
Uma história sobre solidão, pertença… e bloopers! Sim, os bloopers estão de volta
A Pixar voltou — e em força. Depois do sucesso emocional de Inside Out 2 no ano passado, o estúdio da lâmpada regressa este verão com uma aventura cósmica chamada Elio. À primeira vista parece “mais um” filme animado para miúdos. Mas segundo as reacções iniciais à estreia mundial no El Capitan Theater, em Los Angeles, estamos perante a maior surpresa cinematográfica da estação. E sim, traz de volta uma tradição esquecida há mais de 20 anos…
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Um miúdo perdido no universo… e dentro de si próprio
Elio conta a história de um rapaz de 11 anos com uma imaginação galopante e um fascínio por tudo o que é galáctico. Num daqueles momentos Pixar que desafiam a lógica mas nos conquistam o coração, Elio é acidentalmente “raptado” para a Communiverse, uma espécie de ONU intergaláctica, onde é confundido com o embaixador da Terra.
O que se segue é uma jornada cósmica de crescimento interior, descoberta pessoal e ligações improváveis com seres de todos os cantos da galáxia. O tema pode parecer rebuscado, mas como dizem os críticos, o coração é 100% Pixar.
“Elio começa com um rapaz a lidar com a solidão, mas desdobra-se numa história surpreendentemente terna sobre auto-descoberta e encontrar ligação nos cantos mais inesperados do universo”, escreveu Michael J. Lee.
Humor, emoção e aquele velho brilho Pixar
Realizado por Adrian Molina (correalizador de Coco), o filme tem vozes de Yonas Kibreab como Elio, e um elenco de luxo que inclui Zoe Saldaña, Brad Garrett, Jameela Jamil e Shirley Henderson.
Críticos como Dempsey Pillot e Joaquín Teodoro elogiam o equilíbrio entre humor e sentimento, a criatividade visual e o que consideram ser um regresso ao espírito dos primeiros filmes da Pixar. A comparação com clássicos como Monstros e Companhia ou À Procura de Nemo é inevitável.
“Uma exploração macrocósmica da solidão contada de forma brilhante da perspectiva de uma criança… Preparem os lenços!”, escreveu Pillot.
A Pixar trouxe os bloopers de volta! 
Sim, leu bem. Uma das grandes surpresas é o regresso dos bloopers animados — pequenas cenas cómicas em jeito de “erros de gravação”, totalmente criadas em animação. Esta tradição, que conquistou corações em filmes como Toy Story 2e Monstros e Companhia, desapareceu dos filmes Pixar há mais de duas décadas… mas Elio ressuscita-a com estilo.
“Nunca imaginei que a Pixar voltasse aos bloopers… mas estou deliciado”, escreveu o perfil Animated Antic.
Um filme original num mundo de sequelas
Numa altura em que Hollywood parece dominada por continuações, remakes e IPs reciclados, Elio destaca-se como uma ideia original, que fala de identidade, exclusão e crescimento — temas universais, tratados com aquele toque Pixar que consegue fazer crianças e adultos rirem e chorarem… ao mesmo tempo.
“Elio é uma história vibrante sobre não se encaixar — e porque isso pode ser a tua maior força”, resumiu o crítico Justin Lawrence.
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Preparem-se para embarcar
Elio estreia nos cinemas portugueses a 20 de junho. Se os primeiros testemunhos servem de barómetro, este é o filme que ninguém sabia que precisava ver — mas que vai tocar fundo. Tragam os miúdos, tragam os lenços, e preparem-se para mais uma viagem intergaláctica com assinatura Pixar.
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