
A edição deste ano de Cannes Classics está recheada de pérolas restauradas, homenagens e grandes nomes a celebrar o passado. E Tarantino regressa à Croisette para mostrar que o western ainda dispara em cheio.
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O Festival de Cannes 2025 já está a ferver, e a secção Cannes Classics, dedicada à preservação e celebração da história do cinema, chega com um alinhamento que promete emocionar cinéfilos de todo o mundo. Entre restauros de grandes obras, documentários sobre figuras lendárias e sessões especiais, destaca-se um nome incontornável: Quentin Tarantino, que regressa a Cannes para falar… de westerns.
Tarantino, um cowboy cinéfilo com lições para dar
O realizador de Pulp Fiction e Django Unchained estará presente no festival para conduzir uma masterclass especial intitulada “Cinéphilie Forever!”, onde irá dissecar a forma como o western clássico americano morreu nos anos 50 e renasceu nos anos 60. O evento, que decorrerá no dia 24 de maio, promete ser uma verdadeira carta de amor ao género que tanto influenciou a sua obra — e, claro, à própria sala de cinema.
“Quero mostrar como o western se transformou de mitologia americana em comentário político. Vai ser uma viagem com pistolas, suor e celuloide”, antecipou Tarantino.
Uma selecção de clássicos que é tudo menos museológica
Mas Cannes Classics não vive só da nostalgia ou do charme de Tarantino. Este ano, a secção exibe uma selecção impressionante de obras restauradas que merecem nova vida no grande ecrã:
- Ran (1985), de Akira Kurosawa, restaurado em 4K — a obra-prima épica do mestre japonês volta com toda a sua fúria visual.
- 8½ (1963), de Federico Fellini, numa nova versão restaurada pelo laboratório da Cinecittà.
- La Reine Margot (1994), de Patrice Chéreau, apresentada em versão integral inédita.
- Out of the Past (1947), de Jacques Tourneur, noir puro com Robert Mitchum em modo lendário.
- E ainda documentários sobre Ida Lupino, Éric Rohmer e Ennio Morricone.
A memória como acto de resistência
A selecção deste ano reforça a ideia de que preservar o cinema é também preservar formas de ver o mundo. E se Tarantino usa o western para falar de ideologias e rupturas culturais, os outros títulos da secção mostram-nos como os mestres do passado continuam a dialogar com o presente.
A própria organização do festival destacou que Cannes Classics é mais do que um espaço de restauro — é um palco para redescobrir a beleza e a subversão que habitam o cinema de outras épocas.
Quando a memória se senta ao nosso lado na sala
Com Ran, 8½ e Out of the Past lado a lado com a paixão cinéfila quase infantil de Quentin Tarantino, a edição de 2025 de Cannes Classics é um verdadeiro banquete para os amantes do cinema de todos os tempos.
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E no fim, como diria o próprio Tarantino: “A única coisa mais sexy do que uma história bem contada… é uma história bem contada em película restaurada.”
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