O aguardado filme da Netflix estreia em Novembro e promete ser a obra mais pessoal de sempre do realizador mexicano
Guillermo del Toro não esconde o entusiasmo — e nós também não conseguimos. A quatro meses da estreia de Frankenstein, o realizador partilhou as primeiras imagens do seu novo filme com a Vanity Fair, revelando finalmente o visual de Jacob Elordi como a icónica Criatura. E, como era de esperar, não é apenas um filme de terror: é uma confissão artística. Quase uma missa profana.
“Não estamos a fazer Karloff, nem Bernie [Wrightson], nem Mary [Shelley],” disse del Toro. “Mas eles são tão importantes para mim como os meus pais. Deram-me vida.”
Um projecto de 25 anos (e uma obsessão pessoal)
Frankenstein estreia em Novembro de 2025 na Netflix e marca o culminar de um percurso que del Toro descreve como “uma viagem que consumiu a maior parte da minha vida”. O cineasta leu Mary Shelley em criança, viu Karloff com reverência quase religiosa e, desde então, tem explorado a relação entre monstros e humanidade em filmes como Cronos, Blade II, Hellboy e, mais recentemente, Pinóquio.
“Queria fazer este filme antes mesmo de ter uma câmara,” revelou no evento Tudum da Netflix. “E agora tornou-se numa espécie de autobiografia.”
O elenco é monstruosamente bom

A nova adaptação de Frankenstein conta com um elenco de luxo:
- Oscar Isaac interpreta Victor Frankenstein, o cientista genial e obcecado.
- Jacob Elordi, num papel radicalmente diferente de Saltburn ou Euphoria, é a Criatura — trágica, ameaçadora, e profundamente humana.
- Mia Goth será Elizabeth Lavenza, num regresso ao terror que parece escrito à sua medida.
- Christoph Waltz interpreta o misterioso Dr. Pretorius.
O elenco secundário inclui ainda nomes de peso como Felix Kammerer (All Quiet on the Western Front), Lars Mikkelsen, David Bradley, Christian Convery, Ralph Ineson e Charles Dance.

O filme recebeu a classificação de Rated R, por conter “violência sangrenta e imagens macabras”. Sim, é mesmo del Toro.
Frankenstein: entre criador e criatura
A história permanece fiel à essência do romance de Mary Shelley: um cientista ultrapassa os limites da ciência ao criar vida — e sofre as consequências dessa arrogância. Mas, nas mãos de del Toro, a narrativa ganha uma dimensão mais íntima, quase espiritual.
“Há traços de Frankenstein em quase todos os meus filmes. A relação entre criador e criação, pai e filho, é um tema que me consome repetidamente,” confessou o realizador.
E com Jacob Elordi agora na pele (e nas cicatrizes) da Criatura, é seguro dizer que esta versão promete marcar uma nova geração — tal como Karloff fez há quase um século.



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