O realizador de Baby Drive e promete uma versão mais fiel ao livro e revela que King teve a palavra final na escolha do protagonista
Durante o painel da New York Comic Con, o realizador Edgar Wright surpreendeu os fãs ao revelar novos detalhes sobre The Running Man, a sua aguardada adaptação do clássico distópico de Stephen King — e uma das estreias mais esperadas de 2025. O cineasta britânico subiu ao palco ao lado de Glen Powell (Hit Man, Top Gun: Maverick) e Lee Pace, revelando que o filme será “muito mais fiel ao livro” do que a versão de 1987 com Arnold Schwarzenegger.
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Mas antes de Powell garantir o papel principal de Ben Richards, o ator passou por uma prova de fogo — literalmente nas mãos do “Mestre do Terror”.
“Quando o Edgar me ofereceu o papel, eu aceitei logo. Ele disse: ‘És o meu Ben Richards.’ E eu fiquei: ‘Vamos a isso!’”, contou Powell. “Mas depois o Edgar acrescentou: ‘Ah, só falta uma coisa — o Stephen King tem de aprovar-te.’”
O autor decidiu ver o filme Hit Man nessa mesma noite.
“Passei a noite inteira à espera que ele visse o filme e rezar para ainda ter o papel na manhã seguinte”, brincou o ator.
Felizmente, King aprovou a escolha — e até enviou um e-mail elogioso, descrevendo o guião como “mais fiel ao livro, o suficiente para manter os fãs satisfeitos e eu próprio entusiasmado”.
Edgar Wright quer filmar o livro que The Running Man merecia
O realizador, conhecido pelo seu estilo energético e visualmente inventivo, confessou que leu The Running Man na adolescência e ficou desiludido quando viu a versão com Schwarzenegger:
“Li o livro antes de ver o filme de 1987 e senti logo que havia uma parte enorme da história que nunca tinha sido adaptada. O meu objetivo não é refazer esse filme, mas criar algo diferente — uma adaptação realmente fiel ao livro de King.”
O novo The Running Man estreia nos cinemas a 14 de novembro de 2025, pela Paramount Pictures, e será uma mistura entre ficção científica, ação e crítica social, como a obra original de King (publicada em 1982 sob o pseudónimo Richard Bachman).
Glen Powell: “Ben Richards é o último dos homens comuns”
Sobre o papel, Powell descreveu Richards como um homem empurrado aos limites:
“Ele é o último ‘underdog’. Um tipo normal que enfrenta o sistema mais poderoso e opressivo que existe. Está frustrado, zangado, e só quer proteger a família num mundo que o impede de o fazer.”
Edgar Wright revelou que pediu ao ator para explorar um lado mais sombrio:
“Disse-lhe: ‘Preciso do Glen em mau humor’. E ele deu tudo. Este filme exigiu uma energia bruta, física e emocional.”
Lee Pace, que interpreta o caçador Evan McCone, descreveu o seu personagem como “um fantasma televisivo”, uma mistura de showman e assassino de reality show, com um visual “extravagante e ameaçador”.
Um mundo entre UFC e American Idol
Edgar Wright explicou que a nova versão de The Running Man vai expandir o universo para além da arena fechada do filme original.
“Desta vez, o jogo acontece no mundo real. É uma espécie de ‘caça ao homem’ à escala global — um jogo mortal de esconde-esconde.”
Inspirado por décadas de reality shows, o realizador descreve a estética como “uma fusão entre UFC e American Idol”, com um toque distópico. Entre os detalhes mais curiosos, o filme inclui um refrigerante e um cereal inventados por King e até uma nota de 100 dólares com o rosto de Schwarzenegger — algo que o próprio ator aprovou com bom humor:
“Ligámo-nos a ele para pedir autorização. Disse-lhe: ‘Fizemos de ti a nota de 100’. E ele respondeu: ‘Fico muito feliz com isso.’”
Um desafio épico: 168 cenários e três países
A rodagem decorreu em Bulgária, Escócia e mais um país não revelado, com 168 cenários diferentes, segundo Wright:
“Foi o projeto mais ambicioso que alguma vez realizei. Às vezes parecia que nós próprios estávamos a competir dentro do jogo.”
Além de Powell e Pace, o elenco inclui Colman Domingo, Michael Cera, Emilia Jones, Daniel Ezra, Martin Herlihye Katie O’Brien — uma combinação de talento jovem e veterano que promete dar nova vida ao universo distópico de King.
Um “amanhã diferente”, sem data no calendário
Apesar de o livro situar a história no ano 2025, Wright decidiu não indicar um ano no filme:
“Não queremos que o público se prenda a uma cronologia. Preferimos tratá-lo como um ‘amanhã diferente’ — algo próximo e assustadoramente possível.”
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Com a bênção de Stephen King, o talento feroz de Glen Powell e a visão estilística de Edgar Wright, The Running Manpromete ser muito mais do que uma nova versão — será a corrida mais perigosa (e atual) que o cinema já viu.



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