O actor de F1 diz que os colegas da sua geração “não vendiam a alma” e eram mais sérios na arte de representar. Mas deixa um aviso importante sobre super-heróis: “Eles vão morrer!”

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Brad Pitt não tem papas na língua — e aos 61 anos, também não tem tempo a perder com diplomacias. Numa entrevista recente no podcast New Heights, apresentado pelos irmãos Jason e Travis Kelce (sim, o Jason da NFL e o Travis que namora com a Taylor Swift), o actor reflectiu sobre a forma como a nova geração encara a profissão… e aproveitou para fazer uma comparação com os seus tempos de juventude em Hollywood.

aqui :

“Gosto de ver o que as novas gerações trazem. Gosto de ver com o que estão a lidar e a forma como navegam nesse meio. Acho que eles desfrutam mais disto. Nós éramos mais rígidos — e tínhamos de ser — em relação à representação. Não se vendia. Não se vendia. Não se vendia.”

Brad Pitt sublinha que, hoje, há uma maior liberdade criativa e abertura para os actores se aventurarem noutros formatos, o que vê como positivo. No entanto, não resistiu a deixar um aviso a quem acha que precisa de um franchise ou de um fato de super-herói para singrar em Hollywood:

“Eles acham que têm de entrar num franchise, ou num filme de super-heróis ou qualquer coisa assim. Mas eu estou sempre a dizer: ‘Não façam isso! Eles vão morrer!’”

O exemplo de quem fala… e cumpre

É difícil acusar Brad Pitt de hipocrisia: ao longo da sua carreira, manteve-se quase sempre fora das grandes sagas cinematográficas. A única trilogia em que participou foi a dos Ocean’s de Steven Soderbergh, onde brilhou como o cool e sempre mastigador Robert “Rusty” Ryan. Nada de capas, superpoderes ou cenas pós-créditos. A única excepção foi uma aparição-relâmpago e humorística como The Vanisher em Deadpool 2 (2018) — e mesmo essa foi mais piada do que papel.

Desde a estreia no final dos anos 80, com pequenas participações em televisão, até ao sucesso com Thelma & Louise(1991), Pitt construiu uma carreira ao lado de nomes como Johnny Depp, Tom Cruise, George Clooney e Val Kilmer. Curiosamente, quando questionado sobre quem considera o melhor actor da sua geração, não aponta para nenhuma dessas estrelas.

“O que o David Thewlis fez em Naked (1993) é tão bom quanto qualquer coisa feita pelo Brando, Nicholson ou Pacino”, disse uma vez.

“Acho que está ao nível dos maiores.”

De actor sério a estrela global — sem nunca “vender”

A reflexão de Pitt chega num momento em que o panorama do cinema comercial está a mudar rapidamente, com o declínio (ou pelo menos a saturação) dos universos cinematográficos e um renovado interesse por filmes mais “contidos”. As palavras do actor podem soar como saudosismo, mas também soam a aviso: a longevidade em Hollywood constrói-se com escolhas certeiras — e não com fatos de lycra.

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E se há alguém com autoridade para o dizer, é mesmo Brad Pitt.

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