No meio da ação imortal, um momento de dor e empatia tornou-se o coração do filme. E nasceu da mente de Charlize.

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Entre espadas, imortalidade e traumas antigos, há um gesto de redenção que se destaca.

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A Velha Guarda 2, já disponível na Netflix, entrega-nos mais uma dose de ação estilizada, combates bem coreografados e dilemas existenciais entre guerreiros que não podem morrer. Mas há uma cena — inesperadamente emocional — que se tornou o momento mais marcante do filme. E, segundo a realizadora Victoria Mahoney, essa cena foi inteiramente ideia de Charlize Theron.


O reencontro com Quỳnh: culpa, dor e um espelho do passado

Na sequela, a imortal Andy (Theron) descobre que a sua antiga aliada e amiga Quỳnh (Veronica Ngô), que acreditava ter morrido, afinal está viva — e não só está viva, como agora faz parte da fação rival, liderada por Discourse (Uma Thurman).

Essa revelação mergulha Andy num turbilhão de emoções, incluindo culpa profunda por não a ter conseguido salvar. Num momento de flashback, somos transportados para a Idade Média, onde vemos Andy quase a matar um homem inocente— até ser travada por Quỳnh, que lhe diz:

“Isto não é quem tu és.”

Mais tarde, no presente, quando Quỳnh está prestes a detonar uma central nuclear, Andy confronta-a. E é Quỳnh quem devolve a frase:

“É agora que me dizes que isto não sou eu?”

Essa simetria emocional, que dá profundidade à relação entre as duas, foi criada por Charlize Theron durante as filmagens adicionais. A realizadora confirmou ao Business Insider:

“Foi tudo ideia da Charlize. O meu trabalho foi crescer a partir disso, honrar essa visão e expandi-la.”


Não são apenas guerreiras. São salvadoras uma da outra.

Victoria Mahoney destacou a importância de mostrar que Andy e Quỳnh não são apenas parceiras de combate, mas também guardiãs emocionais uma da outra.

“Não se trata só de lutar lado a lado, mas de se puxarem uma à outra para fora do lado negro.”

A beleza desta dinâmica é que vai além da ação. Toca em temas universais: o momento em que nos perdemos, a pessoa que nos segura, a culpa mal resolvida e a empatia que redime.


Quando os imortais são mais humanos do que nós

A realizadora quis que o público refletisse sobre quem são os “Andy e Quỳnh” das suas próprias vidas.

“Muita gente pode relacionar-se com a ideia de tocar no seu ‘eu mais sombrio’. E todos temos alguém que nos lembra: ‘Isso não és tu.’”

Charlize Theron, para além de ser produtora do filme, continua a demonstrar porque é uma das atrizes mais envolventes da sua geração: não só pela presença física, mas pela inteligência narrativa que traz aos seus papéis.

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E é isso que torna A Velha Guarda 2 mais do que um filme de ação. Torna-o, por breves momentos, um espelho da alma.

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