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Woody Allen Diz que Cancel Culture é “Estúpida” e que Atores que o Evitam Estão a “Cometer um Erro” 🎬

Numa entrevista recente ao Wall Street JournalWoody Allen voltou a falar sobre o impacto das acusações de abuso sexual feitas pela filha adotiva, Dylan Farrow, e sobre a forma como isso mudou a sua carreira. O realizador de Annie Hall e Manhattan, hoje com 88 anos, reafirmou a sua inocência e criticou duramente a chamada cancel culture, que apelidou de “estúpida”.

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Allen reconheceu que muitos atores recusaram ou recusam trabalhar consigo desde que o caso voltou a ganhar força mediática. “Se um ator diz: ‘Não vou trabalhar com ele’, pensa que está a fazer uma boa ação, a dar um contributo, a fazer uma declaração. Mas, na verdade, está a cometer um erro. Um dia pode perceber isso”, afirmou.

Entre os nomes que já declararam nunca mais querer colaborar com Allen estão Michael CaineColin Firth e Greta Gerwig. Outros, como Rebecca Hall ou Timothée Chalamet, assumiram publicamente arrependimento por terem participado em projetos do cineasta.

Apesar do afastamento de antigos colaboradores, Allen disse não sentir raiva: “O que me surpreende é como as pessoas estão tão prontas e dispostas a acreditar. Pensaria que alguém, ao ler os detalhes, acharia a situação dúbia.”

As declarações de Allen surgem depois de Dylan Farrow, hoje com 40 anos, ter reafirmado ao WSJ que foi abusada:

“Estou cansada da narrativa misógina e anticientífica de que fui manipulada ou lavada ao cérebro. É falso. Denunciei o abuso em criança e mantenho o mesmo relato desde então. Fui sexualmente agredida por Woody Allen.”

Allen já tinha abordado o tema na sua autobiografia Apropos of Nothing (2020), onde defende que Dylan foi influenciada pela mãe, Mia Farrow, após a separação conturbada do casal. Dylan rejeita categoricamente essa versão.

Curiosamente, a própria Mia Farrow, que trabalhou em 13 filmes de Allen, disse em 2024, numa entrevista ao CBS Sunday Morning, que consegue separar a sua experiência profissional com o realizador das “tribulações pessoais” que se seguiram. “Compreendo se um ator decidir trabalhar com ele. Não sou daquelas pessoas que dizem: ‘Não deviam’.”

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Ainda assim, a verdade é que o prestígio de Allen em Hollywood nunca mais foi o mesmo. E se por um lado continua a filmar regularmente na Europa, por outro vê a sua relação com a indústria norte-americana cada vez mais marcada pelo isolamento e pela polémica.

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