
🎵 “Mem’ries, light the corners of my mind…” — é impossível não cantarolar esta frase sem pensar em Alan Bergman. O lendário compositor norte-americano faleceu aos 99 anos, na sua casa em Los Angeles, na noite de quinta-feira. Estaria prestes a completar um século de vida a 11 de Setembro. Mas se o corpo se vai, o legado permanece — e que legado.
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Uma vida ao ritmo da música… e do cinema
Alan Bergman foi, ao lado da esposa Marilyn Bergman (falecida em 2022), um dos nomes mais influentes da canção cinematográfica norte-americana. Não estamos a falar apenas de um compositor: estamos a falar de uma dupla que ajudou a definir o som emocional de Hollywood durante décadas.
Os Bergman coleccionaram estatuetas douradas, Emmys, Grammys e reconhecimento de todas as áreas do entretenimento. A sua parceria com nomes como Michel Legrand, Marvin Hamlisch ou John Williams originou temas inesquecíveis — e sim, também daqueles que nos fazem puxar o lenço.
Canções que marcaram gerações (e ganharam prémios)
Se “The Way We Were” (O Nosso Amor de Ontem, 1973) vos soa familiar, é porque é mesmo um dos grandes clássicos da história do cinema. E deu aos Bergman e a Marvin Hamlisch um Óscar e um Grammy. A icónica “The Windmills of Your Mind”, do filme O Grande Mestre do Crime (The Thomas Crown Affair, 1968), composta com Michel Legrand, valeu-lhes o primeiro Óscar. Já Yentl (1983), protagonizado e realizado por Barbra Streisand, rendeu outra estatueta — desta vez pela banda sonora adaptada, novamente com Legrand.
Ao todo, Alan e Marilyn somaram 16 nomeações para os Óscares, conquistando três vitórias. Em 1983, chegaram mesmo a dominar a categoria de Melhor Canção Original com três das cinco nomeações — perderam, curiosamente, para Up Where We Belong, de Oficial e Cavalheiro.
Mais do que filmes: cultura pop e televisão
A música dos Bergman não ficou presa à fita de celulóide. Temas compostos por eles aparecem em Os Simpsons, Family Guy, Stranger Things, Hawkeye (Marvel) e até em Austin Powers, Escola de Rock ou Deadpool 2. As suas letras foram cantadas por lendas como Frank Sinatra, Barbra Streisand, Ray Charles, Tony Bennett, Dean Martin, Neil Diamond e Fred Astaire — um verdadeiro hall of fame da música.
Também escreveram canções para séries como Maude (1972) e Good Times (1974), além de participações marcantes no universo dos especiais de televisão de Barbra Streisand, que lhes valeram quatro Emmys.
Parcerias lendárias
É difícil enumerar todos os grandes nomes com quem colaboraram, mas aqui vai uma amostra:
- Quincy Jones — juntos criaram “In the Heat of the Night” (1967), cantada por Ray Charles.
- Dave Grusin — colaboraram em …E Justiça Para Todos (1979), Tootsie (1982), e Dias de Glória… Dias de Amor (1991).
- John Williams — trabalharam em Fitzwilly (1967), Um Amor Simples (1972), Yes, Giorgio (1982) e Sabrina (1995).
- Henry Mancini, Maurice Jarre, Johnny Mandel e Elmer Bernstein também cruzaram caminhos musicais com os Bergman.
Um toque de poesia em cada verso
Mais do que compositores de música, Alan e Marilyn eram poetas. A sua escrita conseguia condensar emoções complexas — amor, perda, nostalgia, esperança — em poucas linhas, com uma simplicidade desarmante.
Alan Bergman deixa-nos aos 99 anos, mas a sua música continuará a tocar, seja nos grandes ecrãs, nos discos antigos, nas playlists actuais ou nos cantos mais sentimentais da nossa memória. Afinal, como escreveu ele próprio:
“Mem’ries may be beautiful and yet, what’s too painful to remember, we simply choose to forget…”
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Mas a música dele? Essa, nunca será esquecida
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