“Red One: Missão Secreta”, o mais recente filme de ação natalício da Amazon, liderou as bilheteiras na América do Norte durante o fim de semana, com receitas estimadas em 34,1 milhões de dólares. Contudo, este desempenho, embora sólido, está longe de garantir a rentabilidade de um filme cujo orçamento ultrapassa os 250 milhões de dólares.
A produção conta com Dwayne “The Rock” Johnson no papel de chefe de segurança do Polo Norte, que se junta a um hacker, interpretado por Chris Evans, para resgatar um Pai Natal raptado, vivido por J.K. Simmons. Apesar de ser uma aposta para criar uma nova saga natalícia, os analistas apontam que os elevados custos de produção, incluindo um excesso de 50 milhões de dólares, dificultam a obtenção de lucros.
David A. Gross, da Franchise Entertainment Research, descreveu a abertura como “morna” para um filme projetado para se tornar um fenómeno de longo prazo. A Amazon, contudo, parece mais focada em criar impacto mediático antes do lançamento em streaming, previsto para as próximas semanas.
Enquanto “Red One” destronou “Venom: A Última Dança” no topo das bilheteiras, a concorrência para as próximas semanas será feroz, com estreias aguardadas como Gladiador II e Wicked. A reação do público será crucial para determinar se a aposta da Amazon em grandes produções de ação natalícia poderá resultar numa nova franquia de sucesso.
Na 15.ª edição dos Governors Awards da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, realizada no passado domingo, em Hollywood, Quincy Jones foi um dos grandes homenageados com um Óscar honorário entregue postumamente. A cerimónia contou com a presença de inúmeras estrelas, que celebraram a vida e obra do lendário produtor musical, falecido duas semanas antes, aos 91 anos.
O prémio foi recebido pela filha de Quincy, Rashida Jones, que emocionou o público ao relembrar o legado do pai. “Ele viveu a melhor e mais bonita vida. Sempre dizia ‘vive cada dia como se fosse o último, e um dia terás razão’”, afirmou Rashida, arrancando aplausos da audiência. Jones, conhecido por produzir sucessos para artistas como Michael Jackson e Frank Sinatra, também deixou a sua marca no cinema com obras como A Cor Púrpura (1985) e bandas sonoras icónicas, como A Sangue Frio (1967).
Além de Quincy Jones, outros nomes de peso receberam distinções. Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, produtores da saga 007 desde Goldeneye (1995), foram reconhecidos com o prémio Irving G. Thalberg pela sua contribuição à indústria cinematográfica. O realizador britânico Richard Curtis, conhecido por sucessos como Notting Hill e O Amor Acontece, recebeu a estatueta Jean Hersholt pelo seu trabalho humanitário através da organização Comic Relief, que arrecadou cerca de 2,5 mil milhões de dólares ao longo de quatro décadas.
A cerimónia também incluiu um tributo à diretora de casting Juliet Taylor, responsável por formar elencos memoráveis em clássicos como Taxi Driver e A Lista de Schindler. Este reconhecimento surge poucos meses após a introdução de uma nova categoria para Melhor Casting, a ser integrada na cerimónia dos Óscares de 2026.
O evento, além de prestar homenagem, serviu como um importante ponto de encontro para estrelas e estúdios em plena campanha para os Óscares de 2025, reforçando o Governors Awards como um marco essencial na temporada de prémios.
A ascensão das plataformas de streaming como Netflix, Amazon Prime Video, e Apple TV+ trouxe uma verdadeira revolução à indústria do entretenimento. Mais do que transformar a forma como consumimos cinema e séries, estas plataformas têm desempenhado um papel crucial na revitalização da carreira de grandes estrelas de Hollywood, permitindo-lhes explorar papéis ousados e diversificados que, muitas vezes, não encontrariam espaço no circuito tradicional.
Sandra Bullock: A Redescoberta com “Bird Box”
Sandra Bullock, que sempre brilhou em blockbusters como Miss Detective e dramas intensos como Gravidade, encontrou um novo público com o thriller pós-apocalíptico Bird Box (2018) da Netflix. O filme foi um sucesso global, acumulando mais de 45 milhões de visualizações na primeira semana. A performance de Bullock como uma mãe protetora num mundo devastado por uma força invisível foi amplamente elogiada, provando que ainda é uma força a ser reconhecida em Hollywood.
Robert De Niro e Al Pacino: A Glória com “O Irlandês”
Martin Scorsese escolheu a Netflix para lançar O Irlandês (2019), um épico de 3 horas e meia que reuniu Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci. O filme utilizou tecnologia inovadora de rejuvenescimento digital para explorar décadas da máfia americana. Apesar de limitado a uma distribuição cinematográfica reduzida, O Irlandês alcançou aclamação crítica e várias nomeações aos Óscares. Para De Niro e Pacino, foi um lembrete poderoso do seu impacto intemporal.
Viola Davis: Um Ícone no Streaming com “A Mulher Rei”
Embora já consagrada por As Serviçais e Fences, Viola Davis encontrou novas oportunidades no streaming com A Mulher Rei (2022). Disponível na Amazon Prime Video, este épico histórico não só destacou a força e versatilidade da atriz, como também deu visibilidade a narrativas pouco exploradas. O papel valeu-lhe um lugar na conversa para os grandes prémios, consolidando o streaming como uma plataforma onde histórias ousadas encontram o seu público.
Reinvenção Criativa para Estrelas Veteranas
As plataformas de streaming abriram portas a projetos inovadores que muitas vezes não são considerados “rentáveis” para os grandes estúdios. Estrelas como Nicole Kidman (The Undoing e Nine Perfect Strangers), Harrison Ford (1923, no Paramount+), e Meryl Streep (The Laundromat na Netflix) têm aproveitado este modelo para experimentar papéis mais arriscados e complexos.
O Impacto do Streaming: O Novo Cinema
Além de revitalizar carreiras, o streaming provou ser um espaço inclusivo para histórias diversificadas e formatos experimentais. Estas plataformas permitem que grandes nomes trabalhem sem as pressões tradicionais de bilheteira, focando-se na qualidade e no impacto das narrativas. Para o público, isto traduz-se em acesso direto a performances memoráveis e histórias que desafiam convenções.
A revolução do streaming está longe de terminar, e o seu papel na reinvenção de Hollywood é inegável. Graças a este novo paradigma, estrelas veteranas têm a oportunidade de brilhar mais uma vez, enquanto o público é presenteado com algumas das melhores performances das suas carreiras.
A Netflix prepara-se para lançar mais uma série promissora, “Temos um Infiltrado”, uma comédia que chega à plataforma no dia 21 de novembro. Protagonizada por Ted Danson, conhecido por papéis icónicos em “Cheers” e “The Good Place”, a produção é baseada no documentário nomeado ao Óscar “The Mole Agent”.
Criada por Mike Schur, responsável por sucessos como “Parks and Recreation” e “Brooklyn Nine-Nine”, a série segue Charles (Ted Danson), um professor reformado que decide responder a um anúncio de uma detetive privada. A sua missão? Infiltrar-se numa residência sénior em São Francisco para resolver o mistério de uma joia desaparecida.
No entanto, a tarefa revela-se mais complicada do que o esperado. Charles rapidamente começa a criar laços com os residentes e a redescobrir um sentido para a vida, um ano após a perda da sua esposa. A série combina mistério, humor e momentos emocionantes, destacando o impacto positivo de novas experiências em qualquer idade.
Além de Ted Danson, o elenco inclui Mary Elizabeth Ellis como a filha afastada de Charles, Stephanie Beatriz como a vigilante diretora da residência e Lilah Richcreek Estrada como a detetive privada. Cada episódio promete gargalhadas, mas também reflexões sobre envelhecimento, família e recomeços.
Com o talento de Schur por detrás do projeto e a experiência cômica de Danson, “Temos um Infiltrado” posiciona-se como uma das estreias mais aguardadas do mês, prometendo agradar tanto aos fãs de comédia quanto aos amantes de histórias envolventes.
A Netflix trouxe mais um sucesso do género de ação e suspense com a estreia de “Assalto ao Banco Central”, um thriller espanhol baseado num dos roubos mais ousados da história recente de Espanha. A série, que estreou a 8 de novembro, rapidamente conquistou o público, alcançando o primeiro lugar no top da plataforma em 11 países, incluindo Portugal.
A trama centra-se num grupo de 11 homens encapuzados que, em maio de 1981, invadiram a sede do Banco Central de Barcelona, mantendo o país em sobressalto durante 37 horas. Este assalto, ocorrido apenas três meses após a tentativa de golpe de Estado em Espanha, combinou ação e tensão política num contexto altamente volátil.
Além de se inspirar em acontecimentos reais, a série partilha semelhanças com “La Casa de Papel”, outro fenómeno da Netflix, incluindo a presença de dois atores que participaram na equipa do Professor: Hovik Keuchkerian (Bogotá) e Miguel Herrán (Rio). María Pedraza, que interpretou Alison em “La Casa de Papel”, também integra o elenco de “Assalto ao Banco Central”, reforçando os laços com a popular produção.
Dirigida por Daniel Calparsoro, a série apresenta cinco episódios que combinam ação, suspense e drama, transportando os espectadores para o clima de tensão vivido na época. As filmagens decorreram em Barcelona, no local onde ocorreu o assalto original, acrescentando autenticidade à narrativa.
Com um enredo envolvente e um elenco talentoso, “Assalto ao Banco Central” promete cativar os fãs de thrillers e consolidar o lugar das produções espanholas no catálogo global da Netflix.
“Não Digas Nada”, uma das mais recentes estreias do Disney+ em parceria com o FX, promete marcar novembro como um dos meses mais intensos para os fãs de séries históricas e políticas. Esta minissérie, baseada no bestseller de Patrick Radden Keefe, aborda com profundidade os Conflitos na Irlanda do Norte, também conhecidos como The Troubles, um período de mais de três décadas de tensões políticas e religiosas.
A narrativa começa com o desaparecimento de Jean McConville, uma mãe de dez filhos que foi raptada em 1972 e nunca mais encontrada. Este evento serve como ponto de partida para uma exploração abrangente sobre os extremos a que algumas pessoas chegaram em nome das suas crenças e como estas ações moldaram a sociedade irlandesa. A minissérie não se limita aos factos históricos, aprofundando-se também nos impactos psicológicos e emocionais da violência, tanto para as vítimas como para os seus perpetradores.
Com nove episódios, “Não Digas Nada” apresenta um elenco impressionante. Lola Petticrew e Hazel Doupe destacam-se como as jovens Dolours e Marian Price, símbolos da luta radical, enquanto Anthony Boyle interpreta o estratega Brendan Hughes, uma figura complexa dentro do IRA. Josh Finan dá vida a Gerry Adams, o político que se tornaria essencial nas negociações de paz. Maxine Peake completa o elenco como a versão mais velha de Dolours, trazendo uma perspetiva madura e dolorosa.
Elogiada pela Time como “o thriller político mais imperdível de 2024” e pela Variety como “comovente e devastadora”, esta série é mais do que uma lição de história; é uma reflexão sobre os efeitos duradouros da divisão social e do silêncio.
“Não Digas Nada” está já disponível no Disney+, e cada episódio promete não só emocionar como também desafiar a perceção dos espectadores sobre conflitos históricos e as suas implicações.
A série de ficção científica “Silo” regressa à Apple TV+ com a sua aguardada segunda temporada, prometendo intensificar o mistério e as emoções que conquistaram os fãs na primeira parte. Baseada na trilogia bestseller de Hugh Howey, a nova temporada estreou no dia 15 de novembro, disponibilizando os dois primeiros episódios, com lançamentos semanais subsequentes.
No mundo distópico de “Silo”, as últimas 10 mil pessoas na Terra vivem num enorme silo subterrâneo, isoladas de um mundo exterior mortal e tóxico. A segunda temporada aprofunda a luta pela verdade, especialmente para Juliette (Rebecca Ferguson), que enfrenta novos desafios ao encontrar refúgio num silo devastado pela guerra. Enquanto isso, no Silo 18, as ações de Juliette geram uma onda de agitação e choque, colocando os sobreviventes num caminho incerto.
O elenco de peso inclui Tim Robbins, Harriet Walter, Common e Rashida Jones, cujas performances continuam a ser um dos pontos altos da série. Com uma direção visual impressionante e uma narrativa que mistura tensão, drama e mistério, “Silo” explora temas como poder, sobrevivência e as complexidades da condição humana.
Além do enredo intrigante, a série é um reflexo das questões sociais contemporâneas, levantando debates sobre isolamento, autoridade e as escolhas que moldam a humanidade. A Apple TV+ reforça o seu compromisso com produções de qualidade, posicionando “Silo” como uma das suas ofertas de destaque no género de ficção científica.
Com novos episódios todas as semanas, esta temporada promete manter os espectadores agarrados ao ecrã, à medida que o mistério do silo se desdobra com consequências imprevisíveis.
A oitava entrada na franquia “Mission: Impossible” já tem título oficial: “Mission: Impossible – The Final Reckoning”. O filme, que está programado para estrear a 23 de maio de 2025, promete encerrar a saga de Ethan Hunt, interpretado por Tom Cruise, com cenas de ação ainda mais intensas e inovadoras.
No primeiro trailer revelado, Cruise é visto a realizar acrobacias impressionantes, incluindo explorar um submarino naufragado e saltar de um biplano. Angela Bassett também está de volta como Erika Sloane, diretora da CIA, enquanto outros membros regulares do elenco, como Simon Pegg e Ving Rhames, regressam para esta aventura final.
A narrativa continuará os eventos de “Dead Reckoning”, com Ethan Hunt a enfrentar The Entity, uma inteligência artificial perigosa capaz de prever os seus movimentos. O vilão Gabriel, interpretado por Esai Morales, também regressa, prometendo ser um desafio final formidável para Hunt e a sua equipa.
Dirigido por Christopher McQuarrie, responsável pelos sucessos anteriores da franquia, o filme marca a culminação de quase 30 anos de ação ininterrupta. McQuarrie prometeu que esta será “uma conclusão épica e emocionante que honrará o legado da franquia”.
Com o hype já em alta, “Mission: Impossible – The Final Reckoning” prepara-se para ser um dos maiores lançamentos de 2025, continuando a redefinir o género de ação.
A Disney anunciou uma mudança significativa no seu calendário de lançamentos para 2026, substituindo um aguardado filme da saga Star Wars por “Ice Age 6”. O novo capítulo da popular franquia de animação ocupará agora a data de 18 de dezembro de 2026.
O filme de Star Wars planeado para essa data era especulado como uma continuação da história de Rey, após os eventos de “Star Wars: A Ascensão de Skywalker”. No entanto, problemas na produção, incluindo a saída de argumentistas como Damon Lindelof e Steven Knight, levaram ao adiamento do projeto. Apesar disso, a Lucasfilm mantém um outro filme da saga programado para dezembro de 2027, além de “The Mandalorian and Grogu”, previsto para maio de 2026.
Por outro lado, “Ice Age 6” promete trazer de volta personagens adoradas como Sid, Manny e Scrat, com os dubladores Ray Romano, Queen Latifah e John Leguizamo já confirmados. Esta nova aventura marca um esforço da Disney para revitalizar a franquia, que continua a ser uma das mais lucrativas da animação, com bilheteiras globais superiores a 3,2 mil milhões de dólares.
Esta decisão reflete a aposta da Disney em equilibrar projetos de animação com a sua poderosa marca Star Wars, ajustando estratégias para maximizar o impacto nos mercados globais.
Após uma longa espera, “Paddington em Peru”, o terceiro capítulo da adorada franquia do urso Paddington, estreou no Reino Unido com um desempenho impressionante nas bilheteiras. Com um fim de semana de abertura a arrecadar 9,65 milhões de libras, o filme tornou-se no maior lançamento de um filme britânico desde “007: Sem Tempo para Morrer” em 2021.
A história acompanha Paddington numa nova aventura, desta vez em busca da sua tia Lucy, desaparecida misteriosamente na floresta amazónica. Com a família Brown a acompanhá-lo, o filme mistura comédia, mistério e emoção, elementos que fizeram da série um sucesso global. O elenco conta com Ben Whishaw a dar voz a Paddington e participações de Antonio Banderas, Olivia Colman e Emily Mortimer.
Produzido pela StudioCanal, este é o filme mais caro da produtora até hoje, mas os números recordistas mostram que o investimento foi certeiro. O desempenho supera os dois primeiros filmes da série e consolida a franquia como uma das mais bem-sucedidas de sempre no género familiar. Apesar de só estrear nos Estados Unidos em janeiro, a expectativa é de que o filme alcance o marco de 1 bilião de dólares em receitas globais.
“Paddington em Peru” reafirma o lugar do urso britânico como um ícone da cultura pop, conquistando tanto crianças quanto adultos e provando que a sua popularidade continua em alta mesmo sete anos após o último lançamento.
Zack Snyder, conhecido pelos seus filmes de ação visualmente impactantes, está a preparar um novo projeto com a Netflix. O filme, ainda sem título, será um thriller focado numa unidade de elite do Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD). Snyder não só assume a realização, como também coescreve o guião em parceria com Kurt Johnstad, seu colaborador frequente em obras como “300” e “Atomic Blonde”.
Descrito como uma história visceral e centrada em personagens, o filme explorará os dilemas morais enfrentados por agentes que operam num ambiente de alta pressão, onde cada decisão pode ser uma questão de vida ou morte. Snyder comentou: “Há anos que queria explorar esta temática. É uma oportunidade incrível de trabalhar com a Netflix e parceiros como Dan Lin para contar esta história intensa e emocional.”
O projeto é o mais recente de uma série de colaborações entre Snyder e a Netflix, que inclui os filmes “Army of the Dead”e “Rebel Moon”, bem como a série animada “Twilight of the Gods”. Apesar de algumas críticas negativas a “Rebel Moon”, Snyder mantém-se confiante no seu estilo polarizador, que divide opiniões, mas atrai uma base de fãs leal.
A produção será conduzida pela Stone Quarry, produtora de Snyder, em parceria com Wesley Coller e Deborah Snyder. Embora os detalhes sobre o elenco e a data de estreia ainda não tenham sido divulgados, a expectativa é que este novo projeto reforce a posição da Netflix como uma plataforma de destaque para filmes de ação ambiciosos.
O novo thriller promete capturar não apenas a intensidade do trabalho policial, mas também as complexidades humanas e éticas que o acompanham, marcando mais um capítulo na carreira de Snyder como um dos realizadores mais distintos da ação moderna.
Conan O’Brien, uma das figuras mais icónicas da comédia norte-americana, foi confirmado como o anfitrião da 97.ª cerimónia dos Óscares, marcada para o dia 2 de março de 2025. Este será o regresso de O’Brien à televisão em grande estilo, conduzindo uma das noites mais prestigiadas da indústria cinematográfica.
Reconhecido pelo seu humor inteligente e carisma, Conan O’Brien começou a sua carreira como argumentista de programas lendários como “Saturday Night Live” e “Os Simpsons”. Mais tarde, consolidou-se como uma das maiores figuras dos programas de “late-night”, apresentando o “Late Night with Conan O’Brien” (1993–2009) e o seu sucessor na TBS, “Conan” (2010–2021). Para muitos, a sua escolha como anfitrião dos Óscares é um reconhecimento tardio, mas bem merecido.
Esta não será a primeira vez que O’Brien assume a responsabilidade de liderar grandes cerimónias. Ele já foi anfitrião dos Emmys em 2002 e 2006, e dos MTV Movie Awards em 2014, destacando-se pela sua capacidade de equilibrar humor com respeito pelos momentos solenes. Para a Academia, a escolha de Conan reflete a necessidade de um apresentador com experiência, mas sem inclinações políticas marcadas, algo que afastou nomes como Jimmy Kimmel e Jon Stewart em edições passadas.
Bill Kramer e Janet Yang, responsáveis pela Academia, declararam: “Estamos honrados por ter Conan O’Brien como anfitrião dos Óscares deste ano. Ele é a pessoa perfeita para liderar esta celebração global do cinema com o seu humor brilhante e amor pela sétima arte.”
O próprio Conan, fiel ao seu estilo humorístico, comentou o anúncio dizendo: “A América exigiu isto, e agora está a acontecer: vou apresentar os Óscares.”
A cerimónia promete ser um marco não só para o cinema, mas também para o regresso de Conan à ribalta televisiva, num evento que combina glamour, emoção e um toque de humor afiado.
As salas de cinema Imax estão a reinventar-se para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais dominado pelas plataformas de streaming. Segundo Richard Gelfond, CEO da Imax, o futuro da empresa passa pela criação de eventos especiais, que incluem transmissões ao vivo de concertos, eventos desportivos e documentários exclusivos.
Durante uma entrevista à France-Presse, Gelfond destacou que a Imax está a expandir o seu portefólio para além dos filmes tradicionais, com 14 novos projetos em produção. Um dos destaques é um documentário rodado em francês sobre a Patrulha Acrobática Francesa, que celebra a sua estreia na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Estes eventos estão a ser transmitidos em salas selecionadas, criando uma experiência única que não pode ser replicada em casa.
A recente estreia de um documentário sobre o ballet “Lago dos Cisnes”, filmado em alta definição na Ópera de Paris, reforça a aposta da empresa em conteúdos diversificados. Segundo Gelfond, a experiência de assistir a um evento Imax é muito mais do que ver um filme: “Na era pós-pandemia, as pessoas procuram algo social, especial e único.”
Embora os bilhetes para uma sala Imax possam custar mais, a empresa defende que a qualidade e a espetacularidade justificam o preço. Grandes sucessos como “Barbie” e “Oppenheimer”, ambos filmados com câmaras Imax, provaram que este formato continua a ser lucrativo, representando 20% das bilheteiras mundiais, apesar de ocupar menos de 1% dos ecrãs globais.
Além dos filmes, Gelfond vê potencial em áreas como ópera, Fórmula 1 e concertos ao vivo, tornando as salas de cinema Imax num espaço multifuncional para eventos culturais e desportivos. Para ele, o streaming não é um inimigo, mas sim uma segunda opção, que nunca poderá igualar a experiência imersiva das salas Imax.
No próximo domingo, dia 17 de novembro, o TVCine Top apresenta a estreia de “Armageddon Time”, um filme profundamente pessoal do realizador James Gray, conhecido por obras como “Ad Astra”. Esta produção semiautobiográfica mergulha nos desafios de crescer em Nova Iorque durante os anos 80, explorando temas como desigualdade, preconceito e os valores da família.
A história centra-se num rapaz judeu de 12 anos que sonha em tornar-se artista, enfrentando as rígidas expectativas do pai, mas encontrando apoio e inspiração no avô. A amizade com um colega de turma, igualmente marginalizado, proporciona momentos de alegria e reflexão, enquanto o protagonista navega pelas complexidades da vida. Gray, ao revisitar as suas memórias de infância, oferece uma visão sensível sobre a força da família e a busca incessante pelo sonho americano.
Estreado mundialmente no Festival de Cannes, onde integrou a competição oficial, “Armageddon Time” tem sido amplamente elogiado pela crítica pela forma como aborda questões raciais, sociais e familiares. O elenco, liderado por Anthony Hopkins, Anne Hathaway e Jeremy Strong, entrega performances emocionantes, capturando a essência desta narrativa intimista. Outros destaques incluem Banks Repeta e Jaylin Webb, cujas interpretações conferem autenticidade e profundidade à história.
O filme não só explora as nuances da convivência intergeracional, mas também lança luz sobre os privilégios e desigualdades que moldaram uma era. Gray conduz a narrativa com um equilíbrio entre melancolia e otimismo, cativando o público com uma obra que é, ao mesmo tempo, universal e profundamente pessoal.
Com exibição marcada para as 21h20, no TVCine Top, e disponível no TVCine+, “Armageddon Time” promete ser um destaque imperdível, especialmente para os apreciadores de histórias emocionantes e reflexivas.
O ator T.J. Miller, conhecido pelo seu papel como Weasel nos dois primeiros filmes de “Deadpool”, surpreendeu os fãs ao anunciar uma reaproximação com Ryan Reynolds, protagonista da franquia. Após dois anos de declarações polêmicas em que afirmou que não voltaria a trabalhar com Reynolds, Miller revelou recentemente que os dois reconciliaram diferenças e que gostaria de regressar ao universo de “Deadpool”.
Miller tinha acusado Reynolds de ser “horrivelmente mau” consigo no set de “Deadpool”, alegando que o ator o tratava como se fosse o próprio Weasel. As declarações geraram controvérsia e levaram muitos a acreditar que a sua participação no futuro da franquia estava definitivamente encerrada. Contudo, numa recente entrevista ao programa The Bonfire, o ator partilhou que uma conversa com Reynolds mudou o rumo da relação. “Ele tem sido um bom amigo ultimamente, e acho que voltar para Deadpool 4 seria incrível”, disse Miller, sugerindo que está aberto a trabalhar novamente com o astro.
A relação entre os dois atores não foi a única a ser alvo de reavaliação por parte de Miller. O ator também admitiu ter alterado a sua visão sobre Michael Bay, com quem trabalhou em “Transformers: Age of Extinction”, destacando agora o respeito pelo trabalho do realizador em produções de grande escala.
Apesar do entusiasmo renovado, não há confirmação oficial sobre o regresso de Weasel em “Deadpool 4”, que será o primeiro filme da franquia a integrar o Universo Cinematográfico da Marvel. Com a produção já em andamento, é incerto se a reconciliação entre Miller e Reynolds resultará numa nova colaboração.
A reconexão entre os atores traz um toque de otimismo para os fãs que acompanharam os bastidores desta relação conturbada. Se o regresso de Miller acontecer, será um testemunho da capacidade de resolver conflitos mesmo nos cenários mais inesperados de Hollywood.
A obra-prima literária de Isabel Allende, “A Casa dos Espíritos”, está a ser adaptada numa série de oito episódios pela Amazon Prime Video. Com rodagem no Chile e um elenco internacional de luxo, esta nova produção promete trazer uma nova perspetiva à emblemática saga familiar, mantendo a essência mágica que conquistou leitores em todo o mundo.
Publicado em 1982, o romance de Allende é considerado um dos maiores clássicos do século XX, explorando a trajetória da família Trueba ao longo de várias gerações. A narrativa, que combina paixões arrebatadoras, lutas sociais e um toque de realismo mágico, ganhou uma adaptação cinematográfica em 1993, protagonizada por Meryl Streep e Antonio Banderas. Agora, com a supervisão direta de Allende como produtora executiva, a série busca capturar a profundidade e a riqueza da obra original.
Os protagonistas serão Alfonso Herrera (“Sense8”) e Nicole Wallace (“Skam”) nos papéis de Esteban Trueba e Clara del Valle, respetivamente. O elenco inclui também Dolores Fonzi, Eva Longoria e Juan Pablo Raba, entre outros nomes de destaque do cinema latino-americano e europeu. A direção está a cargo de Francisca Alegría, Fernanda Urrejola e Andrés Wood, que prometem uma abordagem fiel ao espírito do livro, mas com um olhar moderno.
Esta adaptação é inteiramente filmada em espanhol e conta com o apoio da produtora chilena Fabula, responsável por sucessos como “Uma Mulher Fantástica”, vencedor do Óscar de Melhor Filme Internacional. A Amazon espera que a série alcance o mesmo sucesso global de outras produções baseadas em obras literárias icónicas.
Com estreia prevista para 2025, “A Casa dos Espíritos” promete ser uma celebração da cultura latino-americana, trazendo para a televisão a magia, os mistérios e os conflitos que fizeram desta obra um fenómeno mundial.
Sophie Turner, conhecida pelo papel de Sansa Stark em “Guerra dos Tronos”, foi escolhida para interpretar Lara Croft na nova série de “Tomb Raider”, uma produção ambiciosa da Amazon Prime Video. Esta adaptação televisiva é um dos projetos mais aguardados da plataforma, prometendo revitalizar a icónica personagem para uma nova geração de fãs.
A atriz britânica, de 28 anos, superou fortes concorrentes na disputa pelo papel, incluindo Lucy Boynton, que ganhou destaque em “Bohemian Rhapsody”. Turner, que já demonstrou versatilidade em projetos de fantasia e ação, é vista como uma escolha ideal para dar vida à intrépida exploradora. A série será escrita e produzida por Phoebe Waller-Bridge, criadora de “Fleabag” e também uma apaixonada pela franquia de videojogos.
A história será uma reinterpretação épica que explora as aventuras de Lara Croft, numa narrativa que promete ir além das versões cinematográficas protagonizadas anteriormente por Angelina Jolie e Alicia Vikander. Turner já expressou entusiasmo pelo projeto, afirmando que interpretar Croft é um sonho realizado, especialmente por ser fã dos jogos desde a adolescência.
Durante o anúncio oficial, Waller-Bridge destacou a importância de trazer uma abordagem fresca à saga: “Esta série será uma viagem emocionante, explorando o espírito indomável de Lara e as suas aventuras em cenários exóticos.” A Amazon descreveu o projeto como uma grande aposta, que irá viajar por todo o mundo e atrair tanto fãs antigos como novos.
Com uma equipa talentosa e um orçamento robusto, a série “Tomb Raider” tem potencial para se tornar um marco na televisão, revivendo o legado de uma das personagens mais icónicas da cultura popular. As filmagens estão previstas para começar no início de 2025, com estreia esperada para 2026.
O musical surrealista “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard, já está em exibição nos cinemas portugueses e promete ser um dos grandes protagonistas da temporada de prémios de 2024. O filme, que mistura elementos de drama musical, telenovela e thriller, traz uma narrativa inovadora sobre arrependimento, transformação e redenção.
A história centra-se em Manitas, um poderoso traficante mexicano que decide realizar o seu sonho de longa data: tornar-se Emilia, uma mulher que busca expiar os erros do passado. Interpretada pela atriz transgénero Karla Sofía Gascón, a personagem enfrenta desafios intensos, tanto no mundo machista do narcotráfico como na reconexão com a sua família. Esta atuação já colocou Gascón como uma das favoritas à categoria de Melhor Atriz nos Óscares, podendo fazer história como a primeira atriz transgénero a receber uma nomeação.
O filme também conta com atuações de destaque de Zoe Saldaña, Selena Gomez e Adriana Paz, que formam um elenco de grande diversidade e talento. “Emilia Pérez” já arrecadou prémios importantes, incluindo o Prémio do Júri em Cannes, solidificando a sua posição como um dos favoritos em várias categorias, como Melhor Filme, Realizador e Banda Sonora Original.
Com a campanha agressiva da Netflix para impulsionar o filme, Audiard encontra-se num ritmo frenético de divulgação entre França e os Estados Unidos, numa tentativa de garantir a atenção dos votantes da Academia. Este esforço contrasta com o percurso do realizador em 2010, quando “Um Profeta” foi nomeado numa categoria mais restrita. Agora, Audiard compete ao mais alto nível, com expectativas de conquistar o prestigiado Óscar de Melhor Filme.
Para o público português, “Emilia Pérez” é uma oportunidade de assistir a um dos filmes mais comentados do ano e de celebrar o poder do cinema em contar histórias ousadas e transformadoras.
Cameron Diaz e Jamie Foxx estão prontos para encantar o público novamente na comédia de ação “De Volta à Ação”, um dos grandes lançamentos da Netflix para 2025. Este filme marca o regresso triunfante de Diaz ao grande ecrã, após uma pausa prolongada na sua carreira desde “Annie” (2014), e junta-a novamente a Foxx, com quem já contracenou em projetos icónicos.
A trama do filme gira em torno de Emily e Matt, antigos espiões da CIA que abandonaram a vida de ação para formarem uma família. Contudo, o seu passado volta para os assombrar quando as suas identidades são reveladas, forçando-os a regressar ao perigoso mundo da espionagem. Com estreia marcada para 17 de janeiro de 2025, “De Volta à Ação”combina humor, adrenalina e uma pitada de nostalgia para os fãs da dupla.
A produção ganhou destaque mediático ainda durante as filmagens, devido a uma complicação médica que afetou Foxx em abril de 2023, levando à necessidade de adaptar algumas cenas com o uso de um duplo. O incidente, felizmente, não comprometeu o projeto, e Foxx recuperou para completar as suas cenas com a energia e carisma que o caracterizam.
Dirigido por Seth Gordon (“Chefes Intragáveis”), o filme conta também com um elenco de luxo, incluindo Kyle Chandler, Glenn Close e Andrew Scott. Com um orçamento ambicioso e grandes expectativas, “De Volta à Ação” é descrito como uma mistura perfeita de ação explosiva e momentos de pura comédia, prometendo ser um dos filmes mais vistos no catálogo da Netflix em 2025.
Para os fãs de Cameron Diaz, o seu regresso é mais do que apenas um reencontro; é um sinal de que o carisma e a presença da atriz continuam intemporais, consolidando o seu lugar entre as estrelas mais queridas de Hollywood.
Todd Haynes, um dos realizadores mais inovadores do cinema contemporâneo, foi anunciado como presidente do júri do Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2025. A 75.ª edição da Berlinale, que decorre de 13 a 23 de fevereiro, promete ser um marco para o evento, com Haynes a trazer a sua visão artística única para um dos festivais mais prestigiados do mundo.
A escolha de Haynes reflete a sua carreira distinta, marcada por obras como “Safe” (1995), “Velvet Goldmine” (1998) e “Carol” (2015). Conhecido por explorar temas sociais e narrativas ousadas, o realizador tornou-se uma figura-chave no movimento “New Queer Cinema” e um defensor de histórias inclusivas e transformadoras. Em 1991, Haynes venceu o prémio Teddy na Berlinale com a sua primeira longa-metragem, “Veneno”, solidificando uma relação duradoura com o festival.
Tricia Tuttle, diretora da Berlinale, descreveu Haynes como “uma das vozes mais ousadas do cinema americano”, destacando o seu estilo inconfundível e a sua capacidade de inovar. O júri internacional que Haynes liderará será responsável por atribuir os Ursos de Ouro e de Prata, prémios que celebram a excelência e originalidade no cinema global.
Esta edição do festival assume um simbolismo especial ao comemorar 75 anos de história. Sob a liderança de Haynes, espera-se uma celebração que una tradição e inovação, destacando filmes que desafiem normas e inspirem mudanças. A Berlinale é conhecida por dar palco a histórias inclusivas e diversificadas, um ethos que se alinha perfeitamente com a obra do realizador.
Com a sua vasta experiência e sensibilidade artística, Todd Haynes promete trazer um novo nível de profundidade à Berlinale de 2025, elevando ainda mais o estatuto do festival como uma das plataformas mais relevantes para o cinema mundial.