Skip to content

“Wallace & Gromit: A Case at the Museum” — Nick Park regressa às origens com uma exposição de outro mundo 🧀🎞️

O criador das figuras de plasticina mais amadas do cinema regressa a casa para reabrir o museu que inspirou a sua imaginação

Trinta e cinco anos depois de um homem de camisola e chinelos e do seu cão silencioso, mas de sobrancelhas eloquentes, conquistarem o mundo, Nick Park regressa ao ponto de partida. O realizador britânico, natural de Preston, voltou à sua terra natal para reabrir o histórico Harris Museum — o mesmo museu onde, em criança, passava horas a sonhar com animações em plasticina e mundos de fantasia.

ver também : O Falso Juiz”: Filme polémico de Sérgio Tavares promete agitar o Brasil com duras críticas ao Supremo Tribunal

Agora, aquele mesmo espaço que um dia o inspirou acolhe a nova exposição “Wallace & Gromit: A Case at the Museum”, uma homenagem à criatividade, à nostalgia e ao humor tipicamente britânico que fizeram destas personagens um fenómeno global.

Do banco da biblioteca ao Óscar

Antes de ser o génio por detrás de The Wrong Trousers (que lhe valeu o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação em 1993), Nick Park era um miúdo tímido, apaixonado por desenhos e fascinado por livros sobre cinema. “Costumava passar o dia aqui, a olhar para os artefactos e as pinturas”, recorda. “Não havia internet, por isso vinha à biblioteca à procura de tudo o que encontrasse sobre animação.”

Essa curiosidade e dedicação artesanal moldaram o estilo que o tornaria inconfundível: o stop motion meticuloso, os cenários minuciosamente construídos e as histórias com alma, humor e chá quente. ☕

A sala de estar que nasceu da casa da avó

A exposição recria, em tamanho real, a icónica sala de estar de Wallace e Gromit — papel de parede com flores, candeeiro de pé e uma poltrona tão familiar que parece saída do ecrã. Nick Park, sentado na cadeira, brincou: “Sinto-me feito de plasticina. É como se tivesse entrado no meu próprio filme.”

A inspiração veio de casa. “A sala da avó era um lar acolhedor dos anos 60, e foi daí que veio tudo — o candeeiro, o relógio, até a torradeira”, contou o realizador. É essa dimensão pessoal, entre o quotidiano e o fantástico, que torna as suas criações universais.

Entre a nostalgia e o futuro da animação

Apesar de ter vencido múltiplos Óscares e feito história no cinema, Nick Park continua fiel à essência artesanal que o tornou único. Quando questionado sobre o impacto da inteligência artificial na indústria, foi peremptório:

“Temos de manter os nossos valores. Há algo no toque humano que dá charme e alma a tudo.”

A exposição — que abre este domingo e estará patente até Janeiro — é uma viagem sensorial pela imaginação de Park: desenhos, modelos originais e personagens que despertam as mesmas emoções que os filmes sempre provocaram — calor, humor e uma irresistível nostalgia.

ver também : Taylor Swift reina nas bilheteiras com “The Life of a Showgirl” — e já bate recordes antes de chegar a Portugal 💃

Nick Park, que em adolescente era apenas “um rapaz tímido com um passatempo estranho”, é hoje uma figura celebrada no coração da sua cidade. “É surreal”, confessa. “Ter estátuas das minhas personagens e agora uma exposição no museu que me inspirou… é simplesmente loucura.”

Artigos relacionados

No comment yet, add your voice below!


Add a Comment

Segue-nos nas redes Sociais

Os nossos Patrocinadores

Posts Recentes

Os nossos Patrocinadores

<--!-->