
Alerta para todos os aspirantes a super-heróis: tragam mantimentos, carregadores de telemóvel e possivelmente um psicólogo. Vai ser preciso.
“Avengers: Doomsday” é o novo titã da Marvel, aquele que promete juntar tudo o que conhecemos, amamos e… esquecemos porque já passaram 15 anos e ninguém consegue acompanhar esta saga sem um Excel. A pergunta do momento, que ecoa pelas redes sociais como o grito de guerra do Capitão América: Quantos filmes e séries tenho de ver para perceber o raio deste novo filme?
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A resposta é curta: demasiados.
A resposta longa: 35 horas, 2.100 minutos, possivelmente um divórcio e o agravamento da sua miopia.
O Novo Recrutamento da Marvel: Ver Filmes é Agora um Emprego a Tempo Inteiro
A Marvel, sempre generosa, compilou uma pequena lista de “essenciais” para quem quiser perceber o que se vai passar em Avengers: Doomsday. E quando dizemos “pequena”, queremos dizer que cabe num USB de 64GB. Prepare-se para rever os X-Men (sim, os velhos, os novos, os recauchutados), Loki em dose dupla, a nova Capitã América, o Deadpool a gritar com o Wolverine, o Shang-Chi a dançar com anéis místicos, a Marvel de Brie Larson a tentar convencer-nos outra vez… e claro, os Quatro Fantásticos antes mesmo de o filme sair. Tudo isto com cameos de personagens que só aparecem se viu uma série que foi cancelada ao fim de três episódios no Disney+.
Robert Downey Jr. volta… mas não como pensa
Sim, Tony Stark está de volta, mas num daqueles twists Marvel com assinatura em letras garrafais: ele será… o Doutor Destino.
Ou seja, passou de playboy filantropo a ditador da Latvéria. Não é propriamente uma evolução profissional típica, mas numa economia instável nunca se sabe. Uma coisa é certa: vai ser divertido vê-lo a dar sermões de armadura nova em folha enquanto tenta destruir universos paralelos por motivos ainda por explicar.
O Efeito “Teste de Paternidade Cinemático”
Se antigamente bastava ver Iron Man e Vingadores para perceber quem era quem, agora a experiência Marvel parece um daqueles programas de tribunal onde cada novo episódio revela mais uma ligação de parentesco improvável. “Ah! Este personagem é filho daquele que apareceu em Thor: Love and Thunder, mas que namorava com a irmã do vilão de Doctor Strange 2, que morreu mas não morreu porque voltou em What If…?.”
É isto. A Marvel virou uma árvore genealógica com superpoderes.
Conclusão? Vem aí uma obra monumental… se conseguir chegar até ela
“Avengers: Doomsday” quer ser o novo Endgame, mas com menos despedidas emotivas e mais confusão existencial. Vai ser grande, vai ser caro, e vai ser, muito provavelmente, espectacular. Mas antes de entrar na sala de cinema, prepare-se: há um curso intensivo de 6 dias e noites, com direito a intervalo para refeições e banho (se for mesmo necessário).
A pergunta legítima continua a ser: vale a pena tanto esforço?
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A resposta mais honesta: depende da quantidade de pipocas e paciência que tiver.
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