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Morreu Malcolm-Jamal Warner, o Inesquecível Theo de The Cosby Show

Ator norte-americano tinha 54 anos. Morreu por afogamento na Costa Rica. Deixa legado marcante na televisão, na música e na poesia

Malcolm-Jamal Warner, conhecido mundialmente pelo papel de Theo Huxtable em The Cosby Show, morreu aos 54 anos, vítima de um trágico afogamento na Costa Rica. O ator estava a nadar na Playa Cocles, na província de Limón, quando foi apanhado por uma corrente marítima que o arrastou para o fundo. Foi retirado da água por banhistas, mas já sem sinais vitais. A confirmação oficial chegou esta segunda-feira através do Departamento Judiciário de Investigação da Costa Rica.

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A sua morte encerra abruptamente a vida de um artista que marcou gerações, especialmente a Geração X, e que teve uma carreira multifacetada na televisão, no cinema, na música e na poesia.

Theo Huxtable: o filho que todos recordam

Warner conquistou o público com a sua interpretação de Theo Huxtable, o único filho homem da icónica família Huxtable, que durante oito temporadas entre 1984 e 1992 dominou os ecrãs da NBC. A personagem era um reflexo da adolescência americana, trazendo temas como identidade, responsabilidade e amadurecimento com uma mistura de humor e realismo.

Quem viu o episódio piloto dificilmente esquecerá o momento em que Theo discute com o pai, Cliff Huxtable (Bill Cosby), sobre dinheiro — um diálogo que se tornou instantaneamente clássico. Outro momento inesquecível: a célebre “camisa Gordon Gartrell”, mal costurada pela irmã Denise (Lisa Bonet), que se tornou um símbolo de comédia e estilo kitsch televisivo. A camisa chegou a ser homenageada anos mais tarde por Anthony Mackie no The Tonight Show e é ainda hoje a foto de perfil no Instagram de Warner.

Um legado maior que uma série

Apesar da popularidade do programa, Warner teve de lidar, tal como o resto do elenco, com o peso das acusações contra Bill Cosby, cuja condenação por agressão sexual foi mais tarde anulada. Em 2015, o actor confessava que “o legado do programa está manchado”, mas lamentava sobretudo o impacto que isso teria na representação da comunidade afro-americana na televisão: “O facto de não termos mais algo como The Cosby Show entristece-me profundamente.”

Warner defendeu ao longo da vida a importância de representações positivas e ricas de pessoas negras nos media — algo que ele próprio encarnou com firmeza, quer como actor, quer como músico e poeta.

Muito além do Theo

Depois de The Cosby Show, Warner manteve uma carreira activa e variada. Protagonizou Malcolm & Eddie (1996-2000) ao lado do comediante Eddie Griffin, e voltou à televisão com Read Between The Lines (2011), onde contracenava com Tracee Ellis Ross.

Participou ainda em American Crime Story, no papel de Al Cowlings, amigo de O.J. Simpson, e teve uma presença regular em The Resident, da FOX. No cinema, destacou-se na comédia romântica Fool’s Gold (2008), ao lado de Matthew McConaughey e Kate Hudson.

Além do ecrã, Warner era também um talentoso poeta e músico. Recebeu um Grammy pela melhor performance de R&B tradicional e foi nomeado para melhor álbum de poesia falada com Hiding in Plain View — um testemunho do seu talento multifacetado.

Vida privada discreta

Apesar de ser figura pública desde jovem, Malcolm-Jamal Warner manteve a sua vida pessoal longe dos holofotes. Era casado e tinha uma filha, mas escolheu não divulgar publicamente os nomes dos seus familiares.

Ficam as suas palavras, as suas interpretações e o impacto profundo que teve em milhões de espectadores. Despede-se um símbolo de uma geração e um artista que deu voz, humor e profundidade a uma personagem que ficará para sempre na história da televisão.

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