
Director enfrenta críticas de comentadores conservadores nos EUA por dizer que Superman “é um imigrante” — e não recua
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James Gunn voltou a dar nas vistas. Mas desta vez, o realizador de Superman não está a ser falado pelos efeitos especiais nem pelas escolhas de elenco. Está a ser alvo de críticas por… lembrar algo que qualquer fã dos comics sabe desde sempre: Superman é, literalmente, um imigrante de Krypton.
No entanto, após uma entrevista ao The Times of London, onde Gunn descreveu Superman como “a história de um imigrante que veio de outro lugar”, o realizador viu-se no meio de uma tempestade mediática vinda da ala conservadora dos Estados Unidos. Canais como a Fox News apressaram-se a acusar o filme de ser “Superwoke”, com comentários inflamados que compararam o herói a membros de gangues ou criticaram o suposto “tom moralista”.
Gunn mantém-se firme: “Este é um filme sobre bondade”
Na passadeira vermelha da estreia mundial de Superman, em Los Angeles, James Gunn recusou alimentar a polémica. “Não tenho nada a dizer a quem espalha ódio”, afirmou. “Este é um filme sobre bondade, e acho que isso é algo com que toda a gente se pode identificar.”
Para Gunn, o filme reflecte não apenas os ideais do herói, mas também uma visão sobre a América enquanto país formado por imigrantes. “Superman é a história da América”, disse. “Para mim, é sobretudo uma história que diz que a bondade humana é um valor — e é algo que temos vindo a perder.”
Elenco defende visão do realizador
A defesa do filme não veio só de James Gunn. Nathan Fillion, que interpreta o Lanterna Verde Guy Gardner, respondeu com sarcasmo à indignação nas redes sociais: “Alguém precisa de um abraço. É só um filme, pessoal.”
Já Sean Gunn, irmão do realizador e intérprete de Maxwell Lord, foi mais direto: “O filme é exactamente sobre isto. Amamos os nossos imigrantes. Se não gostas disso, então não és americano. Dizer não aos imigrantes é ir contra o ideal americano.”
A declaração provocou ainda mais reacções — o que, ironicamente, apenas reforça o ponto de vista do próprio filme: vivemos tempos em que a bondade, o acolhimento e a empatia se tornaram ideologias polémicas.
Um super-herói para todos
Com estreia marcada para 11 de Julho, Superman é o primeiro grande capítulo do novo DCU de James Gunn e Peter Safran, na fase intitulada Gods and Monsters. O elenco inclui David Corenswet como Clark Kent, Rachel Brosnahan como Lois Lane, Nicholas Hoult como Lex Luthor, e nomes como María Gabriela de Faría, Skyler Gisondo, Sara Sampaio, Sean Gunn, Edi Gathegi, Isabel Merced e Nathan Fillion.
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A visão de Gunn pode não agradar a todos, mas uma coisa é certa: o seu Superman veio com uma missão clara — não apenas salvar o mundo, mas lembrar-nos que a bondade e o acolhimento são, também eles, superpoderes.
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