
Filme de ficção científica de 200 milhões foi descartado pelo estúdio — agora é um sucesso… outra vez
Em 2021, The Tomorrow War parecia condenado ao esquecimento. Um filme de acção e ficção científica em grande escala, com Chris Pratt como protagonista, que foi despejado pela Paramount em plena pandemia e lançado discretamente na Prime Video. A crítica torceu o nariz, os fãs não fizeram grande alarido, e o streaming engoliu mais um título caro e esquecível. Mas eis que, quatro anos depois, o improvável acontece: The Tomorrow War está de volta — e a conquistar o top de visualizações na Max.
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Afinal, há filmes que não morrem. Apenas hibernam.
Do “flop” estratégico ao fenómeno tardio
Realizado por Chris McKay (que nos trouxe o delicioso The LEGO Batman Movie), The Tomorrow War custou cerca de 200 milhões de dólares — uma quantia astronómica para um filme que não chegou às salas de cinema. A pandemia obrigou os estúdios a tomar decisões difíceis, e a Paramount, em crise de liquidez, decidiu vender vários títulos a plataformas de streaming: The Trial of the Chicago 7, Annihilation e este Tomorrow War, que acabou por aterrar na Prime Video em vez de no grande ecrã.
Na altura, o filme teve críticas mornas (51% no Rotten Tomatoes), com muitos a considerarem-no um pastiche de clássicos dos anos 90 como Independence Day ou Godzilla. Mas agora, numa era onde os catálogos das plataformas são revisitados constantemente e o algoritmo tem memória curta, The Tomorrow War reaparece nas tendências — ocupando, a 20 de Junho, o 10.º lugar no top da Max, atrás apenas de alguns pesos pesados recentes como The Wild Robot e The Alto Knights.
Chris Pratt: o homem que nunca sai de moda
Apesar dos altos e baixos da crítica, Chris Pratt continua a ser um dos rostos mais populares de Hollywood. Depois de The Tomorrow War, voltou aos cinemas com Jurassic World: Dominion (mais de mil milhões de dólares em receita global, mesmo com críticas negativas), e emprestou a voz a sucessos como Super Mario Bros. e Garfield. O primeiro ultrapassou os 1,3 mil milhões de dólares e consolidou Pratt como um verdadeiro íman de bilheteira.
Mais recentemente, a Netflix investiu 320 milhões (!) em The Electric State, outro projecto liderado por Pratt, que não teve a recepção esperada. Mas como The Tomorrow War prova, o tempo no mundo do streaming é relativo. Hoje é flop. Amanhã é tendência.
O que vale afinal The Tomorrow War?
Não é um novo clássico da ficção científica, nem tenta ser. Mas há uma honestidade no seu ADN: é entretenimento puro, com explosões, viagens no tempo, monstros alienígenas e uma tentativa de salvar o mundo com o relógio a contar. É, acima de tudo, um filme que merece ser redescoberto por quem procura duas horas de acção descomprometida e eficaz — mesmo que não deixe grande impacto a longo prazo. E, convenhamos, há espaço no nosso coração cinéfilo para isso.
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The Tomorrow War pode ter sido um título esquecido no meio da pandemia, mas o seu regresso inesperado às listas de mais vistos mostra que o streaming tem o poder de dar nova vida até ao mais improvável dos blockbusters. E Chris Pratt, mesmo quando tropeça, nunca fica longe do centro do palco.
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