
When I was a boy, I carried a little, leather book of DR. JEKYLL & MR. HYDE in my back pocket everywhere I went…
— Johnny Depp (@officialdepp9) July 30, 2025
To step into the world of Robert Louis Stevenson, to be welcomed into Ridley Scott's vision… and to explore this character-it's madness and magic! Hope you folks… pic.twitter.com/hutKVMPbvK
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Johnny Depp e Ridley Scott uniram forças para dar nova vida ao clássico literário Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, agora transformado numa novela gráfica em dois volumes com lançamento previsto para o próximo Halloween. Intitulado simplesmente Hyde, o projecto conta com argumento de Jesse Negron e Joe Matsumoto, direcção artística de Chris Weston e é produzido pelo estúdio independente Mechanical Cake.

A história propõe uma reinterpretação sombria da obra vitoriana, centrando-se na figura de Mr. Hyde após a queda de Jekyll, num mundo subterrâneo onde o personagem dá continuidade aos seus impulsos mais obscuros. Desta vez, Hyde não esconde apenas a sua própria identidade, mas multiplica-se: usa um soro experimental para transformar outros em versões dele próprio.
Depp mergulha na criação visual e dramática de Hyde
Johnny Depp não interpreta apenas a personagem — influencia-a estética e narrativamente. Segundo os produtores, a fisionomia de Hyde foi desenhada com base no próprio Depp, que também participou no desenvolvimento visual da obra e narra o trailer já divulgado nas redes sociais. “Quando era menino, carregava um livrinho de Dr. Jekyll & Mr. Hyde no bolso para onde quer que fosse”, revelou o actor numa publicação no X (antigo Twitter). “Entrar neste mundo com Ridley Scott é mágico e insano.”
Com uma carreira marcada por personagens excêntricas e intensas — de Edward Scissorhands a Sweeney Todd, passando por Jack Sparrow — Depp volta a explorar os limites da identidade, desta vez com um toque literário e gráfico.
Ridley Scott como mentor criativo
Embora não realize nem escreva directamente, Ridley Scott — o nome por trás de Blade Runner, Alien e Gladiador — serve como figura orientadora do projecto. A visão estética e narrativa do realizador britânico inspirou a abordagem visual e o tom cinematográfico da novela gráfica. “Receber essa confiança de Ridley é surpreendente”, declarou Depp. “É insano e belo.”
Londres, ciência e monstros interiores
Hyde não se limita a recontar uma história do século XIX. A equipa criativa quer explorar temas contemporâneos como a dupla identidade, ética científica, alienação urbana e controlo social, com o pano de fundo da Londres vitoriana, reconstruída com rigor histórico e riqueza visual por Chris Weston.
Segundo Negron, o objectivo é mergulhar o leitor “num ambiente onde as fronteiras entre bem e mal são tão esbatidas quanto os esgotos por onde Hyde se move”. O primeiro volume está agendado para Outubro, e a Mechanical Cake já admite que o universo de Hyde poderá crescer para outros meios — como cinema, televisão ou videojogos.
Uma abordagem independente com aspirações de estúdio
“Esta é uma oportunidade incrível para criar um projecto com escala de estúdio, mas directamente dos criadores para o público, sem filtros”, explicou Jesse Negron. A editora pretende que a obra marque uma nova era de publicação gráfica onde liberdade criativa e ambição artística andem de mãos dadas.
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Entre o fascínio literário de Stevenson, a visão sombria de Scott e a energia criativa de Depp, Hyde promete ser muito mais do que uma adaptação: será uma reinvenção visual, filosófica e emocional de um dos monstros mais emblemáticos da ficção.



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