
Pete Docter revela os critérios surpreendentemente óbvios para um filme da Pixar se tornar franquia
Porque é que Carros tem três filmes e spin-offs… mas Ratatui ficou a olhar para o forno? A resposta é mais simples do que se pensa — e foi finalmente revelada por quem manda. Pete Docter, actual chefe criativo da Pixar, explicou o que é preciso para um filme do estúdio se tornar franquia. E spoiler: não basta ser bom. Tem de ser bom, adorado pelo público e… ainda ter sumo para espremer.
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Numa entrevista à Screen Rant, Docter — que realizou clássicos como Monstros e Companhia, Up, Divertida-Mente e Soul — explicou a dança delicada entre sucesso e criatividade:
“Se ninguém se importa com o filme, se não corre bem, não exploramos. Mas mesmo que seja um êxito, se não encontrarmos uma boa ideia, também não avançamos.”
Ou seja, não é só o público a mandar, nem só os criativos. Tem de haver um casamento feliz entre amor dos fãs e uma história digna de ser contada.
Mas então… porque é que Ratatui e WALL-E ficaram de fora?
Segundo Docter, há filmes que foram sucessos absolutos, mas cujas ideias para sequelas nunca passaram de brainstorm criativo. É o caso de Ratatui e WALL-E. Não é que a Pixar não queira voltar a esses mundos — simplesmente não encontraram ainda uma narrativa que valha a pena explorar. O mesmo acontece com A Vida de Insecto, uma raridade da casa que nunca chegou a ter continuação.
Já outros, como Up, não tiveram sequelas no cinema, mas ganharam curtas no Disney+, como a série Dug Days e o emocionante Carl’s Date — a despedida de Ed Asner, a voz de Carl Fredricksen.
Streaming, pandemia e flops: o que ficou pelo caminho?
Com a pandemia, a Pixar viu vários dos seus filmes originais serem lançados directamente no Disney+, como Soul, Lucaou Turning Red. E aí entra um novo desafio: como medir o sucesso de um filme sem bilheteiras? Os dados de streaming são opacos, o que dificulta perceber o impacto junto do público — e isso afecta, naturalmente, a hipótese de sequelas.
No caso de Elemental, que começou mal mas acabou por se revelar um pequeno sucesso de bilheteira, a dúvida persiste: será que vai ter continuação? A Pixar ainda não decidiu, mas a porta não está fechada.
Por outro lado, quando a fórmula falha, falha mesmo. Lightyear, tentativa de reinventar o universo Toy Story, foi um fracasso crítico e comercial — e dificilmente voltará a voar.
O que vem aí?
Depois do êxito monumental de Divertida-Mente 2, a Pixar entrou novamente no modo franquia: Toy Story 5, Coco 2 e Os Incríveis 3 já estão em desenvolvimento. Mas calma: os originais não foram esquecidos. Elio chega em breve, seguido de Hoppers (2026) e Gatto (2027). A ideia é simples: os filmes originais são sementes que, se bem regadas, podem tornar-se as próximas grandes sagas.
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A Pixar parece ter encontrado o equilíbrio entre inovação e nostalgia. E nós, espectadores, só temos de esperar que a próxima ideia luminosa venha com personagens que queremos rever. Até lá, vamos torcer por mais receitas francesas animadas e menos aviões faladores.
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