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Morreu Claudia Cardinale: Adeus a uma das Últimas Divas do Cinema Europeu 🎬🌹

Uma vida maior do que o cinema

A atriz Claudia Cardinale, nascida na Tunísia em 1938 e naturalizada francesa, morreu aos 87 anos, em Nemours, na região de Paris. Protagonista de mais de 150 filmes, musa de cineastas como Visconti, Fellini, Leone, Brooks e Verneuil, Cardinale foi uma das últimas grandes divas do cinema europeu do século XX.

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Com um olhar intenso e uma presença inesquecível no ecrã, deixou a sua marca em clássicos absolutos como O Leopardo(1963), Oito e Meio (1963), Era uma Vez no Oeste (1968) ou A Pantera Cor-de-Rosa (1963). Em Cannes, Veneza ou Hollywood, o seu nome era sinónimo de talento, beleza e força.

Itália, França, Hollywood… e Portugal

Embora nascida em La Goulette, perto de Túnis, filha de mãe francesa e pai siciliano, foi no cinema italiano que se tornou estrela. Curiosamente, até Oito e Meio, a sua voz era dobrada em italiano — mas Fellini insistiu que fosse a sua voz rouca, transformando-a num ícone inconfundível.

Com Manoel de Oliveira, cumpriu um desejo antigo: filmou O Gebo e a Sombra (2012), descrevendo o realizador português como “extraordinário” e cheio de energia. Já em 2001, tinha sido homenageada em Portugal pelo Presidente Jorge Sampaio, numa cerimónia no Teatro Rivoli, no Porto.

Uma estrela entre génios

Claudia contracenou com gigantes como Alain Delon, Burt Lancaster, Marcello Mastroianni, Rock Hudson, John Wayne ou Peter Sellers. Foi dirigida por mestres do cinema italiano (Bolognini, Zurlini, Squitieri), brilhou em Hollywood (O Maior Circo do Mundo) e até em colaborações com Werner Herzog (Fitzcarraldo).

Mastroianni descreveu-a assim: “É a única rapariga simples e saudável neste meio de neuróticos e hipócritas.”

Lutas pessoais e causas públicas

A vida de Cardinale não foi só glamour. Em 1957, foi vítima de violação, da qual resultou o nascimento do seu filho Patrick — que decidiu manter, mesmo perante o escândalo da época. Mais tarde, confessou que foi por ele que entrou no cinema, para garantir a sua independência.

Claudia foi também uma mulher de causas: embaixadora da UNESCO, feminista assumida, defensora dos direitos das mulheres, da comunidade LGBTQ+, da luta contra a SIDA e contra a pena de morte. A própria dizia que a sua carreira lhe deu “uma infinidade de vidas” e a oportunidade de colocar a sua fama ao serviço dos outros.

Um legado eterno

Com distinções como o Leão de Ouro em Veneza (1993) e o Urso de Ouro em Berlim (2002), Claudia Cardinale deixa um legado artístico e humano inigualável. Nas palavras do seu agente, Laurent Savry:

“Ela deixa-nos o legado de uma mulher livre e inspirada, tanto como mulher como artista.”

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Com a sua partida, o cinema europeu perde uma das suas últimas divas, mas as imagens de Cardinale — entre palácios sicilianos, westerns poeirentos e enredos românticos — continuarão a brilhar, como um reflexo eterno da sétima arte.

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