O Filme da Marvel Que Nunca Aconteceu… Mas Cujo Guarda-Roupa Acabou Num dos Maiores Filmes de Vampiros do Ano

O reboot de Blade está parado, mas o seu figurino já anda por aí — e com muito estilo — no novo filme de Ryan Coogler, Sinners.

O universo cinematográfico da Marvel está em pausa no que toca ao aguardado reboot de Blade, mas nem tudo está perdido. Afinal, uma parte muito concreta do projecto — o guarda-roupa — já encontrou nova vida no cinema… e logo no maior filme de vampiros do ano.

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Quem revelou este curioso “easter egg” foi Sev Ohanian, produtor do thriller Sinners, realizado por Ryan Coogler (Black PantherCreed), que partilha a figurinista Ruth E. Carter com o projecto adiado de Blade. E pelos vistos, a ligação foi mais literal do que se imaginava.

“A Ruth Carter estava a trabalhar no filme do Blade que acabou por não ser rodado”, contou Ohanian no podcast da ScreenCrush.

“Em certo ponto, esse filme ia explorar o passado — e ela já falou disto antes — precisamente na mesma época em que decorre Sinners. Por isso, ela tinha um armazém cheio de roupa de época.”

O que aconteceu a seguir é um daqueles momentos raros de generosidade inter-estúdios. Como Sinners estava prestes a arrancar com as filmagens e precisava urgentemente de figurinos adequados, a equipa contactou a Marvel — e obteve luz verde para comprar as peças ao preço de custo.

“Foi como: ‘Malta, temos de filmar este filme tipo amanhã.’ E a Marvel foi suficientemente generosa e simpática para nos deixar comprar aquilo tudo”, explicou Ohanian.

Vampiros, roupa vintage e um Blade que ainda não se fez

Embora os protagonistas de Sinners tenham figurinos originais, muitos dos figurantes surgem vestidos com roupas originalmente desenhadas para o novo Blade. É uma coincidência estilística saborosa — e um belo aproveitamento de recursos, diga-se.

Este pequeno detalhe torna-se ainda mais curioso quando recordamos que o reboot de Blade, anunciado em 2019 com Mahershala Ali como protagonista, tem enfrentado uma série de obstáculos. Entre as saídas dos realizadores Bassam Tariq e Yann Demange e as consequências da greve dos argumentistas em 2023, o projecto está em suspenso.

Aliás, Blade chegou a ser removido do calendário de estreias de 2025 pela própria Marvel. No entanto, Kevin Feige, presidente dos Marvel Studios, assegura que o personagem continua nos planos:

“Adoramos a personagem, adoramos a versão do Mahershala”, disse Feige em Novembro.

“E garantimos que, sempre que há uma mudança de direcção num projecto ou ainda estamos a perceber como encaixá-lo no calendário, o público é informado. Mas posso garantir que o Blade vai mesmo entrar no MCU.”

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Uma peça de roupa, duas histórias

No fim, o guarda-roupa pensado para um caçador de vampiros lendário acabou vestido por… figurantes num outro filme de vampiros. E isso, na sua estranha circularidade, parece fazer todo o sentido. Quem sabe se estas roupas não vão mesmo acabar por ter mais horas de ecrã do que o próprio Blade de Mahershala Ali?

Idris Elba e John Cena Salvam o Mundo (e o Streaming) em Heads of State : O Filme de Acção que Está a Dominar a Prime Video

Explosões, piadas secas e rivalidades diplomáticas: Heads of State  não reinventa a roda, mas acelera sobre ela como um tanque em fúria.

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Duas cabeças pensam melhor do que uma… mesmo quando uma pertence ao Presidente dos EUA e a outra ao Primeiro-Ministro do Reino Unido. Heads of State, o novo filme de acção da Prime Video, junta Idris Elba e John Cena numa improvável (mas eficaz) aliança diplomática explosiva. E o público parece ter adorado o caos: o filme lidera o top de visualizações global da plataforma e tem surpreendido pela recepção positiva.

Realizado por Ilya Naishuller (Hardcore HenryNobody) e com um elenco recheado de caras conhecidas — Priyanka Chopra Jonas, Jack Quaid, Paddy Considine, Stephen Root e Carla Gugino — Heads of State é um daqueles casos raros em que a fórmula do “buddy action movie” funciona mesmo. À boa maneira de Máquina Mortífera ou Bad Boys, aqui temos um par disfuncional com armas, sarcasmo e problemas diplomáticos para resolver… a tiro.

Um avião presidencial, dois líderes e zero paciência

Na história, Sam Clarke (Idris Elba) é o durão Primeiro-Ministro britânico, veterano do exército e estratega imperturbável. Will Derringer (John Cena) é o Presidente americano em fim de carreira, ex-estrela de acção e egocêntrico profissional. Os dois estão em plena rivalidade política quando são forçados a unir esforços após serem abatidos a bordo do Air Force One.

O que se segue? Um festival de perseguições, tiroteios e piadas secas por meio mundo, enquanto os dois líderes tentam escapar a um inimigo global e salvar aquilo a que se costuma chamar… “o mundo livre”. Nada de novo — mas aqui, feito com ritmo, charme e uma química irresistível entre os protagonistas.

E a crítica… gostou?

Surpreendentemente, sim. Apesar de o filme assumir sem vergonha os tiques de uma action comedy de série B, Heads of State arrecadou uns respeitáveis 82% de aprovação do público no Rotten Tomatoes, com a crítica a ficar-se pelos 68%. O consenso resume bem a coisa:

Heads of State aborda a geopolítica com leveza talvez excessiva, mas a parceria cómica entre Elba e Cena mantém-se firme neste entretenimento cheio de estilo.”

Will Sayre, da MovieWeb, não ficou totalmente convencido, mas não poupou elogios ao humor seco de Elba, considerando-o “o grande trunfo do filme” e sugerindo que da próxima vez o actor merecia um guião “com mais frases matadoras”.

Sequência à vista?

Com o sucesso estrondoso no streaming, a pergunta inevitável é: vamos ter Heads of State 2? A resposta, ao que parece, depende mais da Amazon do que de falta de vontade. O realizador Ilya Naishuller já mostrou interesse em regressar:

“Se as pessoas virem o filme, se gostarem e se a Amazon achar que faz sentido fazer uma sequela… absolutamente!”

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Tendo em conta a recepção calorosa, as probabilidades de vermos Elba e Cena a salvar novamente o mundo parecem bem reais. E honestamente? Que venham mais balas, mais sarilhos diplomáticos e mais piadas sobre protocolos internacionais.

Adeus a Julian McMahon: O Charme Sombrio de “Nip/Tuck” e “Dr. Doom” Apagou-se aos 56 Anos

O actor australiano morreu após uma longa batalha contra o cancro. De “Quarteto Fantástico” a “FBI: Most Wanted”, deixa um legado televisivo e cinematográfico com assinatura própria.

O mundo perdeu esta semana uma das suas presenças mais marcantes da televisão dos anos 2000. Julian McMahon, o actor australiano conhecido por papéis como o misterioso Dr. Christian Troy em Nip/Tuck e o vilanesco Dr. Doom nos filmes Quarteto Fantástico, morreu no dia 2 de Julho em Clearwater, na Florida, aos 56 anos, após uma batalha contra o cancro.

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A notícia foi confirmada pela sua esposa, Kelly McMahon, num emocionado comunicado enviado ao site Deadline:

“Quero partilhar com o mundo que o meu amado marido, Julian McMahon, faleceu pacificamente esta semana, depois de um esforço valente para vencer o cancro.”

“O Julian adorava a vida. Adorava a família. Adorava os amigos. Adorava o seu trabalho e adorava os fãs. O seu maior desejo era trazer alegria ao maior número de vidas possível. Pedimos apoio neste momento, para que a nossa família possa fazer o luto com privacidade. E desejamos que todos aqueles a quem o Julian trouxe alegria continuem a encontrar alegria na vida. Estamos gratos pelas memórias.”

O galã televisivo que se transformava em vilão com facilidade

Julian McMahon começou por se destacar como galã em produções televisivas nos anos 90, mas foi em Nip/Tuck (2003–2010) que se afirmou como uma estrela de primeira linha, no papel do carismático e hedonista cirurgião plástico Christian Troy. A série criada por Ryan Murphy foi um dos grandes marcos da televisão por cabo na altura, e McMahon não passou despercebido nem à crítica nem ao público.

Pouco depois, trocou o bisturi pela máscara metálica: encarnou Victor Von Doom, o icónico vilão dos Quarteto Fantástico (2005 e 2007), contracenando com Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris Evans (sim, esse Chris Evans) e Michael Chiklis. Embora os filmes tenham recebido críticas mistas, a sua interpretação de Doom conquistou os fãs pela intensidade e presença magnética.

Entre o crime e o sobrenatural

Nos últimos anos, McMahon continuou activo, principalmente na televisão. Deu vida ao agente Jess LaCroix em FBI: Most Wanted, um spin-off da popular franquia criada por Dick Wolf, e participou ainda em Marvel’s Runaways, onde voltou ao universo dos super-poderes.

Mais recentemente, integrou o elenco de A Residência (The Residence), série da Netflix com Uzo Aduba, Giancarlo Esposito e Edwina Findley, mostrando que continuava a ser uma presença requisitada e respeitada no meio.

Uma vida dedicada ao entretenimento

Julian McMahon era filho de William McMahon, antigo primeiro-ministro da Austrália, mas nunca se apoiou na política para se destacar. A sua carreira foi feita de escolhas audazes, personagens intensas e uma entrega visível em tudo o que fazia. Dos dramas médicos à ficção científica, dos vilões aos heróis, McMahon conseguiu o que poucos conseguem: ser lembrado com carinho por públicos tão distintos.

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Partiu demasiado cedo, mas deixa uma galeria de personagens que continuarão a habitar as nossas memórias — e os nossos ecrãs.

Charlize Theron Criou a Cena Mais Emotiva de “A Velha Guarda 2” — E Mudou Tudo

No meio da ação imortal, um momento de dor e empatia tornou-se o coração do filme. E nasceu da mente de Charlize.

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Entre espadas, imortalidade e traumas antigos, há um gesto de redenção que se destaca.

A Velha Guarda 2, já disponível na Netflix, entrega-nos mais uma dose de ação estilizada, combates bem coreografados e dilemas existenciais entre guerreiros que não podem morrer. Mas há uma cena — inesperadamente emocional — que se tornou o momento mais marcante do filme. E, segundo a realizadora Victoria Mahoney, essa cena foi inteiramente ideia de Charlize Theron.


O reencontro com Quỳnh: culpa, dor e um espelho do passado

Na sequela, a imortal Andy (Theron) descobre que a sua antiga aliada e amiga Quỳnh (Veronica Ngô), que acreditava ter morrido, afinal está viva — e não só está viva, como agora faz parte da fação rival, liderada por Discourse (Uma Thurman).

Essa revelação mergulha Andy num turbilhão de emoções, incluindo culpa profunda por não a ter conseguido salvar. Num momento de flashback, somos transportados para a Idade Média, onde vemos Andy quase a matar um homem inocente— até ser travada por Quỳnh, que lhe diz:

“Isto não é quem tu és.”

Mais tarde, no presente, quando Quỳnh está prestes a detonar uma central nuclear, Andy confronta-a. E é Quỳnh quem devolve a frase:

“É agora que me dizes que isto não sou eu?”

Essa simetria emocional, que dá profundidade à relação entre as duas, foi criada por Charlize Theron durante as filmagens adicionais. A realizadora confirmou ao Business Insider:

“Foi tudo ideia da Charlize. O meu trabalho foi crescer a partir disso, honrar essa visão e expandi-la.”


Não são apenas guerreiras. São salvadoras uma da outra.

Victoria Mahoney destacou a importância de mostrar que Andy e Quỳnh não são apenas parceiras de combate, mas também guardiãs emocionais uma da outra.

“Não se trata só de lutar lado a lado, mas de se puxarem uma à outra para fora do lado negro.”

A beleza desta dinâmica é que vai além da ação. Toca em temas universais: o momento em que nos perdemos, a pessoa que nos segura, a culpa mal resolvida e a empatia que redime.


Quando os imortais são mais humanos do que nós

A realizadora quis que o público refletisse sobre quem são os “Andy e Quỳnh” das suas próprias vidas.

“Muita gente pode relacionar-se com a ideia de tocar no seu ‘eu mais sombrio’. E todos temos alguém que nos lembra: ‘Isso não és tu.’”

Charlize Theron, para além de ser produtora do filme, continua a demonstrar porque é uma das atrizes mais envolventes da sua geração: não só pela presença física, mas pela inteligência narrativa que traz aos seus papéis.

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E é isso que torna A Velha Guarda 2 mais do que um filme de ação. Torna-o, por breves momentos, um espelho da alma.

“Corações Partidos”: O Filme Que Conquistou França Chega Finalmente aos Cinemas Portugueses

Romance, crime e redenção cruzam-se num dos grandes fenómenos do cinema francês de 2024. Estreia a 17 de julho.

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E se o amor fosse mais forte do que a vingança?

É com esta pergunta que se apresenta Corações Partidos, o novo filme de Gilles Lellouche (Le Grand Bain), que se tornou um verdadeiro fenómeno de bilheteira em França e chega agora às salas portuguesas no dia 17 de julho, com distribuição da NOS Audiovisuais. Aclamado como “o filme de uma geração”, a obra foi apresentada no ano passado na Festa do Cinema Francês, esgotando uma sessão no Cinema São Jorge — um prenúncio do impacto que agora promete repetir em solo nacional.

Um Amor Perdido (e Talvez Encontrado)

A história segue Clotaire e Jackie, dois jovens unidos por um primeiro amor intenso, mas abruptamente separados por um crime que ele não cometeu. Criados num bairro periférico de Paris, crescem marcados por contextos difíceis, e reencontram-se anos depois, com feridas por sarar e vidas irreversivelmente alteradas. Ele, ex-recluso, com uma sede de justiça e mágoa mal digerida. Ela, mulher feita, com um percurso muito diferente — mas ainda com o passado bem vivo.

Será o reencontro uma segunda oportunidade ou uma reabertura de tudo o que ficou por resolver?

Drama, Romance e Realismo Social

Filmado nos arredores de Paris, Corações Partidos mergulha no quotidiano de uma juventude à margem, cruzando violência urbana, dilemas morais e pulsões emocionais num registo cru, mas profundamente sensível. A banda sonora mistura hip hop e pop francês clássicos, criando uma atmosfera que é tanto nostálgica quanto moderna.

A realização de Gilles Lellouche é segura, íntima e sem filtros — e a seleção do filme para a competição oficial do Festival de Cannes 2024 comprova a sua relevância artística e social. Há ecos de La Haine e de Romeu e Julieta, mas com um pé assente na atualidade.

“Corações Partidos” é para quem já amou e se perdeu. Ou se reencontrou.

Mais do que um simples drama romântico, o filme é um retrato de como o amor e o ressentimento podem coexistir — e de como o tempo pode curar, mas também alimentar as feridas. A linha entre o que fomos e o que nos tornámos é ténue, e Corações Partidos explora essa tensão com autenticidade, humanidade e uma dose certa de melancolia.

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Nos cinemas a 17 de julho.

Se gosta de cinema francês contemporâneo, de histórias de amor imperfeitas e de personagens que não se encaixam nos moldes fáceis, Corações Partidos é obrigatório. Leve lenços. E prepare-se para escolher um lado… ou ambos.

Portugal em Destaque no Festival Ibérico de Cinema de Badajoz com “Revolução (sem) Sangue” e Sete Curtas em Competição

Evento espanhol dá palco ao novo cinema português, abrindo com uma provocação histórica e levando à competição oficial cinco curtas nacionais

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O cinema português marca forte presença no 31.º Festival Ibérico de Cinema (FIC), que decorre entre 8 e 11 de julho em Badajoz, Espanha, com extensões nas localidades de Olivença e San Vicente de Alcántara. Este ano, Portugal assume um papel de verdadeiro protagonista: para além de abrir o festival com a estreia espanhola de Revolução (sem) Sangue, de Rui Pedro Sousa, coloca também sete curtas-metragens em competição, entre a secção oficial e o programa infantojuvenil Festival dos Miúdos.


Um arranque provocador com “Revolução (sem) Sangue”

A sessão de abertura será tudo menos consensual. No Teatro López de Ayala, em Badajoz, será exibido o filme Revolução (sem) Sangue, que segundo o comunicado oficial do festival, surge como “uma proposta corajosa que questiona a narrativa oficial da Revolução dos Cravos”.

Escrito e realizado por Rui Pedro Sousa, e com Rafael Paes no elenco, o filme revisita os eventos de 25 de Abril de 1974 através de uma perspetiva menos habitual: a das vítimas mortais. Entre os retratados estão Fernando Giesteira, João Arruda, Fernando Reis e José Barneto, todos mortos na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa, às mãos da PIDE/DGS. O filme inclui também o caso de António Lage, funcionário da própria polícia política, baleado por um militar.


Seis curtas, seis vozes distintas do novo cinema português

Na secção oficial de competição, que selecionou 21 filmes de entre mais de 1200 candidatos, cinco curtas portuguesasdestacam-se:

  • “Porta-te bem”, de Joana Alves – Uma história rural e íntima, sobre Filomena, que vive sozinha e descobre ter pouco tempo de vida.
  • “O procedimento”, de Chico Noras – Uma reflexão inquietante sobre o direito à morte e a utilidade social das pessoas.
  • “Bad for a moment”, de Daniel Soares – Um ‘team building’ que corre mal e põe frente a frente o mundo corporativo e a realidade social que o rodeia.
  • “Atom & Void”, de Gonçalo Almeida – Um mergulho em tom de fábula surrealista, onde um som misterioso perturba a vida de Valya.
  • “À medida que fomos recuperando a mãe”, de Gonçalo Waddington – Um drama familiar e silencioso, onde um pai de quatro filhos mergulha no luto até à dissolução da estrutura familiar.

Dois filmes portugueses também para os mais novos

No Festival dos Miúdos, secção dedicada ao público infantil e juvenil, Portugal volta a marcar presença com duas curtas originais e sensíveis:

  • “UPS!”, de Galvão Bertazzi e Luís Canau – Um rapaz tenta encontrar silêncio e sentido numa família disfuncional e barulhenta.
  • “A menina com os olhos ocupados”, de André Carrilho – Uma crítica contemporânea à distração digital, através da história de uma menina presa ao telemóvel… mesmo quando está fora de casa.

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Uma ponte cultural reforçada entre Portugal e Espanha

A presença de tantos filmes portugueses no FIC de Badajoz não é apenas uma boa notícia para os realizadores e produtores envolvidos — é também um sinal claro do interesse crescente pelo cinema português no contexto ibérico. O festival, organizado com o apoio da Junta da Extremadura, tem vindo a destacar o intercâmbio cultural transfronteiriço, e esta 31.ª edição sublinha esse espírito de colaboração artística e partilha de histórias.

Paolo Sorrentino Regressa a Veneza com “La Grazia”, Filme de Abertura do Festival de 2025

Com Toni Servillo no papel principal, a nova obra do realizador de “A Grande Beleza” promete marcar o arranque da 82.ª edição do prestigiado festival italiano

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De volta ao ponto de partida — com mais maturidade e ambição

O cinema italiano estará em destaque na abertura do 82.º Festival Internacional de Cinema de Veneza com La Grazia, o novo filme de Paolo Sorrentino. O realizador napolitano regressa assim ao certame que viu nascer a sua carreira em longas-metragens, há mais de duas décadas, com L’uomo in più (2001).

O anúncio foi feito oficialmente esta segunda-feira pela organização do festival, que decorre de 27 de agosto a 6 de setembro. E, nas palavras do diretor do evento, Alberto Barbera, não podia haver melhor forma de dar início à edição de 2025:

“O regresso de Paolo Sorrentino à competição chega com um filme destinado a deixar a sua marca pela grande originalidade e poderosa relevância para o tempo presente.”

Uma nova história de amor à italiana

La Grazia, escrito e realizado por Sorrentino, é descrito como “uma história de amor passada em Itália” — o que, conhecendo o autor, pode significar tudo menos uma abordagem convencional ao género. Com Toni Servillo no papel principal, o ator-fétiche do cineasta volta a estar no centro de uma narrativa que, à partida, conjuga o existencial com o poético, o grotesco com o sublime — tal como em A Grande Beleza ou Foi a Mão de Deus.

Ainda não há muitos detalhes sobre o enredo, mas sabe-se que o filme foi adquirido para distribuição global pela plataforma Mubi, que se tem destacado nos últimos anos como casa para o cinema de autor mais aclamado.

Sorrentino, o esteta da decadência e da redenção

Nascido em Nápoles em 1970, Paolo Sorrentino é um dos nomes maiores do cinema europeu contemporâneo. Venceu o Óscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira em 2014 com A Grande Beleza, uma espécie de atualização moderna de La Dolce Vita de Fellini, e tem marcado presença regular nos grandes festivais, incluindo Cannes, onde estreou títulos como Youth e The Hand of God.

O seu estilo visual inconfundível, a escrita melancólica e irónica, e a constante interrogação sobre o papel do indivíduo numa sociedade saturada fazem dele um autor reverenciado — e La Grazia promete continuar essa tradição.

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Veneza 2025 começa com alma italiana

Com La Grazia, o Festival de Veneza começa com uma declaração de intenções clara: cinema com assinatura, identidade nacional forte, mas com alcance universal. A escolha de Sorrentino para abrir a edição deste ano não é apenas simbólica — é uma aposta segura de que o festival quer começar em grande.

“Pequenas Coisas Como Estas”: Cillian Murphy Confronta os Segredos da Igreja no Novo Drama a Estrear no TVCine Top

Filme de abertura do Festival de Berlim estreia este domingo, 6 de julho, às 21h45, em exclusivo nos Canais TVCine

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Um grito abafado, uma vila em silêncio, e um homem que já não pode ignorar a verdade.

É assim que começa Pequenas Coisas Como Estas, um drama comovente e perturbador protagonizado por Cillian Murphy, que regressa à representação após vencer o Óscar de Melhor Ator por Oppenheimer. A estreia acontece este domingo, 6 de julho, às 21h45, no TVCine Top — e promete ser uma das mais intensas experiências cinematográficas do verão.


Irlanda, 1985: a culpa, o silêncio e os segredos da Igreja

Na pequena vila irlandesa de Wexford, Bill Furlong (Murphy) vive uma vida simples. É vendedor de carvão, trabalhador incansável e pai dedicado. Mas tudo muda numa manhã fria, quando presencia uma mãe a forçar a filha a entrar no convento local — enquanto esta grita, aterrorizada. O que poderia ser apenas um momento perturbador desperta em Bill memórias de infância e obriga-o a confrontar os horrores encobertos pela conivência coletiva da comunidade e pelo poder da Igreja Católica.

Baseado num conto de realismo social profundamente enraizado na história recente da Irlanda, o filme explora o peso do silêncio, a moralidade individual e o custo de dizer a verdade quando todos preferem não a ouvir.


Elenco de luxo, produção de prestígio

Além de Murphy num dos seus papéis mais intensos e contidos, o filme conta com a poderosa Emily Watson, que conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim pela sua performance. A realização é de Tim Mielants (PatrickPeaky Blinders), e a produção reúne nomes de peso como Ben Affleck, Matt Damon, o próprio Cillian Murphy e Alan Moloney.

Com estreia mundial no Festival de Berlim, onde foi o filme de abertura, Pequenas Coisas Como Estas conquistou a crítica internacional graças ao seu retrato nu e cru de uma realidade sombria, contada com sobriedade e humanidade.


Um filme que dói — porque é real

Mais do que uma história sobre abusos e encobrimentos, este é um filme sobre coragem moral. Bill Furlong é o homem comum que decide fazer perguntas quando todos já desistiram de ouvir respostas. E Cillian Murphy dá-lhe corpo com uma contenção e uma profundidade emocional que só um ator no auge da sua maturidade artística consegue alcançar.


Para ver, sentir e refletir.

Pequenas Coisas Como Estas estreia a 6 de julho, às 21h45, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+. Prepare-se para um filme que não grita, mas ecoa — com o poder de mudar a forma como olhamos para o passado e para o presente.

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Morreu Michael Madsen: A Alma Rebelde dos Filmes de Tarantino Tinha 67 Anos

De Mr. Blonde a Budd, o ator foi uma presença inesquecível no cinema independente — e muito mais do que apenas um tipo duro

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Um olhar de aço, uma voz rouca, e uma presença que impunha respeito sem esforço.

Michael Madsen, o eterno Mr. Blonde de Cães Danados, morreu aos 67 anos, vítima de ataque cardíaco. O ator foi encontrado inconsciente em casa, em Malibu, esta quinta-feira de manhã, confirmou o seu agente à NBC News. Assim desaparece um dos rostos mais inconfundíveis do cinema americano das últimas décadas — e um nome incontornável no universo cinematográfico de Quentin Tarantino.


O Irmão do Crime e da Poesia

Michael Madsen era o irmão mais velho da atriz Virginia Madsen (Sideways), mas nunca viveu à sombra de ninguém. Construiu uma carreira que atravessou géneros, orçamentos e estilos, com mais de 300 participações no cinema e televisão. E se há uma palavra que melhor o descreve, talvez seja “prolífico”.

Mas a sua ligação ao cinema de Tarantino foi aquilo que o eternizou.

Foi em 1992 que o mundo o conheceu verdadeiramente, como Vic Vega — também conhecido como Mr. Blonde — em Cães Danados (Reservoir Dogs), o filme que lançou Tarantino. A sua cena ao som de “Stuck in the Middle With You”, onde dança antes de cortar a orelha de um polícia amarrado, tornou-se uma das mais memoráveis (e perturbadoras) da história do cinema.


Do western à sátira, sempre com atitude

Madsen regressou ao mundo tarantinesco como Budd em Kill Bill: Volume 2 (2004), irmão de Bill e ex-assassino resignado ao pó do deserto. Em Os Oito Odiados (2015), voltou a encarnar o tipo durão, ambíguo, misterioso. E até teve uma breve participação em Era Uma Vez… em Hollywood (2019), o mais recente filme de Tarantino.

A sua filmografia não se limitou ao estilo do realizador de culto. Madsen apareceu em títulos mainstream como Jogos de Guerra (1983), Libertem Willy (1993), Wyatt Earp (1994), Espécie Mortal (1995), Donnie Brasco (1997), 007 – Morre Noutro Dia (2002) e Sin City (2005). De dramas históricos a sátiras como Scary Movie 4, ele nunca recusou um papel — mesmo em produções de orçamento reduzido.


O Poeta dos Marginais

Para além do ecrã, Madsen tinha uma veia poética que poucos conheciam. Publicou várias obras, incluindo o ainda inédito Tears for My Father: Outlaw Thoughts and Poems, que seria lançado em breve. Era um escritor de versos crus, intensos e viscerais — como os seus papéis.

Nos últimos anos, o ator dedicou-se ao cinema independente. Tinha vários projetos por estrear, como Resurrection RoadConcessions e Cookbook for Southern Housewives, e mostrava-se entusiasmado com esta nova fase da carreira.

Num comunicado à Variety, os seus representantes escreveram:

“Michael Madsen foi um dos atores mais icónicos de Hollywood, cuja falta será sentida por muitos.”


O Último Cowboy Urbano

Há algo de profundamente americano na figura de Madsen: um misto de James Dean com Sam Shepard, um fora-da-lei com coração. Era o anti-herói perfeito: duro por fora, poético por dentro, e sempre com um cigarro na mão e ironia nos olhos.

Michael Madsen não era só um ator de culto. Era o tipo que dava credibilidade a qualquer filme com um simples levantar de sobrancelha. Um ator que sabia, melhor que ninguém, caminhar entre o excesso e a contenção.

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Hoje, o cinema independente — e o de estúdio — fica um pouco mais vazio.

Sacha Baron Cohen é Mephisto em Ironheart — e o MCU Nunca Mais Será o Mesmo

O diabo está nos detalhes — e também no Disney+.

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O segredo foi revelado. Finalmente.

Depois de anos de rumores, teorias e desilusões (sim, WandaVision, estamos a olhar para ti), Mephisto entrou oficialmente no Universo Cinematográfico da Marvel. E quem dá corpo (e sarcasmo) à icónica figura demoníaca é nada menos que Sacha Baron Cohen, cuja estreia como o vilão aconteceu de forma surpreendente no episódio final de Ironheart, disponível no Disney+.

Uma entrada discreta… mas diabólica

Ao longo da temporada, Cohen interpretava uma misteriosa figura que entregava o capuz místico a Parker Robbins(Anthony Ramos), também conhecido como o Capuz (The Hood). Os fãs especulavam sobre a verdadeira identidade da personagem — Dormammu? Um demónio qualquer? — até que a verdade foi revelada: era Mephisto o tempo todo.

Riri Williams (Dominique Thorne), a protagonista de Ironheart, inicialmente acredita que está a lidar com uma entidade cósmica. Mas é o próprio Mephisto que se revela — e o choque foi imediato.

“The devil is in the details”

Sacha Baron Cohen, sempre com humor apurado, reagiu à revelação nas redes sociais com um curto vídeo da sua personagem, legendado apenas com a frase:

“The devil is in the details.”

Não poderia ser mais adequado.

O que esperar de Mephisto no futuro do MCU?

A Marvel mantém os planos futuros em segredo (como sempre), mas a introdução de Mephisto não é um movimento qualquer. O personagem é uma figura central nos quadrinhos, responsável por algumas das histórias mais sombrias e controversas da Marvel — desde pactos diabólicos até manipulações de realidades inteiras.

Embora não se saiba ainda qual será o arco de Mephisto, o facto de ser introduzido em Ironheart sugere que o MCU pode estar a preparar o terreno para algo maior — talvez um crossover sobrenatural ou a entrada de personagens como Blade, Ghost Rider ou até uma eventual Midnight Sons?

Sacha Baron Cohen: do humor ao inferno

A escolha de Cohen pode parecer inesperada, mas é também genial. Conhecido por personagens provocadores como Borat e Ali G, o ator tem demonstrado nos últimos anos um alcance dramático e uma intensidade que se encaixam perfeitamente na natureza manipuladora e ambígua de Mephisto. Se alguém pode ser simultaneamente charmoso, aterrador e imprevisível, é ele.

O inferno chegou ao MCU. E veio com sotaque britânico.

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“A História de Souleymane”: Um Retrato Cru e Humano da Realidade Migrante em Paris

Vencedor em Cannes e premiado nos César, o novo filme de Boris Lojkine estreia a 6 de julho no TVCine Edition

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Quando o tempo corre contra ti, até a tua história se torna uma prova.

Souleymane não é herói de blockbuster. Não salva o mundo. Nem sequer sabe se vai poder ficar no país onde vive. É apenas um homem a pedalar pelas ruas de Paris, entregando refeições enquanto tenta manter-se invisível. Mas em A História de Souleymane, o novo e multipremiado filme de Boris Lojkine, a sua história torna-se o centro de uma narrativa poderosa, íntima e brutalmente honesta sobre o que é ser imigrante hoje.

A estreia está marcada para domingo, 6 de julho, às 22h, no TVCine Edition — e é uma daquelas sessões que vale a pena marcar no calendário.

Uma corrida contra o tempo… e contra o sistema

Souleymane (interpretado com intensidade por Abou Sangare, num papel de estreia absolutamente notável) é um jovem africano a viver em Paris sem documentos. Passa os dias como estafeta de comida, as noites em abrigos, e tem apenas dois dias até à entrevista que poderá decidir o seu futuro: o pedido de asilo.

Mas como se conta uma vida, um passado, uma identidade… em poucas palavras e sob pressão? É esta urgência — silenciosa, constante, cortante — que Boris Lojkine transforma em cinema de excelência.

Realismo cru, empatia total

O que distingue A História de Souleymane de tantas outras histórias sobre imigração é a sua abordagem humanista e hiper-realista. Lojkine filma a cidade não como postal turístico, mas como labirinto indiferente. E Abou Sangare, ator não-profissional, carrega cada plano com a exaustão e dignidade de quem vive entre margens.

Não há grandes discursos. Há o peso das pequenas coisas: o cansaço acumulado, o medo de não ser ouvido, a esperança que teima em não morrer. E há a tensão insuportável da entrevista iminente — uma espécie de tribunal da identidade onde qualquer hesitação pode significar a deportação.

Reconhecimento internacional

La Histoire de Souleymane foi duplamente premiado em Cannes na secção Un Certain Regard, onde venceu os prémios do Júri e de Melhor Ator. Conquistou ainda quatro Césars (o equivalente francês aos Óscares), entre oito nomeações — uma prova clara de que este é um dos filmes franceses mais relevantes do ano.

Boris Lojkine, já conhecido por obras como Hope e Camille, volta aqui a mergulhar no cinema social com uma linguagem que recusa o melodrama fácil e opta antes por um retrato empático, mas nunca condescendente, de uma realidade tão próxima quanto invisível.

A não perder

Se gosta de cinema com urgência social, com performances cruas e uma realização que observa sem julgar, A História de Souleymane é um filme obrigatório. Estreia este domingo, 6 de julho, às 22h, no TVCine Edition e no TVCine+.

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E mesmo que não traga soluções, traz uma certeza: por trás de cada bicicleta a circular por uma app, há um nome, uma vida, uma história. E esta merece ser ouvida.

Rumor em Alta: Lucasfilm Pode Estar a Preparar um Reboot de Indiana Jones

Harrison Ford poderá não ser o último Indy — e um anúncio pode estar a caminho do D23 Expo de 2026.

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O Chapéu Pode Voltar a Voar… Mas Com Outra Cabeça Por Baixo

Depois de Indiana Jones e o Marcador do Destino (Dial of Destiny) ter deixado a desejar nas bilheteiras, muitos pensaram que a Disney ia encostar o chapéu e o chicote de Indy de vez. Mas, segundo o site The DisInsider — o mesmo que previu The Incredibles 3 meses antes da confirmação oficial —, Lucasfilm já está discretamente a preparar um reboot da saga. A revelação oficial poderá acontecer já no próximo D23 Expo, em 2026.

Embora ainda não haja confirmação da Disney ou da Lucasfilm, a especulação começa a ganhar força, especialmente porque Indiana Jones continua a ser uma das propriedades mais icónicas do cinema de aventura. E numa altura em que o estúdio procura revitalizar marcas fortes, deixar morrer a saga do arqueólogo mais famoso do mundo parece… pouco provável.

Novo Indy, Novos Tempos… Mas Mesmo Espírito?

O maior desafio, claro, é substituir Harrison Ford. O actor encarnou Indiana Jones de forma tão definitiva que qualquer tentativa de reboot vai ter de enfrentar a inevitável comparação. Ainda assim, o momento pode ser ideal para introduzir uma nova visão — talvez mais jovem, talvez mais sombria, talvez mais ancorada nas raízes dos seriados pulp dos anos 30 e 40 que inspiraram o original.

As dúvidas são muitas:

  • O reboot irá voltar à origem da personagem?
  • Veremos um Indy nos seus anos intermédios, já com alguma bagagem e cicatrizes?
  • O tom será mais aventureiro como Os Salteadores da Arca Perdida, ou mais introspectivo como A Última Cruzada?

Num panorama cinematográfico cada vez mais cauteloso, a forma como Lucasfilm abordará estas questões será decisiva para o sucesso (ou fracasso) de um novo Indiana Jones.


Mas o Nome “Indiana Jones” Ainda Vende? Sim.

Apesar do último filme ter ficado aquém das expectativas, o interesse por Indy mantém-se. O videojogo Indiana Jones and the Great Circle, da MachineGames, lançado para Xbox Series X/S, PlayStation 5 e PC, foi um sucesso crítico, com uma pontuação sólida de 87 no OpenCritic. A narrativa — situada entre Os Salteadores da Arca Perdida e A Última Cruzada — levou o herói a locais como o Vaticano, Egito, Tailândia e China, num regresso entusiasmante às grandes aventuras globais.

Esse entusiasmo mostra que a marca ainda tem força. Só precisa de um bom plano.

Quem Pode Ser o Novo Indiana Jones?

Eis a grande questão que já está a fazer correr tinta (e posts nas redes sociais). O reboot deve apostar num jovem desconhecido com carisma bruto, ou numa estrela já estabelecida? Seria possível recriar o charme bruto, o humor seco e a fisicalidade de Ford com alguém como Glen Powell? Aaron Taylor-Johnson? Jacob Elordi? Chris Pratt? Ou é melhor apostar em alguém completamente novo, sem bagagem de franchise?

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Seja quem for, terá de conquistar uma geração inteira… com um simples levantar de sobrancelha.

Adrian Grenier Fica de Fora de “O Diabo Veste Prada 2” — Mas o Resto da Realeza da Moda Está de Volta

Sequela entra oficialmente em produção com Anne Hathaway, Meryl Streep, Emily Blunt e Stanley Tucci, mas sem o controverso namorado Nate.

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O Diabo está de volta. Mas o ex-namorado ficou pelo caminho.

A sequela de O Diabo Veste Prada está oficialmente em andamento — com filmagens a decorrer entre Nova Iorque e Itália — e já tem data de estreia marcada para 1 de maio de 2026. Anne Hathaway, Meryl Streep, Emily Blunt e Stanley Tucci estão de regresso para retomar os papéis que se tornaram icónicos. Mas há uma ausência notória: Adrian Grenier, o ator que interpretou Nate, o namorado de Andy, não regressa nesta continuação.

A informação foi confirmada pela The Hollywood Reporter, que adianta que o ator de Entourage não fará parte do elenco do novo filme, apesar da especulação dos fãs, que aguardavam um possível reencontro amoroso — ou, pelo menos, uma resolução definitiva.

Relembrar Nate: o namorado que gerou debates infindáveis

Para quem precisa de refrescar a memória, Nate era o namorado de Andy Sachs (Anne Hathaway), que a criticava constantemente por se dedicar ao trabalho exigente na revista Runway. Muitos fãs apontaram Nate como um símbolo de falta de apoio e compreensão — e o debate sobre quem era o verdadeiro vilão do filme continua até hoje.

Embora o primeiro filme tenha terminado com uma reconciliação amistosa entre Andy e Nate, parece que a sequela vai seguir em frente sem ele — e possivelmente sem olhar para trás.

Miranda, Emily e Nigel: os ícones regressam com novos dramas

Nesta nova história, Miranda Priestly (Meryl Streep) enfrenta a crise das revistas em papel, enquanto Emily (Emily Blunt), a antiga assistente sarcástica, se tornou uma executiva de publicidade poderosa que agora colabora com a Runway. Kenneth Branagh junta-se ao elenco como o marido de Miranda, e Stanley Tucci volta como o inesquecível Nigel, diretor de arte da revista.

Com esta configuração, tudo indica que o foco estará mais nas dinâmicas de poder dentro do mundo editorial e da publicidade, deixando os romances do passado — e os ex-namorados sem visão de futuro — fora da passerelle.


A Moda Passa, Miranda é Eterna

Com um elenco de luxo, localizações glamorosas e um argumento que toca na luta pela sobrevivência dos media tradicionais, O Diabo Veste Prada 2 promete ser mais do que uma sequela nostálgica — será uma reflexão mordaz e divertida sobre um mundo que mudou (mas onde Miranda continua a reinar).

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Quanto a Nate? Pode ficar a queixar-se do tiramisù em off-screen.

“Alien: Earth” – A Nova Série da FX Onde Todos Te Ouvem Gritar (E Talvez Não Sejam Humanos a Salvar-nos)

Criada por Noah Hawley, a prequela televisiva do universo Alien estreia a 13 de agosto em Portugal, com novos monstros, híbridos perturbadores e uma ameaça que começa no espaço… mas vai cair em plena cidade.

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Quando o passado se repete, é sinal de que algo horrível está prestes a acontecer. E no mundo de Alien, isso é garantia de pesadelos.

Alien: Earth é a nova aposta da FX (por cá na Disney +) , uma série de oito episódios criada por Noah Hawley (FargoLegion) que regressa às origens do clássico de Ridley Scott, mas com novas criaturas, novos dilemas e — surpresa — possíveis heróis que não são humanos. A estreia está marcada para 12 de agosto e promete renovar o franchise com uma história que se passa antes do primeiro Alien (1979), mas com ecos muito familiares.

De volta à claustrofobia — com estilo retro e terror moderno

Hawley é um mestre em captar o espírito de um universo já conhecido e dar-lhe nova vida. Tal como fez com Fargo, aqui recria os tons, os silêncios e até o penteado anos 70 dos tripulantes da nave Maginot — um laboratório espacial de luxo, em contraste com o cargueiro tosco Nostromo. Mas a sensação de que algo vai correr muito mal está lá. Sempre esteve.

A história começa quando a Maginot regressa à Terra… e se despenha numa metrópole densamente povoada. O que devia ser uma missão científica torna-se um potencial evento de extinção: criaturas colhidas ao longo da galáxia — incluindo, claro, os icónicos Xenomorfos — escapam para as ruas. Mas nem tudo é caos. Ou melhor: o caos vem de onde menos se espera.

Os novos protagonistas: crianças imortais em corpos super-humanos

Entre os sobreviventes estão os “Lost Boys”, um grupo de híbridos — crianças com doenças terminais cujas consciências foram transferidas para corpos artificiais. Wendy (interpretada por Sydney Chandler), a primeira da sua geração, é agora superforte, resistente e… emocionalmente presa entre o que era e o que se tornou.

Estes híbridos são criação de Boy Kavalier (Samuel Blenkin), um jovem bilionário narcisista que lidera a corporação rival Prodigy. Eles são a sua “prova de conceito” — o seu produto de imortalidade. E sim, ele dá-lhes nomes retirados de Peter Pan. Porque claro que dá.

Androides, cyborgs, e a eterna dúvida: o que significa ser humano?

A série joga com temas de identidade, tecnologia e moralidade. O que é mais humano: um ser biológico egoísta ou uma inteligência artificial com compaixão? É essa tensão que define a relação entre Wendy, o androide Kirsh (Timothy Olyphant) e a humana Dame Sylvia (Essie Davis), figuras parentais que tentam guiá-la — cada uma à sua maneira — através de um mundo em ruínas.

E como sempre num título Alien, os androides são ambíguos. São aliados? São traidores? Ou apenas espelhos do pior (e do melhor) da humanidade?

Weyland-Yutani, Prodigy e a guerra corporativa que molda o futuro

O velho rival corporativo está de volta: a omnipresente Weyland-Yutani, agora com maior destaque para o lado Yutani — liderado por uma mulher poderosa (Sandra Yi Sencindiver) que herdou os monstros como se fossem joias de família. O que está em jogo não é apenas a sobrevivência… é o monopólio da biotecnologia alienígena.

Enquanto isso, o Prodigy de Boy Kavalier só quer uma coisa: tudo. E para isso envia uma equipa de resgate que inclui Hermit (Alex Lawther), médico e irmão da antiga Wendy, que nem sonha que a híbrida que o observa das sombras é a irmã que julgava morta.

“Alien: Earth” é sobre monstros — mas os humanos podem ser os piores

Hawley assegura que este não é apenas mais um festival de sangue intergaláctico. É uma história sobre classe, abuso de poder, ganância e a natureza corruptível de quem tem acesso à imortalidade. Tal como Alien original era sobre operários descartáveis num jogo empresarial, Alien: Earth é sobre crianças que foram sacrificadas por um sistema que promete salvação mas entrega controlo.

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E os monstros? Bem, estão por todo o lado — às vezes de tentáculos e carapaça, outras vezes de fato e gravata.

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Ela deu voz à M3GAN. Agora, está a conquistar o TikTok com o hino de separação mais selvagem do ano.

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Texas, TikTok e Terror: a fórmula improvável de uma nova estrela

Jenna Davis tem apenas 21 anos, mas já viveu várias vidas — na internet, na música, no cinema… e no armário do seu quarto. Foi aí, no chão da sua “casa-estúdio improvisada”, que gravou a audição para M3GAN, o fenómeno de terror de 2023 onde deu voz à boneca homicida mais carismática desde Chucky. Agora, ela volta a vestir a pele (ou os circuitos) de M3gan na sequela M3GAN 2.0, estreada nos cinemas a 27 de junho de 2025. E, como se isso não bastasse, lançou no mesmo dia o seu primeiro álbum country, Where Did That Girl Go? — com um single viral que já é a nova banda sonora de corações partidos na internet.

“Miss Wannabe”: o novo hino do despeito no TikTok

O seu tema “Miss Wannabe” está a rebentar no TikTok — uma canção cheia de malícia, vingança e aquele toque country-pop que nos lembra Carrie Underwood em “Before He Cheats”. Com letras como “She’s a fake veneer and I’m the real dang thing” ou “I pity pretty little miss wannabe”, Jenna Davis mostra que cresceu — e que já não canta baladas de pré-adolescente, mas narrativas afiadas como facas.

Não é só a letra que está a dar que falar. São os milhares de vídeos de criadoras a usar o tema para expor traições, ex-namorados e desilusões. E Jenna sabe: “A autenticidade vale mais do que qualquer produção. As pessoas querem ver quem tu és.”

De criança nas redes ao palco da música country

Antes de ser uma voz assassina ou a nova estrela country, Jenna era a “miúda dos vídeos virais” que cantava em pátios de garagem e olhava diretamente para a câmara com olhos intensos (“estás a olhar para a minha alma?”, perguntavam os comentários). Ela era estranha, adorável e descomplicada — e é isso que a tornou impossível de ignorar.

Essa naturalidade continuou quando passou a criar conteúdo estilo “influencer”, com desafios malucos e vídeos editados a alta velocidade. “Queria que as pessoas conhecessem a Jenna por ser a Jenna. Não por ser uma personagem inacessível”, explica.

M3gan: a vilã com mais estilo da IA

Em M3GAN 2.0, Davis volta ao papel da boneca que parece saída de uma festa de aniversário da Barbie, mas com intenções mais… letais. Agora, o perigo vem de outra boneca ainda mais mortal — e M3gan transforma-se em protetora de Cady, a jovem humana que tenta manter a sua sanidade enquanto tudo à volta entra em colapso.

Davis admite que dar voz à personagem foi “estranhamente natural”, porque M3gan é muito mais do que uma vilã. “Ela é espirituosa, sassy, sarcástica… tem camadas! E isso é o que a torna tão divertida de interpretar.”

Talvez porque Jenna também tem essas camadas: é cantora, atriz, criadora de conteúdos e, acima de tudo, alguém que tem crescido diante das câmaras — mas sempre à sua maneira. Sem vergonha de ser “a miúda estranha” e agora sem medo de ser uma mulher com algo a dizer.

Gene Autry no sangue, Dolly Parton no coração

Jenna cresceu com Shania Twain, Patsy Cline e Dolly Parton aos berros pela casa — culpa da mãe, professora de canto, que a mergulhou no universo da música country ainda em criança. E apesar de se ter mudado do Texas para Los Angeles, Jenna nunca abandonou essas raízes.

Ah, e não esquecer: é parente de Gene Autry, o lendário cowboy cantor. Está-lhe no ADN.

Jenna Davis: um futuro muito longe de ser previsível

Entre canções vingativas, androides assassinas e milhões de seguidores, Jenna Davis está a viver o seu momento. E o mais impressionante? Parece estar a fazer tudo nos seus próprios termos. Sem pressa, sem fórmulas, sem pedir licença.

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E com “Miss Wannabe” a crescer como um incêndio em rede social seca, e M3GAN 2.0 a atrair fãs do terror mais excêntrico, parece que a antiga miúda de tranças e vídeos amadores acabou mesmo por “ir grande” — em vez de ir para casa.

Charlize Theron vs. Uma Thurman: “A Velha Guarda 2” Já Está na Netflix e Promete Combates Imortais

A sequela do sucesso de 2020 chega com sangue novo, vingança antiga e mais ação do que nunca

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Elas voltaram. E desta vez, estão em lados opostos.

A Velha Guarda 2 já está disponível na Netflix e traz de volta Charlize Theron como Andy, a imortal guerreira com milénios de batalhas às costas — mas agora com um desafio inédito: enfrentar Uma Thurman. Sim, a lendária musa de Kill Bill e Pulp Fiction entra em cena como Discord, a primeira imortal de todas, e o confronto promete deixar estragos.

Depois do sucesso da primeira parte em 2020, baseada na banda desenhada de Greg Rucka, a Netflix apostou tudo nesta continuação que reforça o elenco e expande o universo dos imortais com estilo, violência bem coreografada e dilemas existenciais à altura da eternidade.


Velhos amigos, novas ameaças e feridas que não cicatrizam

Nesta nova aventura, Andy e o seu grupo de guerreiros imortais estão de volta, agora mais unidos e com esperança renovada na sua missão de proteger a humanidade. Mas a paz (como sempre) é curta.

Booker (Matthias Schoenaerts) continua em exílio após a traição do primeiro filme, enquanto Quynh (Veronica Ngô), recentemente libertada da prisão submersa, está sedenta de vingança. Tudo se complica quando uma nova ameaça — mais antiga do que se pensava — entra em cena: Discord, interpretada com carisma glacial por Uma Thurman.


Henry Golding entra para a equipa com mistério e estilo

A juntar-se à equipa está Henry Golding (Asiáticos Doidos e RicosSnake Eyes), no papel de Tuah, um aliado do passado que pode ser a chave para o maior mistério de todos: de onde vem, afinal, a imortalidade destes guerreiros?

Com o regresso de KiKi Layne, Marwan Kenzari, Luca Marinelli e Chiwetel Ejiofor, A Velha Guarda 2 aposta num equilíbrio entre personagens já queridos e novas dinâmicas que trazem sangue fresco — metaforicamente falando, claro, porque aqui ninguém morre facilmente.


Ação brutal, dilemas morais e imortalidade com consequências

Se o primeiro filme já misturava cenas de ação coreografadas com uma dose surpreendente de melancolia, esta sequela vai mais fundo nas questões de culpa, perda, lealdade e redenção. Ser imortal não é só uma vantagem em combate — é um peso difícil de carregar, especialmente quando as cicatrizes emocionais são mais profundas que qualquer ferida física.

Com realização dinâmica, visuais apurados e performances marcantes, A Velha Guarda 2 consegue manter o espírito do original enquanto aumenta a fasquia em todos os sentidos. E, sim, a luta entre Charlize Theron e Uma Thurman é tão épica quanto imaginávamos.

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Imortais, sim — mas ainda capazes de surpreender

A Netflix oferece-nos uma sequela sólida que não é apenas mais do mesmo. A Velha Guarda 2 expande o universo, introduz uma mitologia mais densa e prova que ainda há muito por explorar neste grupo de mercenários que vivem há séculos… e continuam a lutar por um mundo melhor.

Adeus, Mestre dos Sonhos: Segunda Temporada de “The Sandman” Chega à Netflix para um Último Ato Épico

Sonho regressa para encerrar a saga com deuses, monstros, mortais… e contas por saldar

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O Fim Está a Chegar — Mas Ainda Há Muito a Sonhar

The Sandman está de volta — e desta vez para dizer adeus. A Netflix estreou esta quinta-feira, 3 de julho, o Volume 1 da segunda e última temporada da série baseada na lendária banda desenhada criada por Neil Gaiman. Com seis novos episódios já disponíveis e mais cinco a caminho (Volume 2 estreia a 24 de julho), esta será a conclusão definitiva da jornada de Sonho, o enigmático Senhor dos Sonhos interpretado por Tom Sturridge.

A Última História de Sonho

Segundo o showrunner Allan Heinberg, o encerramento da série sempre esteve nos planos:

“A série The Sandman sempre esteve exclusivamente focada na história de Dream, e em 2022, quando analisámos o material restante dos comics, percebemos que só havia história suficiente para mais uma temporada.”

Em vez de esticar a narrativa (como tantas outras adaptações tentam fazer), a equipa optou por um final digno da obra original. E, pelas primeiras reações, este derradeiro arco promete ser tudo menos previsível.

Família, Falhas e Fantasmas do Passado

A nova temporada mergulha nas consequências diretas dos erros cometidos por Sonho. Após uma tensa reunião de família — e quando se fala em “família” aqui, falamos dos Eternos —, o protagonista vê-se confrontado com decisões impossíveis. Com o seu reino ameaçado, o mundo desperto em risco e velhas feridas a abrirem-se, Sonho parte numa jornada de redenção que o colocará frente a frente com inimigos antigos, aliados esquecidos… e os seus próprios fantasmas.

A Netflix destaca que Sonho terá de lidar com “deuses, monstros e mortais” — e que “a verdadeira absolvição pode ter um preço muito elevado”. Em The Sandman, nada é simples, e até os sonhos mais belos escondem pesadelos por resolver.

Uma Série de Culto que Desafiou o Impossível

Quando foi anunciada, adaptar The Sandman parecia uma missão suicida. As bandas desenhadas de Neil Gaiman são densas, poéticas, metafísicas. Durante anos, muitos tentaram (e falharam) levar a saga para o ecrã. Mas a Netflix conseguiu: com uma produção visualmente ambiciosa, respeito absoluto pelo material original e um elenco afinado, a série conquistou novos públicos e agradou aos fãs de longa data.

Agora, com esta segunda e última temporada, o objectivo é claro: terminar bem. Fechar os ciclos. Honrar a lenda.

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Prepare-se para Sonhar Uma Última Vez

Se ainda não viu o Volume 1, já está disponível na Netflix com seis episódios intensos e emocionalmente carregados. O Volume 2, com os cinco capítulos finais, estreia a 24 de julho — e promete respostas, confrontos e, quem sabe, alguma paz.

Mas atenção: no universo de The Sandman, até a paz tem um preço, veja aqui o resumo da primeira temporada.

Abandono Surpreendente: Neil Druckmann Afasta-se de “The Last of Us” Antes da Terceira Temporada

O criador do universo pós-apocalíptico diz adeus à série da HBO para se focar nos próximos jogos da Naughty Dog

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Fim de uma Era… para Começo de Outra

Num movimento que apanhou muitos fãs de surpresa, Neil Druckmann anunciou oficialmente o seu afastamento da série The Last of Us, da HBO. Co-criador da série e criador do jogo original da Naughty Dog, Druckmann foi uma das peças fundamentais na adaptação de um dos títulos mais emblemáticos da PlayStation — agora, decide passar o testemunho.

“Foi uma decisão difícil”, escreveu Druckmann num comunicado partilhado na conta oficial da Naughty Dog. “Mas com o trabalho concluído na segunda temporada e antes de qualquer desenvolvimento significativo na terceira, este é o momento certo para focar a minha atenção na Naughty Dog e nos projetos futuros do estúdio.” Um desses projetos será Intergalactic: The Heretic Prophet, um novo jogo que o próprio está a escrever e realizar.

Halley Gross Também Diz Adeus

Mas Druckmann não é o único a sair. Halley Gross, coargumentista de The Last of Us Part II e uma das figuras criativas da primeira temporada da série, também anunciou o seu afastamento. “Decidi abrir espaço para o que aí vem”, afirmou, sem revelar se isso implica novos projetos no mundo dos videojogos ou noutra série televisiva.

Ambos manterão os seus nomes ligados à série como produtores executivos, mas já não terão intervenção criativa no dia-a-dia da produção.

Craig Mazin Assume os Comandos… Mas Agradece

Craig Mazin, que desenvolveu a série ao lado de Druckmann e foi também criador de Chernobyl, reagiu com emoção à saída dos colegas. “Foi um sonho criativo trabalhar com o Neil”, disse, acrescentando estar ansioso por experimentar o próximo jogo da Naughty Dog. “Estamos muito agradecidos ao Neil e à Halley Gross por nos confiarem esta incrível história.”

A série, que se tornou num dos maiores fenómenos da televisão dos últimos anos, prepara-se agora para uma segunda temporada já concluída e uma terceira em fase embrionária — sem dois dos seus principais arquitetos narrativos.

O Que Esperar de “The Last of Us” Sem Druckmann?

Esta saída não significa o fim da qualidade ou da fidelidade ao material original — mas representa uma mudança significativa no ADN criativo da adaptação. Mazin já demonstrou ser um argumentista e showrunner de excelência, e com a segunda temporada já finalizada, o impacto de Druckmann e Gross ainda será sentido por mais algum tempo.

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Contudo, à medida que o universo de The Last of Us se expande (tanto em televisão como em videojogos), fica a dúvida: conseguirá a série manter o mesmo coração, densidade emocional e profundidade moral sem os seus criadores originais ao leme?

Museu de Bruce Lee em Hong Kong Fecha Novamente — Mas o Espírito do Dragão Resiste

Dificuldades económicas forçam o encerramento do espaço criado pelo Bruce Lee Club, meses antes do 85.º aniversário da lenda das artes marciais

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Fechar portas, mas não baixar os braços

Num gesto carregado de simbolismo, um grupo de fãs reuniu-se esta terça-feira no modesto museu de Bruce Lee em Kwun Tong, Hong Kong, para se despedir — novamente — de um espaço inteiramente dedicado à lenda das artes marciais. O motivo do encerramento? As despesas acumuladas e a fraca recuperação pós-pandemia, que tornaram o projeto insustentável.

O museu, gerido pelo Bruce Lee Club — fundado pela família do ator — albergava mais de duas mil peças, incluindo revistas raras e uma escultura monumental da icónica postura de combate de Lee. Mas, pela segunda vez em menos de uma década, o sonho de preservar este acervo para as gerações futuras esbarra na realidade económica.


Um museu com história… e com obstáculos

A primeira versão do museu abriu em 2001 no bairro movimentado de Yau Ma Tei, encerrando em 2016 após um aumento abrupto da renda. Em 2019, o clube relançou o projeto em Kwun Tong, numa zona industrial menos central — e menos cara. Infelizmente, o renascimento coincidiu com um dos períodos mais turbulentos da cidade: os protestos pró-democracia e, pouco depois, a pandemia de COVID-19, que arrasou com o turismo.

Segundo o comunicado oficial do clube:

“Antecipávamos uma recuperação, mas na realidade não se concretizou. As despesas acumuladas ao longo destes seis anos obrigaram-nos a repensar como utilizar os nossos recursos da forma mais eficaz para manter a chama do espírito de Bruce Lee.”


O legado de Bruce Lee: entre o orgulho e o esquecimento institucional

Bruce Lee nasceu em São Francisco, mas cresceu em Hong Kong sob domínio britânico. Foi ali que se iniciou como ator infantil, antes de revolucionar o cinema de ação e se tornar uma das primeiras grandes estrelas asiáticas de Hollywood. Morreu prematuramente, aos 32 anos, em 1973, mas deixou um legado intocável.

O problema, segundo o presidente do clube W. Wong, é a falta de uma estratégia governamental séria para preservar essa herança:

“Falta ao governo de Hong Kong um planeamento contínuo e de longo prazo para preservar o legado de Lee.”

Apesar de várias homenagens — como a estátua de bronze instalada em 2004 na orla de Hong Kong — outras tentativas, como a revitalização da casa onde o ator viveu, acabaram em fracasso. A residência foi demolida em 2019, perante o desânimo dos fãs.


“Jamais desistiremos”

Entre os visitantes que se despediram do museu estava Andy Tong, treinador de artes marciais, que lamentou o encerramento:

“(Bruce Lee) ajudou a construir a imagem dos chineses e dos chineses no estrangeiro no mundo ocidental. É uma grande perda.”

Mas a mensagem final do Bruce Lee Club foi clara: o museu fecha — mas a missão continua.

“Jamais desistiremos de defender o espírito de Bruce Lee.”

Robert Lee, irmão do ator, reforçou esse sentimento:

“Embora o Bruce tenha falecido, o seu espírito continua a inspirar pessoas de todos os tipos. Acredito, mais do que ter esperança, que o espírito de Bruce Lee permanecerá para sempre aqui.”

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Por agora, as caixas armazenam as relíquias. Mas o “Dragão” nunca precisou de paredes para ser eterno.

Jennifer Aniston Vai Ser a Mãe Tóxica de “Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu”: Apple TV+ Prepara Série Inspirada no Best-seller de Jennette McCurdy

Actriz de “Friends” protagoniza nova série dramática com um toque de humor negro — escrita pela própria McCurdy

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Jennifer Aniston Como Nunca a Vimos

Jennifer Aniston vai vestir a pele de uma mãe narcisista, controladora e dominadora — e não, isto não é uma comédia romântica. A Apple TV+ acaba de anunciar a adaptação em série do aclamado livro de memórias Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu (I’m Glad My Mom Died), de Jennette McCurdy, e será a eterna Rachel de Friends quem interpretará o papel mais controverso da história: a mãe que arruinou emocionalmente a vida da própria filha.

Sim, leu bem.

Baseado Numa História Real (E Chocante)

O livro de McCurdy foi um verdadeiro fenómeno editorial em 2022, chocando e emocionando leitores ao expor, com um humor mordaz e desarmante, a realidade por detrás da fama precoce. McCurdy, antiga estrela de séries juvenis como iCarly, escreveu de forma brutalmente honesta sobre os abusos emocionais, físicos e psicológicos que sofreu às mãos da mãe — uma mulher que via a filha apenas como “a menina famosa que ela criou”.

Agora, essa história ganha vida no ecrã numa série de 10 episódios, com Jennette McCurdy e Ari Katcher (The Carmichael ShowRamy) como argumentistas e produtores executivos. McCurdy também lidera a produção, ao lado de nomes sonantes como Sharon Horgan (Bad Sisters), a produtora LuckyChap (de Margot Robbie), Jerrod Carmichael, Erica Kay e, claro, a própria Jennifer Aniston.

Uma Série para Rir, Chorar… e Engasgar Um Pouco

A Apple TV+ descreve o projecto como uma série “comovente e hilariante”, o que pode parecer estranho tendo em conta o tema: uma jovem actriz de 18 anos, presa ao sucesso de uma série infantil e a uma mãe narcisista que se apresenta ao mundo como “a mãe de uma estrela”. Mas quem leu o livro sabe: o humor negro é a chave para sobreviver — e para contar esta história com humanidade.

A escolha de Aniston para este papel é, no mínimo, ousada. Conhecida por papéis simpáticos e acessíveis, esta será uma viragem dramática importante na sua carreira — e, potencialmente, um dos grandes papéis da sua vida. Se tudo correr bem, pode ser nomeação garantida nos Emmys do próximo ano.

O Que Esperar

A série ainda não tem data de estreia, mas a produção está em marcha e a Apple TV+ está claramente a apostar forte. Ao adaptar um livro com um título tão provocador (e verdadeiro), e ao entregar o papel da antagonista à actriz mais popular da América, há aqui potencial para um verdadeiro acontecimento televisivo.

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Jennifer Aniston como uma mãe tóxica? Jennette McCurdy a contar a sua própria história? LuckyChap e Sharon Horgan na produção? Façam o favor de nos pôr na lista de espera.