
No novo filme, Cage troca os carros em chamas por pranchas e ondas violentas — e garante que esta é uma das experiências mais intensas da sua carreira
ver também : Filho de Matthew McConaughey Pronto Para Entrar em Hollywood: Levi Segue o Caminho do Pai
Nicolas Cage já enfrentou praticamente tudo: demónios, caçadores de tesouros, abelhas assassinas e até ele próprio. Mas em The Surfer, o actor mergulha — literalmente — num novo tipo de desafio: a natureza selvagem… e a alma humana. Esquece os blockbusters convencionais. Aqui, a acção vem das emoções, das marés, e de tubarões que não perdoam.
Sim, o filme tem surf, tem suspense, tem desespero existencial, e tem Nicolas Cage a fazer o que melhor sabe: ser Nicolas Cage.
A história: um regresso à origem com sabor amargo
Em The Surfer, Cage interpreta um homem que regressa à sua terra natal na Austrália com o filho, apenas para descobrir que a praia onde costumava surfar em criança — e onde forjou grande parte da sua identidade — está agora dominada por um grupo local de surfistas agressivos.
O que se segue é um confronto físico, emocional e até filosófico, entre o homem e o mar, entre o passado e o presente. E, claro, entre ele e os predadores que o aguardam na água.
“Foi um dos papéis mais exigentes da minha vida” — diz Cage
Numa entrevista à Entertainment Weekly, Nicolas Cage admitiu que filmar The Surfer foi mais difícil do que muitos dos seus filmes de acção. “Havia tubarões, havia correntes perigosas, e houve momentos em que me perguntei: o que raio estou aqui a fazer? Mas a verdade é que foi libertador”, confessou.
Segundo o actor, a experiência de gravar em mar aberto, sujeito às forças da natureza, acabou por influenciar a sua própria abordagem à personagem. “Não dá para fingir medo quando estás num mar agitado. O corpo reage, e a câmara capta tudo.”
Tubarões reais? Sim. Mas com regras
Uma das curiosidades do filme é que parte das cenas aquáticas foram feitas em locais conhecidos por avistamentos de tubarões — com todas as medidas de segurança, claro. Ainda assim, Nicolas Cage garante que sentiu o perigo de forma muito real. “Tínhamos especialistas na água, mas basta um movimento estranho ao longe para entrares em modo de sobrevivência”, contou.
A produção australiana manteve uma abordagem prática e visceral, apostando em efeitos reais sempre que possível. Nada de ecrãs verdes: aqui, o sal é verdadeiro, e o medo também.
Um filme de género ou uma experiência espiritual?
Realizado por Lorcan Finnegan (Vivarium), The Surfer é mais do que um filme de sobrevivência — é também uma história de identidade, trauma e superação. O realizador descreveu-o como “um estudo sobre o ego masculino colocado sob pressão”, e a crítica internacional já começa a destacar a obra como uma curiosa fusão entre thriller psicológico e drama existencialista.
Há quem o compare a The Lighthouse, mas com pranchas. Ou a Jaws, mas com terapia.
Cage continua imparável — e imprevisível
Num momento em que Nicolas Cage vive uma das fases mais criativas da sua carreira (com projectos como Pig, Dream Scenario e Renfield), The Surfer surge como mais uma peça numa filmografia que recusa ser rotulada.
O actor já afirmou que quer continuar a desafiar-se — e, ao que tudo indica, isso inclui enfrentar tubarões reais em mar aberto e fazer monólogos sobre o sentido da vida enquanto apanha ondas.
E nós agradecemos.
ver também: A Favor Não Tão Simples: Sequela com Blake Lively É Maltratada pela Crítica
No comment yet, add your voice below!