
Russell Crowe está prestes a encarnar um dos papéis mais controversos e intensos da sua carreira: o de Hermann Göring, figura central do regime nazi, no novo thriller histórico Nuremberg, realizado por James Vanderbilt. O filme, adquirido pela Sony Pictures Classics para distribuição na América do Norte, tem estreia marcada para 7 de novembro de 2025, em plena comemoração dos 80 anos dos julgamentos de Nuremberga.
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Um duelo psicológico no pós-guerra
Baseado no livro The Nazi and the Psychiatrist, de Jack El-Hai, Nuremberg centra-se na relação tensa entre Göring (Russell Crowe) e Douglas Kelley (Rami Malek), o psiquiatra do Exército norte-americano encarregado de avaliar a sanidade dos líderes nazis após o colapso do Terceiro Reich.
O que poderia ser uma avaliação clínica transforma-se num verdadeiro campo de batalha mental, onde um dos mais perigosos homens do século XX tenta manipular a narrativa — e o próprio Kelley, que se vê forçado a confrontar o mal numa das suas formas mais desconcertantes: fria, carismática e racional.
Um elenco de luxo ao serviço da história
Além de Crowe e Malek, Nuremberg conta com Michael Shannon, Richard E. Grant, Leo Woodall, John Slattery, Colin Hanks, Lydia Peckham, Lotte Verbeek e Andreas Pietschmann. É uma lista de actores que promete intensidade dramática, contenção emocional e diálogos à flor da pele — tudo o que se espera de uma obra sobre os bastidores de um dos julgamentos mais significativos do século XX.
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A realização e argumento ficam a cargo de James Vanderbilt, que já nos trouxe o subestimado Truth (com Cate Blanchett e Robert Redford) e o celebrado Zodiac de David Fincher. Aqui, Vanderbilt não só regressa ao lugar de realizador como também mergulha num terreno denso, repleto de implicações éticas e psicológicas.
Porquê “Nuremberg” agora?
Num mundo onde o extremismo ideológico volta a ganhar terreno e onde o revisionismo histórico ameaça a memória coletiva, Nuremberg surge como uma chamada de atenção. Não se trata apenas de recordar o que aconteceu, mas de refletir sobre como lidamos com o mal — especialmente quando ele veste fato e fala com eloquência.
A Sony Pictures Classics descreve o filme como “uma obra de relevância profunda, que ressoa com públicos de todas as idades.” E não é difícil perceber porquê. Nuremberg não é apenas uma história de pós-guerra — é uma história sobre responsabilidade, justiça e os limites da compreensão humana.
Uma estreia que promete marcar o outono cinematográfico
Com estreia agendada para novembro, e com um elenco em forma e um tema carregado de tensão moral, Nurembergpromete ser uma das grandes apostas para a temporada de prémios. Russell Crowe, num papel que já está a gerar burburinho, poderá muito bem estar de regresso às grandes ligas da interpretação.
O julgamento está marcado. E o público, tal como Douglas Kelley, terá de escutar — e decidir o que fazer com o que ouve.
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