
“The Naked Gun” regressa em 2025 e promete salvar o humor das garras dos super-heróis
A comédia clássica está de volta e vem equipada com… Liam Neeson? Sim, leu bem. O novo filme da saga The Naked Gun estreia em 2025 com a promessa de recuperar o género slapstick — aquela comédia frenética, absurda e felizmente desprovida de sentido — que Hollywood andava a ignorar há anos. E, com Seth MacFarlane a produzir e Akiva Schaffer na realização, os ingredientes estão todos lá para um verdadeiro renascimento do riso à antiga.
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Liam Neeson: de vingador implacável a polícia trapalhão
Escolher Liam Neeson para substituir o lendário Leslie Nielsen no papel de Frank Drebin pode parecer uma jogada arriscada… até percebermos que funciona na perfeição. Tal como Nielsen, Neeson tem uma presença séria e intensa, o que, num contexto cómico totalmente absurdo, só amplifica o efeito. A comédia, como bem sabemos, é muitas vezes mais eficaz quando o intérprete se leva demasiado a sério.
Este casting, felizmente, foge da solução-preguiça que seria atirar Ryan Reynolds ou Dwayne Johnson para o papel. Aqui, não queremos piadolas meta nem heróis musculados. Queremos quedas aparatosas, trocadilhos vergonhosos e humor de casa-de-banho servido com um sorriso largo e sem pudores.
Uma herança de disparates — e muito orgulho nisso
A primeira trilogia The Naked Gun, saída da mente dos ZAZ (Zucker, Abrahams e Zucker), foi um verdadeiro festival de disparates — e ainda hoje se vê em modo culto nas televisões de todo o mundo. Akiva Schaffer, um dos cérebros por detrás dos The Lonely Island (Popstar, Hot Rod), sabe exactamente o que está a fazer: construir uma máquina de piadas imparáveis, com humor físico, visuais parvos e piadas que funcionam em várias camadas (umas mais sofisticadas, outras mais ao nível do chão da casa de banho).
Tudo indica que esta sequela/homenagem não vai tentar reinventar a roda. Vai, sim, pegar na roda, atirá-la pela janela e rir-se do estrondo.
A comédia precisa disto — urgentemente
Em tempos, o género da comédia dominava o box office com filmes como Três Homens e um Bebé ou O Professor Chanfrado. Hoje, está encurralado entre mega-produções com super-heróis que atiram piadas secas a meio de explosões CGI e filmes indie fofinhos que ninguém viu.
Comédias grandes, com orçamento razoável, actores de peso e vontade de fazer rir? São espécie em vias de extinção. E The Naked Gun pode ser o impulso necessário para restaurar esse equilíbrio perdido — com gargalhadas barulhentas e um bom par de piadas infantis à mistura.
Pamela Anderson no papel de Priscilla Presley?
Outro detalhe delicioso: Pamela Anderson entra no filme. À primeira vista pode parecer um toque de casting insólito, mas se pensarmos que no original tínhamos Priscilla Presley — outra figura mais conhecida pelos tablóides que pelo cinema — tudo encaixa. Mais um aceno inteligente à estrutura original da saga, e mais uma oportunidade para brincar com o absurdo da fama.

The Naked Gun, com estreia prevista para 2025, pode parecer uma anomalia num calendário recheado de sequelas de super-heróis e épicos distópicos. Mas talvez seja exactamente isso que nos falta: uma comédia sem vergonha de ser parva, onde cada minuto é uma oportunidade para tropeçar e rir.
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Que venham os disparates. Hollywood está a precisar. Nós também.
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