O criador da aclamada série britânica Sherlock deixou poucas esperanças quanto a um eventual regresso, ao mesmo tempo que apresentou o seu novo projeto, Bookish.

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Durante uma masterclass no Festival de Séries Global de Itália (Italian Global Series Festival), o argumentista e actor britânico Mark Gatiss afirmou que o regresso de Sherlock à televisão — ou até mesmo ao cinema — é improvável. “Voltar atrás é muitas vezes muito difícil”, disse Gatiss, reconhecendo que o entusiasmo dos fãs continua vivo, mas que o momento da série pode ter ficado no passado.

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A declaração surge depois de, no ano passado, Sue Vertue, produtora da Hartswood Films, ter admitido que haveria um “futuro” para Sherlock, desde que os atores principais — Benedict Cumberbatch e Martin Freeman — aceitassem regressar. No entanto, Gatiss esclareceu que, até agora, “não foi feita uma nova temporada porque o Benedict e o Martin não quiseram fazer mais”.

Gatiss revelou ainda que chegou a apresentar uma ideia de filme durante o confinamento da pandemia, que agradou aos dois protagonistas, mas que nunca avançou para desenvolvimento. “É importante reconhecer quando um tempo é um tempo. Às vezes está lá e depois termina — e não há nada de errado com isso”, acrescentou.

Sherlock, adaptação moderna dos contos de Arthur Conan Doyle, estreou na BBC em 2010 e teve quatro temporadas, terminando em 2016 com um episódio especial. O próprio Mark Gatiss interpretava Mycroft Holmes, irmão do célebre detetive.

Nova série: Bookish

O criador britânico apresentou no mesmo evento a sua nova série de mistério, Bookish, cuja estreia mundial decorreu esta semana no festival. A história acompanha Gabriel Book, dono de uma livraria de antiguidades em Londres do pós-Segunda Guerra Mundial, que vive num casamento de conveniência com uma mulher, enquanto resolve crimes com o auxílio de um jovem inspetor.

Descrita como uma mistura entre mistério clássico e crítica social, a série aborda temas como a repressão da homossexualidade e a instabilidade social do pós-guerra. Gatiss — que escreve, interpreta e cria a série — explicou que a intenção foi mostrar como “o mundo pós-guerra era perigoso e excitante”, oferecendo ao público “um grande escape do mundo actual”.

Apesar do tom leve, Gatiss sublinha que Bookish não é um exemplo de cosy crime. “As pessoas afastaram-se das histórias de assassinos em série, que são tão desagradáveis, e procuraram mundos mais gentis. Mas não gosto do termo cosy crime, porque sugere que não há agressividade — e há, sim”, defendeu.

A série é produzida pela Eagle Eye Drama (subsidiária da ITV Studios) e pela Happy Duck Films, com transmissão assegurada pela UKTV no Reino Unido e pela PBS nos EUA. A Beta Film, empresa alemã, é responsável pela distribuição internacional.

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Gatiss, conhecido também pelo seu trabalho em Doctor Who, mostrou-se mais reservado quanto ao futuro da série de ficção científica. “Acho que ninguém sabe muito bem o que se está a passar com Doctor Who neste momento. Tudo gira à volta do acordo com a Disney”, disse. “Não escrevo um episódio desde 2017, e quando já se passaram dois Doutores, não se volta.”

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