
Hollywood está a meio gás e só Pecadores se destaca verdadeiramente na corrida às estatuetas douradas
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🕯️ Meados de 2025. Meia dúzia de estreias depois, muitos baldes de pipocas consumidos… e uma constatação quase unânime: só um filme dos primeiros seis meses do ano está a sério na corrida aos Óscares. A imprensa especializada norte-americana — Variety, Deadline Hollywood e Gold Derby — parece ter entrado em consenso raro. O eleito? “Pecadores” (Sinners, no original), o novo épico de Ryan Coogler, protagonizado por Michael B. Jordan.
A pergunta impõe-se: o que é que os outros andaram a fazer?
Gangsters, vampiros e estatuetas no horizonte
“Pecadores” não é um simples drama de época. É uma fusão estilizada de filme de gangsters com terror de vampiros, com gémeos de volta a casa depois das guerras sangrentas de Chicago. A crítica aplaudiu de pé (97% no Rotten Tomatoescom mais de 375 críticas), o público delira (96% no índice ‘popcorn’) e as bilheteiras sorriem: 278 milhões de dólares na América do Norte, 364 milhões a nível mundial. Tudo isto para um filme original, sem ser remake, sequelas ou franchising da Marvel.
A Deadline não tem dúvidas: Melhor Filme, Melhor Ator (Michael B. Jordan), Ator Secundário (Delroy Lindo e/ou o estreante Miles Caton), Atriz Secundária (Hailee Steinfeld e/ou Wunmi Mosaku), Realização, Argumento Original, Fotografia, Direção Artística, Banda Sonora, Canção Original (“I Lied To You”), Guarda-Roupa, Montagem, Som, Caracterização e até Efeitos Visuais — é toda uma lista digna de Óscar bingo.
E os outros? Bem… tentaram.
Enquanto Pecadores já se instala confortavelmente na passadeira vermelha, os outros filmes ainda estão a ver se encontram o GPS para o Dolby Theatre.
– “F1 – O Filme”, com Brad Pitt, não parecia um candidato natural a Melhor Filme, mas o sucesso do fim de semana de estreia baralhou as apostas. Comparações com Top Gun: Maverick são inevitáveis — até porque partilham o realizador Joseph Kosinski e o produtor Jerry Bruckheimer. Som e Montagem são as categorias mais prováveis.
– “28 Anos Depois” pode muito bem destacar-se em Caracterização, diz o Gold Derby.
– “Lilo & Stitch” (imagem real) deverá brilhar nos Efeitos Visuais — porque nostalgia + CGI continua a ser uma fórmula que vende.
– A Pixar apresenta “Elio” como candidata a Melhor Longa de Animação, ainda que sem o mesmo burburinho de Soulou Elemental.
– “Sorry, Baby”, uma comédia dramática independente de e com Eva Victor, surge entre os favoritos ao Argumento Original e pode dar a Victor uma nomeação dupla como argumentista e atriz.
– Kathleen Chalfant, figura lendária da Broadway, é aposta surpresa para Melhor Atriz em “Sarah Friedland”.
– A comédia romântica “O Match Perfeito”, de Celine Song, com Dakota Johnson, Pedro Pascal e Chris Evans, pode entrar no baralho em Argumento Original — mas sem grande alarido por agora.
– Até o esquecido “O Esquema Fenício” pode valer uma nomeação a Michael Cera como Ator Secundário. É preciso acreditar.
Tudo depende… do dinheiro para campanhas
O que é que estes títulos têm em comum, além de premissas promissoras? Precisam desesperadamente de campanhas promocionais sólidas. E como sempre acontece em Hollywood, o sucesso nos Óscares começa nas salas de visionamento… mas concretiza-se nos jantares da Academia, com envelopes dourados e milhões investidos em visibilidade.
Nesse campo, só Pecadores parece caminhar sozinho, firme e seguro, como um vampiro bem vestido num salão de baile a dançar com a estatueta.
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🎬 A estrada até Março de 2026 ainda é longa, mas se o ano acabar como começou, poderemos ter uma cerimónia onde todos os votos vão para um só lado.
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